sexta-feira, 15 de julho de 2016

Fechado Para Balanço

Vou de férias.
Quero que se foda o resto.

Queixume Gestacional # FODA-SE

Chegou o dia.
Sabia-o próximo.
Sabia-o mais que provável.
Sabia-o inevitável.

Não me consigo, no entanto, habituar tão rapidamente à ideia como gostaria.
Faço um esforço e não me sai nada.
Faço um apelo a todas as minhas forças - afinal, haverão coisas piores a caminho!
Faço, juro que faço.

Mas é difícil. Tão difícil...



















Não consigo apertar a toga.

Qualquer Semelhança com a Realidade é Pura Coincidência - parte 53º


Seis anos passados e voltamos sempre ao mesmo.
A mesma conversa.
O mesmo queixume.
As mesmas porras estúpidas sempre a acontecerem.

Este foi o caminho que eu escolhi, é o que digo constantemente a mim própria, um mantra pegajoso que me leva a compreender os perigos dos caminhos da auto-comiseração.

Eu escolhi este caminho. Eu escolhi este lugar. O que equivale a dizer, eu escolhi ficar.
E escolhi mal. Vejo isso agora, assim como vi há um ano atrás, ou dois, ou quatro, ou mesmo há seis.

E a minha vida, pelo menos a profissional, acaba por ser um reviver intenso de umas quantas músicas do Tony Carreira - quão triste pode ser um fenómeno destes?!

A vida que eu escolhi - não sei se é ou não um título de uma canção deste senhor, mas já ouvi esta frase algures e tenho a certeza que é dele. Tradução: mama e não chores, que é para aprenderes a não fazer escolhas de merda.

O mesmo de sempre - repetição da tradução supra. Não vale a pena dizer mais nada.

Ai destino, ai destino - se bem que não é destino porra nenhuma, já que tive a oportunidade e a deixei passar completamente ao lado. Agora, mais uma vez aguenta sem chorar que é para não seres ursa.

E outras tantas músicas deste afamado senhor que deverão descrever a minha vida como nenhum outro o conseguiu fazer porque, vejamos, é a minha vida e não lhe faltava mais nada senão isto.



Tudo isto porque vou de férias e não tinha nada que ir.
Isto é verídico.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve

Já tinha algumas saudades do 'meu' caríssimo Simon Scarrow.
Como sempre, escrita fluída e límpida, capacidade de descrição no auge, enredo bem esquematizado e deveras intrigante. Continuo a preferir os livros mais recentes, em que todas estas qualidades estão elevadas ao seu expoente máximo mas, como já referi antes, é sempre bom ler a própria evolução de um autor.
Muito bom.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Queixume Gestacional #4

Nunca.
Mais.
Consumo.
Açúcar.
Na.
Minha.
Vida.


Sim, fui fazer o teste de curva glicémica.
Sim, juro que nunca mais como merdas doces.
Nunca.
Mais.

Cinema Nº ... Coiso

Engraçadinho.
Consegue vislumbrar-se o génio de Jane Austen lá no fundo.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Campeões, Caralho!

E eu, patriota muito fraquinha, que não acreditei que pudessem chegar tão longe nem que fossem ganhar alguma coisa, chorei como uma criança nos últimos dois minutos, quando o árbitro deu o apito final, quando o nome de Portugal foi gravado na taça e quando o capitão levantou o caneco na tribuna, com toda a gente aos saltos, numa imagem que irá durar para sempre.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Coisas Que Acontecem

Há sempre um triste no meio dos contentes.
Aposto que era Galês.
Tadinho.

Queixume Gestacional #3

Depois de 3 meses a vomitar as tripas, eis que chega a fase da fome de loba.
Comer.
Comer.
Comer.

E depois ficar enjoada como uma pescada e ficar horas em poder ver comida.

Para depois voltar tudo ao mesmo.

No fim, já devo ter mais 30kg.

Merda para mim.

Nunca Pensei...

... que a jogar mal como as casas na primeira parte a coisa fosse correr tão bem.

Chupem!!!!!

terça-feira, 5 de julho de 2016

Um Coiso Qualquer


Dou por mim muitas vezes a pensar porque razão não me dão ouvidos mais vezes.

Não que tenha sempre razão.
Não que a queira ter.
Não que seja ponto de honra que as pessoas me oiçam e sigam aquilo que digo sem questionar e sem pestanejar.

Nada disso. Até porque já discorri longamente sobre esta temática.

Apenas me irrita sobremaneira quando aquilo que avisei acaba por acontecer.
E fica tudo com cara de cu, a olhar para o ar, como se o acontecimento fosse de uma estranheza igual a um elefante a conduzir um camião TIR em plena autoestrada.

Mas não estava na cara?
Mas não era obvio?
Mas era preciso ter uma inteligência acima da média para perceber?

Ora foda-se mais a isto.

Nem sei para que me ralo.

Querem foder-se para aí todos? Força!
Querem acreditar nas alminhas boas que existem? Óptimo!
Querem cair na mesma esparrela de sempre? Olha ca bom.

See if I care.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Queixume Gestacional #2

Tirando os três primeiros meses um pouco nauseados, não me tenho podido queixar muito das mazelas que minha nova condição me reserva.

Porém, há bem pouco tempo, a nova condição apercebeu-se que tenho pés e tornozelos e não achou bem; deve achar pouco estético, se calhar pouco higiénico ou simplesmente inútil.

Maneiras que resolve atacá-los como se não houvesse amanhã.

Maneiras que deixei de ter pés e tornozelos, agora tenho trambolhos.

Maneiras que agora sou praticamente uma idosa e tenho um banquinho debaixo da secretária (que mais não é que o troley dos julgamentos, deitado) para colocar os pés, em permanência.

Maneiras que a minha posição para ver televisão passou a ser sentada no sofá com as perninhas esticadas sobre uma almofada, em cima da mesa de apoio.

Maneiras que tenho algum pudor em usar calcas justas ou leggings porque os meus trambolhos vêem-se à distância e não há ninguém, mas ninguém mesmo que, vendo o meu estado interessante, não me venha a correr guinchar aos ouvidos "Tás tão inchada, filha". (eu sei, seus cabrões, eu sei!)

Maneiras que é isto.

Um Bocado Disto, Sim