terça-feira, 31 de março de 2015

segunda-feira, 30 de março de 2015

Leituras ... Qualquer Coisa Serve

A genialidade também se mede pela capacidade de explicar e fazer-se entender.
Nesse campo, como noutros, Stephen Hawking é genial.
Os conceitos complexos e difíceis que ensina chegam aos leitores com uma clareza e uma simplicidade surpreendentes.
Muito bom.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Eu e Ele - 16

Ele odeia perfume. Não pode sequer com uma leve sugestão de fragrância, que fica logo com náuseas e dores de cornos.

Eu entornei de propósito um frasco (de amostra) de perfume pela casa fora.

Agora, fode-te, cabrão.


 





Nada a Fazer XXI

Alexandre Nero

Claramente não tenho o que fazer, caso contrário não perderia tempo a ver novelas (a bem da verdade, não é bem ver, será mais semi-ver, conceito que eu própria criei e que consiste em só ver as partes que me interessam - leia-se os gajos engraçados - ignorando as restantes, bem como fazendo tábula rasa dos diálogos e do enredo) só para ver o protagonista.
Mas não é um protagonista qualquer; é um senhor protagonista, muito bem apessoado e cheio de saúdinha, da boa e da grossa.
Houvesse mais novelas com este espécime e era ver-me alapada no sofá todas as noites, a ver novelas  e a fazer crochet, qual idosa de 120 anos ...

Coisas Que Vejo Por Aí #26


Sem nada ser comparado com Interstellar, está muito bem, sim senhor.

Qualquer Semelhança Com a Realidade É Pura Coincidência - parte 30ª


quinta-feira, 26 de março de 2015



Ameaça de Bomba no Tribunal de Sintra

Juros que não dei por nada.
Estava no estacionamento, dentro do carro, a ler e a fumar, como é meu apanágio quando vejo uma louca desvairada a correr para a própria viatura a gritar "ameaça de bomba!!!".
A parte mais emocionante foi esperar ordeiramente na imensa fila de carros que se gerou, enquanto a GNR comandava o trânsito. Uma emoção fortíssima, portanto.
Vou começar a fazer o mesmo: de cada vez que tiver um julgamento que não me apeteça fazer, vou ligar para lá a dizer que está uma bomba no caixote do lixo, pode ser que pegue.

Merda para isto.

terça-feira, 24 de março de 2015

Cinema Nº ... Coiso

Fraquinho, muito fraquinho.
Plágio de centenas de outros filmes, incapaz de desenvolver uma ideia original.

Este é claramente um daqueles casos em que acham que gajas boas no elenco safam a coisa, mas os planos sairam gorados.
Vergonhoso.

Qualquer Semelhança Com a Realidade É Pura Coincidência - Parte 29ª


sexta-feira, 20 de março de 2015

Dá gosto ver o meu lindo carrinho todo limpinho, aprumadinho, arranjadinho, afinadinho, alinhadinho e sobejamente bonitinho.
Certo é que também deixei couro e cabelo na oficina, mas também ninguém me manda andar a dormir em pé e amassar o caraças do carro todo.

Enfim, regressemos, então, à normalidade possível.
                           Novo single, para aguçar a curiosidade do novo álbum que só chega (em princípio) no dia 27 deste mês. Começa esquisitamente, mas depois consegue despertar a velha chama de Nightwish. Consigo ouvir alguns acordes de "Dark Passion Play" lá pelo meio, a relembrar as raízes. A letra é aquilo a que Mr. Holopainen já nos habituou e que a voz de Miss Floor consegue levar muito, muito longe. Nada mau.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Este Não É Um Texto Sobre o Dia do Pai

Falar do Pai no Dia do Pai é demasiado lugar comum e demasiado sensaborão.
É um convite a resvalar para a pieguice e para a marmelada brejeira a que se assiste no dia de hoje nas redes sociais, um pouco como o dia dos namorados, em que chovem coraçõezinhos e ursinhos por cima das cabeças de todos e em que todos sem excepção têm súbitos achaques devido aos altos níveis de melaço que lhes circula no sangue.
É uma tremenda duma mariquice, duma pouca vergonha e demasiado bimbo para ser expressado.

