quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Lenine

Há um ano atrás fiquei sem o amigo mais querido que alguma vez tive.

Passado um ano, estou igualmente vazia, igualmente triste, igualmente sentida.
Continuo sem perceber o que se passou; num momento, estava tudo bem. No seguinte, estava a despedir-me dele.

Resta-me o conforto das memórias, esperando que tenha sido boa o suficiente para lhe ter proporcionado uma vida confortável e feliz.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

I'm Done

Ser pobre também é viver no espírito miúdinho e hipócrita de não poder ir mais além porque sabemos que, no fundo, não merecemos.

Aquela aura de coitadinhez medrosa que é intrínseca a quem não conhece mais do que a vidinha honrada pega-se às nossas peles e entranham-se nas nossas mentes de forma a que não consigamos viver as nossas vidas sem que haja uma nuvem invisível permanentemente sobre as nossas cabeças, que nos obriga a mantê-las bem baixinhas para não haver estragos nem aventuras.

E isto é-nos incutido desde pequenos. Não faças isso que é perigoso, não faças planos porque não sabes se é certo, não te rias de manhã que à noite estás a chorar, muito riso pouco siso, não se ri muito que é sinal de ventania, não dês um passo maior que a perna, isso não é para ti, sonhas muito alto, quando maior é a subida maior é a queda.
Podia continuar aqui o dia todo com aquelas frases lapidares das mães e das avós que, educadas assim, não conhecem outra realidade e insistem em transmitir estes valores judaico-cristãos aos filhos e netos, não sabendo que os estão a condenar a uma vida de infortúnio porque, no fim de tudo, no fim do dia, ou é pecado porque ofende a modéstia que um qualquer deus quer para nós ou não merecemos porque é bom demais e as coisas boas nunca acontecem a mais ninguém a não ser aos outros.

A filosofia da nova era encontrou formas de contornar esta realidade e faz proliferar outros chavões igualmente bacocos como não, não, o sonho é que é, quem sonha sempre alcança, quem luta sempre consegue, luta, batalha e conseguirás, não desistir, não deitar a toalha ao chão, procurar alternativas, lutar e persistir, insistir e todo um chorrilho de vazio contente e que vende milhares de livros de auto-ajuda para quem só está bem a olhar para o que não existe.

No entanto, a educação que nos foi dada é a base de tudo o que acabamos por ser.

Por isso, por mais frases feitas que se leiam e postem nas redes sociais, acabamos por nos conformar com o que de mau nos sucede e aceitamos, de cabeça baixa, porque somos pobres, principal e essencialmente de espírito, mas somos muito honradinhos, lavadinhos e humildes, e isso é que conta.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

I'm Fine


Outra Vez Isto




 Não está mal, não está mal...

About Last Night


Acalmai as vossas passarinhas exaltadas.

Não haveis lido Os Maias?
Não haveis lido Tieta do Agreste? (este sim, o romance entre tia e sobrinho)

Não sabeis que nem sempre os laços de sangue são impeditivo de umas boas e grandes cambalhotas?

Quer dizer, tudo contentinho e mais não-sei-quê por causa do Jon & Daenarys durante sete temporadas e agora é só mostrar nojinho?

Tende paciência!


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Maneiras que uma pessoa volta e está ligeiramente frio, ligeiramente enublado, ligeiramente cheio de gente por todo o lado que tudo o que é cabrão já voltou de férias e anda na rua a encher tudo e a atropelar toda a gente e dá com o escritório mais vazio que aqui o pessoal aproveitou as férias para dar o grito do Ipiranga e nunca mais cá pôr os pés.

E é isto, basicamente.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Como nem tudo no Égastulo é mau, lá me deram uns dias para descansar.

Maneiras que vou levar o queixume para outros sítios e, daqui a nada, já estarei de volta, que o tempo bom nunca dura porra nenhuma.
 


 Nem vou tecer comentários acerca do aspecto e da indumentária dos músicos, que as imagens falam por si.

