Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
domingo, 30 de dezembro de 2012
Feliz 2013!
Bona Mater Familias deseja a todos um Feliz Ano de 2013, com todas as mariquices que se costumam dizer nesta quadra!
Coisas Que Vejo Por Aí # 8
Nem sei muito bem como deixei ficar para trás uma obra de Saramago...
Deliciosa, magnífica, um conto tão pequeno e tão simples com tão grande magia contida em si.
Por causa de obras destas que o autor viverá para sempre.
Excelente.
Deliciosa, magnífica, um conto tão pequeno e tão simples com tão grande magia contida em si.
Por causa de obras destas que o autor viverá para sempre.
Excelente.
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Quanto Mais Leio Mais Gosto De Saramago
Leituras LXV
A história, apesar de amplamente conhecida (existem só cerca de 436578659 filmes sobre a temática da conquista de Tróia), é interessante e bem descrita.
A insersão do aspecto mitológico está razoavelmente bem feita e permite uma outra visão, quase divinizada, do enredo.
A escrita, porém, é absolutamente horrenda, uma mistura de romance de cordel com textos extraídos da Família Cristã, a recordar as descrições das caixas de brinquedos dos gloriosos anos 80. Demasiada pretensão para tão pouco talento.
Fraquinho.
A insersão do aspecto mitológico está razoavelmente bem feita e permite uma outra visão, quase divinizada, do enredo.
A escrita, porém, é absolutamente horrenda, uma mistura de romance de cordel com textos extraídos da Família Cristã, a recordar as descrições das caixas de brinquedos dos gloriosos anos 80. Demasiada pretensão para tão pouco talento.
Fraquinho.
Apetece-me Grandemente Ser Porca # 27
Gosto mesmo é daquela estirpe de gente que enche a boca para dizer aos quatro ventos que não se vê crise nenhuma porque os centros comerciais estão cheios de gente. Que não há crise nenhuma porque tudo o que é gaja anda com unhas de gel. Que não há crise nenhuma porque ainda há gente a beber o cafézinho na rua todos os dias e a tomar o pequeno-almoço fora.
Gosto. Gosto mesmo.
E gostava também de perguntar a essa raça de gente como sabem que os centros comerciais estão cheios. É porque estão lá também a encher, não é?, caso contrário não saberiam que estava lá assim tanta gente...
Gostava, ainda, de perguntar a essa mesma gentinha o que lhes faz tanta comichão no facto de os outros terem e fazerem não-sei-bem-o-quê. Alguém tem alguma coisa a ver com isso?
Acaso o governo já publicou em Diário da República o manual de boas práticas em tempo de vacas magras? (pouco faltará...) Há alguma biblia com procedimentos a seguir em caso de crise económica? Há algum impedimento que as pessoas façam as suas próprias escolhas mesmo em tempo de miséria? Ou porque não há dinheiro e emprego temos todos que fazer aquilo que a Caridadezinha manda?
Cambada de invejosos, é o que me apraz dizer.
Tuga que é tuga que se preze não vive sem desejar aquilo que o outro tem e, simultaneamente, dizer mal de tudo o que os outros fazem. Calha assim, pois então.
E irem trabalhar, não?
Gosto. Gosto mesmo.
E gostava também de perguntar a essa raça de gente como sabem que os centros comerciais estão cheios. É porque estão lá também a encher, não é?, caso contrário não saberiam que estava lá assim tanta gente...
Gostava, ainda, de perguntar a essa mesma gentinha o que lhes faz tanta comichão no facto de os outros terem e fazerem não-sei-bem-o-quê. Alguém tem alguma coisa a ver com isso?
Acaso o governo já publicou em Diário da República o manual de boas práticas em tempo de vacas magras? (pouco faltará...) Há alguma biblia com procedimentos a seguir em caso de crise económica? Há algum impedimento que as pessoas façam as suas próprias escolhas mesmo em tempo de miséria? Ou porque não há dinheiro e emprego temos todos que fazer aquilo que a Caridadezinha manda?
Cambada de invejosos, é o que me apraz dizer.
Tuga que é tuga que se preze não vive sem desejar aquilo que o outro tem e, simultaneamente, dizer mal de tudo o que os outros fazem. Calha assim, pois então.