Portanto, hoje não vou escrever sobre o meu querido e amado Pai, no dia de hoje, que é Dia do Pai.
Prefiro escrever sobre o homem que me criou, que me viu crescer e que me acompanhou em todas as etapas da minha existência, que, coincidentemente, vejam só!, é meu Pai.

Lembro-me dele a chegar a casa da minha Avó à hora do almoço, todos os dias, religiosamente ao meio dia, com as roupas cheias de tinta e a cheirar a petróleo.

Lembro-me dele a ensinar-me a andar de bicicleta, à beira da perda de paciência, na rua em frente à nossa casa.

Lembro-me dele a pintar a casa com a aparelhagem a berrar Pink Floyd ou a cantarolar Madredeus, numa voz de cana rachada, enquanto arranjava qualquer coisa que se havia partido.

Lembro-me de me sentar no colo dele, enquanto ele conduzia aquele Golf velhinho vermelho, a "ensinar-me a conduzir" aos míseros 6 ou 7 anos de idade.

Lembro-me das férias de verão, sempre em movimento, em que percorremos quilómetros e quilómetros por esse país fora, pernoitando cada dia num sítio diferente, com ele a berrar comigo porque não parava quieta para a fotografia.

Lembro-me as festas das aldeias, que temos muitas, em que ele se encostava aos muros a ver passar as procissões, sempre com ar de quem não ser saber, mas sempre a prestar atenção.

Lembro-me de todos os Natais e de todas as Páscoas, de todos os aniversários e de todas as festas de familiares e amigos, e dele, com aquele humor cáustico, a fazer piadas com a mais ínfima partícula de vida.


Recordo, mais recentemente, o humor que nunca perdeu, da capacidade de se rir de si próprio e dos infortúnios da vida.

Recordo os dias em que os Avós partiram, em que esteve sempre ao meu lado, e me deu a mão e abraçou nos momentos mais dolorosos, mesmo quando ele próprio se sentia desamparado e com vontade de quebrar.

Recordo o homem trabalhador, lutador, sempre a observar e a tirar partido das coisas boas e a saber lidar com as menos positivas, do homem que, em qualquer situação, sabe sempre o que fazer e nunca entra em pânico.

Recordo o seu exemplo de seriedade e rectidão.

Recordo o sorriso dele no dia em que soube os resultados dos exames nacionais, há mais de 10 anos.

Recordo o olhar ardente no dia da benção das fitas e no dia em que efectivamente acabei o curso.

Recordo o abraço forte e quente no dia em que me agreguei à Ordem e do apoio do seu braço no caminho até à mesa da conservadora no dia em que casei.

Este não é o meu Pai no Dia do Pai.

Este é o homem presente, o amigo silencioso de todas as horas, o pilar da minha estrutura. E não só hoje no Dia do Pai, mas principalmente em todos os restantes dias.

Uma pessoa que conheço disse-me, um dia, que não é possível escolher entre dois filhos, que não se gosta mais de um filho ou de outro, que a quantidade de amor e entrega é igual; o que existe é eventualmente um filho com o qual há uma identificação maior de personalidades e de gostos semelhantes.

Pois eu acho que se passa o mesmo com os Pais; os dois são duas metades de um todo, indissociáveis e inseparáveis, mas há uma metade que tem a cor mais parecida com a nossa, uma metade que tem o mesmo mau feito e o mesmo carácter, uma metade que tem gostos parecidos e ideias quase iguais.

E a metade do meu Pai tem a mesma cor que eu.