Cá está, no entanto, um cover bastante decente.


Isto é aquilo que costumo apelidar de música betinha, mas não deixa de ser um cover interessante.
O terror não tem fim. 

E, desta vez, é mesmo aqui ao lado.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Meanwhile in Érgastulo - Parte Quinta

 - Ora, ela diz que se chama Cátia, mas toda a gente sabe que o verdadeiro nome dela é Cátilene. - diz ele com um ar de desprezo e nojo pelos pobres que têm que inventar um nome que não têm para parecerem mais interessantes.

Nada a ver com ele, cruzes credo!, que não usa um apelido a fingir que é o seu nome próprio e não esconde de toda a gente que na verdade se chama Zé Manel.







Foi aqui que vim parar.
Parece que houve um mini-terramoto hoje, às 7h44 da matina, que se sentiu em Lisboa e arredores.

A minha pessoa não sentiu absolutamente nada. Se calhar até senti, mas tomei o tremor por um dos peidos do meu herdeiro e não pensei mais na coisa.

Talvez a Margem Sul não conte como arredores de Lisboa.
É, Loures é que é...
Blue Monday sempre exerceu sobre mim um fascínio descomunal. Foi a melhor invenção dos New Order e não me canso nunca desta melodia.

Há uns valentes anos, quando saiu o cover dos Orgy, lembro-me de ficar agarrada ao rádio, à espera que dissessem o nome da banda depois da música passar.
Sou capaz de passar um dia inteiro - como aliás jhá aconteceu - a ouvir a música em repeat. Não sei explicar o que é que a música tem, sei que se me entranha pelo ouvido até ao fundo do cérebro, fazer-se o quê...

Por isso, é com grande alegria que constato que por essa web fora proliferam covers, de todos os estilos possíveis, desta música maravilhosa.

Creio que vou pespegar aqui, futuramente, o melhor que o Youtube tem para oferecer.

Comecemos por esta, que é uma lufada de ar fresco:


segunda-feira, 14 de agosto de 2017



Em dias de profundo tédio e monótono aborrecimento, dou por mim a ver estes 50 segundos maravilhosos e o dia fica logo outro.

Somehow, I Knew It...

Spoiler Alert! (clicar para ver com mais propriedade esta pérola do episódio de hoje)

90% é um exagero descomunal, mas não deixa de ter um fundo de verdade, sim.

Ele Há Coisas...

... que não percebo. Nem quero perceber, a bem da verdade.


Qual é a necessidade das pessoas atenderem o telefone com a boca cheia?
Ou estarem a falar enquanto comem?
Acharão sexy o barulho da mastigação?
Creem decente que se fale e nada se perceba?

Cada vez que me deparo com um fenómeno destes lembro-me sempre daquela andorinha que fazia parte do meu patronato anterior, que adorava vir para o pé dos outros enquanto comia fruta.

Nada a dizer, fosse ela uma pessoa normal e com normas de socialização e educação interiorizadas. Mas não era.
Aquela mulher só sabia comer fruta a chupar a dita e a fazer um cagaçal de meia noite, sugando muito bem sugadinho qualquer pontinha de humidade que pudesse haver naquele pedaço de natureza. Lembro-me particularmente das pêras, que gostava delas madurinhas e cheias de sumo, para depois parecer um aspirador avariado a tentar puxar para o saco um quilo de pedras. Não raras vezes a apanhei nestes preparos a falar com clientes, não só pelo telefone, mas frente a frente, a mostrar a toda a gente como se comia no Paleolítico.


Pensava eu, na minha inocência, que era só ela que não tinha maneiras, que era bruta e provinciana e que só fazia aquilo porque, coitada, apesar do imenso mar de dinheiro que possuía, era bruta como as casas e, no fundo, uma matarruana de meter dó.

Pois que parece que não.
Afinal, em todo o lado há pessoínhas destas, porcas até à 15ª geração, que não sabem comer e gostam de vir ensebar o ar que os outros respiram com nódoas de pêssego e migalhas de pão.

