terça-feira, 7 de agosto de 2007

Fazes falta

Enquanto guardo a estrela de prata que me deixaste, como único sinal e prova da tua passagem na minha vida, vou esperando.
Dizer às pessoas que existes é irrelevante; elas não te conhecem, não sabem, nem querem saber. Nada em mim denota à pimeira vista qualquer vestígio teu.
Os mais atentos talvez vejam o sorriso que não estava lá há uns tempos e que como que por artes mágicas, um dia reapareceu. Eventualmente poderão reparar no novo brilho que emano, na alegria que sinto, até na nova disposição de viver.
Mas ninguém saberá o que está por detrás de tudo isso, ninguém será capaz de distinguir o cheiro que deixaste na minha pele, o teu perfume em simbiose perfeita com o meu... odor único, característico e efémero, ao qual me agarro enquanto posso, e do qual tento resgatar pequenas memórias que por momentos, por breves instantes, me fazem rir sozinha, que nem uma louca, e julgar que estás aqui, novamente, perto de mim.
No máximo, os olhares indiscretos verão uma estrela presa a um colar e tão somente isso. Eles não conhecem, não sabem, nem sonham que aquele bocado de prata é, agora, o mundo.

SB

2 comentários:

Fátima disse...

oh =) conseguiste escrever algo bonito sem roçar (muito) a lamechice

Diligentia disse...

rocei a lamechice???? obrigada pelo aviso. Tenho que melhorar a escrita dos dramalhões melodramáticos. Ainda parece muito pimba!