terça-feira, 21 de agosto de 2007

Follow the yellow brick road

O que acontece quando a certeza dá lugar à inconstância? Quando tudo à minha volta transpira caos, emana dúvidas, escorre incoerências, e nem as próprias palavras são capazes de expressar o que se passa? Poderia vasculhar o dicionário dias a fio, pesquisar em todas as enciclopédias que possuo- vá! haja modernidade- percorrer todos os motores de busca da Internet, e ainda assim não o descreveria.

Quanto mais claro se avista o futuro, mais obscuro parece o caminho que sigo. Pezinhos de lã, cautela! E mesmo assim o alerta constante não é suficiente. Sei para onde quero ir, mas não sei como lá chegar. A estabilidade que tanto almejo um dia alcançar não vem, não chega e nada parece indicar que eventualmente chegará.

Ia escrever sobre ti, mas não tenho mais nada a dizer. Não penso muito em ti,sabes? Sou egoísta e considero-te apenas mais um caminho; a tua presença só me faz pensar em mim, no que é melhor para mim e se és, de facto, o melhor para mim.

Não sei.

Não sei, nem faço tenções de descobrir. Não é em ti que está a minha felicidade. Correcção: estabilidade. Encontrei-te no caminho e simplesmente decidi parar. Acho que és mais uma daquelas encruzilhadas: eu estava em dúvida (sempre, sempre em dúvida), tu estavas lá e eu limitei-me a trazer-te comigo. Mas não parei por ti ou sequer porque te julguei merecedor de uma oportunidade. Não! Quis dar uma oportunidade, sim, mas a MIM! De uma vez na vida tentar algo de novo, de inaudito, de arrojado.

Por isso, por agora podes fazer a viagem comigo, enquanto me entendo e me descubro. Talvez o dicionário e as enciclopédias não sejam a chave para desvendar o que sinto. Talvez não existam sequer palavras que o descrevam e talvez sejas tu aquilo que eu de facto estou a precisar.

Não te aprecio pelo que és, nem tão pouco te dou o valor que hipoteticamente possas merecer. Estou a usar-te para crescer, de uma forma podre, reles e totalmente vulgar. Mas não peço perdão, nem me perco em comiserações e sentimentos altruístas e prosaicos de compaixão, carinho- amor se quiseres.

Que eu me engane acerca de ti. Conheçamo-nos; percorre o caminho comigo. Até à nova encruzilhada.

SB

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