sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Nonsense Talking VII

- Sabes, mãe, Não-Sei-Das-Quantas está doente.
- Doente?! Mas com quê?
- Uma gripe, uma constipação, uma coisa qualquer que faz tosse e espiros.
- Ai filha, tens que deixar de fumar!
- ... Ahn?

Feliz Final De 2010

Hoje é dia de balanço da casa. Portanto, este é mais um post, a juntar a milhentos que andam por essa blogosfera fora, em que se somam as benesses e se subtraem as maleitas e se apresenta um produto final. Seja.
Este ano que acaba começou de uma forma menos boa, com um emprego de merda, com gente de merda, num sítio de merda. Acabou por descambar, e ainda bem que assim foi, que deixei para trás uma coisa que em nada tinha a ver com a minha pessoa, com gente que não interessava nem ao menino jesus, com situações traumáticas, daquelas que requerem espátulas para se retirar as consequências do subconsciente. Enfim, passou. Aprendi muita coisa, no entanto. Aprendi a não temer gente prepotente porque, regra geral, as pessoas são assim porque se acham o máximo e vai-se a ver, não valem a ponta de um corno. Aprendi a não ter medo de bater com a porta quando há descontentamento. Aprendi a não deixar que me ponham os pés em cima. Aprendi que, em certas situações, até existe uma espécie de karma e que quem é mau até se fode. Mas só de vez em quando, que não se pode habituar as pessoas a contarem com o ovo no cu do galináceo.
Depois, veio finalmente uma coisa boa; uma boa casa, um bom patrono, um bom estágio, boas pessoas. Um pouco solitário nos primeiros tempos, mas há outras compensações.
Por outro lado, pareceu que este ano as pessoas importantes, tipo os amigos, tipo, ya, estou a falar de vocês, andaram um bocado loucos, com zangas e arrufos e porradas verbais e merdas. O que não deixa de ser um pouco triste, visto que foi preciso sair do Antro e andar um ano cá fora para se aperceberem do óbvio, que não ia ser como antes, que as coisas mudam necessariamente, mas que isso não significa que tenhamos que cortar laços ou ir cada um à sua vida de candeias às avessas. Também se perdeu gente, e embora lamente, não me parece que gente tenha vontade de ser encontrada. Mas isso já são outras contas de outros rosários.
Porém, e como diria a minha 'cota', ultimamente só a cito, deve querer dizer alguma coisa, estamos todos vivos, de relativa saúde, e isso, embora démodé, não deixa de ser o mais importante.
As pessoas importantes mantém-se, estão cá, de pedra e cal. Não se pode desejar mais que não seja continuidade.
Que venha, portanto, mais um ano.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Hoje Assim, Amanhã Logo Se Vê

Aquele gajo anda, simplesmente, possuído por algum demónio.
Só pode ser.
Todo risinhos, todo sorrisinhos, todo brincadeirinhas, todo ele é simpatia. Antes, estava sempre de trombas, mal falava, só sabia era mandar com os pés para o ar, ninguém lhe podia dizer nada que o menino amuava logo.
Agora é vê-lo aos saltinhos pela casa, espalhando charme e beijinhos por todos os cantos, sorrindo sem parar, mostrando a cremalheira torta a quem a queira ver, arremessando piadinhas em todas as direcções.
Deve andar c*na nova no pedaço.
Para além do complexo de Édipo mal resolvido, que claramente é o problema deste, e de todos os cabrões, tivessem eles uma infância normal e nada disto aconteceria, bem vistas as coisas, todos os seres humanos tiveram uma infância complicada se formos a ver a quantidade de maleitas mentais que apresentam, com os cabrões, pior ainda, faltou-lhe qualquer coisa e vá de procurar a mãezinha em cada queca que dão, ainda há que levar com as oscilações de humor, qual gaja com um problema severo de tensão pré-menstual.
E é vê-lo todo contente quando antes era só tristeza.
Realmente, como a minha progenitora tem razão, uma mulher só não faz de um homem aquilo que não quer.
Tanta coisa para fazer e só me apetece mandriar.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Da Frustração de Expectativas

Finalmente compreendi o conceito de frustração de expectativas.
O que antes não passava de um elemento abstracto para alguém que queria ganhar umas coroas a quem lhe tinha passado a perna, passa agora a ser um conceito concreto, com as minhas pretensões a irem pelo cano.
Ponha-se a questão nestes termos:
Planos infinitos de coisas a fazer no dia 31 de Dezembro de modo a preparar o jantar da passagem de ano, já a esfregar as mãozinhas, toda contente, que assim teria tempo para tudo e mais alguma coisa.
Dia 31 de Dezembro é dia de trabalho.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ai A Porra...

Quando sou eu a fazer merda, ainda vá.
Quando sou eu que ponho o carro à frente dos bois, ainda é como o outro.
Quando sou eu a não dar conta do recado, assume-se a merda feita e está a andar.

Agora, quando são os outros a fazer asneira, a pôr todas as carroças que possuem à frente dos bichos chifrudos, a não darem conta das meias que calçam quanto mais dos recados que têm que fazer e, no fim do dia, sobra para mim, meus amigos, vá lá ver, p'ó caralho, sim?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Senhora Perdeu O Jeito?

