quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Siegfried

Há que salientar a noite de ontem, que jamais sairá da mente de quem a viveu.

Teatro Nacional de S.Carlos, com a continuação da tetralogia de Richard Wagner, apresentou em estreia Siegfried.

Extraordinário.

A originalidade do encenador, Graham Vick, já conhecida superou-se mais uma vez. Em todas as vezes.

Incrível.
Refrescantemente original.
Resplandecente.

E a música, bailando ao som dos gestos sábios do maestro, junta-se às vozes, poderosas, possantes, infinitas, que atravessam a sala, enchendo todo o espaço de uma luz sem nome.

A voz ...




Susan Bullock


AS

2 comentários:

Anónimo disse...

Permita-me discordar. Esta apresentação do Sigfried foi péssima. Onde estavam os cenários no último acto? Certos papéis estavam mal distribuídos (Siegfried, por exmeplo). A orquestra estava abafada. No meio de tudo isto, só a música se safou, só porque o encenador não lhe podia tocar.

Diligentia disse...

Sou quase capaz de concordar com a parte do papel de Siegfried ter sido mal atribuido; de facto as capacidades representativas do senhor em causa deixam um pouco a desejar, no entanto tal facto é claramente compensado, no meu humilde parecer, pela voz e pela força impressa no personagem.
Quanto aos cenários, creio que a sua ausência tem tudo a ver com a forma da encenação e pela forma como foi dirigida. Já em A Valquiria não abundavam por aí além. Pretendia-se que a atenção se focasse na história e nos envolvimento entre os personagens, do que propriamente nas circundâncias físicas.
No entanto, creio firmemente que daqui so ressalta a grandeza e a genialidade da obra do compositor, que mesmo com uma encenação vanguardista nunca perde o brilho, assim como não fica pobre de qualquer maneira que se pretenda enquadrá-la, encená-la ou mesmo interpretá-la.