E irem trabalhar, não?
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Posição Doutrinária
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Cinema LXXIX
Tão bom, mas tão bom que bate uma pena imensa e uma pontinha de desilusão ver acabar um filme destes.
Felizmente virão mais dois.
Efeitos especiais espectaculares, argumento e fotografia dignos de nota, realização soberba.
É a evolução de Senhor dos Anéis.
Excelente!
Ressaca de Natal
Ainda me dói o figado de todos os abusos gastronómicos que cometi nestes últimos dias.
O pior é que continuo a pensar em comida e em comer alarvemente como se fosse outra vez Natal já amanhã.
Não está a correr nada bem, não...
O pior é que continuo a pensar em comida e em comer alarvemente como se fosse outra vez Natal já amanhã.
Não está a correr nada bem, não...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Isto Só a Mim
Depois de uma longa noite de copos com os companheiros jurídicos, esta manhã estão duas miúdas eléctricas aos gritos e aos saltos pelo escritório fora.
Acho que alguém ainda está ligeiramente ébrio e trouxe as garotas a pensar que era a lancheira do almoço...
Acho que alguém ainda está ligeiramente ébrio e trouxe as garotas a pensar que era a lancheira do almoço...
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Teorias do Homicídio Qualificado
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Leituras LXIV
Confesso que não gosto lá muito dos escritores russos.
Transmitem sempre a sensação de que as personagens estão num mundo paralelo, que caem no colo do leitor sem explicação alguma e que, de um momento para o outro, cometerão uma loucura qualquer que os desgraçará para sempre.
O Jogador não é excepção. A sensação de tragédia latente é avassaladora e acaba por se concretizar no fim da obra, quando o personagem principal cede à decadência e ao vício.
Razoável, vá.
Esquecimento
Com tanta azáfama por causa do trabalho e das festividades que se avizinham, esqueci-me de evidenciar que ultimamente tem-me entrado muitas vezes pelos olhos dentro aqueles pelinhos sinistros da peitaça do Miguel Relvas, esse projecto de ministro esquisito.
E ir trabalhar, não, senhor Ministro?
Talvez o senhor ache que não fiz disparates suficientes em público e, por isso, acha boa ideia vir despido para a frente dos jornalistas, a dar uma imagem pseudo-sexy.
Jantas de Natal
Ainda estou ligeiramente ensushizada da comezaina natalícia de ontem.
Hoje há mais, não sushi, mas comezaina.
Se sobreviver aos convívios de Natal sem apanhar diabetes ou sem ter uma congestão ou, coisa mais leve, rebentamento de estômago ou paredes de intestino, será milagre.
Hoje há mais, não sushi, mas comezaina.
Se sobreviver aos convívios de Natal sem apanhar diabetes ou sem ter uma congestão ou, coisa mais leve, rebentamento de estômago ou paredes de intestino, será milagre.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Apetece-me Grandemente Ser Porca # 27
Depois de largos anos de observação e análise cuidada, concluo que não sou lá grande apreciadora de manicuras. Sem qualquer desprimor ou preconceito por uma profissão tão digna como qualquer outra.
Apenas me irritam, tanto ou mais que educadoras de infância, outra classe igualmente nobre, mas que alguns dos seus membros me fazem uma comichão na parede interna da cana do nariz.
Com as manicuras é a mesma coisa.
Não encontrei ainda uma única que faça o seu trabalho sem estar a mandar toda a espécie de bitaites sobre os trabalhos unhais das suas colegas.
Ou porque não é assim que se faz, ou porque assim está mal feito, ou porque isto agora está tudo liberalizado e toda a gente faz unhas e é tudo uma pouca vergonha.
Está sempre tudo mal.
Sempre.
Invariavelmente mal. Exceptuando quando são as próprias a fazer. Nesses casos, a perfeição chega às mãos das clientes.
Ou então a eterna conversa, para que é que foi fazer isto, vinha ter comigo que eu tratava do assunto. Pois claro, que conveniente...
Parecem os advogados com os seus estagiários; são todos uma merda, saem da faculdade cada vez mais burros, não aprendem nada, no meu tempo não era nada assim, eu era espertíssimo quando era estagiário.