Charlaine Harris, autora da saga Sangue Fresco, a quem tive oportunidade de conhecer por breves instantes, até era daquele tipo de escritora a quem se toleravam grandes barretes literários porque sabia escrever cenas de sarrafada como ninguém. Pelo menos, nos primeiros livros assim parecia ser.
Porém, tem vindo a cair em desgraça.
Acabo de ler uma passagem sexual do último livro da saga acima citada e só me apetece atirar da ponte tamanha a parvoíce que acabei de ler.
Nunca antes tinha lido uma cena literária de sexo que me fizesse ter vontade de atirar o livro pela janela; de alguma forma, as pessoas que fazem da escrita vida sabem sempre como se desenvencilhar de uma cena mais tórrida. Os que têm talento para a coisa, descrevem tudo como deve de ser e deixam o leitor com vontade de sair à rua todo nu, tamanho é o desejo que despertam. Outros, os que não gostam de se aventurar por terrenos pantanosos, passam à frente na narrativa com savoir faire, não se fala mais na coisa a não ser com a subtileza pretendida e mais nada. Outros, ainda, como Charlaine Harris, estragam tudo com asneiras, preconceitos, descrições, imaginações e narrativas da foda que mais vale que estivesse a ler os três porquinhos, porque o que sai dali é uma coisa tão disforme que dá vontade de pregar com o livro no caixote da trampa.
Oh minha senhora, o que é que lhe tem vindo a passar pela cabeça? Tanta sarrafada bem descrita com Bill, o vampiro, para agora se deixar cair na valeta do cliché?
Gostou tanto da sobremesa que repetiu? Como foi isto arranjado?
Tão mau, tão mau que, com frases destas, só me vem à memória a anedota do menino Carlinhos na lua de mel...

Reminiscências #3

Um dia, disse à minha avó, cheia de vento e pose, que não tardava nada fazia 7 anos e poderia fazer o que bem me apetecesse, que ela, nessa altura, já não mandaria em mim.

O Presente, Mais Que Preferido, Perfeito

Lembro-me de ter ido ver este filme ao cinema. Foi o primeiro de muitos.

Lembro-me de ter esta cassete em casa, que vi muitas e muitas vezes até que, um dia, se estragou.

Muitos anos se passaram, mas conseguia lembrar-me perfeitamente da história, de algumas linhas de diálogo das personagens, das partes engraçadas, das partes tristes. Retive no ouvido o palavrear cantado do português do Brasil da dobragem, que era a única que existia, há uns anos nem dobragens em português 'a sério' havia, vinha tudo dobrado do Brasil, retive as letras das músicas. Retive porque, independentemente de ser sido o primeiro filme que fui ver ao cinema, sempre foi a minha história preferida. Nunca soube explicar muito bem porquê, mas não há nenhuma outra história que se suplante a esta.

Este Natal, foi-me oferecido o dvd, com estas modernices de restauração digital, 1001 extras e o caraças a sete. E, sem saber como, relembrei tantas coisas que estavam esquecidas, recordei 1000 pedaços de infância e pensamentos que perdi há tantos anos. Estava perdida e não sabia.


E, de repente, as dobragens em português de cá não tinham tanta piada como as antigas, as músicas estavam todas aldrabadas, os diálogos eram diferentes. No minuto a seguir, já tudo fazia sentido e uma nova luz incidia sobre a história. Uma espécie de retorno à inocência.


E a música ... a música, a orquestração divina e de divina inspiração ... Uma viagem aos confins da perfeição. Tanta e tão grande que dá vontade de chorar. Não porque a história seja de faca e alguidar, mas porque a melodia atinge patamares tão altos, tão pefeitos e puros que só se pode chorar, chorar de alegria pelo talento de quem a criou, por quem desenhou os acordes que aquela orquestra tocou.


Pois ... para quem lê nas entrelinhas, é ver-me a chorar do princípio ao fim. Que se há-de fazer, a idade tudo traz. E a mim, para além da estupidez, trouxe-me a mais bela história de encantar, com a mais perfeita das orquestras.



Rendo-me.
Found my match.

Enfim

Esta cambada de cuscuvilheiros, em vez de estarem a trabalhar, passam a vida a olhar para aquilo que os outros tazem vestidos, tanto que, quando um pobre ser carrega um adorno novo, dão logo por ele.
Fossem mulheres, e a coisa pareceria mais normal; as mulheres, naturalmente, têm um sentido de observação apurado que se torna particularmente aguçado quando toca à vestimenta de outras fêmeas.
Mas não. São homens.
A ser assim, ou são panascas ou meramente desocupados.

Daquilo Que Não Se Escolhe

As festividades provocam em mim um sentimento terrível de ódio. E raiva.
Não porque não goste do Natal e das festas que a ele vêm acopladas, mas porque sou obrigada a conviver com a família que me calhou em sorte. Família essa que seria maravilhosa não fossem dois elementos que, simplesmente, não suporto.
Não se sabe se é da mentalidade desta terra, se é da génese do ser humano no geral, há sempre um certo pudor em falar mal ou, tão simplesmente, não gostar de elementos que compõem a família. Tem-se sempre um certo receio de demonstrar que há uma ou outra pessoa que não enche as medidas, que era dispensável existir, que podia tão bem ir à vidinha, mas não, continua ali a melgar, a estragar festividades e convívio que podia ser saudável e feliz.
Aquelas duas pessoas estragam tudo o que de bom aquele aglomerado de restantes tem. Estragam o conjunto, estragam a harmonia, estragam a coesão.
Portanto, quando penso que há ajuntamento e que aquelas duas alminhas estarão necessariamente por perto, sinto uma onda de calor a invadir-me as entranhas, calor que se espalha pelo resto do corpo, toldando-me a ideia, enchendo-me de pensamentos sangrentos e fantasias tórridas em que, de repente, tenho à mão uma espada e não tenho sossego enquanto aquelas cabeças não rolarem pelo chão.
E assim se passam dois ou três dias em que o sangue me ferve nas veias e vejo tudo vermelho quando aquelas duas pessoínhas estão por perto.
Até podia ser daquelas coisas que uma pessoa podia ignorar, fingir que não via nem ouvia o que era dito, mas não. Os dois serem fazem questão de passear a sua estupidez crónica, fazem questão de exibir o quão idiotas são, fazem questão de destoar no meio da gente boa; fazem questão de ser uma merda, constante e perene, fazendo ponto de honra em destabilizar o núcleo familiar fofinho e confortável.
Os restante, fingem que não as ouvem, dizendo que sim com a cabeça para não dar azo a estupidez maior. Não consigo fazer tal, é um ultragem ao meu mau feitio deixar passar uma oportunidade de mandar à merda pessoas tais que se esforçam ao máximo para estragar a vida a toda a gente.
Não percebo o fundamento de não se poder não gostar de membros alguns da família; afinal, é ponto assente que a família em si, embora importante, não é mais que uma imposição, pela natureza da coisa. Não será portanto obrigatório gostar de toda a gente. Até porque há gente que nem merece que se goste nem fazem por isso; parece que o objectivo é precisamente o contrário.
O que é que se ganha com isso, não sei.
Qual o propósito, também não faço ideia.
O que se sabe é que seria um nada mais feliz se soubesse as razões; podia em nada solucionar, porém, vivia com o saber, que não ocupa lugar nenhum.
E assim se passa um Natal, tempo de paz e amor, a pensar em lança-chamas e catanas a cortar membros.

