segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

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Acaba-se de descobrir que há uma cirurgia denominada de conização e que é feita no útero.
Pergunta-se, sendo suína todos os dias, se o procedimento tem este nome graças à via por onde é efectuada ou simplesmente porque acharam engraçado fazer o trocadilho...
Há um que eu cá sei que conseguiu esborrachar-se contra uma porta de vidro que está à frente dos seus olhos todos os dias e ficou com a batata do nariz toda negra.
Não devia rir-me, que tenho igual tendência para o disparate, mas rio na mesma

Da Futilidade VIII

Em mais nova, gostava de ler as revistas femininas, não só para ver os trapos que se usavam, mas para observar as coisas de 'gente adulta'. Os problemas, as questões que se colocavam, os dramas e todas as existências de gente grande, não apenas num óptica de curiosidade e informação, mas também de preparação para o futuro.
E tratavam as leitoras por 'você', o que dava ainda mais um ar crescido à coisa; Bravos, Superpops e Ragazzas tratavam as leitoras por tu, o que não ajudava nada à credibilidade como revistas a sério, para pessoas adultas e muito crescidas.
Qual não é o espanto quando, ao comprar a revista feminina de sempre, vejo o texto escrito de forma a tratar a leitora por tu, como se fossemos todas amigas, tivessemos andado todas na escola, deixando de lado a hipótese da dita revista ser uma espécie de guru da gaja para passar a ser um depósito de estupidez 'faz isto, não faças aquilo'.
Mas que é isto?
Onde ficam as expectativas daquelas que ainda não acreditam que são adultas e preferem ler revistas destas para tentarem ser mais crescidas?
Se é para ser assim, acho que não tarda nada, volta-se às revistas da miudagem.

Ahn?!

Terão as pessoas naturais das terras do Douro alguma dificuldade em pronunciar palavras como ténis ou chiclete?
É que sapatilhas são para fazer ginástica e chicla não sei o que é.

Cinema XXIX


Levezinho e engraçadinho.
Até pensei que a história podia acabar mal, tanta tragédia, nunca se sabe, e ainda saía outro Sweet November na rifa, mas afinal, até acabou relativamente bem.
E o senhor protagonista até é giro, vá.

Verdade Irrefutável

Quando precisamos da bófia, a bófia não consta.
Quando a bófia fazia melhor se estivesse longe, a bófia, na verdade, está a ver-nos fazer asneiras.
E esta premissa tem tanto de irónica como o resto das ironias da vida.
Quando vemos um filho da mãe qualquer a ultrapassar pela direita, a fazer manobras perigosas, a fazer razias para chegar mais depressa ao destino, a fazer a via toda pela berma para não ir na fila, a pastelar na faixa do meio, a apitar a toda a gente, a fazer coisinhas com os dedos aos que vão a cumprir o código, a não respeitar stops e sinais de prioridade e tantas, tantas outras asneiras que os outros fazem, mas que ninguém vê, muito menos a bófia está por perto para autuar devidamente. Já para não falar naquelas situações em que os mitras vêm pedir moedas ou tabaco e acabam por levar o telemóvel, mas isso já era pedir demais.
Porém, quando uma pessoa vai cheia de pressa e ainda por cima fez asneira ao ir pelo caminho mais longo, e faz uma ligeira, pequenina, minúscula infracção de inversão de sentido da marcha quando há um sinal de sentido único obrigatório, onde está a bófia?
Exactamente, do outro lado da estrada, a ver, e a acenar energicamente, de dedinho esticado no ar, a dizer que não se faz, que é grave, que é feio, o que é você pensa que está a fazer.
Até ver, nada que um olhar de bambi e cara de estúpida que não conhece o sítio não resolva, a não ser que o ogre tenha topado o esquema e tirado a matrícula e aí é que já não há salvação; antes ainda havia o carro da progenitora a defender, podia ter sido ela e não eu, mas não, agora o carro é meu, o Fisco que o diga, e estará o caldinho todo no chão.
Esperando que tal não ocorra, todos os dedinhos cruzados na maior das figas, conclui-se portanto, que de ironias está o mundo cheio e contra isto, uma tonelada de batatas.
Gostaria, apenas, de ter perguntado ao senhor bófia se quando os ladrões e restante gatunagem andam por aí a locopletar-se com a propriedade alheia, também ele está logo lá de dedinho no ar, a dizer que não se faz; até pensei mesmo em verbalizar semelhante pensamento, mas depois lembrei-me que não posso ter cadastro.
O que é realmente uma pena.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Nonsense Talking VIII

- Estou?
- ...
- Desculpe, mas não consigo ouvir
- ...
- Continuo sem perceber. Importa-se de repetir?
- Desde que estive contigo ontem, não consigo deixar de pensar em ti, Sara.
- ... Er...
- Sim?
- Isso é tudo muito bonito, mas eu não sou a Sara...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Dia da Memória do Holocausto



Em memória dos que tombaram.




