quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Da Austeridade - Já Nem Sei Qual o Volume

Então, e as novas medidas de austeridade, ahn?
Sim senhor, muito bonitas.

Ainda acho pouco, sr. Ministro-Rabaça-das-Finanças.

Se fosse a si, taxava imediatamente as descargas de autoclimo de cada vez que um cidadão usasse a latrina e ainda o papel higiénico usado.

Mas não me ficava por aí; há por aí muita gente que tem bom ar, pele luzidia e saudável.
Isso é um luxo, nos dias que correm.
Essas pessoas deviam suportar uma sobretaxa no seu rendimento anual. Não têm nada que andar bonitas e arranjadinhas. Se o sacrifício é para todos, todos têm de ter um ar faminto e miserável. Ou há moralidade ou comem todos.

E que é isto de ter crianças?
Por cada filho, imposto extraordinário.
Porque toda a gente sabe que as crianças só dão despesa, na saúde e na educação, problemas e aos 18 anos saem de casa para dar desgosto aos pais, por isso toca de inverter a situação e contribuir para o sacrifício global.

E que é isto de ter sapatos? Sapatos são luxos a que a cambada da classe média se habituou por viver acima das suas possibilidades. A natureza encarregou-se de criar o organismo humano, que é uma máquina perfeita, não evoluímos com sapatos já calçados. Portanto, e porque é supérfluo, é passivel de ser englobado em categoria de matéria colectável. O mesmo se aplica à roupa.

Mas ainda pode ir mais longe, Ministro Rabaça.
Todos sabemos que o nosso planeta está a degradar-se todos os anos por força do aquecimento global. Que foi provocado pela poluição que, por sua vez, foi provocada pelo Homem. Ora, daqui a uns anos será impossível viver neste planeta, a água irá escassear e o ar tornar-se-á irrespirável. Por cada contribuinte, aplique uma taxazinha de 1€ por dia para ajudar a suportar o sacrifício de destruição futura do planeta.

Vai ver que as contas se equilibram num instante, sr. Ministro.







É para vir para a rua outra vez, não é?

Sem comentários: