sexta-feira, 29 de abril de 2011

É Já A Seguir...

Se há coisa que mexe com os meus nervos feministas é passar a ferro camisas de homem.

Vira de um lado, vira de outro, passa aqui, passa ali, olha as mangas, os colarinhos e as partes dos ombros que ficam sempre todas amarrotadas, mais o apertar os botões, virar ao contrário, puxar uma manga e dobrar, repetir o procedimento com a outra manga, dobrar um terço e dobrar o resto em sentido contrário, daqui a nada está a puta da camisa a dizer-me que tenho 10 dias úteis para recorrer, não?, que gaita vem a ser esta?

E porque é que os homens não sabem passar a própria roupa? Não têm, por acaso, uma mãezinha que os ensine a fazer este tipo de coisas, ou isso está exclusivamente reservado às futuras mulheres?

O caralho, é o que é.

Nunca houve momento, como aquele em que passei não sei quantas camisas de homem, em que sentisse mais raiva pela condição de trapo, literalmente, que as mulheres ainda têm, condenadas a ser submissas das pequenas actividades domésticas que, não obstante o que a modernidade trouxe, ainda cabe às mulheres fazer porque os idiotas portadores de pilinha não se querem cansar a aprender.
Pois que não há mais nada que fazer do que estar a passar a roupinha dos meninos a ferro, ainda para mais, camisas, essas porcas, que fazem a cabeça de uma pessoa em água só para decorar o procedimento correcto para que não pareçam sacos de papel velhos.
Já para não falar dos trabalhinhos de costura, outro deleite completo da condição de esposa.

Face ao exposto, tomam-se as seguintes

Resoluções Para A Vida Futura #5 :

Aquando da minha condição futura de esposa ou unida de facto, se a ela houver lugar, não passo camisas masculinas a ferro; há lavandarias que passam 6 camisas por 5€.

Não coso meias de ninguém. Tem buraco? Lixo.

Não coso calças. Descoseram-se? Há uma retrosaria em cada esquina.

Não lavo divisão nenhuma da casa se não houver divisão de tarefas. Se não existir partilha de recursos, haverá lugar a viver num pardieiro, com certeza, eu é que não serei a fada do lar.

Não serei só eu a cozinhar embora, confesso, seja coisa que me dá bastante gozo. Mais uma vez, divisão de tarefas; ou há moralidade, ou comem todos.

Não há cá coisa de ir a correr embalar os filhos, se existirem, tocando sempre essa tarefa à mãe. Se os carreguei durante quase um ano, quando saltarem cá para fora, alguém que os ature também, fáchavôr.



Haverá, com certeza, lugar a aditamentos.

Casamento Real




Do vestido da outra, nem vale a pena falar.

Nada a Fazer - Vol.VII









Gerard Butler

Toda, toda a noite a sonhar com isto.



Uma pena que tenha deixado a vida de profissional forense para se dedicar às artes dramáticas.
Teria sido um prazer cruzar-me consigo num qualquer tribunal, Sôdótor...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Madeira - O Rescaldo


















Um dia, volto.
Está prometido.

O Rectângulo Tem Talento

Os concursos de talentos exercem sobre as pessoas um grande fascínio.
Como é bom alapar o rabo no sofá e observar os outros a fazerem figuras tristes à conta de um sonho que acalentam desde tenra idade, ou ser deslumbrado por uma actuação absolutamente estrondosa e magnífica.
Como é bom observar que, no meio de tanta crise e miséria, os canais de televisão fazem tudo o que podem para desanuviar a cabeça dos telespectadores e fornecer-lhes momentos de lazer simplesmente extraordinários.

Depositavam-se grandes esperanças no 'Portugal Tem Talento', desde que se assistiu à versão inglesa, em que uma mulher feiosa e sem nada de especial que a distinguisse deixou rendida a si um país inteiro.
Esperava-se, portanto, que houvesse algures uma Susan Boyle que a qualquer momento iria pisar um qualquer palco nacional.

