segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Da Futilidade VIII

Em mais nova, gostava de ler as revistas femininas, não só para ver os trapos que se usavam, mas para observar as coisas de 'gente adulta'. Os problemas, as questões que se colocavam, os dramas e todas as existências de gente grande, não apenas num óptica de curiosidade e informação, mas também de preparação para o futuro.
E tratavam as leitoras por 'você', o que dava ainda mais um ar crescido à coisa; Bravos, Superpops e Ragazzas tratavam as leitoras por tu, o que não ajudava nada à credibilidade como revistas a sério, para pessoas adultas e muito crescidas.
Qual não é o espanto quando, ao comprar a revista feminina de sempre, vejo o texto escrito de forma a tratar a leitora por tu, como se fossemos todas amigas, tivessemos andado todas na escola, deixando de lado a hipótese da dita revista ser uma espécie de guru da gaja para passar a ser um depósito de estupidez 'faz isto, não faças aquilo'.
Mas que é isto?
Onde ficam as expectativas daquelas que ainda não acreditam que são adultas e preferem ler revistas destas para tentarem ser mais crescidas?
Se é para ser assim, acho que não tarda nada, volta-se às revistas da miudagem.

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