Ídolos VI

Agora que a Carolina foi posta a andar, não me resta qualquer dúvida que o Martim vai ganhar aquela merda.
Para já, há que salientar como as pessoas são estúpidas e votam pelas caras dos concorrentes e não verdadeiramente pelo seu talento. Por isso é que um monstro de palco como a Carolina é posta a andar quando prometia um duelo de titãs com a Sandra.
Depois, há a questão eterna que esta merda de país tem, machista até à 15ª geração, de ir um homem e uma mulher à final.
Aquele mariconço não canta puto, desafina que é um dó e ainda fica lá para a grande final.
Aposto que ainda vai destronar a Sandra, que é o melhor 'ídolo' que passou por aquele programa nos últimos anos.

Feliz Natal V

Para o ano, lembrar de, definitivamente, comer menos.

Leituras XVI


Linguagem fluida e consistente para descrever situações hilariantes e ao mesmo tempo sérias.
Personagens bem construídas, contextualização histórica maravilhosa, um romance histórico digno desse nome.
O personagem principal tem uma evolução digna de nota e sempre bem enquadrada.
Uma viagem à origem da especulação financeira, uma ida espectacular ao cerne da economia à escala global.
É sempre bom saber que há um português em cada esquina, mesmo que nos tempos remotos; dá um afago ao ego bairrista que há em cada um dos habitantes desta pequena terra à beira mar plantada.
5 estrelas!
Tuomas Holopainen

Não me ia esquecer.
Não podia.
Parabéns, long lost love...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Não É Natal Sem Dizer Mal

Porque ainda não é bem, bem Natal, ainda se pode falar mal e dizer palavrões e maldizer a sorte e insultar a natureza humana e essas coisas todas.

Porque, principal e especialmente, aquela "#&%*"@& de merda que é tão estúpida quanto padreca, valha-nos isso, que ao menos tem fé, até seria bom se não passasse metade do tempo dela a envangelizar os outros, só sabe é lixar a cabeça aos outros com a falsa modéstia que tem entranhada naquele corpinho e com a burrice com a qual o seu deus a abençoou.

Quem paga, obviamente, é o mexilhão, a quem bate tudo quanto seja fruto da chico-espertice.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A Partir De Agora Dedicar-me-ei À Pesca

Não se pode gostar de homens. Não se pode, simplesmente.

Pois que quando tal ocorre, esses cabrões arranjam sempre maneira de estragar tudo, arranjam sempre maneira de cair do altar abaixo e fazerem-se me cacos.


E depois dá nisto:

Luke Evans

Cueca branca a aparecer por cima das calças????
Quero lá saber que seja só do personagem, como é que este deus sai assim à rua, se deixa fotografar nesta figura???
Foda-se, que desgosto, que pouca vergonha, que desgraça!!
Que desgosto, que desgosto, que desgosto....

Bem Fixe

Gosto de gente que se assume, sem complexos, como somítico.
Sem vergonhas, sem hipocrisias, sem cinismos. São e pronto.
Ao menos, não há ilusões.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Blagh!


Michael Cera

Coitadinho, que o rapazinho até é talentoso, mas tem uma carinha de atoleimado que mete dó.
Só me apetece enchê-los de murros na boca.

Feliz Natal IV

Como é que pode haver vontade de trabalhar quando se vem de um almoço de Natal?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Daquilo Que Os Outros (Bem) Escrevem

Gosto desta senhora porque escreve coisas assim.

No entanto, e apesar de apreciar o esforço que faz para ajudar as pessoas, não consigo deixar de pensar que está a travar uma batalha inglória porque necessariamente infrutífera. Não vale a pena dizer às pessoas que estão a ser feitas de parvas e que o melhor que podem fazer é porem-se a milhas, saíndo por cima da situação enquanto podem, porque isso será exactamente a última coisa que farão. Ainda para mais quando falamos de questões amorosas e de mulheres que, digam o que disserem, adoram este tipo de palhaçada. O quê, um gajo como deve de ser, nem pensar, prefiro um gandim da quinta casa que me foda, a mim e ao meu juízo, e que não faça mais nada, que me deixe na merda, na fossa séptica, que me faça descer ao Hades, porque assim sempre me entretenho e sempre me posso queixar da vida e das maldades que ela me faz, que sou campeã olímpica do queixume. Por isso, não vale mesmo a pena; provavelmente, essa senhora vai, sim, ficar à espera que o gajo que só aparece para a comer e depois volta quando lhe apetece, vai, sim, continuar na mão dele para tudo e mais alguma coisa, e vai, sim, continuar à espera de umas migalhas e a agradecer profundamente todos os projectos de afecto que ele lhe queira dar.
Contra isso, batatas.

