quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Happy Halloween

Hoje é o único dia do ano em que não preciso de me mascarar.
As bruxas andam todas à mostra.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Coisas Que Vejo Por Aí # 6

O sítio ideial para empanturrar e ter uma crise de figado, neste dias, é Santarém.
Não há iguaria nacional que não esteja presente neste certame, palavra tão gira e simultaneamente tão estúpida.



Pena o amontoado de bêbedos, burgessos e parvalhões de suíças, como no tempo do rei D. Carlos...

Coisas Que Vejo Por Aí # 5

Aproveitando o último dia em cena, dei um saltinho ao Teatro Nacional D. Maria II para ver a peça Cenas da Vida Conjugal, de Ingmar Bergman .

É dificil explicar o quão fundo esta peça toca dentro do espectador ou quanto de realidade está presente nos diálogos daquelas duas personagens.

É dificil explicar a profundidade tocante e a sensação constante de temor e solidão presos em cada minuto.

É soberbo e soberba é também a sensação de poder assistir a um pedaço de existência sólida no meio de um palco.



Adriano Luz e Margarida Marinho são magníficos e encarnam na perfeição os personagens.

Excelente!



Nota: A sala estava repleta de gente. Como era o último dia de exibição, esperava-se uma enorme ovação de pé e eterna glória para os actores. Em vez disso, a plateia elouquecida riu a bandeiras despregadas durante a peça toda. Riam de todas as coisas que julgavam que ouviam os personagens dizer. Espantadíssima, olhei à minha volta, pensado que devia ser a pessoa mais estúpida à face da terra por não estar a ver onde estaria a piada num drama tão grande. Só vi velhotes e o que parecia gente pertencente a uma associação qualquer da infância desvalida ou qualquer coisa que o valha. Decidi ignorar. Mas foi impossível. Durante duas horas e meia, aquela gente gargalhou fortemente, como se fossem hienas bêbedas, de todas as deixas que os actores davam. Todas. Eu, que em muitos momentos, tive vontade de chorar, tal era a profundidade da mensagem que transparecia, vim para casa a alta velocidade, esperando que o senhor Google me garantisse que não fiz figura de tansa ao querer aplaudir em vez de rir. Afinal, percebi bem. Não era uma comédia. Mesmo. Pelos vistos, tive só azar com a plateia, que parecia toda fugida de uma casa de saúde mental. É melhor não tirar conclusões...

Cinema LXXIV

Mesmo com a besta do Craig lá para o meio, este é o regresso em grande dos filmes de Bond.
Efeitos especiais espectaculares, interpretações excelentes, com destaque para grande performance de Javier Bardem, história muito bem estruturada.
Só é pena que, quando decidam levantar o véu sobre a vida familiar de James Bond, ponham os paizinhos do mesmo a chamarem-se Bond também, o que não deixa de ser profundamente estúpido. James Bond não é nome próprio de ninguém; é nome de código. Mas será pedir demais um filme sem defeitos quando entra o Daniel Craig...
Muito bom, mesmo assim.
Correria, correria, tanta correria...

Qualquer dia, corro a puta da maratona e nem dou por isso, caraças...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

E Para Fechar Em Beleza Uma Semana Excelente ...

Pedi em bordeaux.

Veio cor de merda.




Estou emocionadíssima...

Dos Gritos 'Ipiranguescos' Típicos Deste Estaminé *

Depois de dias cinzentos, o sol brilha de novo. Principalmente porque é sexta-feira, o que normalmente significa que chegou ao fim uma semana de trabalho.

Trabalho, trabalho ... Essa dignificação do homem, que ajuda à evolução física e psíquica do ser humano, que traz a remuneração e auxilia o desenvolvimento da economia pela estimulação do consumo.

Pois sim...
O trabalho não é mais que prostituição, pura e dura.
Em troca de uns tostões ao fim de um mês, o trabalhador esfalfa-se a fazer o que o patrão não quer fazer. Só não há é contacto de partes baixas nem nudez; no resto, é igual.

