quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fifty-Fifty

Nos últimos dias, para fazer uma peça, precisei de consultar os apontamentos de uma cadeira que tive na faculdade. Andei com 357 dossiers para baixo e para cima, que contêm outras 35789 folhas rabiscadas, apontamentos, fotocópias, acórdãos e outras tantas tretas que alegadamente precisei para fazer a dita cadeira.
Ao folhear alegremente os dossiers, deparei-me com um cenário interessante.

De facto, havia milhões de apontamentos, milhões de fotocópias, mas apenas a primeira parte da matéria tinha apontamentos. O resto, nem vê-los. Apenas as primeiras folhas das fotocópias tinham ar de terem sido lidos, leia-se, apenas estavam sublinhadas e rabiscadas as primeiras folhas.

Dado que era facto curioso, dei por mim a espiolhar todos os dossiers que ficaram com as sobras do tempo de estudo.

Como diria a minha avó, estavam todos no mesmo tragaço.
Fotocópias todas inteirinhas, resmas e resmas de apontamentos, todos apenas riscados e sublinhados até metade, ou seja, lidos e estudados até metade, que não sei ler sem destruir. Chegava a meio e desistia.

Como é que passei pela faculdade só a estudar metade?
Como é que gastei tanto dinheiro para coisa nenhuma?
Como foi possível ter tirado um curso a ler metades?

1 comentário:

A info-excluida disse...

xiiuu! não digas essas coisas alto, que ainda nos descobrem a careca...