Foda-se, que é demais...
Não é raro em vésperas de feriados, ainda para mais nos feriados que convidam a pontes, as cidades estarem desertas.
Hoje saí de casa e não vi uma única pessoa até chegar à estação.
O comboio ia tão vazio que até pude ocupar o lugar do lado com os meus pertences.
Isto não é, como disse, raro acontecer, principalmente nas cidades e terrinhas mais pequenas.

Mas isto também acontece em Lisboa, fenómeno para o qual não estava preparada. Lisboa deserta parece um cenário de catástrofe nuclear. Mesmo nos dias anteriores, Agosto no seu melhor, está muito menos gente, mas ainda assim, há movimento.

Hoje não.

Hoje não se ouvem carros, não se ouve buzinar nem se ouvem taxistas muito afoitos a chamar nomes aos transeuntes que gostam de passar para o outro lado da estrada à maluca. Não se ouve ninguém.
Neste edifício, tão cheio de vida, não se encontra vivalma.

Vim, pois, trabalhar para uma terra de zombies, o que me leva a maldizer a minha sorte por ser a única ursa que tem e vir trabalhar.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017



Nem sei porque fui eu lembrar-me de semelhante melodia.
Não faz muito o meu estilo (a bem da verdade, não faz nada o meu estilo) mas não soa mal.
Mesmo nada mal.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Coisas Que Vejo Por Aí # 42


Este amigo esteve comigo anos a fio, não sei bem quantos, mas se tivesse de apostar, diria mais de 5.

Tive muita pena de o acabar porque era um produto maravilhoso. Leve, brilhante q.b. e versátil, porque tendo pouca pigmentação permitia a sua aplicação como sombra, o que era deveras porreiro em dias de pressa.

Não sendo nada caro, torna-se uma verdadeira pechincha pelo tempo que durou.




Muito, muito bom.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Mantra

Não-usar-vestidinhos-vaporosos-em-dias-de-ventania.

Não-usar-vestidinhos-vaporosos-em-dias-de-ventania.

Não-usar-vestidinhos-vaporosos-em-dias-de-ventania.

Não-usar-vestidinhos-vaporosos-em-dias-de-ventania.

Não-usar-vestidinhos-vaporosos-em-dias-de-ventania.

Não-usar-vestidinhos-vaporosos-em-dias-de-ventania.

Não-usar-vestidinhos-vaporosos-em-dias-de-ventania.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Meanwhile in Ergástulo - Parte Quarta

Faz-me muita confusão que as andorinhas desta casa jurídica andem constantemente de semi-férias.

E o que é isto de semi-férias?
Nada mais simples do que ir de férias semana sim, semana não.


Juro que não percebo, a sério que não.
Qual é o gozo de passar dois meses em que não se descansa convenientemente e também não se trabalha por aí além?
Dizem que assim parece que as férias são maiores. Não percebo como. Cada vez que se vai de férias tem-se logo a sentença marcada de trabalho para a semana seguinte. Quem é que consegue desligar do stress neste esquema?

Qualquer dia também estarei inserida neste fim-de-mundo-em-cuecas mas até lá, passa-me completamente ao lado.

Na Senda da Senda

Quando leio ou escrevo a expressão "na senda de", lembro-me sempre da minha ilustríssima anterior entidade patronal, que odiava que escrevesse nas peças esta locução.

Dizia sempre onde é que você viu que isto se escreve ou quem é lhe disse que isto se usa ou, ainda, porque é que está a usar esta linguagem de polícia, achando que me ofendia profundamente ao comparar-me a um agente da autoridade. Mal sabendo, claro, que a polícia não usa esta expressão (para esses funciona o nomeadamente e o efectivamente, o derivado de e o das mesmas, expressões que ele próprio se fartava de usar) e que na senda de até se pode ler amiúde na jurisprudência e noutras literaturas jurídicas.