Para quem tem mãos de cavadora, que é o meu caso, e preciso de recorrer frequentemente aos serviços destas profissionais, torna-se um sacrifício enorme estar constantemente a ouvir estas larachas da treta.
Parecem umas comadres invejosas da carpete nova da vizinha.
E irem trabalhar, não?
Apenas me irritam, tanto ou mais que educadoras de infância, outra classe igualmente nobre, mas que alguns dos seus membros me fazem uma comichão na parede interna da cana do nariz.
Com as manicuras é a mesma coisa.
Não encontrei ainda uma única que faça o seu trabalho sem estar a mandar toda a espécie de bitaites sobre os trabalhos unhais das suas colegas.
Ou porque não é assim que se faz, ou porque assim está mal feito, ou porque isto agora está tudo liberalizado e toda a gente faz unhas e é tudo uma pouca vergonha.
Está sempre tudo mal.
Sempre.
Invariavelmente mal. Exceptuando quando são as próprias a fazer. Nesses casos, a perfeição chega às mãos das clientes.
Ou então a eterna conversa, para que é que foi fazer isto, vinha ter comigo que eu tratava do assunto. Pois claro, que conveniente...
Parecem os advogados com os seus estagiários; são todos uma merda, saem da faculdade cada vez mais burros, não aprendem nada, no meu tempo não era nada assim, eu era espertíssimo quando era estagiário.
Para quem tem mãos de cavadora, que é o meu caso, e preciso de recorrer frequentemente aos serviços destas profissionais, torna-se um sacrifício enorme estar constantemente a ouvir estas larachas da treta.
Parecem umas comadres invejosas da carpete nova da vizinha.
E irem trabalhar, não?
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Posição Doutrinária
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Só Me Fodem
E desgostam.
E desiludem.
E eu deixo, o que é sobejamente mais grave.
Estou oficialmente inimputável.
E desiludem.
E eu deixo, o que é sobejamente mais grave.
Estou oficialmente inimputável.
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O Direito tornou-me inimputável
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Cinema LXXVIII
Boa adaptação de um clássico memorável, boas interpretações, bom argumento.
A realização está muito original e seria extraordinária se a ideia primária fosse mantida ao longo do filme, o que não acontece.
Mesmo assim, está muito bom.
Porca Miséria
Tenho pensado nesta cena deste filme (Liar, Liar, com Jim Carrey) durante todos os dias desta longa semana.
Porque é a única coisa que me ocorre dizer àqueles que me chateiam para lhes resolver os problemas.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Apetece-me Grandemente Ser Porca # 26
A quantidade de velhos que insistem em meter-se à minha frente na caixa do supermercado, ou que insistem em meter-se comigo enquanto esperam a sua vez na fila, ou que passeiam na rua quando estou cheia de pressa, ou que vão pagar todas as contas do mês quando vou levantar dinheiro no multibanco, ou que acham bem passar em frente do expositor quando estou a escolher coisas numa loja é proporcional à vontade que tenho de pegar num taco de baseball e começar a partir-lhes as perninhas, de forma lenta e dolorosa.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Depois da 45785ª leitura de todos os livros da saga, continuo a sentir a mesma tristeza quando os acabo de ler. Continuo a sentir a cabeça a andar à roda com todos os pormenores e teorias mirabolantes do livro final. Continuo a admirar a mestria de um cérebro que imaginou esta história tão completa e tão perfeita.
Continuo a sentir Harry Potter como se tivesse acabado de o ler pela primeira vez.
Continuo a sentir Harry Potter como se tivesse acabado de o ler pela primeira vez.
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Oscar Niemeyer
1907-2012
Mais um grande génio que desaparece.
Fica a obra que, essa, é imortal, fazendo perpetuar o seu mentor.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Conclusão
Quem manda, pode tudo.
Quem manda e simultaneamente paga salários, pode tudo e mais alguma coisa.
Quem manda, paga salários e é estúpido, é o rei da Escócia.
E contra isto, meus caros, as habituais batatas.
Quem manda e simultaneamente paga salários, pode tudo e mais alguma coisa.
