sexta-feira, 4 de junho de 2010

Teoria da Novela

Ver novelas, para além de um passatempo para quem não tem mais nada que fazer, é deveras interessante.
Pode o enredo ser uma história mórbida, de gente execrável, cheio de bandidos e corruptos, ou então com tragédias e desgraças afins que, no fim, mesmo, mesmo no episódio final, arranja-se sempre maneira de pôr toda a gente a casar e a ter bebés.
Não interessa qual o início da história, não interessa se a novela em questão queria dar um aspecto diferente ao que se tem feito; no final, estão todos os personagens condenados a serem felizes para sempre.
O pior é que o felizes para sempre daqueles que escrevem novelas implica necessária e fatidicamente o casar e ter bebés.
O casar ou ficar junto ainda é como o outro, mas porque raio é que a isso vem logo acoplado os rebentos de cabelinho de rato?
Já não pode uma pessoa sentar-se no sofá, a pensar que é desta que se vê uma boa desgraça em que tudo morre no fim, e os que não morrem, vão todos presos ou acabam paralíticos, que se leva automaticamente com o final típico das mentes judaico-cristãs.

Bolas, não se faz!

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