O Mesmo Aplicado Às Mulheres

Aquele que pede ao Pai Natal duas namoradas merece a medalha de inocência do ano.
Porque só uma pessoa verdadeiramente inocente pede duas gajas na sua vida. Porque não sabe o trabalho que uma dá. Senão mudava logo de ideias.

Da Futilidade V

O mal de ser vaidosa e uma fashion victim do piorio é que se prefere rapar frio do que andar mal vestida, ou pior, mal combinada, que é como quem diz, o calçado não combinar com a roupa e vice-versa.
Assim, passa-se frio, sim senhor, mas ao menos, a dondoca que vive em mim vive satisfeita porque não sai à rua a atrever-se a andar mal vestida.
Rai's partam mais à puta da mania. É bem feita se apanhar pneumonia.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fifty-Fifty

Nos últimos dias, para fazer uma peça, precisei de consultar os apontamentos de uma cadeira que tive na faculdade. Andei com 357 dossiers para baixo e para cima, que contêm outras 35789 folhas rabiscadas, apontamentos, fotocópias, acórdãos e outras tantas tretas que alegadamente precisei para fazer a dita cadeira.
Ao folhear alegremente os dossiers, deparei-me com um cenário interessante.

De facto, havia milhões de apontamentos, milhões de fotocópias, mas apenas a primeira parte da matéria tinha apontamentos. O resto, nem vê-los. Apenas as primeiras folhas das fotocópias tinham ar de terem sido lidos, leia-se, apenas estavam sublinhadas e rabiscadas as primeiras folhas.

Dado que era facto curioso, dei por mim a espiolhar todos os dossiers que ficaram com as sobras do tempo de estudo.

Como diria a minha avó, estavam todos no mesmo tragaço.
Fotocópias todas inteirinhas, resmas e resmas de apontamentos, todos apenas riscados e sublinhados até metade, ou seja, lidos e estudados até metade, que não sei ler sem destruir. Chegava a meio e desistia.

Como é que passei pela faculdade só a estudar metade?
Como é que gastei tanto dinheiro para coisa nenhuma?
Como foi possível ter tirado um curso a ler metades?

!


Ontem, entrou-me uma mama da Bárbara Guimarães pelo olho direito adentro.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O Ser Mais Sexy Do Planeta

Consta por aí que andaram a considerar não-sei-quem como ser mais sexy do planeta.
A mim, ninguém me perguntou nada. Se me perguntassem, teria respondido. Sem hesitar.
Ele há Johnny Depps, ele há George Clooneys, Jake Gyllenhaals, Wentworth Millers, Gaspard Ulliels e afins, com certeza muito sexys, muito giros, para dar muitos beijinhos e apertar a bochecha. Mas sexy, sexy, mesmo sexy, e sexy no sentido de ter tudo, de ser deus, de ser perfeito, só há um. Inglês, e está tudo dito.
Chicoteiem-me já que estou a pôr um par de patins ao eterno Johnny Depp, a quem fui fiel durante tantos anos, acusem-me de cuspir no prato onde comi porque ponho de lado o resto da trupe clássica dos homens sexys.
Olha para mim toda ralada.

Perfeição.

Isto é perfeição:

E isto:


E isto:


E mais isto:


E ainda mais isto:


Pronto, já me podem bater. Renunciei ao gosto clássico do universo. Though shit.
Fora com os Depps deste mundo.
Heil Luke Evans...


Origem

Os problemas da humanidade nascem na infância.
E nascem nessa altura porque os pais não sabem educar as criancinhas. Acham-lhes tanta gracinha, tanta piadinha, o meu querido filho, tão giro que é, que não conseguem educá-los nem ensinar-lhes regras. Por isso é que se vêem putos estúpidos que nem um palmo de altura têm a correr por todo o lado, a limpar a baba aos vestidos nas lojas, a fazer birras porque não têm um boneco, a serem mal criados para os outros, a baterem em toda a gente para poderem chegar à frente mais depressa, a berrarem o mais possível para se fazerem de engraçadinhos.
Ou então, os paizinhos acham boa ideia educar os rebentos como se estivessem todos num quartel, pondo as criancinhas a pedir autorização para mijar, impondo regras morais do século IX, incentivando à estupidez e ao retrocesso social.
Se a isto associarmos os estragos que as educadoras de infância, esses ogres disfarçados de doces meninas, fazem no subconsciente dos menores, só se pode esperar que as pessoas do amanhã já cheguem à vida adulta com um atestado de insanidade mental e uma sentença de interdição nos queixos.
Como é que o mundo há-de avançar se quem governará no dia de amanhã foi educado por iguais inimputáveis?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Coisas de Gaja

A mala da minha pessoa é tão leve, mas tão leve, que quando é pousada no "lugar do morto" é ver o carro a ter um colapso cardíaco e a chiar que se mata porque pensa que vai lá uma pessoa sentada sem cinto.
Ya, isto é verídico.
Claro que há sempre a desculpa do sensor estar avariado.
Normalmente é o que digo.

Feliz Natal III

Vai-se à rua fumar e sobe logo às narinas o cheiro bom do frio do inverno e um ligeiro travo a madeira a arder.
Alguém está à lareira.
Pois sim.
Afinal, havia era alguém a fazer uma queimada no terreno ao lado.
Não faz mal. O que conta é o espírito. Do Natal.

A provar que quando tem de ser, tem mesmo de ser ...



Se isto fosse cá, não havia de faltar quem insultasse as pessoas, as condenasse ao fogo do inferno, quem sabe até lhes batesse, (não houve uma cena parecida com esta no Porto que acabou em pancadaria?), brandando aos céus a pouca vergonha e o fim do mundo em cuecas que aí vinha, enquanto bendiziam o facto de seus avós já cá não estarem para ver aquilo em que o mundo se tornou.
Lá fora, no mundo das mentalidades abertas e risonhas, as pessoas riem-se e tiram fotos para mais tarde recordar.

