segunda-feira, 31 de julho de 2017

Passei 6 horas da minha vida na Conservatória dos Registos Centrais. E tinha senha prioritária. Aliás, a maior parte das pessoas com senhas normais despacharam-se mais rapidamente que eu. Isto porque só havia um único funcionário a atender todos os profissionais forenses, cada um deles a demorar cerca de uma hora a resolver os seus assuntos. Isto, obviamente, não se admite e espero que, das duas, uma: ou resolvem isto rapidamente ou pode ser que rebente lá uma porra de uma bomba cheia de merda dentro.

Maneiras que passei muito tempo à espera, a ler, a fumar, ao telemóvel, a suspirar alto, a dar pontapés na cadeira da frente, a resmungar, a dizer palavrões e a observar as pessoas. Até assisti a uma discussão entre vários utentes e o segurança e depois entre os vários utentes e a chefe de serviço daquela espelunca.

Foi deveras divertido.
Dei por mim a desejar que andassem todos ao estalo só para a minha espera se tornar mais interessante. Agora que penso nisso, acho que desde os tempos de escola que não vejo ninguém a andar à porrada e sendo o ser humano de merda que sou, desejo muitas vezes que as altercações de chacha que todos os dias vejo por aí descambem rapidamente em cenas de pancadaria, só para me poder rir.



Não presto.

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