domingo, 12 de dezembro de 2010

Transversal

O mundo continua a ser medieval ao ponto de não conseguir considerar uma mulher autonomamente do seu marido/namorado/qualquer coisa do sexo oposto que faça o papel dos dois anteriores representados.
A sociedade da evolução continua a não distinguir as duas pessoas; é sempre o homem e a esposa, o homem e a namorada, o homem e o raio que o parta.
Sempre o homem, nunca a mulher, condenada a viver subjugada para sempre à imagem e presença do macho.
O viver social obriga a que uma mulher tenha sempre acompanhante sob pena de ser uma galdéria, obriga a mulher a ganhar menos que o homem porque é assim a lei da vida, impõe que a mulher seja uma vaca parideira sem questionar, obriga a que não haja personalidade jurídica autónoma sem o macho por perto, implica que uma mulher que pense pela própria cabeça seja uma doidivanas qualquer.
Nem se imagina porque raio não se adopta logo a visão do mundo islâmico sobre as mulheres e a sua posição na sociedade. Ao menos, eles não fingem que somos todos iguais para depois andarem a castrar pela calada. Fazem as coisas às claras, para toda a gente ver, assumem e acham muito bem. Mas, obviamente, eles é que têm 1400 anos de atraso em relação à nossa civilização, nós é que somos evoluídos, eles é que são atrasados, nós somos pelos "direitos humanos", pela "igualdade de género" e essas mentiras piedosas e ocas que pretendem que os tansos comam.
O mundo civilizado é o mesmo mundo do tempo medieval quando ninguém tem, sequer, consideração pela pessoa feminina que associam invariável e indistintamente à figura do macho.
O mundo de hoje é o mesmo de há 1400 anos, só que com tecnologia, ciência avançada e moda arrojada. O resto continua exactamente igual.
Sic.

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