Gentilmente fanado daqui.

Da Graça De Ser Joana

Tenho um problema com Joanas.
Qualquer mulher que de mim se aproxime e tenha o azar de ser Joana, está o caldo entornado.
Talvez seja preconceito, talvez uma espécie de superstição, talvez mesmo apenas sugestão, o que é certo é que nunca me dei bem com Joanas, as Joanas causam-me comichão no canto interior do olho esquerdo, as Joanas acabam sempre, e isto é verdade desde a aurora dos tempos, por se revelarem uma verdadeiras putas.
Não que a culpa seja de todas as Joanas ou que todas as Joanas à face da terra sejam más e putinhas; apenas aquelas que têm o azar de cruzar o meu caminho.
Ai que rapariga tão simpática, ai que amorosa, queres ir beber um café e conversar, como é que te chamas já agora, Joana, ai sim, que giro, olha vou ali apertar os atacadores e já volto, adeuzinho, sim?
Não há mesmo volta a dar-lhe, Joana para mim é o indício incontornável que alguma coisa irá, irremediavelmente, correr mal. Revelam-se pessoínhas desinteressantes, estúpidas, cruéis,mesquinhas e parvas a quem só dá vontade de pregar com um Código Civil no nariz e fugir.
Pessoa cujo nome seja Joana não convida à aproximação. Se se aproximar, dá asneira.
Mas isso sou só eu, que para inimputável só me falta a sentença.

Talvez as Joanas tenham o mesmo problema com Diligentias.

Leituras XV



Denso e longo, esta é mais uma versão, das mil existentes, das teorias e conspirações do Graal.
Confuso, pouco cativante, pouco imaginativo.
Ao contrário de outros livros sobre o mesmo assunto, e apesar da relativa acção a velocidade considerável, torna-se maçador e pesado, sem o brilho da teoria da conspiração, que acaba por ser um romance doméstico sem grande interesse.
Dá para passar o tempo, porém.

Cinema XXVI



Ui, que dramalhão...
Tobey Maguire é um péssimo actor e não fica nada, mas mesmo nada bem neste papel.
Mas a história é engraçada.
E Gyllenhaal é bom nas horas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Da Educação Sexual Nas Escolas

E este assunto ainda anda por aqui a passear, o que não deixa de ser triste e revelador da mentalidade pequenina deste país pequenino.
Os que não querem que os seus rebentos recebam informação acerca de sexualidade, acham que o papel da escola é ensinar a ler e a escrever e pouco mais, porque o papel nesta educação é dos pais e não das escolas, ou então porque acham que os meninos vão começar a pinar mais cedo do que o deviam e já se sabe a opinião dos pais sobre a vida sexual dos filhos:Não!
Os que querem e acham bem ainda correm o risco de a escola onde têm os filhos não ministrar a disciplina, e assim ficamos todos na mesma.
Ponhamos a questão nestes termos: a escola tem um papel a desempenhar na educação das gentes jovens, sobre isso não restam quaisquer dúvidas. Assim como os pais, obviamente. A questão fulcral a ser compreendida é que, pela movimentação dos tempos modernos, a escola substitui naturalmente os pais na formação dos filhos, tudo por uma questão de falta de tempo dos mesmos. Não é triste, nem alegre, é simplesmente o que evolução dos tempos. Se os pais não têm tempo, a responsabilidade passa para as escolas. E não vale a pena chiarem que é para isso que temos sistema de ensino e pagamos impostos e cumprimos todos os nossos deveres de bons cidadãos, ou não?
Assim, se às escolas cabe um papel essencialmente formador, é essencial, também, que haja a responsabilidade de educar plenamente as pessoas do amanhã, não pode admitir-se que queiram apenas que os jovens saibam matemática e português, formatados como os computadores e mais nada. Há que formar na globalidade. Até porque, meu caros, esta é uma questão de saúde pública. Eduque-se, então, para que os jovens protejam a sua saúde e a dos seus pares e vamos mas é deixarmo-nos de crendices e religiosidades no que a esta matéria diz respeito.
Ou acham que lá porque não querem que as vossas crias andem por aí a esfregar as partes íntimas noutras partes íntimas dos seus amigos, que é pecado, que eles vão deixar de o fazer?
Que o façam, até porque, não sei se sabem, mas o homem nasce com o instinto sexual, não nascemos com mais nada, mas nascemos com isso, e pelo menos ao ensiná-los a ter cuidado onde põem as pilinhas, estão a proteger as gerações dos vossos netinhos.
Ou não tinham pensado nisso?

'Mas a Notícia Corre Depressa e a Guilinha Topa'

Apreciam-se aquelas pessoas que adoram apregoar aos quatro ventos que não julgam ninguém, nem gostam de o fazer, para dar um ar adulto, jovial e aberto, mas depois rematam a conversam com um não compreendo quem faz isto ou aquilo.
Ou seja, não julgam ninguém por nada que os outros façam, mas não se escusam a dizer abertamente que não compreendem este ou aquele comportamento.
Pergunta-se, na mais pura das inocências, se isso não é o mesmo que julgar. Só não chamam nomes, nem rotulam, nem falam mal nem condenam ao fogo do inferno; porém, ao dizerem que não compreendem, criticam e julgam, qual Inquisição, as condutas alheias, apenas de uma maneira velada. Por fora, a tal capa de jovialidade e abertura de espírito, mas por dentro, nas entrelinhas, a crítica, a exclusão e o julgamento escondidos porque a incompreensão, neste casos, não é mais do que isso não me cabe na cabeça, não sei porque raio te deu na mona fazeres uma coisa dessas, isso está errado, e mimimimi. Apenas de uma forma diplomática e pacífica, esperando que os outros, os que estão a ser julgados e os outros, os que assistem, sejam parvinhos os suficiente para continuarem a crer nesta conversa de psicologia de esquina.
Pois que quando alguém diz, ai que eu não sou ninguém para julgar, nem o vou fazer, credo, longe de mim, mas não compreendo quem anda de meias às riscas azuis quer tão somente dizer mas que merda de moda é essa agora, não têm vergonha, tenham mas é juízo.
Mais valia passarem por caçadores de bruxas, conservadores ou juízes de moralidade, explanando abertamente o seu pensamento do que estarem a vestir uma pele que se topa à légua que não lhes assenta.
Devem pensar que toda a gente é estúpida, não?