Sem Medos

Sejamos honestos: as mulheres são iguais aos homens, pelo menos, no que toca à natureza sexual; apenas as ensinaram a controlar esse ímpeto e convenceram-nas que mostrá-lo é uma coisa horrível. Porque ele está lá, existe, nasceu com elas, como nasceu com os homens. Só que uma mulher mostrar que é 'sexuada' é badalhoco, é coisa de pêga, é feio, é pouco digno. Se for um homem, ah, então está bem. Coisas que o viver social impõe, tem sido assim desde há séculos, e agora não deixa de o ser porque as mulheres deixam, batalha-se por uma questão de igualdade, mas no fundo, todas têm medo que as apelidem de putéfias e libertinas, contra a pressão social e religiosidades, batatas. Enfim, retome-se a temática inicial, sob pena de discorrer longamente sobre um assunto enfadonho e batido, sem expôr aquilo que pretendia à partida.
Se as mulheres são iguais, na sua génese, na sua natureza, pelo menos, na sexual, seria normal que estivessem sempre prontas para a acção quando ela aparece à frente.
Na verdade, estão. Estão, como os homens também estão.
Porém, não o fazem.
Porquê?
Dois motivos, apenas, não cumulativos:
a) ou a mulher é púdica, dividindo-se esta hipótese em duas sub-hipóteses, porque tem em cima de si o preconceito social do qual não se pode livrar, ou porque é virgem e portanto, hesitante
b) ou a mulher não se dedica à bela e exímia arte da depilação vai para 11 meses e 4 semanas e está realmente parecida com um panda chinês.
Sendo certo que a hipótese b) é, normalmente, a mais correcta.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ai A Porra

Não percebo, se é de mim, se é do Word, o que é certo é que se criou uma incompatibilidade onde antes só havia amor.
Quando até me ajeitava minimamente, até fazia uns trabalhinhos jeitosos e uns textinhos bonitos, agora só me saem salganhadas desformatadas e merdas cheias de rabiscos nas notas de rodapé e cabeçalhos todos destruídos.
Que se passa, deus meu?
Ter-me-ei transformado numa info-excluída?
Que faço à minha vida com tamanha infelicidade?



Macacos me mordam se algum dia hei-de perceber o raio da diferença entre peros e maçãs.

Nada a Fazer - Vol.V









Rui Massena

Este senhor é, vá, sexy até à 15ª geração.
É que tem tudo, tudo, desde o cabelo, até ao sorriso, passando pelo facto de ser ligeiramente 'chubbie'. E é maestro; haverá alguma coisa mais sexy à face da terra que um gajo que seja maestro? Qualquer coisa de notável.
Que se há de fazer, os gadelhudos são a minha perdição...


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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Pergunto eu, como quem não quer a coisa, se o processo é ordinário porque as outras formas de processo são de boa qualidade e este é a ralé, ou se é ordinário porque se anda por aí a esfregar nas esquinas, a vender o corpinho...

Espuma dos Dias

Não se percebe bem o que passa pela cabeça das pessoas para irem fazer mexericos umas às outras. Se é para destabilizar ou para provocar algum tipo de reacção àquele que ouve, permanece um mistério.
Ainda se o que se conta tivesse sentido, fosse uma notícia de última hora, ainda vá, pois que há que manter um certo nível de informação e manter a actualidade; mas não, é só coisa sem interesse.
O que salta à vista é somente uma coisa: não há mais nada que fazer. Não há. Há crise, há falta de emprego, e essas desculpas todas que o bom português adora, e há, ainda, por aí uma epidemia de sarna que leva a que as pessoas se cocem, por isso há que andar a espalhar peçonha.
Vão-se lavar por baixo, que a coceira passa.

É Uma Pena

Realmente, tenho muita pena, Sr. J. dos Correios, você é mesmo uma beleza de cair para o lado, com uma face tão linda que parece esculpida, umas feições de deus grego, esse ar de i don't give a shit, até o cabelo, quando se fecha os olhos e se imagina que está lavado, é qualquer coisa de notável, no entanto, apercebi-me hoje, você é panasca até à 15ª geração, e não digo isto por mal ou por qualquer desprimor pela sua orientação sexual, digo apenas com toda a pena, porque é um desperdício enorme deixar ir uma beleza assim jogar na equipa contrária.
Choses de la vie.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mais Cavaquices


E pronto, mais Cavaco por mais 5 anos.

Tenho pena que a esquerda não tenha sabido fazer uma campanha decente e focada no que era realmente importante, em vez de navegar por mares da suposta corrupção e arranjinhos por todos os lados. Não se lembrou a esquerda deste país que arranjinhos todos têm e que havia muito por onde pegar para derrubar o que estava instituído. Enfim, não se pode esperar grande coisa disto, afinal, são políticos.

E tenho maior pena ainda que mais de metade das pessoas não tenha ido votar. Bem sei que a insatisfação e o descontentamento generalizado fazem parte do clima que se vive; só não sei é porque é que as pessoas adoptam exactamente o tipo de conduta que não deveriam adoptar. Quando podem fazer a diferença, ficam em casa e deixam que outros decidam? Quando realmente têm voz no caminho a seguir, decidem ignorar? Quando têm a faca e o queijo na mão decidem não tomar atitude alguma?

E depois vêm queixar-se, de tudo o mais alguma coisa. Acham que têm legitimidade?

Deixam que outros escolham o destino e ainda acham que são injustiçados e que está mau e que há crise e essa ladaínha toda, quando se limitam a ficar a olhar?

