Daquelas palavras, tirei uma conclusão muito simples: vai vos custar, vai ser longo, mas vão precisar daquilo que vos vão ensinar aqui.
Nunca mais me esqueci do que foi dito naquela aula de apresentação de Economia Política. Até porque se veio a revelar muito útil nesse mesmo ano, quando a faculdade deixou de ser a FDL para passar a ser definitivamente o Antro.
Também nunca foi esquecido quem proferiu tais palavras, mesmo tendo adormecido em tantas aulas e não ter ido a tantas outras.
Serviu de exemplo do que é ser injustiçado por ter opiniões diferentes e mesmo assim continuar, persistir, não desistir.
Esse professor era Saldanha Sanches.
Poder-se-ia falar de todo um contributo para o mundo jurídico, nas inúmeras obras e no impulso que deu ao Direito Fiscal, mas prefiro lembrar-me dele como a pessoa que resolveu dizer aos alunos do 1º ano que a vida não seria fácil ali dentro, mas que tudo seria necessário para uma formação completa.
Prefiro lembrar-me dele pelo gesto e marca que deixou àqueles sentados nas cadeiras do Anfiteatro 1.
Porque a imortalidade é a marca que deixamos naqueles que connosco se cruzam.

1944-2010
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