Ora, pensei eu, na minha estúpida inocência, que tornando-me trabalhadora independente faria o que bem entendesse e que não tinha de dar cavaco a ninguém. É o que dá ser jovem; rapidamente somos endrominados (o que eu adoro este vocábulo nas vozes dos idosos, que se transforma rapidamente em indrominados) e caímos na realidade depressa demais.
Acresce o facto de ter nascido neste país, o que ainda agrava mais a coisa, já de si tão preta...

Descontente com a escravização e exploração do meu belo corpinho e excelso cérebro, resolvi demitir-me das minha funções, vender todos os meus pertences e ir vender cortinados para a Feira da Ladra.




Pois claro, não se está mesmo a ver...

Continuando na senda da imaginação, ainda pensei em colocar uma bomba no edifício, pegar numa arma e disparar à queima-roupa, pegar num taco de baseball e destruir cabeças à paulada.

Depois, veio a vozinha na minha cabeça: Diligentia Maria, a Deontologia não te ensinou nada? Que pouca vergonha vem a ser essa? Tu és um agente da Justiça, não podes andar aí a distribuir fruta como um reles Stallone!

Tens razão, Deontologia da treta, tenho de ser mais subtil. Vou pôr antes uns laxantes nos cafés e nos cházinhos!

Porém, acobardei-me. Achei que umas caganeiras talvez não fossem suficientes para aplacar a minha fúria. E voltaria à questão da carnificina, o que só faz é mal à pele.





Portanto, nada resta fazer senão voltar ao queixume e asneirada costumeiras. É a minha forma de rebelião, muito típica, muito suis generis.

Hoje grito e blasfemo para amanhã poder fazer diferente, é a esperança a que me agarro.

Seja.

Puta que pariu esta merda toda!












* Título e texto inspirados num comentário da Ilustre Imperatriz Sissi

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Tenho um Patrono que, a contar prazos, é um espectáculo...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Ao Que Cheguei

Pareço uma velha.
Écharpe (que mais parece uma manta)pelos ombros, caneca de chá fumegante na frente, óculos pendurados da ponta do nariz.

À próxima pessoa que vier ter comigo, perguntarei, com toda a certeza: "E o menino, é para quê?"

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Da Aproximação Natalícia

Estou a modos que um bocado irritada.
Chateada, vá.
Ligeiramente aborrecida.

Apetecia-me que fosse já Natal.
Que a minha pessoa, apesar de ser um bicho totalmente avesso a religiosidades, crenças e temores a entes superiores, sendo existencialista dos quatros costados, gosta muito do Natal. E das luzes. E do frio. E da comida. E das árvores, da neve, do Pai Natal, das fitas, das bolinhas. E da reunião familiar, verdadeiro espírito da quadra.

Este ano, tenho uma casa inteira à minha disposição onde plantar um pinheiro que tenha, pelo menos, 2 metros de altura, três quilos de bolas de todas as cores, quatro dúzias de fitas, uma de cada raça, sete meadas de luzinhas intermitentes, dois quilos e meio de anjinhos, duendes e sininhos coloridos, mais a estrela do topo, que não pode faltar. E uma coroa de Natal gigante, para pôr na porta da entrada, que já tem um preguinho para o efeito. Até já tenho presentes para colocar junto à supra descrita árvore e tudo...

Porém, quer parecer que ninguém está tão adiantado no tempo como eu.
Não há uma única loja que tenha já à venda todos os apetrechos decorativos para a quadra que se avizinha. Nem uma. Até as lojas chinesas, tão prósperas em tais utilidades, estão mais preocupadas em encherem-se de cangalhadas de Halloween do que em terem à disposição do consumidor apressado tais objectos, tão apetecíveis.

Sinto-me defraudada.
Não há nada que me dê mais gozo que encher uma casa de tralhas, ainda por cima, de Natal.
Nos últimos vinte e cinco Natais, eram os outros a encher a casa por mim.
Agora que é a minha vez, nunca mais é tempo.

É indecente. Não se faz.

Sabe-se Que Isto Está Mesmo Bom Quando...