Logo no início, a coisa descambou. E desde então, não houve mais capacidade para ver o dito programa; nem a esperança de ver uma Boyle em português foi suficiente para afastar o enorme desgosto, a enorme desilusão em que aquilo se tornou.

Tudo porque apareceu este rapaz lá pelo meio,
, um tal Guilherme, a fazer umas interpretações ou a declamar poesia ou o que fosse.

Não que o rapaz não seja jeitoso naquilo que faz, talvez, quem sabe, mas é que não há maneira de conseguir olhar para a cara dele sem sentir ganas de lhe partir as trombas.

Não que seja culpa do moço, atenção; É só que é a cara chapada do Queixinhas, esse ser que devia ter sido morto à nascença e não o foi, essa criatura que deveria ter morrido às minhas mãos e não morreu, essa nódoa na história da Judicatura, esse caralho que não vale ponta de corno.

Sem tirar nem pôr. As mesmas feições de estúpido, o mesmo sorriso de otário, o mesmo formato de rosto hediondo, o mesmo olhar de cão, o mesmo quase-mono-carril a fazer de sobrancelhas, altas como as de um gato, dignas de fazer inveja a Álvaro Cunhal, não há nada naquele focinho que não faça ter vontade de pegar numa marreta e partir-lhe o trombil todo, sem dó nem piedade.

Foda-se, que já nem televisão se pode ver descansado, sem que tenha que levar com a anormalidade daquele inimputável...

Como tal, não houve capacidade para ver o programa, morreu logo na primeira ou na segunda eliminatória.
Não sei quem passou ou quem foi à final, não sei quem ganhou.

Sei que havia lá um Queixinhas e isso foi motivo mais que suficiente para mandar foder um programa que prometia tanto (ou não ...).

Que me perdoe o puto, que não é nada contra ele...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Afinal Cedros é em Porto de Moniz!



Enquanto lá estive, só me lembrei disto.
Tanta coisa para ver e só vêm à mente asneiras...

quinta-feira, 21 de abril de 2011



Até Terça.

Boa Páscoa


Boas Páscoas e afins, enchei-vos de amêndoas e chocolates, coelhos, cordeiros, de deus e do demónio, folares e outros pães doces.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Marinhices II

O Querido Líder, aka bastonário da OA, resolve, desta feita, fazer um apelo geral à abstenção nas próximas eleições.

Como que já não bastasse tudo o que tem (mal) feito nestes últimos quatro anos, ainda vem para a televisão fazer figuras tristes e desrespeitar aquilo que é uma das funções da OA, a defesa do Estado de Direito.

Que lindo, Querido Líder, é um óptimo exemplo de cidadania e dever cívico.

Continue assim, que vai muito bem.

terça-feira, 19 de abril de 2011

I am Truly Fucked

Um dia inteiro, não se pensou em mais nada a não ser no que consome os interiores desde ontem.
Indagou-se, perguntou-se por todo o lado.
Demanda vai ter que continuar, mas a obsessão, essa, já ninguém a tira.














Onde caralho vou arranjar uns sapatos daquela cor?!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Da Futilidade X

(made in Primark, que será responsável pela minha insolvência)
É oficial.
Estou a começar a perder a cabeça com coisas coloridas.
Converti-me.

The Wedding


Que me perdoem, mas há acontecimentos que merecem destaque.
Nomeadamente quando os amigos casam.
Principalmente quando são os primeiros a fazê-lo, o que tem sempre um brilho especial.

Das sensações mais estranhas à face da terra, mas parece os colegas, seja da primária, da escola ou da faculdade, nunca crescem, ficam sempre ou aqueles miúdinhos pequenos ou aqueles jovens, sempre, eternamente jovens, que não crescem, não têm vida de adulto, não fazem coisa de gente crescida. São amigos e colegas, vivem intensamente os árduos anos da aquisição de conhecimentos connosco, quando fazem coisas de gente grande, para além de ser a constatação de que se está parado no tempo, é a confirmação de que alguma coisa está a mudar.
Para melhor.