Não me parece.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Dia de Eleições

Não sei se hoje se pode falar em eleições ou se estamos em modo de voto de silêncio até às 19 horas. De qualquer maneira, só queria dizer que, mais uma vez e para não dizerem que não é já tradição, estava mais gente na taberna que a votar.
E é uma tristeza.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Leituras XXX


Uma viagem ao mundo da Reforma da igreja em pleno reinado de Henrique VIII, com um investigador inocente das andanças da corte, mas com uma mente e uma perspicácia notáveis.

Uma espécie de O Nome da Rosa da época Tudor.

C. J. Sansom brilhante, nas descrições e na construção dos personagens.

5 estrelas.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Da Futilidade VII

Ouvi dizer que a Luciana Abreu deu à luz uma menina à qual chamou de Lyonce Viiktórya.
Lyonce Viiktórya?!, perguntarão vocês; Lyonce Viiktórya, responderei eu, isto tudo numa tentativa do nome soar melhor quantas mais vezes for repetido.
Pois. Por mais que tente fazer um comentário engraçado e soberbamente inteligente não me vem nada à cabeça.
Lyonce é um 'aportuguesamento' de Beyonce?
Não sabem escrever Vitória? É preciso escrever mesmo Viiktórya?
Gostava de saber exactamente como é que vão convencer o conservador do registo civil a chamar aquilo à miúda; é que gostava mesmo. Ninguém mais do que a minha pessoa gostava de pôr um nome estapafúrdio como Jennyffer Sorayah ou Joshuaah Anttony a filho meu, por isso convém saber as artimanhas a executar na hora de atropelar o prontuário.
Ainda por cima, corre por aí um rumor que o parto vai passar na televisão, com o senhor Djaló a retirar a petiz das entranhas da senhora sua esposa. Como se já não andasse por aí uma crise desgraçada, ainda vou ter que levar com a patareca da Lucy em horário nobre.
Não há mais nada para fazer, só pode.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

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Pergunto eu, como quem não quer a coisa, que se os que confidenciam coisas a outras pessoas e esses pessoas, naquilo a que chamam opinião, fazem logo a cama, que é como quem diz julgamento, fogueira e absolvição dos pecados, e essas tretas todas, é suposto o confidenciador dar ao outro uma bofa dentes ou mandar à merda basta?

E Sou Tão Estúpida...

Só uma pessoa estúpida fica a mordiscar as coisas que a incomodam horas, dias, meses a fio, sem nunca as meter cá para fora.
Somente uma pessoa muito estúpida prefere meter as coisas no pote das mágoas e rancores em vez de agarrar o touro pelos corninhos e meter tudo em malgas limpas.
Apenas uma pessoa mesmo muito estúpida crê que os outros têm obrigação de saber quando é que fazem merda, o que não deixaria de ser algo fantástico, os humanos virem com bolas de cristal acoplados, e não deixa de ser triste que nem quando metem as patas na poça maior que encontram percebam que fazem merda, enfim, vicissitudes várias com as quais é preciso viver.
Sic transit.
Creio que vivi toda a minha vida à espera que ler uma coisa assim:

Nao axa que me tao a levar dinheiro a mais, Dra.?

Lalalalalala

Lá dizem os franceses, e como eu gosto desta frase, quando se está atolado de merda até ao pescoço, não há outro remédio senão cantar.
Cante-se, portanto!


'My world is a dark and out of touch
I'm left alone a bit too much
What You see is what you get
but when you can't there's nothing left
My world is full of mortal scenes
that blind my eyes and steal my dreams
I can't see or feel it yet
and as I can't there's nothing left
I'll miss it from the cradle to the grave
I'll miss it from the cradle to the grave
I'll miss you from the cradle to the grave'

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E Voltamos Às Mães Que, Como Diria Freud, São A Origem De Todas As Maleitas

As relações com os progenitores serão sempre complicadas, mais que não seja pelo eterno fosso entre gerações.
E, como diria o pai da psicanálise, tudo comecará pelas relações que cada um tem na infância com os pais, os famosos complexos mal resolvidos e uma série de infortúnios que completam as vidas dos seres humanos até os tranformar naquilo que eles verdadeiramente são:lixo.

O grande problema entre mim e quem me pariu foi sempre a comunicação. Não que seja só esse o problema, haverá outras condicionantes como se verá, mas o problema da comunicação foi sempre o maior entrave.
Não que não se fomentasse o diálogo e a partilha de problemas; muito pelo contrário. Porém, quando chegava a hora de conversar e contar aspectos sucedidos, havia sempre alguma coisa que corria mal. Se antes não sabia o que seria este factor estúpido que levava a que tudo fosse por água abaixo, hoje, do alto do meu quase quarto de século, saberei certamente identificá-lo. Identificá-lo, não resolvê-lo.

Veja-se a coisa deste prisma: se há encorajamento ao diálogo, como se fossemos todos amigos e colegas uns dos outros, o mais normal é chegar a casa e contar o que se passou, o que aconteceu a alguma colega, o que se passou na escola, as coisas que se gostariam de fazer, todas essas coisas que, de uma forma ou de outra, se confidenciam a amigos.
Bem que se tentou; porém, no que toca a confidências, sempre houve do outro lado uma aversão qualquer em ouvir algumas coisas saídas da boca de miúdas com 13 ou 14 anos. Se antes, não sabia qual era o grande problema em ouvir as coisas dos putos, hoje sei perfeitamente de que se trata. Identificar a questão, não solucioná-la.


