quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Rectângulo Tem Talento

Os concursos de talentos exercem sobre as pessoas um grande fascínio.
Como é bom alapar o rabo no sofá e observar os outros a fazerem figuras tristes à conta de um sonho que acalentam desde tenra idade, ou ser deslumbrado por uma actuação absolutamente estrondosa e magnífica.
Como é bom observar que, no meio de tanta crise e miséria, os canais de televisão fazem tudo o que podem para desanuviar a cabeça dos telespectadores e fornecer-lhes momentos de lazer simplesmente extraordinários.

Depositavam-se grandes esperanças no 'Portugal Tem Talento', desde que se assistiu à versão inglesa, em que uma mulher feiosa e sem nada de especial que a distinguisse deixou rendida a si um país inteiro.
Esperava-se, portanto, que houvesse algures uma Susan Boyle que a qualquer momento iria pisar um qualquer palco nacional.

Logo no início, a coisa descambou. E desde então, não houve mais capacidade para ver o dito programa; nem a esperança de ver uma Boyle em português foi suficiente para afastar o enorme desgosto, a enorme desilusão em que aquilo se tornou.

Tudo porque apareceu este rapaz lá pelo meio,
, um tal Guilherme, a fazer umas interpretações ou a declamar poesia ou o que fosse.

Não que o rapaz não seja jeitoso naquilo que faz, talvez, quem sabe, mas é que não há maneira de conseguir olhar para a cara dele sem sentir ganas de lhe partir as trombas.

Não que seja culpa do moço, atenção; É só que é a cara chapada do Queixinhas, esse ser que devia ter sido morto à nascença e não o foi, essa criatura que deveria ter morrido às minhas mãos e não morreu, essa nódoa na história da Judicatura, esse caralho que não vale ponta de corno.

Sem tirar nem pôr. As mesmas feições de estúpido, o mesmo sorriso de otário, o mesmo formato de rosto hediondo, o mesmo olhar de cão, o mesmo quase-mono-carril a fazer de sobrancelhas, altas como as de um gato, dignas de fazer inveja a Álvaro Cunhal, não há nada naquele focinho que não faça ter vontade de pegar numa marreta e partir-lhe o trombil todo, sem dó nem piedade.

Foda-se, que já nem televisão se pode ver descansado, sem que tenha que levar com a anormalidade daquele inimputável...

Como tal, não houve capacidade para ver o programa, morreu logo na primeira ou na segunda eliminatória.
Não sei quem passou ou quem foi à final, não sei quem ganhou.

Sei que havia lá um Queixinhas e isso foi motivo mais que suficiente para mandar foder um programa que prometia tanto (ou não ...).

Que me perdoe o puto, que não é nada contra ele...

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