sexta-feira, 30 de abril de 2010

Coisas de Uma Existência

Conheço uma pessoa que liga para o número de casa, espera que atendam e pergunta, com uma grande descontracção, estás em casa?

Às Vezes

Ainda acordo a meio da noite a pensar que ainda lá estou.
Ainda acordo a pensar que tenho que voltar.
Ainda acordo com medo que já seja de manhã.

Ainda me lembro do que foi, que já não é, e tenho medo de voltar.

Não quero voltar.

Acordei.

Já que Tenho a Fama...



Sim, esta é a melhor banda do mundo.
Sim, são deuses na terra.
Não, não admito opiniões em contrário.

O Novo Código

Cada vez odeio mais processo civil.

E ainda odeio mais aquele código manhoso, que para além de ter tudo alegremente espalhado ao longo de 512 páginas de forma a que uma pessoa não consiga encontrar nada do que procura, ainda tem uma puta de linguagem que não lembra a ninguém.

Ainda para mais para quem é burro que nem uma porta e não vê civil desde o 3º ano de faculdade, onde é que isso já vai…

Também não ajuda ter um cérebro deformado pela burrice e que encara tudo como o monstro civilista que vem comer a pequenada.

Para que serve um código que não ajuda quem se serve dele?
Para que serve um código que faz com que o seu leitor e intérprete tenha que andar a saltar de capítulo em capítulo para conseguir chegar a uma conclusão?
O que é que custava fazer um código que simplesmente facilitasse a vida às pessoas?

Devia era ser assim:

I – Disposições Iniciais
II – Princípios
III- Partes
IV – Competência
V – Início do processo – o que é preciso, como se faz, onde se vai, o que se tem de ser feito
VI – O que acontece se o início do processo for defeituoso
VII – Actos processuais – o que cada um pode fazer, ou devia fazer, incluindo actos especiais
VIII – O que acontece se aquilo que foi dito em VII não foi feito
IX – Instância – o que é, para que serve, como se faz, quais as possibilidades, o que é que pode acontecer, o que é que cada um pode fazer, como é que pode fazer, o que é que não pode fazer
X – O que acontece se o disposto em IX for violado
XI – Instrução – o que é, para que serve, quem pode fazer o quê, o que é que não se pode fazer, como se fazem as provas, o que é que não se pode fazer
XII – O que acontece se o anterior ponto não for cumprido
XIII – Discussão e julgamento – o que se diz, o que não se diz, o que se pode fazer ou não
XIV – O que acontece se tal não for respeitado
XVI – Da sentença
XVII – Dos recursos
XVIII – outras merdas que não interessem tanto

Não era tão mais simples?
E não em venham cá dizer que está tudo lá assim, porque não está!
Cambada de gente complicada…

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Da Falta de Vontade em Trabalhar

Tive uma professora no Secundário que costumava dizer que a preguiça é a madre de todos os vícios.
Não sei se concordo.
Normalmente, e falando na minha parca experiência, há preguiça quando há sono; não que seja necessariamente assim, admite-se que haja preguiça sem sono.
Agora que penso nisso, toda a vida ouvi a minha avó a dizer que a pior coisa que se podia dizer de uma pessoa era dizer que era preguiçoso, que não gosta de trabalhar, parece que era feio e dava cabo da vida de uma família ter um elemento calão e sem gosto pelo trabalho. Acho que a avó não vê muito telejornal, senão saberia que o mundo está cheio de gente que dava o bracinho direito para não trabalhar, ou fazer qualquer coisa de produtivo.
Enfim, desvios à parte, quem é preguiçoso é um desgraçado. E quem tem sono também.
Tem-se sono porque não há café, e digo café a sério, não uma aguadilha ranhosa a saber a sabão. E se há sono, há preguiça, esse mal viscoso que trepa pelas paredes da boa sociedade.
Seja.
Afinal, o café é que devia ser o padre de todos os vícios.
Não há café, não se trabalha.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Found My Match

Só tenho pena que tenha saído da boca de uma ... enfim, artista, mas a verdade é que esta frase não só reflecte o que há anos ando a apregoar como modo de vida, ou coisa que o valha, como não deixa de ser verdade em qualquer ocasião que a queiramos aplicar.

Trust is like a mirror
You can fix it if it's broke
But you can still see the crack
in the fuckin' reflection.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Único

Última vez que tal assunto é referido.
As tempestades acalmam, os ventos serenam, os estragos são reparados e a vida encaminha-se para a normalidade.
Com uma ou outra excepção. Excepção essa que devia ter seguido a regra e não ter caído num regime excepcional. Que devia ter seguido o rumo que tantos outros seguiram, para bem comum, mas que escolheu extraviar-se.
Mesmo não valendo a pena, não há mais deixar por dizer; seguir em frente só quando não mais existiram esqueletos no armário ou fantasmas a rondar ou outros elementos que potenciam o rancor e multiplicam o saldo contabilístico do ressabiamento.
Se há quem não se rale em tornar públicas as suas opiniões sobre as conferências que nunca dão resultado nenhum ou desabafos sobre agendas preenchidas de mais para resolver pendentes, então não há porque ter medo de melindrar susceptibilidades e dizer que é vergonhoso. Porque é.