É Natal!

Não há dúvida que o espírito natalício anda no ar.
Toda a gente sorri, toda a gente é simpática, toda a gente graceja e diz piadinhas estúpidas a toda a hora, só porque sim, só porque é Natal.
Não sei se é por gostarem efectivamente do Natal ou se é porque esperam receber um saco de foda nesta época e a expectativa os deixa extasiados.
Seja como for, é bom, é muito bom.
Só se espera é que em Janeiro tenham a mesma disposição.

Do Existencialismo

Tive um professor de filosofia que, na senda da matéria a leccionar, dizia que nenhum ser é verdadeiramente livre porque está, necessária e invariavelmente, condicionado à sua natureza e ao espaço que faz parte dela. Lembro-me de ter pensado, então e os pássaros, os pássaros podem voar, podem ir a todos os lugares, sem limites, sem condicionantes, afinal todos os seres humanos têm e sempre tiveram vontade de voar porque é o último limite da liberdade, voar é o último resquício da liberdade que não se tem na terra. Questionado, o homem disse que os pássaros, ao contrário da imagem romântica que o homem lhe dá, estão condenados a voar, condenados a bater as asas para sempre naquilo que é o seu habitat, naquele que é o seu espaço, estão condenados a fazer aquilo para que nasceram, voar, e mais nada. E como os pássaros, todos os seres, inclusive e principalmente, o homem.
Condicionados. Limitados. Castrados.
Em que é que isto se coaduna com a liberdade individual, responsabilidade e subjectividade do homem que advoga o existencialismo? Com a ideia de que cada um é o mestre da sua conduta e do seu destino?
Como se comanda um destino se só existem condicionantes?
É por isto que detesto ser existencialista.
Porque para além de não ter um ser maior nas horas de aperto, esta merda de filosofia não se adapta a nada.
Mas também não consigo ser mais nada.
Sentido que isto faz?
Nenhum.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Transversal

O mundo continua a ser medieval ao ponto de não conseguir considerar uma mulher autonomamente do seu marido/namorado/qualquer coisa do sexo oposto que faça o papel dos dois anteriores representados.
A sociedade da evolução continua a não distinguir as duas pessoas; é sempre o homem e a esposa, o homem e a namorada, o homem e o raio que o parta.
Sempre o homem, nunca a mulher, condenada a viver subjugada para sempre à imagem e presença do macho.
O viver social obriga a que uma mulher tenha sempre acompanhante sob pena de ser uma galdéria, obriga a mulher a ganhar menos que o homem porque é assim a lei da vida, impõe que a mulher seja uma vaca parideira sem questionar, obriga a que não haja personalidade jurídica autónoma sem o macho por perto, implica que uma mulher que pense pela própria cabeça seja uma doidivanas qualquer.
Nem se imagina porque raio não se adopta logo a visão do mundo islâmico sobre as mulheres e a sua posição na sociedade. Ao menos, eles não fingem que somos todos iguais para depois andarem a castrar pela calada. Fazem as coisas às claras, para toda a gente ver, assumem e acham muito bem. Mas, obviamente, eles é que têm 1400 anos de atraso em relação à nossa civilização, nós é que somos evoluídos, eles é que são atrasados, nós somos pelos "direitos humanos", pela "igualdade de género" e essas mentiras piedosas e ocas que pretendem que os tansos comam.
O mundo civilizado é o mesmo mundo do tempo medieval quando ninguém tem, sequer, consideração pela pessoa feminina que associam invariável e indistintamente à figura do macho.
O mundo de hoje é o mesmo de há 1400 anos, só que com tecnologia, ciência avançada e moda arrojada. O resto continua exactamente igual.
Sic.

Cinema XXV


Não há mais palavra nenhuma que descreva este filme a não ser espectacular.


Original, refrescante, realização fantástica, brilhante adaptação, personagens consistentes, história madura, e efeitos mesmo, mesmo bons.


E tem aquele brilhozinho de genialidade que muito poucos conseguem ter.


Mesmo, mesmo bom!!!

Cinema XXIV


Nem está mauzinho de todo, é apenas mediamente insípido. A história até está engraçada, mas falta-lhe alma, falta-lhe uma centelha de fantástico.
12 de oral, 12 final.
Percebe-se, a final, como é possível uma pessoa ser triste e miserável uma vida inteira. Apenas quando não há nada para fazer é que se pensa na tristeza e na angústia; enquanto se está ocupado, seja a fazer o que quer que seja, nem que seja só arrumar o quarto, despejar o caixote do lixo, ver televisão, cagar, ler um livro, aí, não, nem pensar, não vês que estou ocupado, fica para depois, o que interessa é enganar o inevitável o maior tempo que se consiga, o que até soa bem e bastante empolgante, como enganar a morte só que sem o perigo de esticar o pernil, que bom, não é?, assim só se pensa no que de mais desagradável há quando não há absolutamente mais nada que fazer, enquanto houver, protela-se.
E, quando se dá por isso, aquilo que se anda a evitar não se cansou e não se foi embora, não desapareceu com o tempo, não se esbateu nem diminuiu, ficou apenas à espera que houvesse tempo, e por isso, há anos que está ali.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Uma escola é mais que o amontoado de coisas que decidem que temos necessariamente que saber. É também feita de quem connosco se cruza no caminho. Só que normalmente ninguém se apercebe disso. A não ser, obviamente, e como qualquer ser humano que se preze, quando se deixa de ter. Sente-se a falta.
Passa-se uma vida inteira a estudar, a ler, a escrever aprontamentos, a fazer cadeiras. Quando se sai cá para fora, para o mundo, para a selva, não se sabe muito bem o que fazer; tanto tempo que se passou a ler e a decorar coisas que se esquecem os objectivos, se esquecem as implicações reais.
E as pessoas, e os outros, que foi feito deles?
No primeiro ano de separação, andou-se na mudança, tudo com grandes movimentações, em grande azáfama, em grande corropio. Agora, snete-se verdadeiramente a falta, mas já ninguém sabe muito bem o caminho de volta. Já ninguém sabe verdadeiramente onde pertence. Cá ou lá? Fica-se pelo caminho, entretanto.
Porque o caminho de volta deixou de ser visível, deixou de ser o mesmo de sempre, foram-lhe adicionados desvios, buracos, curvas apertadas, pela mão de quem tanto se esforçou por lhe pegar fogo. Onde está o caminho, afinal, ainda existe?
Quem tem o mapa? Quem sabe o caminho de volta?
Quem me dera saber.
Mas não sei. Porque, verdadeiramente, nunca pertenci a lado nenhum.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Feliz Natal II