O problema é que as mães serão sempre mães, terão sempre os seus limites bem definidos, as suas funções muito bem estruturadas, todas as suas baterias apontadas a um único objectivo. Que não é mais que o bem estar dos filhos, mantê-los saudáveis e limpos, sem se meterem em sarilhos, felizes e contentes. O que levava necessariamente a que situações em que outros se metiam, e que depois eram contados em casa, davam direito a sermões intermináveis acerca de não fazer o que esses tais outros fariam, como se fosse eu que tivesse feito a asneira e não os outros. E quem diz contar acontecimentos, também diz partilha de ideiais, o que levava inevitavelmente, a mais um sermão sobre os perigos do mundo.
Até que um dia, desisti de partilhar confidências. Não valia a pena. Porque para quem não tem encaixe mental para acompanhar o evoluir do tempos na pessoa dos filhos, também não tem encaixe para ouvir as confidências deles. Porque o que dali resulta é um sermão ou uma frase mais amargurada sobre o que os outros fazem, tu também podes muito bem vir a fazer.

Quer dizer que era julgada antes mesmo de fazer asneira. E isso serviu-me exactamente para quê? Para nada, a não ser deixar de contas as peripécias, minhas e dos outros, lá em casa.

Se fosse hoje, saberia que coisas as há com as quais não vale a pena encher a cabeça da progenitora; ou porque não compreende, e mesmo que faça o esforço, não aceita, e lá voltamos nós à velha estratégia do sermão que é para ti porque os outros fazem e tu também podes vir a fazer, por isso toma já lá, e não digas que vens daqui.. Se fosse hoje, já saberia que mãe há só uma, e é maravilhosa, só não está é aberta ao que seja demasiado estranho à Idade Média, tempo em que foi educada.

Tão simples como isto. Saber viver, ter jogo de cintura, saber o que se pode dizer e o que é preciso omitir. Perceber que, por mais que tentem ser modernaços, o obscurantismo está entranhado neles como a fuligem nas chaminés, e que por mais que se esfregue, não se consegue tirar.

O que não se está à espera é que as gentes das 'novas gerações' façam o mesmo; criticar, julgar e mandar sermões só porque os outros fazem, logo e inevitavelmente, vais fazer também. Se é medo e preocupação que têm, certamente haverá outras formas de lidar e contornar a questão que não necessariamente a 'castrar' confidências.
Porque esse é um caminho que fomenta tudo menos as amizades.
Esse é um caminho que faz com que as pessoas tenham a sua função muito bem definida, sim senhor, mas não convidam à partilha das emoções.
Esse é um caminho que, a dada altura, se bifurca inevitavelmente.
Porque sete séculos de Inquisição foram mais que suficientes.

Carta Aberta

Caro Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados,

Antes de mais, permita-me felicitá-lo, a si e à sua brilhante equipa do Concelho Geral, por mais uma sessão plenária tão fértil em decisões em prol dos advogados estagiários.
Mais uma marcação do início do curso de formação inicial, mais um adiamento, também.
Os meus parabéns, Senhor Bastonário! Estou realmente orgulhosa de si e do trabalho feito em prol dos aprendizes de advogados. Muito orgulhosa, mesmo.
Desta feita, a fundamentação é a de que é necessário alterar os estatutos para os colocar em conformidade com o acórdão do Tribunal Constitucional. E em que é que o acórdão determina o adiamento do estágio se apenas determina a inconstitucionalidade do exame de entrada na Ordem?
Anda a brincar, Senhor Bastonário, a brincar com a vida das pessoas. A adiar-lhes o futuro, a hipotecar-lhes as perspectivas, a prejudicar-lhes a carreira, por causa de um capricho, de um devaneio.
Quem me devolve o ano que estive à espera, Senhor Bastonário?
Quem me defende no meio das ilegalidades, Senhor Bastonário, ilegalidades cometidas por quem devia defender a classe, cometidas por aquele que deveria ser o Advogado dos advogados?
Quem se levanta para protestar?
Quem de põe do nosso lado?
Quem nos ajuda?
Será o senhor, Senhor Bastonário?
Será quem nos pisa as mãos à beira do precipício?
Foda-se, Senhor Bastonário!

É Tão Bem Feito, Não É?

O meu mp3, ou aquela merdinha que dá música, resolveu passar-se dos carretos.
Dos milhares de músicas que tem armazenadas, resolve só ler meia dúzia. Até nem seria problemático por aí além, se aquilo que lesse fosse jeitoso, mas não. Só passa aquelas músicas que não sendo pimba, são primas afastadas, aquelas músicas que há anos ando a tentar convencer toda a gente que não oiço, que são demasiado pop para os meus ouvidos delicados, aquelas músicas que ponho lá para ouvir no carro quando não está ninguém a ver, para poder cantalorar e abanar o capacete ao ritmo de música que normalmente é estúpida.
Agora o cabrão do aparelhinho só dá aquilo.
Não sei se ria se chore.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Caso Prático

Considere a seguinte hipótese:

Uma pessoa vai à casa-de-banho para fazer o que quer que tenha a fazer lá. Já com o tampo da sanita levantado, a pessoa desabotoa as calças. Eis senão quando o botão das calças salta a alta velocidade, embatendo na janela, fazendo ricochete e indo parar o dito botão dentro da pia, onde se podem ver alguns restos do conteúdo do intestino do utilizador precedente que, porco de merda, não soube usar o piaçaba.