Ah, pois, julgavam que se andava para aqui com mariquices e lamechadas, ai que lindos, ai que fofinhos, ai que vou chorar, não, nem pensar, que pouca vergonha, que vem a ser isso, nem pensar!
Mas orgulho, sem dúvida. E felicidade, obviamente. Isso, aos potes.



Isso e ver a minha vida a andar para trás, sempre quero ver se encontro os sapatos daquela cor esquisita, sim aquela, para combinar com aquela bolsa de levar tralhas em mini que, seguindo um devaneio e uma inimputabilidade momentânea, me deu para comprar. Quem me manda a mim ser ursa...

Resoluções Para A Vida Futura #4

Está mais que decidido: um dia que seja eu a mandar em todas as peças e requerimentos que faça, cartas, faxes, e-mails e afins, não vão existir cá preciosismos com o raio da formatação.
Num sítio que eu cá sei, um requerimento podem ter um conteúdo brilhante, porém, se não tem a designação do tribunal milimetricamente alinhado com o 'exmo. sr juiz de direito', está logo uma merda.
Uma carta pode estar extremamente bem redigida, se não tiver exactamente um - só um! - espaçamento de 1,5 entre o final e o 'respeitosos cumprimentos', está o caldo entornado.
Uma peça que não alinhe ao nano-centímetro o nº do processo com o juízo onde corre o processo, há logo direito a um ingresso num curso de word e formatação de texto.

Para depois ainda se ouvir que não se é formalista.

Não, formalista é o Bôda, não se está mesmo a ver...

Enfim, viva a liberdade de forma o o brilhantismo de conteúdos, que o resto é conversa!

domingo, 17 de abril de 2011

?

Já agora pergunta-se, como quem não quer a coisa, se há pessoas que têm entranhada em si a firme convicção que outras pessoas são arruaceiras, malcriadas e sem nível nenhum, daquelas que fazem fitas e peixeiradas em frente a toda a gente, se assim é, então para que raio é que as convidam a fazer parte do seu meio?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Da Preguiça Ou Hoje É Sexta-Feira e Não Me Apetece Fazer Ponta de Corno

OMG!

Vanessa Paradis

Muito gira, não é verdade?

Look again...


Ah, Johnny Depp, Johnny Depp, arranjavas tão melhor...

Marinhices

Em petiz, calhou andar numa escola padreca, daquelas que se sentem acima de qualquer reles escola do ensino público porque os valores que transmitiam eram muito melhores que as outras que, simplesmente, não transmitiam valores nenhuns. Ya, right, já se sabe, eles é que são bons, o resto não presta, ainda chama isto religião, eu chamar-lhe-ia segregação e genocício, mas isso sou só eu que, depois de 8 anos a levar com estas premissas, tenho uma certa tendência a não apreciar dogmatismos.

Havia lá um senhor que, nos bons dias, que mais não era do que obrigar os putos a ficar em pé, todos em formatura militar, a serem evangelizados como os índios do Brasil antes de começarem as aulas de todos os dias, que gostava muito de contar a história das maçãs podres.
Contava ele que as más companhias eram como as maçãs podres num cesto de maçãs sãs, haviam sempre de apodrecer a cesta de fruta inteira.

Metia-me uma certa confusão como é que aquele palhaço que nem olhava bem para quem estava a falar, nem conhecia a realidade daqueles miúdos, poderia falar de uma maneira tão segragadora e tão estúpida, ainda por cima em alegorias que não podiam ser mais desprovidas de sentido.

Pelos vistos, houve mais alguém que deve ter andado na mesma escola e que ouviu este discurso maravilhoso das maçãs podres.
Quem mais senão o Querido Bastonário? Aqui, o senhor Bastonário acha que há maçãs podres na profissão!

E eu a pensar que as maçãs podres do sistema judiciário eram os estagiários...
Afinal parece que não.
Que pena...

Diga lá, Querido Líder, você é maçã podre ou sã?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nonsense Talking XIII

- Então, Liliana, tudo bem?
- ... Liliana?
- Oh, desculpa,
Diligentia!
- Já não bastava não ter personalidade jurídica, ainda me trocam o nome!
- Não te apoquentes; em situações bem piores troco o nome à minha namorada. Tipo, na cama, 'tás a ver?
- ... (
cara de too much information)

Off With Their Heads

Cortar cabeças é uma actividade à qual dedico várias horas do meu dia.