... a primeira palavra que vislumbro é 'suicide'.

Coisas Potterianas - Parte III

Pergunto eu, na minha inocência e como quem não quer a coisa, como é que o estuporado do Voldemort vem a recuperar a varinha...
Supostamente, na noite em que atacou o pequeno Potter, operou o contra-feitiço e o Senhor das Trevas foi despojado dos seus poderes. Desapareceu sem deixar rasto, nessa mesma noite. Não se ouve falar mais da varinha.

Como é que ele foi recuperar a varinha treze anos depois?
Foi lá buscá-la, às ruínas da casa dos Potters? Como, se o gajo nem corpo tinha?
Algum dos seus fiéis servidores a foi buscar, logo a seguir ao incidente?

Onde é que andou a varinha que de repente aparece na mão do seu senhor?

Mistérios insondáveis...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Manuel António Pina

1943 - 2012

Da Puta da Pouca Vergonha Em Que Este Mundo Está Transformado

Esta miúda era Amanda Todd.
Vítima de ciberbullying, acabou por se suicidar.
Li a história dela num jornal e não posso deixar de me indignar.

O que é isto?
Quem é que faz isto a outro ser humano?
Quem tem prazer em destruir uma pessoa?

Li, ainda, que os cabrões que a maltrataram, de tantas e de tão diversas formas, ainda fizeram uma festa a comemorar a sua morte.
Que vem a ser isto? Que crueldade é esta?
Acaso esta miúda fez mal a alguém? Era criminosa? Era malvada? Cometeu alguma atrocidade? Matou alguém?

Não sei se os anormais que ajudaram ao desaparecimento de Amanda perceberam que a moça foi vítima de um tarado que se aproveitou dela. Não sei se os estafermos perceberam que podiam ser sido eles no lugar dela. Não sei se esses acéfalos ordinários perceberam que são autores materiais de um crime...

O que é isto, pergunto novamente? São estes os sinais da modernidade? São estas as consequências do avanço da tecnologia e do conhecimento? É este o homo sapiens?

É deveras engraçado, de facto.
Àquelas que aparecem meias despidas, ou mesmo despidas, em poses de dançarina de varão, em qualquer Facebook, há lugar à colocação de likes e comentários de aprovação.
A uma garota que foi vitima de um pedófilo, perseguem-na, maltratam-na, humilham-na, agridem-na.
Não percebo.

Nestas alturas, em que surgem notícias de crimes (oh sim, meus caros, todos os que contribuiram para o suicidio da miúda são homicidas) destes, em que se percebe que pessoas as há que não passam de animais que chafurdam numa poça gigante de lama e merda, repenso a minha convicção de julgamentos por um sistema penal justo e humanista.

Um linchamento, em plena praça pública, seria, neste caso, o mais adequado.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Coisas Potterianas - Parte II

Não me venham cá embarretar.
Querem fazer-me crer que o Snape andou uma vida inteira a pensar na Lily Evans Potter e nunca andou a fazer Snapezinhos noutras hortas?
A sério?!

Da Completa Inimputabilidade II

Devo ser a única pessoa que vai pela rua acima a chocalhar um saco de ovos e ainda fica muito surpreendida quando eles se partem.

Da Completa Inimputabilidade

Tenho umas calças tão apertadas, tão justas, tão cingidas aos corpo que até o meu figado se sente desconfortável.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Apetece-me Grandemente Ser Porca # 25

Senhores, esta é a tal de Kim Kardashian.

Não sei o que a senhora faz da vida (nem me interessa, embora imagine que não deva ser nada que contribua para o bem da Humanidade).
Sei apenas que ficou famosa por ter sido filmada a fazer uns exercícios de sucção.

Apraz, no entanto, fazer uns ligeiros e pequenos comentários. Dadas as fotos infra, creio que ninguém me pode culpar.
Gabo-lhe a coragem de sair à rua em soutien. Gabo-lhe a bela peitaça. Mas devo ser só eu, que fui pouco abençoada no que a mamalhal diz respeito. Costumo dizer que quando esse tal de deus nosso senhor estava a distribuir maminhas pelas mulheres, estava eu na fila das carcaças, por isso, acho piada. Ou então nem por isso.