Quem manda, paga salários e é estúpido, é o rei da Escócia.
E contra isto, meus caros, as habituais batatas.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Cinema LXXVII
Dos melhores filmes que já tive oportunidade de ver.
Pitt tem uma interpretação digna de nota.
A realização é soberba, acompanhada de uma sonoridade brilhante e de um argumento excelente.
Bruto, vívido e realista, não existem adjectivos suficientes para qualificar devidamente este filme.
Excelente!
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
' Downsizing de Lifestyle '
Irritam-me aquela estirpe de pessoas que se sentem superiores às outras pela quantidade de dinheiro que têm nas suas contas bancárias. Irritam-me e metem-me nojo. Provavelmente não deveria viver neste mundo, mas fico sempre à espera que esses capitalistazinhos de merda tenham a decência de não fazerem pouco de quem trabalha e que tenham respeito pelos outros, que são iguais a eles, em direitos e deveres.
Parece, no entanto, que tal não passa pela cabeça dessa gente desmiolada e sem consciência social.
Primeiro, foi a Tia Jonet, com as suas afirmações lapidares de não podemos comer bifes todos os dias, na senda daquele que se apelida de Primeiro-Ministro quando disse que os portugueses tinham que aprender a empobrecer.
Porque toda a gente sabe que este país sempre esteve cheio de gente cheia de dinheiro e condições de vida...
Creio que tentar incutir civismo e decência nas cabeças destas andorinhas já não é suficiente, é preciso partir para a violência e pôr estes abutres a sustentarem os filhos com o ordenado mínimo no bolso. É que largavam logo a postura de otários e iam logo trabalhar.
Isso ou fazer um downloading of a brand new brain.
Parece, no entanto, que tal não passa pela cabeça dessa gente desmiolada e sem consciência social.
Primeiro, foi a Tia Jonet, com as suas afirmações lapidares de não podemos comer bifes todos os dias, na senda daquele que se apelida de Primeiro-Ministro quando disse que os portugueses tinham que aprender a empobrecer.
Porque toda a gente sabe que este país sempre esteve cheio de gente cheia de dinheiro e condições de vida...
Creio que tentar incutir civismo e decência nas cabeças destas andorinhas já não é suficiente, é preciso partir para a violência e pôr estes abutres a sustentarem os filhos com o ordenado mínimo no bolso. É que largavam logo a postura de otários e iam logo trabalhar.
Agora vem-me esta andorinha atrasada mental, dar entrevistas com conteúdo tão rico como um contentor cheio de merda, num discurso de boda aos pobres, que eu sou tão inteligente de filha da 'coqueterie'. Já me pronunciei, em tempos, sobre esta senhora; creio que ficou tudo dito.
No entanto, parece que a "escritora" gosta muito de dar um ar de sua graça de vez em quando.
Downsizing de lifestyle é o prototipo de linguajar de um autor da língua portuguesa. Já para não falar do mesmo discurso oco e desprovido de sentido. Temos que empobrecer, vivemos acima das possibilidades, vejam, eu própria já me deixei de viver em casas com piscina para agora passar a viver num T11 nas Amoreiras, ou qualquer coisa que o valha.
Que a senhora queira escrever livrinhos de cordel duvidosos e que faça disso vida, é lá com ela; pobres dos que escolhem livremente gastar dinheiro em escrita tão mal e porcamente parida.
Agora vir com esta conversa de novo rico militante da direita dos tesos, que vivem dos frutos do socialismo mas que são incapazes de lhe reconhecer o mérito da boa vida que levam, é que, desculpem lá, mas vão pastar para outra freguesia.
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Posição Doutrinária
Cinema LXXVI
Nem está mauzinho de todo.
A fotografia e a realização estão muito melhores, a tocar na excelência, as personagens estão mais consistentes e os monstros muito mais ao estilo do jogo.
A história é que deixa um pouco a desejar, já para não falar das discrepâncias entre o argumento do primeiro filme e deste.
Enfim, nem tudo pode ser sempre perfeito.
Está bom, sim senhor.
Nonsense Talking XXXIV
E eu, na minha imensa sapiência, abordei o funcionário da Fnac e perguntei-lhe se já tinha chegado o filme que encomendei.