O que pode fazer em defesa da pessoa?
Redija a peça processual competente, afastanto, porém, as hipóteses de se pôr aos gritos, usar palavreado típíco de carroceiro e atirar-se da ponte.

Apetece-me Grandemente Ser Porca #2

Não há coisa que seja pior que um falador numa sala de cinema.
Uma pessoa está descansadinha a ver um filme e está o estupor a bichanar a toda a hora, a mandar piadinhas, a rir alto, a falar para o lado, a comentar o filme e a antecipar o que vai acontecer.
Não há pior que isto.
Pagam-se bilhetes, que já agora estão um abuso de caros, uma pouca vergonha, onde é que isto vai parar, para estar constantemente a falar para o lado? Paga-se, afinal, para ver o filme, na magia da sala escura, muito mais empolgante que ver no sossego do lar, é por isso que se vai ao cinema, porque só ali tem aquela dose de fantástico, e depois está um filho da mãe qualquer a falar como se estivesse um puticlube qualquer.
Ora, ora, não têm vergonha?
Tenho para mim que estes fala-baratos são aqueles que, no antigamente, iam para o cinema para o marmelanço, estanto-se bem marimbando para o filme, querendo só saber da queca que estavam a dar; como agora não têm quem os foda, fazem basqueiral tentando, de alguma forma, preencher o vazio da solidão cinematográfica.
Não que o cinema não seja um lugar de eleição, que é, para tais práticas, um lugar mais que perfeito, diga-se, quem é que já não perdeu o bendito dinheiro do bilhete só para aproveitar a escuridão imensa para cenas tórridas, o pão nosso de cada dia, portanto. Só que há pessoas que não sabem ir ao cinema sem marmelar e quando não tem o marmelo à mão, fazem barulho, à laia de compensação.
Ao menos que levem quem comer, nunca vi ninguém a comer-se no cinema que fizesse barulho; o que não é de todo, tolerável, é que verbalizem a falta de foda quando os outros querem ver a merda do filme descansados.
Se têm vontade de falar, vejam os filmes no Meo, não vão para o meio do sossego estragar o filme a terceiros com as crónicas do ressabiamento e falta de afago sexual, que os outros têm mais que se ocupar do que com as vossas psicoses. Freud explicava isso muito bem.
Ou não era?

Cinema XXVIII


Sublime.

De uma simplicidade e, simultaneamente, de uma beleza e profundidade tocantes.

Actores excelentes, diálogos extraordiários, no meio de tanta seriedade e tristeza, ainda há espaço para uma certa comédia.

5 estrelas.

Não haverá um Oscar ou Globo de Ouro para este filme?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Leituras XVIX




David Liss é, simplesmente, brilhante.


Tem o condão de prender o leitor a Benjamim Weaver como se fosse o mais quente dos amantes.


Tem o talento inato para deixar saudades da história e vontade de rever o livro todo, só para não nos afastarmos daquele cantinho de imaginação.


Contextualização história magnífica, com detalhes da história de Inglaterra explorados até ao átomo, a evolução do personagem principal é gritante, passando de um idiotazinho qualquer a um herói intemporal.


Nota máxima!


Ouviu-se dizer por aí que já aí vem uma nova aventura de Weaver; pois bem, onde é que anda??

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Reminiscências #4

Às vezes, ainda me lembro do meu assistente de Direito Marítimo na faculdade, cadeira que tive a infeliz ideia de querer fazer, também conhecido como Queixinhas da Merda, e ainda me sobem os calores do ódio pelas tripas acima.
Deve ter-lhe partido os dentes todos quando tive oportunidade ou rachado aquela cabeça de ratazana com um machado para acabar com o sofrimento daquele espécime, mas não o fiz.
E ao não o ter feito, fiz muito mal.
É que a tripa não é dos melhores sítios para se ter calores.

Isto É Uma Pouca Vergonha!

Então vão-se mudar os signos??
Afinal não se é bem de um signo, é mais daquele ao lado?
Não que creia que a minha triste vidinha seja regulada pelos astros, cometas e outros calhaus espaciais, mas não há é direito de uma pessoa andar toda a vida a achar que é de um signo e afinal de contas é do signo mais ao lado.
Porra, isto faz-se??

Presidenciais 2011

Não é que morra de amores por Manuel Alegre, mas nisto há que ver que o senhor tem razão.
Já não bastava ter que levar com ele, que é Presidente da República, como ainda tem que estar a violar a Constituição?
Por amor da santa, o senhor não terá vergonha??

