segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Não é raro em vésperas de feriados, ainda para mais nos feriados que convidam a pontes, as cidades estarem desertas.
Hoje saí de casa e não vi uma única pessoa até chegar à estação.
O comboio ia tão vazio que até pude ocupar o lugar do lado com os meus pertences.
Isto não é, como disse, raro acontecer, principalmente nas cidades e terrinhas mais pequenas.

Mas isto também acontece em Lisboa, fenómeno para o qual não estava preparada. Lisboa deserta parece um cenário de catástrofe nuclear. Mesmo nos dias anteriores, Agosto no seu melhor, está muito menos gente, mas ainda assim, há movimento.

Hoje não.

Hoje não se ouvem carros, não se ouve buzinar nem se ouvem taxistas muito afoitos a chamar nomes aos transeuntes que gostam de passar para o outro lado da estrada à maluca. Não se ouve ninguém.
Neste edifício, tão cheio de vida, não se encontra vivalma.

Vim, pois, trabalhar para uma terra de zombies, o que me leva a maldizer a minha sorte por ser a única ursa que tem e vir trabalhar.


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