Só há mesmo pena é que seja uma actividade imaginária; fosse verdadeira e seria uma pessoa muito mais feliz e realizada.

De todos os problemas e questões várias que vão surgindo ao longo do dia, soluciono 75% deles com uma catanada nas escamas do pescoço e anda de lambreta. Pese embora, na verdade, não o faça, apenas fantasio que o faço, por isso é que hei-de ser sempre uma traumatizada e uma ressabiada rancorosa.

Ia directa para a pildra, é certo, mas isso seria um preço muito pequeno a pagar tendo em conta a cura milagrosa que se daria no meu ser. Seria o exemplo da máquina do sistema em funcionamento: sairia recuperada e pronta para ingressar na vida em sociedade totalmente sã.

Para além da fila gigantesca de anormais a quem cortei virtualmente a cabeça nas últimas duas décadas e meia, hoje cortaria a cabeça a um exemplar formidável que, na verdade, toda a gente teria muita pena de ver morrer.

Couldn't care less.

Pisou no meu território, vai morrer.

Sic.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vidas Passadas - Vol. 2

Já houve oportunidade de expressar a teoria de que, numa qualquer vida passada, algures na poeira do tempo, houve lugar, de certeza absoluta, a ser um espécime do sexo masculino.

Se antes havia ligeiras dúvidas, estas foram-se dissipando com a observação e análise atenta de diversos comportamentos.

Não há lugar nenhum por onde se caminhe que não se gaste, pelo menos, 50% do tempo a olhar para rabos. Cus, vá. De homens, bem entendido...

O cu de um homem exerce um fascínio qualquer inexplicável.

Não se sabe se será do formato, se das calças, se de outro factor qualquer, o que daqui se salienta é que não há maneira de ir descansadinha na rua e não olhar para a parte traseira de quem vá à frente. Ou ao lado, pronto. Seja de que ângulo for, se existir um cu masculino nas imediações, não há novidade, ou sequer escândalo: já o vi.

Ainda se poderá pensar, mas que raio, para que serve o cu de um homem, e não, não é para o óbvio, nem sequer se alimentam fantasias sórdidas que consistem em observar os ditos em plenas funcionalidades fisiológicas, que merda vem a ser esta, literalmente, não é.

De facto, o cu de um homem não tem qualquer utilidade para uma mulher, a não ser, e essa não é a melhor coisa que se pode pedir de um cu, o sítio de onde só sai merda?, regalar a vista, nada mais que descansar os olhos do stress do dia-a-dia, poder, por uns míseros minutos, observar atentamente e posteriormente avaliar, meu deus, que pecado!, um cu.

Sítio previligiado para observação de bundas é em sede de aulas. A aula, essa instituição do tédio, é um mar de cus, mas todos sentados. Quem é que está normalmente em posição de se deixar ver os quadris traseiros?
Exactamente, o professor.
Tendo a sorte de apanhar bons exemplares, é ver uma aula a passar sem se ter ouvido nada...

Homem típico olha para o traseiro de tudo o que seja gaja num raio de 100 km. Se a visão alcançar mais, melhor. E tenho em mim tanto de homem, senhores...

Eu e Ele #7

Há um que eu cá sei que está tão magrinho, tão enfezado, tão raquítico, coitadinho, com uma pança tão grande como os miúdos do Biafra, da fome que passa, claro, que quando se senta consegue rebentar com as costuras das camisas e ainda barafusta, com grande indignação, que a qualidade das camisas já não é o que era.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sabichão da Horta