Agora, isto!, senhores, isto!, é qualquer coisa:
Que vem a ser isto?!
Não me digam que ela pôs um rabo de silicone destes ... ?! 

Conseguirá a moça usar devidamente uma sanita?
Conseguirá sentar-se numa cadeira de palhinha, por exemplo?
Conseguirá encontrar calças com fundilhos naquele formato?

Nunca, mas nunca mais digo que tenho um traseiro grande. Mas é que nunca mais mesmo!

Apetece-me, para além de ser porca, dizer como diz a minha santa Avó, que o mundo está total e irremediavelmente perdido...



Boas Notícias!

Hilary Mantel ganha Man Booker Prize pela segunda vez

Esta senhora, não obstante o seu aspecto sinistro, é uma escritora de uma mestria incontornável.

Ganhou, em 2009, muito justamente o Man Booker Prize com Wolf Hall e volta a repetir a proeza com a sequela. Tendo em conta que surgirá um terceiro livro da saga Cromwell, não tenho dúvidas que o ganhará pela terceira vez, daqui a um par de anos.

Entretanto, resta-me desesperar pela publicação portuguesa.

Outra Vez a Merda do Futebol - Parte 1565215665

Valerá a pena dizer alguma coisa acerca do jogo de ontem da Selecção?

Que ninguém nos acuse de incoerência, no entanto; há miséria em todos os quadrantes da vida pública e social portuguesa.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Coisas Potterianas

Ocorreu-me agora, depois de ter lambido quase quatro livros de uma assentada, que, com tanto pormenor e descrição das acções e dos dias passados na vida de Harry Potter, muito poucas vezes li passagens relativas a banhos e outros hábitos saudáveis de higiene pessoal.

Não querem lá ver que o miúdo é um badalhoco?

Apetece-me Grandemente Ser Porca # 24

Meanwhile no cerco à AR...

Olha!
Não é a República, ali no meio?


Depois de Adriana Xavier, a moça abraça-bófias, chega-nos Maria da Pátria, a rapariga encalorada.

Porque, como se diz num site que eu cá sei, ir simplesmente pedir amor e carinho a um polícia is too mainsteam!
Há precisamente 219 anos, morria na guilhotina Marie Antoinette, terminado com ela uma era.

Reza a lenda que, confrontada com o povo que lhe dizia não ter pão para comer, lhes respondeu, muito despachada: " Não tendes pão? Comei bolos, pois então!"

Verdade ou não, este mini-diálogo faz-me lembrar o que aquele Primeiro-Ministro da gaita faz ao seu povo todos os dias.

Exactamente a mesma coisa.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Da Vizinhança

Está um ser na sala da frente, com o seu fatinho engomadinho, sentado a falar ao telefone, de perninha cruzada, a abanar energicamente um pézinho envolto em meias às riscas azuis e cinzentas, dizendo, muito solenemente: " Ó Não-Sei-Das-Quantas, desculpe lá 'tar-lhe a chatear..."

Não sei o que me mete mais confusão, se as meias berrantes, se o palavreado de bimbo da quinta casa; apraz-me, apenas e porque nada mais me ocorre, pensar que raio de merda vem a ser esta.

Momento 'Sou Ursa e Gosto'

Dormir em pé enquanto se fazem compras não é boa ideia.
De todo.
O sono tolda a visão e atrofia o discernimento.

É assim que se acaba com trombas cor de laranja porque se comprou uma base três tons acima do normal.
É assim que se fazem figuras tristes.
É assim...

Desta Vez, Não Me Calhou o Petisco, Mas...

Pergunto, eu, na minha inocência, e como quem não quer a coisa, se não existirão neste país gandins e outros criminosos afins à espera de ser capturados?

É que a julgar pela quantidade de polícia em toda a extensão da ponte 25 de Abril dá a percepção que não terão as autoridades mais nada que fazer a não ser apanhar com o pé na argola os cidadãos que tentam chegar aos locais de trabalho...