Coisas Que Vejo Por Aí # 25

Não será certamente segredo para ninguém que adoro Wes Anderson.
Tudo o que este homem faz sai absolutamente perfeito. A história, as personagens, a envolvência, os diálogos, a cor, a sonoridade. Perfeito.
Este não é excepção.
Tocante de uma forma inexplicável.
Muito, muito bom.

terça-feira, 17 de março de 2015

E os meus ilustres e queridos amigos nem querem imaginar o carro que me foi parar às mãos como substituto da minha mui amada viatura, que está algures a ser desmontada, martelada e remendada da merda que lhe infligi...


Qualquer Semelhança Com a Realidade É Pura Coincidência - parte 28ª


Leituras Nº ... Coiso

Este foi particularmente difícil de acabar.
Não ajuda a letra miúdinha, imprópria para quem é pitosga, nem a quantidade avassaladora de pormenores e nomes esquisitos que surgem alegremente em todos os parágrafos.
Mais do que os pormenores das operações, mostra a orgânica da entidade, jogadas políticas e uma grande parte da história do Estado de Israel.
Muito bom.

Coisas que Vejo por Aí #24

Sim, eu sei, humor básico, mas é do melhor.
Das melhores coisas que me ofertaram até hoje.
Este homem é um génio e consegue continuar a fazer rir mesmo depois de 25 anos passados.
Excelente.

quarta-feira, 11 de março de 2015

'Ganda Merda - Parte II

A verdade que guia a minha vida, e da qual tenho fugido durante toda a sua duração, é que sou uma triste que não sabe o que quer.

E contra isto, batatas.

terça-feira, 10 de março de 2015

sexta-feira, 6 de março de 2015

Muito Obrigado

Sempre fui uma moça que gostei de fazer anos.
Gostava da antecipação, dos mimos, dos bolos, dos presentes, da festa.
Planeava este dia com semanas de antecedência, preparava tudo ao pormenor, a roupa a vestir, o programa do dia, tudo e mais um par de botas porque gostava mesmo da data.

Pela primeira vez, este ano não me apetecia fazer anos. Não me apetecia festa, não me apetecia bolos, nem mimos nem presentes.
E nada relacionado com a aproximação aos 30 anos.
Só queria desaparecer.

Porém, não me deixaram. Nem marido, nem pais, nem amigos, nem família, nem colegas.
Juntaram-se todos à minha volta e todos, à sua maneira, deram-me um dia magnífico. Mesmo eu não merecendo.

Moral da história: nunca mais me queixo da vida. Tenho pessoas que gostam de mim. E essa é a melhor prenda que já recebi.

quarta-feira, 4 de março de 2015

I Really Am


Não correu bem.
Não.
Nada mesmo.
Agora é aprender a viver com isto, esperando que o dia de amanhã traga coisas melhores que apaguem toda a merdice que flutua, neste momento, por aqui.

terça-feira, 3 de março de 2015

Aoshima, a Ilha dos Gatos (Japão)

Era mesmo num sítio destes que precisava de viver.
Sossego e gatos.
Mais nada.
E sushi, também.
Mas principalmente gatos.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Em Compensação

Aquele outro ogre badalhoco ainda por aí pelos cantos podre de doente, cheio de peçonha, todo roto, mas mesmo assim, não vai para casa curar a puta da gripe porque, segundo ele, é uma questão de democracia: se ele está doente é mais que justo que mais alguém esteja também, portanto, vamos lá contribuir para a disseminação do mal.

Colei uma caixa inteira de pastilhas na cruz...

Alegoria Outra

Deus nosso senhor sabia como a menina gostaria de poder aceitar aquele doce que um senhor, de sorriso bondoso e olhos tristes e com uma trágica associação a ratas de sacristia, mas que, não obstante, não conhecia de lado nenhum, lhe oferecia, mas já sabemos como estas histórias de ogres peludos disfarçados de pessoas boazinhas acabam.

Normalmente com a criancinha morta numa ribanceira qualquer, com as mãos ainda sujas de açúcar.

Maneiras que o melhor é seguir em frente, não olhar para trás e não pensar no veneno que teria do doce ofertado.



Ficamos (bem) melhor assim.