quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Não sei

Não sabia sobre o que havia de escrever para encher o espaço deste fundo preto. Não sabia sobre que dissertar na hora de dar uso àquilo que criei. Não sabia o que seria melhor fazer num dia de pasmaceira, se ir pescar, se escrever qualquer coisa. Achei que escrever qualquer coisa era, de certa forma, mais produtivo ( seja lá de que maneira for ), e assim ocupo a mente para não pensar no que não devo. Mas continuo a não saber sobre o que escrever em concreto.
Vou dissertar sobre o facto de ter chovido de manhã em pleno agosto?
Não me parece.
Escrevo sobre o facto de ser feriado por alguma causa esotérica de que desconheço o significado?Não me apetece.
Gritar para a tela palavras sobre como perder 40% dos neurónios a ver televisão num feriado? Também não quero.
Fazer o que então?
Lamentar-me até à exaustão de como a minha vida é uma palhaçada jurídica?Proferir palavras desagradáveis acerca de umas pessoas que me enchem os pacovás de uma maneira estúpida?
Praguejar até me doer os ouvidos dos impropérios?
Também não quero. Já esta tudo cansado de saber que anedotas jurídicas é o que mais há por aqui. Pessoas que me enchem os pacovás é o que não faltam por aí, e a seu tempo levam com elas todas. E já estou farta de praguejar ; passo a vida toda a fazê-lo, preciso de uma pausa.
Hoje é um daqueles dias em que ficar a olhar para o tecto é o que mais me apetece fazer. Olhar a imensidão branca, pensar no vazio, odiar as manchas por estragarem a perfeição do nada no meu tecto.

AS

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