Momento Cuti - Cuti

Mesut Ozil
Parece que esta coisa fofa faz hoje anos...
Sendo eu grande fã de gente esquisita não podia deixar de assinalar a data.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ó P'ra Esta Gente a Passar-se Toda da Carapuça - Parte II

Acabou-se o "Inimigo Público" (clicar para ver mais de perto outra alarvidade)

Acabam com tudo o que presta, sem olhar aos benefícios que as coisas trazem.
Logo agora que mais precisamos de rir é que estragam tudo.

Andam a beber e não dizem nada a ninguém, só pode.

Porém, do que tenho mais pena é o director do suplemento do Público.
Um gajo tão sexy não merece ficar desempregado.
Bolas, é indecente! Já não há respeito, caramba!

Arrota que É Molotof!

Diz ele: " Não está mal, uns retoquezinhos aqui e aqui, vá. "

Quer ele dizer: " Mas ca ganda merda, não tenho com o que embirrar ... "

Ó P'ra Esta Gente a Passar-se Toda da Carapuça

Nobel da Paz Deixa a UE orgulhosa (clicar para ver com propriedade esta nova alarvidade)

Paz?! Mas qual paz?
Não há-de ser paz social, com toda a certeza, que nesse campo, deveriam ser todos enviados directamente para Haia, a fim de serem julgados pelos crimes (económicos) que ajudam a cometer.

Anda tudo doido, é o que é.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Que Caraças Este...

Estou positivamente farta de política e de políticos.
Sempre os mesmo idiotas a fazer sempre as mesmas asneiras, sempre os mesmos estúpidos a empurrar o rabo do gajo do lado para se sentarem na cadeira, sempre as mesmas intrigazinhas de gentinha pequenina e miudinha.

E uma trapada nas trombas, não?

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Da Futilidade XXVIII

Andava há que tempos a namorar estas coisinhas, mas tinha uma preguiça enorme em andar às voltas com o câmbio das libras e dos euros e mais essas gaitas a sete, para os encomendar de terras de Sua Majestade, de maneiras que fui adiando a aquisição de tão fenomenais objectos.
Agora que chegaram a estas bandas, não só comecei a fazer uma lista interminável dos pincéis que gostaria de ter, como ainda efectuei uma dança da chuva, em sinal de contentamento.

Para Além de Completamente Inimputável...

... sou estúpida.

Depois de 2 meses de convivência pacífica, tenho umas saudades imensas da minha longa cabeleira a bater-me no meio das costas.
Sinto, até, falta dos nós, das ondas, dos remoínhos, dos jeitos sem jeito nenhum, do volume imenso. Que agora não tenho.
E tenho frio no pescoço, parte do meu corpo que não via sol há várias décadas.

Ando sempre a esticar as pontas e a medir o comprimento, a ver se há evolução no tamanho, de uma semana para a outra.

Quando parecia uma cigana, maldizia a minha sorte.
Quando corto o cabelo, maldigo a minha sorte porque o raça do cabelo nunca mais cresce.
Ai, a estupidez, a estupidez...

Ora Bolas...

Deixei aquela gata do demónio, animalejo parvo e selvagem, bola de pêlo maricas e profundamente mimada, em casa dos progenitores, mas, de vez em quando, quando tiro um casaco do armário, ainda vêm alguns pelitos agarrados ao tecido.

Não sei se sou eu que sou pouco asseada e não limpo os casacos ou é a voz do destino a tentar impingir-me um gato, à força das memórias amorosas do meu ex-animal de estimação.

Porra Para Isto

Não percebo.

Não percebo para que raio servem as contra alegações se a sua inexistência não contribui para a confissão do que foi alegado pela outra parte.

É só perder tempo com merdas que não interessam para nada, fazer perder dinheiro com a taxa de justiça e obrigar-me a ficar horas infinitas a olhar para uma coisa da qual percebo tanto como de física quântica.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ai Sim?