Há dias em que não me apetece ver ninguém. Há dias em que não quero saber. Há dias em que todos poderiam morrer, nem pestanejava.
Nos dias em que gostaria de ter companhia, ninguém vem. Nos dias em que queria conversar, converso sozinha. Nos dias que gostava de pertecer a algum lado, não tenho para onde ir.
Quando se pensa que afinal sempre há alguém a quem se possa chamar amigo, nem isso, às vezes, só uma conversa banal, uma conversa de esquina, no fim de contas, não passa disso mesmo, conversa de esquina.
O Natal nunca mais chega, e quando chegar, vai passar a correr, não vai ter piada, não vai ter brilho, porque não há brilho, não há luz.
Há dias em que não me apetece ver ninguém, e é justamente em dias como esses que aparecem para conviver.
Obrigado, mas não quero. Agora, não quero.

Cinema XXIII


É um clássico, mas só agora sugiu a oportunidade de ser visualizado.
Adorei.
Também sou suspeita, é certo, que aprecio bastante filmes de guerra.
Genialidade com muito patriotismo americano à mistura, e tal, que somo tão bons e vamos todos para o céu, mas mesmo assim, clássico, e os clássicos nunca morrem.
Tenho para mim que será este Natal que ponho a corda ao pescoço e digo adeus ao mundo.
Estou desconfiada que os meus próprios progenitores me vão ofertar cacos e trampas de enchoval...

Mais do Mesmo

Ubi dêjêre que um bispo qualquer era hoje o convidado da "Grande Entrevista" com Judite de Sousa na RTP1 para dar o seu parecer sobre a crise e afins.
Ora, valerá mesmo a pena dizer cobras e lagartos disto quando todos os dias se vêem atropelos destes no raio da televisão pública?
Vale, mais que não seja para aliviar o stresse que tal situação me provoca.
Desde quando é que elementos desta igreja ou de outra qualquer têm de vir mandar bitaites sobre a situação financeira de um país? Acaso serão economistas? Acaso perceberão alguma coisa de finanças? Acaso serão experts na matéria de endividamento público?
Não? Ah, pensei que fossem...
Então, deixa cá ver, vão dizer que com a crise quem sofre são os mais desfavorecidos? Que novidade, senhores, uau... E vão dizer, desta vez, para variar, que em vez de estarem a pedir às pessoas que dêem qualquer coisa para ajudar, vão dar do rendimento da igreja para ajudar quem mais precisa?
Ah, não, pois, isso não, que não pode ser, já se sabe.
Então, porque razão há-de este senhor bispo ir à televisão pública, paga com o dinheiro dos contribuintes, ter tempo de antena que outros representantes de outras igrejas não têm, se o Estado é laico e, como tal, separado das igrejas?


Continuo sem respostas.

Feliz Natal

Café e outros aditivos de cafeína, cinzeiro cheio de beatas, fumo tóxico que se prende nos pulmões e faz cancro, dizem. No meio, o olhar vazio, os dedos que torcem a toalha como que a calar o que não se consegue dizer, as tentativas de meter para dentro o que só lá dentro pertence.
Como são tortuosos os caminhos escolhidos, como pesa a bagagem, como é dura a subida, como dói a realidade nas costas cheias de chibatadas.
Palavras que ecoam, afinal não ajuda nada falar do que aflige, só torna a angústia maior, essa conversa de que partilhar problemas é solução para tudo não passa de uma treta fiada para os cuscuvilheiros de serviço que querem saber, forçosamente saber, e inventam patranhas para pôr o outro a vomitar tudo o que tem, pois que, no fim das contas, aquilo que se tinha por arrumado e escondido, uma vez cá fora, pode ver-se a verdadeira dimensão do estrago, dos destroços, do que era, só restos. Pensava que não era nada, mas afinal olha para isto, olha para aqui, o que antes era imaginário, afinal é bem real, bem palpável, se calhar sempre foi, apenas estive a fingir que não, não sei, não me lembro, mas agora, bem vês, está aqui, é real, verdadeiro.
Não há nada a fazer agora senão partilhar, mesmo que com tal gesto, o problema se tenha tornado muito maior que qualquer solução, há mais alguém nesta conversa, alguém que se reparte pelas duas, alguém que acompanha todos os dias, mas que, curiosamente, desaparace momentaneamente quando o café está na mesa, quando estão elas, não está mais ninguém e assim se engana a solidão.
Qualquer dia também passo o Natal sozinha.
Sozinha, não. Tens-me a mim.