Não É Por Nada

Mas sei de uma ou duas gajas que se pelam para ir à Comarca da Grande Lisboa-Noroeste - Secretaria do Juízos da Mitra Land (aka Sintra) só para ir dar uma espreitadela naquele funcionário judicial dos juízos de execução que é, em si, vá, um pedação muito grande de mau caminho.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Apetece-me Grandemente Ser Porca

E apetecendo ser suína, apraz dizer que começo a ficar positivamente farta daquela p*ta daquela mulher. Não faz mais nada a não ser passear o seu avantajado cu por aquele café fora, tentanto 'vender' o Sammy Boy a tudo o que é gajedo. Até às velhas o impinge, o raio da mulher. E olhe lá que o Sammy hoje vem tão giro, e olhe lá que ele hoje vem tão bem vestido, e já reparou que ele hoje vem às pintas, e olha lá o Sammy que hoje cheira tão bem. E já estás a olhar para o Sammy e ainda mal chegaste, só quer ser atentida pelo Sammy, não é?
E é só disto.
Ao princípio, ainda se poderia pensar que toda esta bajulação servia sobretudo para aumentar a clientela, que a gorda não é parva, sabe bem que o público feminino frequenta o seu cafézinho por causa do moço, para além de ser o único na zona que tem dístico de fumadores, mas isso agora não interessa nada, e chamando a atenção para o rapaz e os seus atributos, quem ficaria a ganhar seria sempre o negócio; se as meninas vão lá ver o Sammy, sempre se sentam e tomam um café, são sempre mais uns trocos que entram. A juntar àquilo que ela ganha explorando o rapaz como se ele fosse um escravo africano do século XV, ter-se-á por conveniente que o ganho é sobejamente grande.
Porém, e quando não há nada para fazer, faz-se psicologia de esquina, e a provar esta premissa vejam-se as quantidades industriais de livros de auto-ajuda e teorias mirabolantes e malabaristas em todas as bancas, depois de algum tempo de intrincada e atenta observação, começa a suspeitar-se que não pode ser só a clientela e o cheirinho a negócio que a leva a passar o dia a mandar boquinhas ao mocinho.
Tenho para mim que o que ela queria mesmo era afiambrar-se com ele.
Afiambrar-se, poder montá-lo, lambê-lo, mordê-lo, besuntá-lo com chocolate, essas coisas que, no fundo, lá bem no fundo, ela desejava mais que tudo fazer. Como não pode, projecta o interesse noutras pessoas, nomeadamente, fazendo notar o interesse dos outros nele, tentando torná-lo numa atracção circense.
Ou não é? Ah que bom que era, agora que se está gorda e velha, um gajo novo, possante, deslumbrante, cheio de vida e de saúde, realizando suas fantasias, taras e manias, podendo esfregá-lo com suas mãozinhas sapudas, mexer naquele cabelo todo, aplicar-lhe uns tabefes naquele cuzinho.
Era ou não era?

Formalidades da Citação Edital Por Incerteza do Lugar

Quando alguém tem vontade de intentar uma acção contra uma pessoa que não se sabe onde pára, às páginas tantas, será inevitável que a citação, esse nobre instituto da prática processual civil, vá parar àquela parte do CPC que diz que para encontrar o desaparecido é preciso afixar uns editais na porta de casa do homem, na portal do tribunal e publicando uns anúncios nos jornais. Tudo para ver se a pessoa aparece. Diz-me a parca experiência que fazer isto ou não fazer é igual ao litro, a pessoínha continuará desaparecida, mas há que cumprir o requisito legal, é para isso que cá estamos e não fazemos mais nada da vidinha.
Mas e quando os anúncios vêm publicados no separador imediatamente anterior àquelas páginas maravilhosas que enchem os jornais, cheias de cus e gajas em poses eróticas?
Não havia outro sítio para pôr a merda do anúncio senão na página dos cus?
Paga-se um balúrdio de dinheiro para dois reles rectângulos minúsculos e depois vêm a sair na página da putice?
For fuck sake.
Literalmente...

Round 1: Fight!

Um dia destes, tive oportunidade de ver duas pessoas engalfinharem-se no meio da rua.
Não chegaram mesmo a vias de facto, mas esteve lá muito perto.
Parte da minha pessoa, só tinha vontade de rir.
Outra parte, até teve um pouco de receio. É que brigas de gente crescida, do sexo masculino, cheias de testosterona, metem um certo respeito pelo impacto da coisa. Mais que não seja porque pode sempre sobrar para quem está ao lado a ver, mesmo quando são só trocadas palavras aos berros e impropérios sobejantes.
Ainda outra parte de mim, teve mesmo uma certa pena de não haver de facto murros, pontapés, narizes partidos, costelas desfeitas, cabeças rachadas. Afinal, está ali uma pessoa à espera que haja alguma acção e não se vê nada. Tanto barulho e nem uma chapada.
Não sei o que é mais vergonhoso, se a vontade de ver sangue e tragédia, se o facto de me dividir em tantas partes por causa de uma coisa tão mesquinha.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Coisas de Cá - VII

Fenómeno interessante este de não haver um único cabeleireiro nesta terriola do demónio. Mas é que nem um. Só um barbeiro, mas esse não conta.
Porque será?
Será que esta é uma terra de hippies e portanto lavar e cortar o cabelo é coisa que não passa pela cabeça desta gente?

Ai A Porra...

Existem poucas coisas que um ser do sexo feminino preze tanto como os seus sapatos.
Qualquer coisa que lhes possa acontecer é uma tragédia.
Alguém que os trate mal tem de morrer para compensar a perda da sua honra.
E essas coisas medievais que se fazem quando há um atentado contra o bom nome e bem estar dos sapatos.