Quando detecto que alguém das minhas preferências se dá com aquele tipo de gente, que gentilmente apelido de mete-nojo, jet set da treta, tias de Cascais e corja da militância de direita dos tesos, acaba-se-me logo a preferência e começo a pontapear mentalmente tais seres, tamanho o fastio que me provocam.

Sou um ser profundamente preconceituoso.


E você?

Tenho Muita Pena

E tenho mesmo, mas está cá a querer parecer que Mr. Obama foi com os suínos.

O que não deixa de ser uma boa gaita.

Porém, parece que os americanos têm uma predilecção qualquer por presidentes atrasados mentais.

Fazer o quê?

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cinema LXXIII

Sem dúvida que é um bom filme, com bons actores e fotografia excelente.
No entanto, falta qualquer coisa. Não sei se será diálogos mais interessantes, personagens mais densas ou argumento mais profundo.
Dá a ideia de que a história fica toda no ar e que nada é explicado.
Podia estar melhor.

domingo, 7 de outubro de 2012

Da Inimputabilidade Costumeira

Principiei as compras para o Natal.
Sim, já.
Em Outubro, pois sim.

Não, não tenho mais nada que fazer.



Cinema LXXII

A temática é deveras interessante, mas está extremamente mal aproveitada num argumento destes.
Detalhes mal explicados, personagens pouco densas e toda a temática bombardeada aos espectador sem nexo nenhum.
Já vi muito, mas muito melhor.

República Invertida

Tivesse este incidente ocorrido noutra época qualquer, não seria mais do que mais um episódio pitoresco e rídiculo, como tantos outros que têm, infelizmente, acontecido.
Acontecido nesta altura do campeonato, em que as pessoas estão saturadas, em que o governo prova todos os dias a sua incompetência e em que o colapso das instituições que conhecemos é mais que óbvio, é só vergonhoso, ultrajante e inacreditável que não tenham noção da parvoíce e do ridículo.
Temos coisa nenhuma a governar, na Presidência e no resto.
E celebramos assim 102 anos de República, que hoje, mais do que nunca, vai toda nua e de pernas para o ar.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

I Lied, Tuomas! I Love You Still...

Bardamerda Mais a Isto...

Dias os há que não vejo nada mais à minha frente a não ser o que deixei para trás.
E não é lá muito agradável, não ...

I Still Hate You, Tuomas



É melhor recordar as boas músicas enquanto a Anette Olzon ainda está fresca na memória.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Da Austeridade - Já Nem Sei Qual o Volume

Então, e as novas medidas de austeridade, ahn?
Sim senhor, muito bonitas.

Ainda acho pouco, sr. Ministro-Rabaça-das-Finanças.

Se fosse a si, taxava imediatamente as descargas de autoclimo de cada vez que um cidadão usasse a latrina e ainda o papel higiénico usado.

Mas não me ficava por aí; há por aí muita gente que tem bom ar, pele luzidia e saudável.
Isso é um luxo, nos dias que correm.
Essas pessoas deviam suportar uma sobretaxa no seu rendimento anual. Não têm nada que andar bonitas e arranjadinhas. Se o sacrifício é para todos, todos têm de ter um ar faminto e miserável. Ou há moralidade ou comem todos.

E que é isto de ter crianças?
Por cada filho, imposto extraordinário.
Porque toda a gente sabe que as crianças só dão despesa, na saúde e na educação, problemas e aos 18 anos saem de casa para dar desgosto aos pais, por isso toca de inverter a situação e contribuir para o sacrifício global.

E que é isto de ter sapatos? Sapatos são luxos a que a cambada da classe média se habituou por viver acima das suas possibilidades. A natureza encarregou-se de criar o organismo humano, que é uma máquina perfeita, não evoluímos com sapatos já calçados. Portanto, e porque é supérfluo, é passivel de ser englobado em categoria de matéria colectável. O mesmo se aplica à roupa.