Há exactamente um ano caiu, aos trambolhões, na bela Comarca da Grande Lisboa Noroeste - Secretaria dos Juízos de Sintra, umazinha qualquer que queria inveredar pela bela profissão de mandatária.
Vinha de uma má experiência, traumatizadinha, coitadinha e foi abrigada numa casinha de pequenos monstros civilistas.
Iniciou-se uma relação suis generis entre patrono, uns dias fofinho, outros dias uma besta, e ela, uns dias, não sabe nada, outros isto está uma merda, noutros, está muito bem e, em alguns dias, ali a pequenina. Um pouco como os amantes, um dia amam-se, noutro nem se podem ver, que isto de gostar e desgostar é num instante.
Um ano se passou. Tantas coisas aconteceram.
Durante esse ano, houve um tal de bastonário que se lembrou de não fazer nada pelos estagiários, entretanto a moça secou de tanto esperar.
No fim, quase que valeu a pena. O ano que passou, ninguém o repõe.
Mas o que foi aprendido tem muito mais valor.
Quantos mais virão?

No Dia Em Que o FMI Chegou

Daqui a uns anos, há-de chegar o dia em que se contará aos netinhos, se a eles houver lugar, que há muitos anos atrás, chegaram uns senhores a este país para ver se nos emprestavam dinheiro para podermos comer e pagar as nossas continhas domésticas.

Hoje é, portanto, um dia histórico.

Mais que não seja porque marca uma época em que, se antes era mau, a partir de agora vai ser péssimo.

Tudo No Diminutivo

O problemazinho das pessoínhas estúpidazinhas é que não conseguem safar-se de situação alguma sem dar um toquezinho da sua infantilidadezinha.

O que as torna altamente imprevisíveis, como as crianças.
Porém, torna-as, também, facilmente identificáveis; nem tudo é mau, portanto.

O truquezinho mais usado por esta estirpezinha de gentinha é o arremeço. Desengane-se, porém, quem pense que se trate de um arremeço de calhaus ou palavrões; nada disso.

Trata-se, tão simplesmente, ou não, dependendo da perspectiva, de arremeço de críticas e maledicências, não subtis ou sequer inteligentes, mas brutas e, o que mais?, infantis, isso mesmo, que não há outra forma de descrever a situação que não seja pela descrição de comportamentos típicos de inimputáveis menores de idade ainda na fase dos porquês, quais garotos ranhosos, sem dentes da frente, que insultam quando não têm aquilo que querem.
Exemplifique-se:

- Emprestas-me uma caneta?
- Não tenho, desculpa.
- Ah. E tu tens a camisola amarrotada.
- ...

- Podes passar-me o sal?
- Não há. Está na cozinha.
- Podes ir buscar?
- Porque não vais lá tu?
- Olha que raio de sapatos vêm a ser esses?! São horríveis!


Portanto, conclui-se que na falta do brinquedo, há que arranjar outra forma qualquer de brincar, mais que não seja atirar um insulto qualquer, como se o outro fosse o culpado de todo o mal que lhes acontece. E qual é o mal que lhes acontece, afinal?
Não terem o brinquedo à mão.
Em última análise, Freud seria chamado ao barulho para analisar a situação e concluiria, sem sombra de dúvida, que o problema aqui é, efectivamente, a falta de esfrega sexual, a origem de todo o mal humano.

Como, por estas bandas, já se vem defendendo, desde há tempos imemoriais, a teoria dos malefícios da privação de actividade fodenga na vida social, profissional e doméstica do ser humano, não só se perfilha inteiramente a tese, como ainda se acrescenta que, aliado a esta falta, há uma falta de educação que já vem desde a infância.

E se vem desde a infância, o problema foi, certamente, dos paizinhos que não souberam impôr regras aos meninos e meninas que, por esse mundo fora, fazem cenas tristes quando as coisas não lhes correm de feição.

E qual seria o problema dos paizinhos que não souberam educar os filhinhos?
Falta de ... sexo?