E isto vindo de uma pessoa que, a escrever peças processuais, dava erros gramaticais de meia noite e que se achava, simultaneamente, um poço da eloquência escrita e falada. Ainda tenho guardadas algumas pérolas dessa sabedoria ancestral e, qualquer dia, não tendo o que fazer, pespego com elas aqui.

Portanto, na senda do post anterior, que é, ele próprio, na senda de um outro post mais antigo, lembro-me disto e arrependo-me de todas as oportunidades que tive para o mandar abertamente para o caralho e não aproveitei.

#souestúpidaegosto

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Ainda na Senda do Post Anterior


Imagino sempre esta gente d'A Guerra dos Tronos a ir ao registo fazer o cartão de cidadão e a ficar meio ano a dizer o próprio nome.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

As Ideias que Surgem quando se toma Banho



Jon Snow não é filho de Ned Stark.
Agora já é oficial para quem vê a série.
Para quem também leu os livros, apesar de não ser explícito, nem se falar nunca abertamente do assunto, pormenores davam a entender essa realidade. Mais que não seja porque Ned Stark era um homem seríssimo, que nunca esconderia da sua amada mulher o nome da mãe do filho, caso fosse efectivamente ele o pai. Não revelando o seu nome, dava a entender que guardava um segredo que não era seu.


Jon Snow é filho de Lyanna Stark, irmã de Ned Stark, e Rhaegar Targaryen, um dos filhos do Rei Louco, e irmão de Daenerys Targeryen.
Ned Stark perfilhou Jon Snow em promessa que fez à sua irmã, no leito de morte desta, para proteger o miúdo de Robert Baratheon que andava a matar a eito tudo o que era Targaryen.

Tendo isto como assente, agora que já é oficial e já se pode dizer, Jon Snow tem uma pretensão ao trono acima de Daenerys: é filho de Rhaegar, que era o filho mais velho do Rei Louco, enquanto que Daenerys é a filha mais nova deste e, portanto, tia do Snow. Reparem como isto, de repente, parece a descrição de um romance da Casa dos Segredos...

Adiante.



Daenerys não só não é a última dos Targaryen como a sua 'linhagem', por assim dizer, pretere à do sobrinho.

Jon Snow é, portanto, um Targaryen, tal como é um Stark (e não um bastardo), e o verdadeiro herdeiro do Trono de Ferro.

Jon Snow é Rei. Muito mais que ser o Rei no Norte, é Rei de Westeros.



Ora, havia uma senhora, habitualmente vestida de vermelho, que há umas temporadas atrás adorava um belo churrasco de monarquia, de seu nome Melisandre.
Estava plenamente convicta que queimar na fogueira gente com sangue real , ou retirar-lhes o sangue à bruta ou qualquer outra coisa que significasse aleijar um bocado, dava-lhe o poder para ver e saber coisas do futuro, uma cortesia do seu Deus do Fogo. Também tinha a mania que era sapientíssima e que guardava conhecimentos que os meros mortais não alcançavam.


Já que era tão iluminada, agora foi-se um bocado abaixo, coitada, tinha a obrigação de saber a verdadeira origem de Jon Snow.
Não é segredo para ninguém que ela gostava muito dele e, se pudesse, tinha tirado umas casquinhas ao nortenho, mas nunca mais do que isso. A bem da verdade, ele também nunca lhe deu confiança, provavelmente pressentindo o perigo que emanava daquela mulher.

Não obstante, ela, como feiticeira e clarividente, teria a obrigação de saber que aquele não era um reles bastardo, não era apenas o Comandante da Patrulha da Noite, não era apenas mais um membro dos guardiões da Muralha.

Teria obrigação de saber que aquele era o herdeiro legitimo do Trono de Ferro. E, na posse dessa informação, teria tentado deitá-lo numa chapa e fazer dele um churrasquinho à moda do norte para conseguir ver o futuro, poder que o seu Deus lhe conferiu.