Qual filme?, perguntou ele, solícito.
A Ponte do Rio que Vai, respondi eu prontamente.
Qual filme?, perguntou ele, solícito.
A Ponte do Rio que Vai, respondi eu prontamente.
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Piadas de Propriedade Privada
Operação Natal - Parte I
Siga.
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Contratos de Compra e Venda Natalícios
Orçamento 2013
Ainda estive ligeiramente esperançada que aqueles senhores que têm domicílio profissional na Assembleia da República tivessem dois dedos de testa e decidissem pelo melhor, que seria mandar o Orçamento de Estado lá para a coisa da mãe dele.
Porém, parece que nunca se deve esperar nada dos políticos porque eles só esperam, afinal, a sua vez de meter as patinhas no poleiro.
E contra isto, batatas.
Porém, parece que nunca se deve esperar nada dos políticos porque eles só esperam, afinal, a sua vez de meter as patinhas no poleiro.
E contra isto, batatas.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Do Melhor
Isto é mesmo bom.
Tem uma cor intensa, é de fácil aplicação e não borra, parece tatuado no olho.
Tanto ou tão pouco que se torna difícil de tirar, sendo o seu único aspecto negativo.
De resto, 5 estrelas muito merecidas.
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Posição Doutrinária
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Jóhne ... Rato
Sou uma pessoa esquisita.
Estranha.
Bizarra.
Peculiar.
Suis generis.
Completamente anormal, é a mais pura das verdades.
E, consciente da minha condição mental diferente, tenho o maior gosto em assumi-la.
Marimbei para o resto.
Não tenho nem esta mania de anormalidade nem a mania de a assumir há pouco tempo. Tem sido assim desde que me nasceram os dentes.
Esta verdade de estranheza é normal na minha pessoa em todos os quadrantes da existência.
Não é, portanto, esquisito que os meus gostos, a nível de beleza masculina, venham a ser, também eles, vá, esquisitos.
Aprecio homens esquisitos. Grandemente.
Nunca me ouviram suspirar pelo Brad Pitt.
Nunca me ouviram dizer maravilhas astronómicas sobre o George Clooney (apesar de ser uma maravilha). Em miúda, nunca me viram babar pelo Nick Carter, dos Backstreet Boys, que parecia causar um AVC em cada garota de 12/13 anos.
Nem pelo Leonardo Dicaprio, nem por todos esses bonequinhos de prateleira que giram por esse mundo fora. Consigo perceber que são, sim, bonitos e jeitosos, mas nada que me faça suspirar e dizer, sim senhor, era já. Porque não era nada já, coisa nenhuma. Sim, muito bonitos, muito jeitosos, mas nada têm que seja de diferente de todos os outros bonecos articulados bonitos que há por aí.
Então e as vozes maravilhosas? Os cabelos desgrenhados? Os olhos coloridos numa cara vulgar? A barba por fazer? O corpo, mesmo que longe de perfeito, humano, não obstante? O sorriso cheio de dentinhos encavalitados? O sotaque, o accent deslumbrante? O mau feitio? Aquele arquear de uma sobrancelha? A pose, o sex appeal?
Todas essas coisas que tornam uma pessoa única?
Essas coisas não contam para nada? Todos estes aspectos que conferem força e personalidade à pessoa não são tidos em conta?
Todos estes elementos constituem uma fonte de atracção irresístivel para a minha pessoa. O que resulta em gostos masculinos deveras duvidosos. Para os outros. Para mim, é tão claro como água.
Quando os outros dizem, que horror, é horrível, aí sim, eu digo, sim senhor, muita saúde, podia ser já.
Contra isto, meus amigos, batatas.
Barbas por fazer, aspecto desmazelado, barriguinhas de cerveja, sabujinhos com olhinhos verdes ou azuis, dentinhos desalinhados que conferem sorrisos únicos, meus caros, não vale a pena, a minha pessoa há muito que perdeu o tino por causa de tais seres.
Insultem, agridam, critiquem, apedrejem, cruxifiquem.
Though shit.
Estranha.
Bizarra.
Peculiar.
Suis generis.
Completamente anormal, é a mais pura das verdades.