Como diz uma progenitora que eu cá sei, as acções ficam com quem as pratica.

Não há mais ilusões.

Última vez que tal assunto é referido.
Como é que se gasta para cima de um dinheirão em exfoliantes, cremes e afins e ainda se acorda cheia de borbulhagem??????????

domingo, 25 de abril de 2010

Madrugada da Liberdade

Agora Ninguém Mais Cerra as Portas que Abril Abriu

Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!


Ary dos Santos

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Superior Hierárquico




Mesmo, mesmo...Igual

Degredo


Sim, é mesmo o que parece.

Pergunta do Dia

Qual é a pior coisa que pode acontecer a um condutor que procura um lugar para estacionar?




Avistar um espaço considerável entre dois carros, correr para lá, enquanto se abre pisca, todo contente, a pensar que se é uma grande peça, chegar mais perto e ver lá estacionado uma merda de um Smart.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Preces do Desocupado

Oh deus das mentes incautas, trazei a paz em nossos dias e não deixeis que a estupidez prevaleça sobre a razão.

Senhor supremo, que estes dias não deixas ninguém dormir com tanto vendaval, ajudai os pobres aqui requerentes a encontrar o caminho de volta desta tristeza profunda.

Querido e adorado pastor, que levas o teu rebanho a afogar-se nos mares da inimizade, rogai por nós.

Olhai, senhor, tua serva quebrada, que do fundo do abismo chama por ti.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Devagar, Devagarinho

Depois da tempestade, vem a bonança, diz o Povo.

Bonança não sei se vem ou sequer se virá. Mas a tempestade veio certamente para ficar, pelo menos mais uns dias.
Não tão forte como antes, mas está presente, mais que não seja para lembrar que não se brinca com fenómenos atmosféricos desta envergadura.

Très Bien!


Muito bem!
Luc Besson, ao seu estilo.
Rhys Meyers e Travolta gigantes.
O primeiro, lindo de morrer. Como sempre.
Na mesma sala, mesmo ao lado, sentou-se o autor de Manual de Direito Constitucional, mas a partir do momento em que percebeu que era um filme de acção e não um erudito filme francês, pôs-se a andar, marimbando-se naquela teoria económica que diz que ver um filme que não se gosta até ao fim é ganhar positivamente mais que sair a meio.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bardamerda, sim?

Há coisas estúpidas.
Há coisas que tiram um santo do sério.
Há coisas que só lá vão à porrada.

Portanto, há coisas que se passam que são estúpidas, que são capazes de tirar um santo do sério e que a solução encontrada é mesmo a violência, porque de outro modo ficam para sempre em águas de bacalhau, com uma tendência absurda para se repetirem de quando em vez.

E ainda existem as coisas para as quais não há paciência que resista, o que é mais um item a juntar aos quesitos iniciais.

O problema aqui é nitidamente falta de trabalho.
Ou falta de falo.
Ou as duas coisas misturadas tão homogeneamente que é impossível a distrinça.

Assim sendo, e com o devido respeito, ide à merdinha, chatear outra, sim?

Ok, está bem ...

Pronto, está bem, o trabalho ( por enquanto ) é bom, mas o café é uma merda.

Disse café?
Perdão, queria dizer aguadilha de lavar pratos com sabor a chicória.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Triste Facto

Percebe-se que se veio de um sítio mau quando se chega a um novo e se fica surpreendido quando nos tratam bem.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Apetece-me falar mal e Em Críptico

Estou farta daquela #*&%"@*=#.
Sempre às voltas com não sei quantos problemas psicológicos, mais não sei quantos traumas e alguns fastios morais, mais o raio que a parta.
Provavelmente não faz por mal, mas de cada vez que abre a boca é para transmitir duas ideias : aquela que as palavras mostram e a mensagem subliminar, género pontapé no cu, que tem necessariamente que surgir em cada discurso. Há sempre alguma coisa mais para dizer, sempre uma farpazinha, um comentário, uma inveja roída qualquer. Há sempre alguma coisa de que se queixar, de maldizer a sua sorte, de cuspir para ar. Qualquer coisa serve.



E se fosses trabalhar?

domingo, 11 de abril de 2010

Sina

Terminaram os dias de ócio; não há mais horas passadas no sofá a enfardar doces e gelados, fumando sem parar, a ler livros do Potter, que já têm as pontas gastas de tantas vezes serem manuseados.
Deixa-se para trás alguma coisa; muito é o que ainda está para vir.

A Judicatura espera.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Como Vai?