E esta senhora, que me recorde, nem nos livros nem na série, tentou fazer tal coisa. Mais, nunca deu a entender que sabia mais acerca de Jon Snow do que as aparências mostravam.

O que me leva a concluir que era não é assim tão feiticeira quanto isso e andou a embarretar toda a gente. Sim, é verdade que ela via potencial em Jon Snow mas nunca mais do que isso. Nunca demonstrou saber mais sobre a família do rapaz do que os restantes.

E, como na Guerra dos Tronos, nunca nada é linear, passou-me pela cabeça que isto pudesse ser relevante. Só não sei concretizar exactamente em quê.


E era só isto.

Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve


Não está mal, não é maçador, não leva ninguém ao engano. Mas gostei mais do primeiro.
Não obstante, estou em estado de ansiedade para ler o próximo.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Aniversário


Parecendo que não já lá vão 10 anos desde que esta espelunca abriu portas.

10 anos.10 ANOS, CARAÇAS!!!

Onde se meteu o tempo?!

Olhando para os textos de então, concluo duas coisas: tinha a mania de escrever em código, mas código insusceptível de ser decifrado, tanto ou tão pouco que agora, mesmo que faça um esforço, não faço a mais pálida ideia a que raio me estava a referir e tinha claramente muito tempo em mãos para gastar a escrever parvoíces.

Continuo a gastar tempo a escrever essas parvoíces, é certo.
Mas tornei-me mais descarada ao longo do tempo.

Tempos houve em que passava a vida a escrever aqui parvoíces, dias os houve em que escrevi mais que dez posts seguidos. Noutros dias, como nos últimos tempos, meses se passaram que só viram publicados um ou dois posts. Associo esses tempos de parca produção literária, se é que se pode chamar literatura ao lixo que aqui deposito, aos tempos mais felizes da minha existência: quanto mais feliz, menos tenho que me queixar, ergo, menos idiotices para escrever.

No entanto, o Bona Mater Familias nunca foi apenas um depósito de queixumes, foi também uma espécie de diário, uma catarse, um escape aos problemas e uma forma de desabafo constante, que me ajudou, de alguma forma, a solucionar muitos problemas e inquietações. Pensar nunca fez mal a ninguém, e por pensar nas coisas, nasceram textos que, por sua vez, foram a própria análise dos problemas que lhe eram subjacentes.

Começou a quatro mãos, ficou reduzido a duas. Os tempos da colaboração já lá vão, mas os textos que não meus ficam para sempre nos anais da internet, a recordar ao autor momentos de maior ou menor inspiração. E essas recordações são muito boas.

Em dez anos, muita coisa aconteceu. Assim, no repente que foram estes dez anos, acabei o curso,  comecei o estágio, juntei trapinhos, agreguei-me à Ordem, casei e tive um rebento. Claro que quem está desprevenido pensa que só me acontecem tragédias, tamanha a tendência para o queixume, mas não foi sempre assim. Também sofri perdas, grandes e dolorosas. Principalmente nessas ocasiões, este espaço foi um alívio e um autêntico ombro amigo. Mais um gigantesco lenço de assoar, a bem da verdade. Mas gosto, pelo menos, de pensar que, simultaneamente com as memórias que me acompanham, esses textos deixam um bocadinho dessas pessoas no mundo.

10 anos.
Um década.
Olhando para trás, parecem-me dez dias.


Não obstante escrever essencialmente para mim, sei que há desse lado, vá, seis pessoas que de vezem quando ainda deitam os olhos às palhaçadas que escrevo, e isso, tendo em conta a falta de interesse destes conteúdos, só pode ser motivo de grande e profundo agradecimento.

Na esperança de que esta autêntica palhaçada se prolongue, pelo menos, por mais dez anos, resta olhar para a frente, sempre a pensar em mais queixumes para escrever, não esquecendo o passado, com tantas coisas boas e tão grandiosas queixinhas.

E contra isto, as habituais batatas.