Uma ruela solitária, a única que alguma vez conheceu. Não sabe para onde vai, que destino tomar, mas parece-lhe familiar, e continua a caminhar sozinho
Uma rua deserta, a avenida dos sonhos despidos. A cidade adormece, os corvos acordam. O único que vive caminha sozinho.
Sozinho.
Sombras que o acompanham, as únicas a seu lado. Coração vazio, parasitado, demente, o único que bate, que pulsa, que vive.
Sozinho.
O que divide alguma coisa dentro de si, linha de fronteira entre a loucura e a sanidade, afinal não existe. E caminha sozinho.
Caminha entre a escuridão, o que é podre, sem uso nem brilho, e o que é são, e limpo, e puro, e bom.
Sinais vitais existem.
Continua vivo.
E caminha sozinho.
AS
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