Devo ter cara de quem dá confiança para dar e vender.
Devo, pois!
Devo ter cara de quem mete os outros logo à vontade, com um ar bonacheirão e simpático, que faz com que toda a gente com quem travo conhecimento tenha vontade de se pôr confortavelmente na minha presença.
Por isso é que senhores respeitáveis desatam a praguejar como se não houvesse amanhã, a pronunciar toda a espécie de asneirada assim que me conhecem, despejando merdas e caralhadas a torto e a direito, alegremente e tudo com muita descontracção porque a partir de agora somos todos amiguinhos.
Não que me incomode, a bem da verdade.
A bem da verdade, não me perturba mesmo nada, porque quem como eu que adora dizer asneiras e encher a boca para dizer uns foda-se e filha-da-puta, que é de longe a minha asneira predilecta, estes episódios são amendoins.
O que começa a ser caricato é que já não é a primeira vez que tal sucede. Leia-se senhores respeitáveis e pais de família que passam a ter-me por perto em relação laboral sentem-se perfeitamente à vontade para asneirarem como se não houvesse amanhã.

O que me preocupa é porque é que isto acontece ...
Será porque inspira a minha fussa tanta confiança e cordialidade que dá vontade de estar logo à vontadinha, meter os pés em cima da mesa, arrotar e coçar o rabo?, ou se é porque a minha cara e o meu desempenho são tão ... qualquer coisa que dá vontade de maldizer a vida e por isso, dizem-se umas caralhadas, pode ser que alivie...?

Não sei se me apetece descobrir a verdade.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Separar das Águas

Foi há um mês.
Os tempos de terror acabaram, as conversas em que só um fala e tem razão ficaram para trás, os gritos, os arremessos, a prepotência e a estupidez tiveram os seus tempos de glória e por fim dissiparam-se.
Não há mais nervos, não há mais temores nem terrores, um superior hierárquico é só um superior hierárquico, um qualquer devidamente licenciado, que não anda a mandar bitaites sobre a profissão dos outros só porque tem muitos códigos em casa e ouve o Hernâni Carvalho à sexta de manhã.
Deixa-se para trás um clima de animosidade, um ambiente pesado, cheio de machadadas na auto-estima profissional, deixa-se para trás o que devia ter sido uma apresentação à vida prática e afinal acabou por ser um campo de concentração psicológico.
Foi há um mês.
Acabou.
Para sempre. Um tempo para não mais recordar.

Mesmo nada tendo que ver, é bom pensar que a debandada geral seguiu o exemplo de alguém que se fartou de ser espezinhado e seguiu o seu caminho para longe da chacina. É bom pensar, mesmo por meros segundos presumidos e cheios de vaidade, que se fez a diferença e se traçou a linha entre o que seria fácil, devido à cobardia e ao conformismo, e o que estava certo.
Mesmo que assim não seja, é bom pensar que se marcou a diferença.


Foi há um mês.
Acabou.

A fazer sorrir e a pagar 1€ por uma coisa minúscula.
Ora porra, quando era pequena, o Rol até parecia grande, era bem servido, tinha consistência.
Agora não passa de uma amostra de antiguidade.



Esta é a prova plena de que, à medida que se avança na vida, as primeiras células a viajarem com os porcos são as células que armazenam as más memórias do passado, ficando a pessoa com a ideia maravilhosa de que no seu tempo é que era.
É o que sucede com a minha pessoa, que tudo era fixe quando éramos pequenos ( já com as Petazetas foi a mesma coisa )e agora as coisas que se recriam desses tempos são uma trampa.
Oh deus, dai-me paciência e um paninho para a embrulhar...

Bolas ...


Como pode um simples pincel custar 12, 90€?
Só serve para espalhar a base, não é para pincelar de ouro as partes baixas de uma pessoa!

Que roubalheira ...

21 Guns




Não que seja grande fã da banda, mas gosto da música.
E do vocalista.
Bolas, já me tinha esquecido que ele era tão giro...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Kátyzinha

ISTO não pode ser real!

Por favor, digam-me que não, que é tudo a brincar, que este é um discurso irónico, que tudo não passa de um grande gozo...
Vá lá, preciso desesperadamente de ouvir que assim é.

Porque me recuso a acreditar que isto seja real; porra, quem é que no seu perfeito juízo vem para a frente de uma câmara dizer estas coisas?! Quem é que se põe, de robe de peixinhos azuis, com um cabelo que não vê água e sabão há meses, a falar mal do aspecto dos outros? Ainda por cima a cagar sentenças sobre o que é fashion ou deixa de ser???????

Não, isto não é real.
Não pode ser.
Recuso-me a acreditar que existam jovens já perturbados desta maneira, não pode ser!




Querido deus, permiti que isto seja mentira! Se for eu tento deixar de fumar, juro!

De Volta

Quando se passa um fim-de-semana inteiro a agonizar porque na semana seguinte há trabalho para se fazer, descobre-se que se pode ficar mais uns dias a pôr ovos porque, neste país, ninguém quer trabalhar.
Adia-se e adia-se e nada de levantar o rabo da cama para produzir alguma coisa.

Quero lá saber que soe anti-patriótico, já estou farta deste espírito do deixa andar.

quinta-feira, 1 de abril de 2010