terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Porque a minha triste vida gira à volta da hora do café

A má disposição é uma coisa incrível.
Afecta toda a gente, deixa um rasto de destruição à sua passagem, é uma bela merdinha que se pisa na rua e deixa um cheiro pestilento.
O pior disto tudo são os outros, os terceiros, que não são tidos nem achados nas crises de fígado dos seus pares, mas que mesmo assim têm que levar com elas.
Estou solidária com os mal dispostos, a sério que estou; tantas e tantas vezes, sou um deles e contra isso, batatas, nada a fazer.
Porém, custa um bocado, é bem feita, também, para ver o que se faz aos outros, quando toca a nós, já se canta de outra maneira, ah pois é, não gostas mas tens que comer, e custa porque uma pessoa até está bem disposta, até lhe dá para sorrir e conversar com as velhas, até tem um pouco de bondade no coração.
Não há, no entanto, outro remédio senão ser putinha e mandar tudo pelos ares, porque os outros são uns bodes e estão-se cagando, fazem o que têm a fazer com quatro pedras nas mãos e anda de lambreta.
Isso é que era doce.
Por isso, querido Sammy, da próxima vez que te pedir um cinzeiro e mo atires para a frente, com toda a raiva e me olhes como se fosse um nazi, como se te tivesse ofendido, não me restará outra alternativa senão mandar-te para a puta que te pariu.
É que, sabes, eu não tenho realmente culpa que a bela da D. Rita me tenha escolhido como meio de te arreliar, nem que te tenhas embebedado no fim-de-semana e a dita senhora mo tenha vindo contar, como se fosse a coisa mais importante que tenha acontecido no mundo, ou sequer que tenhas falta de foda, são coisas nas quais, infelizmente, caríssimo, não te posso ajudar.
Mas posso, sim, ajudar-te no que diz respeito a passar-te uma guia de marcha directamente para o raio que te parta.
Que dizes?

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