sábado, 4 de outubro de 2008

In Nomine Dei

Meus filhos, procriai sem restrições, dizem as mais altas entidades religiosas. A restrição faz mal ao espírito, à mente e ao corpo. Restrições ao que é natural ao ser humano trazem infortúnios pecaminosos, quebram o que é inerente ao ser natural humano, não deixam que as moléculas hormonais, desenfreadas e saltitonas, façam o seu dever de trazer mais gente ao mundo.
Os impedimentos artificiais não permitem que os homens ( na acepção global da palavra, entenda-se ) cumpram a sua função. Não permitem que haja o genuíno desenvolvimento da espécie, não permitem que se cumpram os desígnios para os quais fomos criados, não permitem a criação, desenvolvimento, a evolução do amor.

Sim, porque amor, meus filhos, é não existirem barreiras entre o presente e o futuro, entre o que somos e o que estamos predestinados a fazer.
Amor é não ter cuidado nenhum e deixar proliferar as doenças que nos passaram as aulas de formação cívica a dizer para tomar atenção e tomar precauções. Amor é deixar a natureza à sua vontade e criar bactérias nos corpos alheios para que tomemos o caminho da não restrição à família. Amor é ter criancinhas aos montes, educadas no espírito do segue o caminho do bem e não uses profilácticos. Amor é deixar que as doenças graves, que não terão cura senão daqui a umas gerações, proliferem alegremente nas pessoas, deixando milhares sem qualidade de vida, com estigmas sociais e vidas miseráveis porque seguiram o caminho do natural. Amor é deixar de usar artificialidades e subsequentemente marcar uma geração de mães e pais solteiros. Porque a moralidade e a vida espiritual assim o exigem.



Moral da historia : este é o século XXI, real, verdadeiro.
O século em que as preocupações sobre outras coisas que não os cuidados de saúde e vida sexual saudável deixam de ter lugar para abrir caminho para o obscurantismo. Este é o século em que as trevas ainda têm lugar. E qual é a solução para quem não quer quebrar a regra do artificialismo? Abstinência? Moralidade falsa? Sexo por telepatia?
E que tal falar do amor, não como forma de pecado, de desvio ao caminho do que quer que se queira chamar bem, mas como forma universal de linguagem? Uma linguagem responsável, em que todos têm um papel a cumprir, em que todos terão o dever de zelar pela saúde de cada um, de todos? Que tal falar no amor natural, ele sim, mas amor naturalmente protegido, responsável, cuidado? Porque não falar abertamente do amor já com a componente protecção incluído, que num mundo perfeito, uma coisa não seria separada da outra?
Que tal falar da família, que tanto se quer proteger e estimar, que tanto se pretende valorizar e estimular, com o incentivo da vontade própria, do que é espontâneo, mas informado, esclarecido, iluminado para a realidade?

Era bom, não?

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