segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Da Aproximação Natalícia

Estou a modos que um bocado irritada.
Chateada, vá.
Ligeiramente aborrecida.

Apetecia-me que fosse já Natal.
Que a minha pessoa, apesar de ser um bicho totalmente avesso a religiosidades, crenças e temores a entes superiores, sendo existencialista dos quatros costados, gosta muito do Natal. E das luzes. E do frio. E da comida. E das árvores, da neve, do Pai Natal, das fitas, das bolinhas. E da reunião familiar, verdadeiro espírito da quadra.

Este ano, tenho uma casa inteira à minha disposição onde plantar um pinheiro que tenha, pelo menos, 2 metros de altura, três quilos de bolas de todas as cores, quatro dúzias de fitas, uma de cada raça, sete meadas de luzinhas intermitentes, dois quilos e meio de anjinhos, duendes e sininhos coloridos, mais a estrela do topo, que não pode faltar. E uma coroa de Natal gigante, para pôr na porta da entrada, que já tem um preguinho para o efeito. Até já tenho presentes para colocar junto à supra descrita árvore e tudo...

Porém, quer parecer que ninguém está tão adiantado no tempo como eu.
Não há uma única loja que tenha já à venda todos os apetrechos decorativos para a quadra que se avizinha. Nem uma. Até as lojas chinesas, tão prósperas em tais utilidades, estão mais preocupadas em encherem-se de cangalhadas de Halloween do que em terem à disposição do consumidor apressado tais objectos, tão apetecíveis.

Sinto-me defraudada.
Não há nada que me dê mais gozo que encher uma casa de tralhas, ainda por cima, de Natal.
Nos últimos vinte e cinco Natais, eram os outros a encher a casa por mim.
Agora que é a minha vez, nunca mais é tempo.

É indecente. Não se faz.

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