O fumo invade os pulmões e volta a ser expelido pela força do hábito.
Como são sinuosos os caminhos que se escolhem.

Cinema XXII


Uma adrenalina do caraças, fica-se com o coração na mão à espera que tudo descarrile e tudo vá pelos ares.

Bom filme de acção, personagens razoáveis.

E tem comboios, o melhor transporte de sempre.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tudo comprado.
Tudo arrematado.
As compras de Natal já não são uma preocupação.
Cada vez que entro num centro comercial, dá-me vontade de sair rapidamente de lá para ir comprar uma caçadeira para começar a disparar em todas as direcções. Para cada lado que uma pessoa se vira, só vê gente e mais gente e mais gente. Ainda por cima insistem em andar todos em bando, levam a família toda atrás, mais os carrinhos de bebé, meu deus, os carrinhos de bebé, mas porquê senhores, porque é que levam estas merdinhas para todo o lado??? Quando os putos ainda não andam, ainda é como o outro, agora quando já têm idade para ir à escola e ainda andam a ser empurrados, desculpem lá, mas não têm perninhas e pezinhos? É o fim!
Então e a crise?
A crise é só para o ano; enquanto houver subsídio de Natal para gastar não se pensa em mais nada.
Cambada de chupistas.
Felizmente, estas andanças estão acabadas.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Porque a minha triste vida gira à volta da hora do café

A má disposição é uma coisa incrível.
Afecta toda a gente, deixa um rasto de destruição à sua passagem, é uma bela merdinha que se pisa na rua e deixa um cheiro pestilento.
O pior disto tudo são os outros, os terceiros, que não são tidos nem achados nas crises de fígado dos seus pares, mas que mesmo assim têm que levar com elas.
Estou solidária com os mal dispostos, a sério que estou; tantas e tantas vezes, sou um deles e contra isso, batatas, nada a fazer.
Porém, custa um bocado, é bem feita, também, para ver o que se faz aos outros, quando toca a nós, já se canta de outra maneira, ah pois é, não gostas mas tens que comer, e custa porque uma pessoa até está bem disposta, até lhe dá para sorrir e conversar com as velhas, até tem um pouco de bondade no coração.
Não há, no entanto, outro remédio senão ser putinha e mandar tudo pelos ares, porque os outros são uns bodes e estão-se cagando, fazem o que têm a fazer com quatro pedras nas mãos e anda de lambreta.
Isso é que era doce.
Por isso, querido Sammy, da próxima vez que te pedir um cinzeiro e mo atires para a frente, com toda a raiva e me olhes como se fosse um nazi, como se te tivesse ofendido, não me restará outra alternativa senão mandar-te para a puta que te pariu.
É que, sabes, eu não tenho realmente culpa que a bela da D. Rita me tenha escolhido como meio de te arreliar, nem que te tenhas embebedado no fim-de-semana e a dita senhora mo tenha vindo contar, como se fosse a coisa mais importante que tenha acontecido no mundo, ou sequer que tenhas falta de foda, são coisas nas quais, infelizmente, caríssimo, não te posso ajudar.
Mas posso, sim, ajudar-te no que diz respeito a passar-te uma guia de marcha directamente para o raio que te parta.
Que dizes?

Cinema XXI



Uma mistura de Tarantino de trazer por casa e filmes de acção manhosos que passavam na TVI há 10 anos atrás, ou seja, porrada com fartura e muito gore.
Acaba por ser uma sátira, tanto aos filmes de acção em si como da história, da xenofobia, da estupidez das pessoas.
Gosto da agente da polícia que anda atrás dos bandidos de stilletos.
Não percebo como é que um gajo nojento como aquele factura tantas gajas, mas creio que é aí que está a beleza da coisa.
Muito bom.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Coisices


Malditos aqueles que inventaram as bolachas de esferovite mas que, para disfarçar, as apelidaram de bolachas de arroz integral.




O esferovite ocupa espaço no estômago, por isso,lá que enganam a fome, isso enganam.

Cinema XX



Original, bem realizado, boas interpretações.
Só para mostrar que os americanos não valem nada.
Mas isso já se sabia.

Febre das Prendas 10


Ale Hop

Tão fofinho!

Ídolos V

FINALMENTE!
O Gemias das Dores foi posto a andar!
Bolas, já não era sem tempo!
Só gostava de saber quem é que manteve aquele ser tanto tempo ali, já que ele não cantava puto, não tinha presença, não tinha nível para ali estar.
O Boucherie Mendes é que o topava bem, só foi votado porque chorava. Nem mais.
Achei engraçado, todavia, o menino chorão estar constantemente a repetir porquê eu?!, como se fosse um mártir, um injustiçado. 'Tadito...
Achavas que conseguias competir com a Carolina, era?, que te come as papas na cabeça mesmo a dormir???
Tristeza...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Natalidade

Uma pessoínha insegura e miserável olha para todas as prendas adquiridas e tem dúvidas se a pessoa destinatária irá ou não gostar delas.
Uma pessoa como deve de ser tem boas ideias para presentes. Uma pessoa como deve de ser não se sente insegura relativamente aos presentes, porque sabe instintivamente que adquiriu coisas boas. Uma pessoa não miserável sabe escolher e tem a certeza que vai fazer os outros felizes com as suas escolhas.

Eu também.

Odeio tudo o que comprei.
Só comprei merda.
Espero que os destinatários me preguem com o ofertório na tromba.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


Também posso ter um destes?

Reminiscências #2

Uma vez, numa aula de inglês do 9º ano, abri a boca para falar e saiu-me "Jack The Striper" em vez de "Jack The Ripper".

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Seus Porcos de Merda!

ISTO é coisa que se faça??
Não têm vergonha?
Foda-se, ainda hei-de ter cabelos brancos e estarei a estagiar!


Podia dizer muita coisa, mas parece que hoje não é o dia.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Nunca é de mais lembrar.