domingo, 9 de setembro de 2007

Sinalagma

Odeio-te.
Com toda a forca, com tudo o que há dentro. Com todas as palavras, com todos os rancores, com todas as dores, que surgem nesta hora em que o discernimento não existe. Não existe porque o matei, propositadamente para te poder odiar.
Odeio-te. E desejo sincera e ardentemente que morras lenta e dolorosamente, que sofras desmesuradamente, que caias num buraco qualquer e apodreças, sem ninguém que te salve.
Odeio-te. Espero pelo dia em que me poderei rir da tua miséria, cuspir-te em cima quando mais precisares de ajuda, pisar nas tuas chagas, deixar-te morrer todos os dias um pouco. Tal como me fizeste.
Odeio-te. Chegou a hora de retribuir tudo o que foi dado e feito. Aqui está, sem eufemismos, sem camuflagens. Puro e duro. Como deve ser.
E se há coisa que me irrita solenemente é a falta de reciprocidade, chegou o tempo de retribuir o que foi dado. para que não haja nada que atirar à cara de ninguém.
Odeio-te.





AS

2 comentários:

Fátima disse...

é preciso dizê-lo de boca cheia. ser indiferente é estúpido. odiar, é fixe

Diligentia disse...

Nem mais. Eu nao diria melhor.
E "fáchavôr" de nao usar a minha nomemclatura para todo o povo ver, Izys...
AS