Foi há um mês.
Os tempos de terror acabaram, as conversas em que só um fala e tem razão ficaram para trás, os gritos, os arremessos, a prepotência e a estupidez tiveram os seus tempos de glória e por fim dissiparam-se.
Não há mais nervos, não há mais temores nem terrores, um superior hierárquico é só um superior hierárquico, um qualquer devidamente licenciado, que não anda a mandar bitaites sobre a profissão dos outros só porque tem muitos códigos em casa e ouve o Hernâni Carvalho à sexta de manhã.
Deixa-se para trás um clima de animosidade, um ambiente pesado, cheio de machadadas na auto-estima profissional, deixa-se para trás o que devia ter sido uma apresentação à vida prática e afinal acabou por ser um campo de concentração psicológico.
Foi há um mês.
Acabou.
Para sempre. Um tempo para não mais recordar.
Mesmo nada tendo que ver, é bom pensar que a debandada geral seguiu o exemplo de alguém que se fartou de ser espezinhado e seguiu o seu caminho para longe da chacina. É bom pensar, mesmo por meros segundos presumidos e cheios de vaidade, que se fez a diferença e se traçou a linha entre o que seria fácil, devido à cobardia e ao conformismo, e o que estava certo.
Mesmo que assim não seja, é bom pensar que se marcou a diferença.
Foi há um mês.
Acabou.
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