Mas ainda pode ir mais longe, Ministro Rabaça.
Todos sabemos que o nosso planeta está a degradar-se todos os anos por força do aquecimento global. Que foi provocado pela poluição que, por sua vez, foi provocada pelo Homem. Ora, daqui a uns anos será impossível viver neste planeta, a água irá escassear e o ar tornar-se-á irrespirável. Por cada contribuinte, aplique uma taxazinha de 1€ por dia para ajudar a suportar o sacrifício de destruição futura do planeta.

Vai ver que as contas se equilibram num instante, sr. Ministro.







É para vir para a rua outra vez, não é?

Sou Inimputável e Gosto

Parece que o sr. Ministro das Finanças vai falar ao País hoje às 15h.

Não sei se tiro a tarde para o ouvir ou se fico a trabalhar.

Talvez a segunda hipótese seja melhor; quando chegar a casa, lá para as 21h costumeiras, o Rabaça das Couves (oh pois, pensavam que ele se chamava só Vitor Gaspar?) ainda deve estar a ler o segundo parágrafo das suas notas.

Conversa de Mitra

" A gente perdeu, mas ao menos ainda partimos um braço a um gajo e demos um soco na boca de outro. Perdemos, mas a jogar à porrada ninguém ganha à gente! "


E era só isto.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Hoje Joga o Benfas

E não se faz mais nada.

Uma Gaita Qualquer Que Não Interessa A Ninguém

A não ser a mim, que nada mais tenho que fazer a não ser desesperar com a estupidez alheia.

Uma das minhas bandas preferidas resolveu correr com a vocalista. Num comunicado fofinho que circula alegremente no Facebook, avisaram que seguiram caminhos diferentes e que se separaram de forma amigável. Um grande bla-bla-bla sobre as coisas terem corrido mal e rebéu-béu-béu, pardais ao ninho e afins.

No entanto, isto causa-me algum transtorno.
Acontece que gostava mesmo da voz da senhora e da performance dela em palco.
Acontece que a rapariga deu uma lufada de ar fresco àquela banda, como já não tinha há 10 anos. Acontece que nunca estão contentes com nada e arranjam sempre maneira de estragar tudo, logo quando as coisas corriam de feição.

Há cerca de 5 anos, resolveram correr com a vocalista original, Tarja Turunen. Que era má, que era estúpida, que se armava em diva, que dificultava a vida a toda a gente, que criava mau ambiente e coisas assim.
Eu, que nunca fui grande fã dela, aplaudi imensamente e achei muita piada ao facto de a terem substituído por alguém com um espírito que se encaixava perfeitamente na alma da banda. Achei, essencialmente, que aquele cabeludo que dá pelo nome de Tuomas Holopainen sabia o que estava a fazer e que o que quer que fosse que por aí viesse seria muito melhor do que o passado, porque aquele rapaz, vá lá ver, como dizer?, é genial e tem sempre ideia fantásticas.

Agora, o estupor passa-se da carapuça e manda a moça embora.

Mas qu'é isto?
Então e o que ela fez pelos Nightwish? E o rejuvenescimento que a presença dela trouxe à banda? Não tinham dito que ela era fantástica, que pertencia à família, que era uma de vós? E a musicalidade na voz, e a magia, e a paixão com que canta? Desvaneceu-se tudo? Afinal estavam enganadinhos, era?

Ora, bardamerda, Tuomas, bardamerda!
Tudo para voltar às origens e colocar como frontwoman uma mezzo-soprano, essa Floor?
Tanta parlapier sobre inovar e deixar o velho estilo para depois ir buscar a primeira gaja que lhe aparece à frente que consegue fazer trinados como a Callas...
Andas a dormir com ela, não é?

Este homem só me dá desgostos.
Estraga toda a obra maravilhosa que construiu num abrir e fechar de olhos.


Vou passar a ouvir Tony Carreira, sempre será mais seguro...

Not Sure If...

As decisões são negativas pelas consequências ou boas pelo alívio que trazem...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Leituras LXIII

Extremamente vívido, cru e brutal, esta é uma obra de leitura obrigatória, que deixa o leitor agarrado ao livro, desesperadamente à espera do desfecho.
Pena que o filme, que é tão bom só por si, tenha sido aldrabado até à 15ª geração.
Muito bom.