Ora nem mais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Mal do Mundo É Não Ter Quem F*der

Há uma coisinha, pequenina, ligeira, que faz operar maravilhas no que à eliminação de frustrações diz respeito.
De repente, tudo o que antes era mau, era podre, era negro, era horrível, passa, subitamente, num mágico estalar de dedos, a não ser assim tão mau, a ser suportável, a ser, até, qualquer coisa de magnífico.
Quando antes se andava trombudo e mal disposto, de mal com o mundo e circundâncias afins, agora é só sorrisinhos, só piadas, só coisas boas.
Subitamente, é tão mais fácil lidar com algumas pessoas.
Remédio milagroso! Como é que se pode engarrafar esta solução e vendê-la ao preço dos diamantes?
Pena não dar ...
Muitos chamar-lhe-iam felicidade.
Mas não.

Chama-se foda.

Cinema XXXVI



Engraçadinho.
Mas sem nada de extraordinário.

domingo, 10 de abril de 2011

Cinema XXXV



Não aquece nem arrefece.
Não sei o que se passa com o Cage que ultimamente só faz filmes sem sal.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tirando Hoje É Sempre Assim

A idade é uma coisa lixada. Fodida, vá.
Para além das rugas e dos cabelos brancos, começa a aparecer outro elemento que destabiliza tudo o resto, resto esse que era relativamente equilibrado.
A idade não produz apenas os seus efeitos nefastos no próprio, também nos outros porque, lá diria a minha mãezinha, o tempo passa para toda a gente, parecendo que não, esta é uma premissa com muita utilidade e explicadora de muitos e bons fenómenos.
Porém, a passagem do tempo, mesmo que se tenha consciência da mesma, nunca deixa um ser totalmente preparado para as consequências que daí advêm. Uma pessoa que se acha plenamente capaz não se encontra realmente preparada para ficar velha.
E com a velhice, para além das cataratas e dos bicos de papagaio, vem a falta de paciência.
Começa assim como que a dar de si, a esmorecer, a morrer, a ir despejar o lixo uma noite e nunca mais aparecer.
Que se culpem as hormonas, então, que, afinal, é-se demasiado jovem para ser velho.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Benfas!


Este moço é o maior e o resto é conversa, está bem?
Olhem só para aquela melena louca e encaracolada...

Gosto, Sr. Primeiro-Ministro!



' - Ó Luís, vê lá de que lado é que a minha penca parece mais pequena...!'

Ó Sôtor...

Você, se me permite, até me ofusca com esse olhar azul, não há lado nenhum para o qual olhe que não veja a luz que vem dos seus olhos, e até seria alguma coisa de jeito não fosse o colarzinho de surfista rasca até dizer chega e as bochechinhas tingidas de vermelho, qual bêbedo inveterado, aposto que os seus rebentos, saindo ao pai, devem ser uns anjinhos de candura, deixe-se lá de assistentes que se montam na acusação do MP e que, seguidamente, se montam nas testemunhas, ah ah ah, ó para mim a dizer uma piadola pseudo-ordinária, que mau que eu sou, dizia eu, faria melhor se se deixasse de tretas e passasse mas é para este lado os requerimentos e demais peças, que deve ser isso que sai em exame, digo eu, não sei, agora parece que vale tudo nas provas de avaliação, e ponha de lado a conversa branda de penalista fofo.

E já agora, sôtor, penteie-se, que até parece mal um exemplar como o sôtor andar todo desgrenhado como de tivesse acabado de desmontar de uma vassoura voadora.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

I Had My Vengeance

Enquanto limpava os restos das manchas vermelhas das mãos e da roupa, não podia deixar de ter um sorriso nos lábios.
Estava feito. Depois de tanto tempo de espera, estava feito.
O sangue quente que lhe escorria por entre os dedos lavava todos os traumas e as noites sem dormir, sempre a dar voltas ao cérebro, a pensar, em modo repeat, na escuridão que se tinha abatido sobre o ser e na forma como poderia apagar os vestígios de tão grande dor. Só havia uma solução, teria de ser feito da mesma maneira que lhe haviam feito. Teria de ser pela força.
Depois de tanto tempo, tinha chegado a altura.
Sem pensar duas vezes, levantou a mão que segurava a faca e desferiu os mesmos golpes.
Estava feito.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Leituras XXXVII