Ontem, houve uma que eu cá sei que se estatelou no meio da rua e fodeu um par de sapatos novos por causa de tal brincadeira.
Tudo muito engraçado, cair faz rir toda a gente, aquela também se riu; quando viu o estado dos sapatos, passou a não achar graça nenhuma à comédia. Também lixou um par de calças, também elas novas, mas isso são peanuts. Uns sapatos novos esfolados na biqueira. E de lado. Novos. NOVOS! E lindos, maravilhosos, que custaram os olhos da cara. Fodidos porque decidiu-se que ia chover, e chover logo onde?, na rua pavimentada a mosaico de manteiga, e uma pessoa cai, porque também, diga-se, é ursa e não sabe onde põe as patas.

E com isto lá se vão uns sapatos lindos, agora todos fornicados.
Porra, e agora?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mourinho, O Melhor Treinador do Mundo




Não que fosse coisa que não se soubesse, mas este senhor merece.


E é um filho desta terra à beira mar plantada que estará, com certeza, muito orgulhosa dele.
E é ou não é uma coisa tão sexy, tão fofinha e tão gira, e ao mesmo tempo, tão mau, tão carrancudo, tão austero que dá vontade de chegar lá e dar porradinha naquele traseiro por ser um menino mau?

Carlos Castro

Não é que morresse de amores pelo homem. De facto, detestava-o. Achava-o fútil, antipático, intrometido, parvalhão, indigno de qualquer crédito.
Porém, o que tenho ouvido por aí é que é absurdo. Por todos os cantos, só se fala no assunto. E por cada três pessoas que comentam o caso, há sempre uma abécula que acha muito bem o que foi feito, que sempre se foi mais um paneleirão do mundo, que era assim mesmo que eles deviam ser todos tratados, isso mesmo, morram para aí todos, seus porcalhões, e fez o rapaz muito bem, assim é que é, é de homem, pois então!
Mas está tudo doido ou somente temporariamente estúpido??
Ai porque é gay mata-se, é?
Lá porque gosta de pessoas do mesmo sexo é tudo para espancar e maltratar?
Porque são diferentes têm que ser mortos?
Então se assim é, hoje inicia-se a purga pelos gays e a seguir passa-se para aqueles que gostam de morenas, e depois de loiros, e depois de ruivos, para aqueles que vestem calças de ganga, ou que vivem em Sintra, ou em Mora, ou no raio que os partam, até a purga purgar toda a gente e não sobrar ninguém.
Que tal?

Cinema XXVII


Não está mal de todo, tem o Johnny Depp, mas também não podia ser mais previsível.

Comestível.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Infelicidade Irónica

O mal de ser teso é que não há dinheiro a dar com um pau ao virar da esquina.
Quando muito, há no fim do mês, em dias alumiados, em dias em que a poupança é grande, em dias posteriores a festividades como o Natal ou aniversário.
O mal de ser teso é que se anda a namorar coisas tempos sem fim, à espera de as poder comprar, à espera que melhores dias venham, à espera que fiquem baratas, qualquer milagre que permita adquiri-las.
E, senhores!, por vezes os milagres também acontecem e há uns trocos no bolso a mais, a pedir para serem gastos, a pedir para serem trocados pelas coisas giras que se desejam.
O pior de ser teso é a ironia da questão. Pois que quando não há graveto, tudo parece lindo e maravilhoso, tudo é um espanto, tudo se adquiriria se houvesse cabimento, já quando o dito graveto abunda, não só tudo o que é giro desapareceu sem deixar rasto, como também desapareceram as coisas que se andavam a namorar há que séculos. Já foram levadas, já foram compradas por outros pobres que chegaram primeiro.
Assim se fica a ver navios.
Assim se percebem as ironias da vida.
Assim é a vida do teso.

Leituras XVIII


Fenomenal.

Grande poder descritivo, grandes e consistentes personagens, é, ao mesmo tempo que um romance, uma lição de história, maravilhosamente contada.

Mal posso esperar pelas sequelas.

Muito bom!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Não É, Meus Amigos?

Digam lá qual é a necessidade e o sentido de criar duas merdas de pastas para o mesmo processo?
Deve ser pelo gosto de passar a vida à procura das coisas e nunca as achar. Pois que se estivessem na mesma pasta, não haveria o acto de fussar constante para achar as coisas necessárias.

Prometido

Os dados estão lançados.
Tudo o que podia ser feito, feito foi. Inclusive andar à chuva por montes e vales, com rabanadas de vento a levar tudo pelos ares.
Agora é esperar que o esforço seja suficiente.
Acendo várias velas se tudo correr bem.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dos Saldos Este Ano #2

Entretanto, passei pela loja da esquina e comprei umas botas em saldo, uma pechincha e mesmo giras.
Só depois é que me lembrei da poupança.
Afinal, isto não vai correr nada bem...

Dos Saldos Este Ano

Este é um ano de contenção de despesas, aperto de cinto, poupança, e essas coisas todas que toda a gente gosta de andar a dizer a toda a hora.

Porque está mesmo mau, decide-se canalizar o graveto que umas roupinhas e sapatinhos haviam de custar para poupar para adquirir esta magnifica coisa:


Cara como tudo, mas cheira-se aí um cheque da Fnac que nunca foi utilizado e que pode reverter a favor desta nobre causa.