Se a princípio a leitura desta obra deixava o leitor morto de sono, claramente todas as expectativas são elevadas aos seu expoente máximo com o avançar na história.
Se as descrições deixam um pouco a desejar, o mesmo não se pode dizer do ênfase que é colocado no final do conto.
Porque se percebe, afinal, que as descrições pouco interessantes e o enquadramento mortiço e cinzento faziam parte de um envolvimento muito para além das palavras.
A mestria é tanta e de tanta qualidade que, qual filme de grande genialidade, deixam a dúvida no leitor de tal maneira que, não há outra forma de o descrever, se sente que é o leitor que tem em suas mãos a interpretação do que, no fundo, é a temática do livro.
Os indícios estão todos lá, cada um que tome os caminhos de reflexão e interpretação que desejar.
O que existia em Hundreds Hall, uma família geneticamente fadada à loucura e perturbações psicológicas ou um mal sobrenatural?
O que viu Caroline Ayres no momento da sua morte? Quem viu, já que o reconheceu?
Seria louca, ela, o irmão e a mãe, ou estariam mesmo assombrados?
Se eram loucos, o que os teria levado a tal?
Se eram assombrados, quem viram?

Depois de muito pensar, as conclusões não são por isso mais claras.
O que é certo é que a dúvida é semeada no espírito para dele não mais sair.
Últimas 100 páginas de tal forma perturbadoras que se aconselha vivamente a não serem lidas a horas da madrugada.

Muito bom!

Ai Sim?

Estamos em crise?

Vem aí o FMI?

Vamos entrar em bancarrota?

Vamos pagar 1550€ pelo estágio na OA?

Vão aumentar os transportes, o pão, a gasolina?

Que se foda!

Atentai só no que vem para Sintra, esta terra do demónio, que agora vai deixar rapidamente de o ser:





Ninguém vê, mas neste momento, estou a executar uma dança da chuva, em sinal de contentamento.

Ainda no Rescaldo do Benfas-FCPorco

Queixava-se um senhor polícia, em directo para a televisão, que existiram confrontos entre os adeptos e a autoridade porque já ninguém respeitava a polícia.

Oh meu caro, ninguém respeita a polícia?!

Não querendo ser má ou desrespeitosa, a polícia nunca foi respeitada, foi sempre temida, o que é muito diferente.

Portanto, dizer já ninguém respeita a polícia, não só revela espírito de velho do Restelo, cuja frase preferida é já nada é como no meu tempo, como ainda tem em maior conta a autoridade do que aquela em que ela efectivamente se posiciona.


Vamos mas é acordar para a realidade, sim?

domingo, 3 de abril de 2011



Este blog está oficialmente de luto pelo desastre na Luz.
Ca ganda merda...
Nem o Aimarzinho safou aquilo??

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Notícia de Última Hora

Esta manhã, o bastonário da OA, saindo de casa para ir trabalhar, foi violentamente atropelado por uma vaca que corria, louca, pela rua abaixo.
Ao dar-se o embate, foi o Bastonário para um lado e a vaca para o outro, destruindo dois carros e a montra de uma loja de bujigangas. A dona do estabelecimento já fez saber que ia processar a vaca.
Encaminhado para o hospital, entre a vida e a morte, o bastonário, segundo testemunhas, com medo de partir e deixar atrás de si um mundo judiciário mais pobre, arrependeu-se de todos os pecados e prometeu que, se sobrevivesse, ia revogar o despacho que obriga os estagiários a arrotar com €700 para fazerem exames da primeira fase, que os ditos exames iam ser feitos por professores competentes e não por uma comissão de avaliação, criada às três pancadas para destruir os estagiários e impedi-los de entrarem na profissão, prometendo, ainda, criar-lhes pelo menos as mesmas condições que os seus antecessores tiveram. Jurou que ia pedir desculpas publicamente pelo ano e meio de espera para iniciar o curso de estágio, garantindo que se ia chicotear e tudo.
Depois disto, acordou miracolosamente curado, não só das maleitas do acidente, mas de toda a estupidez, mesquinhez e maldade que o assolaram nos últimos 4 anos.












E hoje é dia das mentiras, claro.