Sim, já se sabe que se fará aniversário daqui a 3 meses, mas isso é tudo conversa de enche-barriga, que na hora do vai-se-a-ver, ninguém oferece porque é caro, ninguém dá porque já não há, ninguém coisa nenhuma.

Que comece o tempo da poupança.

OMG...



Elisabetta Canalis

Digam lá que esta moça não tem um ar masculino até à 15ª geração?
Olha-se para ela e parece que tem escrito na testa 'sou um traveca'.

Bolas, o Clonney merecia melhor...

Alles Gute zum Geburtstag!


Há quem não goste de fazer anos, vá-se lá saber porquê; deve ser a menopausa a chegar.

Porém, este dia é mítico, celebrado há anos, que a S. teve a gentiliza de não deixar passar ao lado.
Parabéns, Herr Lindemann!

Oferta de Natal, a box com estes dois filmes.

Confessando que se aprecia a série, ao ver não sei quantas vezes os filmes, porque as festividades a isso obrigam, ver filmes e muitas vezes para se aproveitar bem o tempo, chega-se à conclusão a que já tinha chegado ao ver a série: a Carrie é estúpida como uma porta.

Anda sempre a correr atrás de um gajo que, para além de velho, não vale a ponta de um corno como pessoa e ainda se dá por muito contente porque ele fez o favor de gostar dela, mesmo depois de todas as merdinhas que arranjava para a lixar. E o estupor lá acabou por ficar com ela e mais não sei o quê. Muito bem. Um bom fim para uma série, sem dúvida.


No primeiro filme, decidem casar. Pronto, sim senhor, está muito bem. O gajo abandona-a no altar, mesmo assim, à queima-roupa, sem eufemismos. A senhora fica muito mal, como é de esperar, mas no fim assume que a culpa é dela que fez do casamento um circo e o forçou a entrar nele. Pois, que emoção... É Carrie Bradshaw! O casamento da moça tinha mesmo que ser com todo o glamour possível, por amor de deus, não se estava à espera disso? O gajo não estava à espera disso? Não conhecia a namorada que tinha, não querem lá ver?


Enfim. No segundo filme, então é que a coisa descamba. Dois anos depois do casamento, o cabrão (já mencionei que ele é um cabrão?) acomodou-se, só quer estar em casa a ver televisão esticado no sofá, sair, dar atenção à moça, é mentira. Quando saem, vai logo bater coro a uma qualquer. E depois ainda sugere que quer dois dias de descanso por semana do casamento para andar à vontade. Logo aqui, poderia sugerir a Carrie uma mandatária que eu cá sei para lhe tratar do divórcio, mas isso sou só eu.

Depois a senhora vai para Abu Dhabi e encontra lá o ex e acaba por beijá-lo. Uau, um grande escarcéu, uma tragédia grega, uma pouca vergonha. E volta para casa a pedir desculpa, muito arrependida, muito triste, como se tivesse cometido uma atrocidade qualquer.




Er..., sou só eu que acho estranho? O bode queria férias todas as semanas do casamento! O urso bateu coro a umazinha qualquer quando saiu de casa com a mulher pela primeira vez em não sei quanto tempo! Sou só eu a achar que o estupor teve o que merecia, e muito estúpida foi ela em não ter dado umas quecas com o outro?


O tal de Big merecia. E merecia muito pior. Mas não, vivem felizes para sempre, com ela a pedir desculpa por tudo e por nada, e a baixar a cabeça aos caprichos do menino, que há-de sempre ser um cabrãozão sem remédio.


Por isso é que a série, os filmes e toda a história são tão bons. Porque retratam exactamente o comportamente feminino. Ai que sou tão modernaça e tão independente, sou uma mulher do século XXI, mas continuo a ser medieval no que concerne correr atrás de um homem e tolerar que ele seja um cavalo.




Samantha Jones continua a ser, de longe, o personagem preferido. Faz exactamente o que quer, quando quer e mais nada. É autêntica, original, chocante, espectacular. Sem pedir licença ou a aprovação de ninguém, governa a sua existência como muito bem lhe apetece. Um verdadeiro exemplo.



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Da Futilidade VI


Recentemente adquirido para embelezar a mesa de trabalho.

Tive, em tempos, um parecido, só que do tamanho de um tractor que tive que deixar de dar corda. Já não me lembrava porquê.

Agora já sei.

Era por causa da chinfrineira que o raio do tique-taque constante faz.

Leituras XVII


E eu aqui a pensar que este era o último livro desta saga, e já a preparar-me para falar mal porque o livro acaba às três pancadas, quando me apercebo, depois de um pesquisa rápida, que Charlaine Harris não podia deixar o seu ganha pão apenas com apenas sete livrinhos, e já se prepara para lançar o 11º. O que significa que teremos Sookie para dar e vender.

Apesar de já ter dito mal do parco talento da senhora para descrever cenas fodengas, que perdeu, já que nos primeiros livros era a maior da sua aldeia, há que reconhecer que as descrições das partes de acção são sempre uma boa surpresa e a capacidade para inventar conspirações e reviravoltas na história é simplesmente fenomenal.

Deixa água na boca para os próximos capítulos.

Muito bem!

Bom Ano!