E, consciente da minha condição mental diferente, tenho o maior gosto em assumi-la.
Marimbei para o resto.
Não tenho nem esta mania de anormalidade nem a mania de a assumir há pouco tempo. Tem sido assim desde que me nasceram os dentes.
Esta verdade de estranheza é normal na minha pessoa em todos os quadrantes da existência.
Não é, portanto, esquisito que os meus gostos, a nível de beleza masculina, venham a ser, também eles, vá, esquisitos.
Aprecio homens esquisitos. Grandemente.
Nunca me ouviram suspirar pelo Brad Pitt.
Nunca me ouviram dizer maravilhas astronómicas sobre o George Clooney (apesar de ser uma maravilha). Em miúda, nunca me viram babar pelo Nick Carter, dos Backstreet Boys, que parecia causar um AVC em cada garota de 12/13 anos.
Nem pelo Leonardo Dicaprio, nem por todos esses bonequinhos de prateleira que giram por esse mundo fora. Consigo perceber que são, sim, bonitos e jeitosos, mas nada que me faça suspirar e dizer, sim senhor, era já. Porque não era nada já, coisa nenhuma. Sim, muito bonitos, muito jeitosos, mas nada têm que seja de diferente de todos os outros bonecos articulados bonitos que há por aí.
Então e as vozes maravilhosas? Os cabelos desgrenhados? Os olhos coloridos numa cara vulgar? A barba por fazer? O corpo, mesmo que longe de perfeito, humano, não obstante? O sorriso cheio de dentinhos encavalitados? O sotaque, o accent deslumbrante? O mau feitio? Aquele arquear de uma sobrancelha? A pose, o sex appeal?
Todas essas coisas que tornam uma pessoa única?
Essas coisas não contam para nada? Todos estes aspectos que conferem força e personalidade à pessoa não são tidos em conta?
Todos estes elementos constituem uma fonte de atracção irresístivel para a minha pessoa. O que resulta em gostos masculinos deveras duvidosos. Para os outros. Para mim, é tão claro como água.
Quando os outros dizem, que horror, é horrível, aí sim, eu digo, sim senhor, muita saúde, podia ser já.
Contra isto, meus amigos, batatas.
Barbas por fazer, aspecto desmazelado, barriguinhas de cerveja, sabujinhos com olhinhos verdes ou azuis, dentinhos desalinhados que conferem sorrisos únicos, meus caros, não vale a pena, a minha pessoa há muito que perdeu o tino por causa de tais seres.
Insultem, agridam, critiquem, apedrejem, cruxifiquem.
Though shit.
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Reminiscências # 8
Quando era miúda, mesmo muito miúda, volta e meia, era hábito oferecerem-me aqueles caderninhos foleiros, de páginas com cheirinho a papel higiénico de hotel de 5 estrelas, com cadeado dourado e respectiva chave minúscula, folhinhas coloridas, em rosa e azul desmaiado, a que gostavam de chamar diário.
Esperavam que escrevesse ali o meu dia-a-dia, as minhas aventuras e desventuras, as peripécias de todos os dias.
Ora, o que é que uma miúdinha de 5 ou 6 anos tinha para contar além de fui à escola, brinquei, fiz os trabalhos de casa, levei um tabefe porque me portei mal?
Já naquela altura mandava bardamerda àquilo que esperavam de mim e fazia o que me apetecia. Uma mania que nunca me passou, diga-se.
Aproveitava aquelas folhas ranhosas para escrever as minhas histórias, não as reais, que essas não tinham graça nenhuma; aquelas que imaginava, aquelas que construia só com um fio de pensamento. Escrevinhei diários inteirinhos com histórias de aventuras. Não sei o que foi feito daqueles diários, mas devia ser giro voltar a encontrá-los. Para medir a minha própria idiotice a 20 anos de distância.segunda-feira, 19 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Ai Houve Porrada no Parlamento?
Se estavam a ser agredidos, acho muito bem que a Bófia, em forma de corpo de intervenção, desça rapidamente as escadarias e mande umas berlaitadas no pessoal arruaceiro.
Porém, a minha pessoa, que teve oportunidade de assitir às imagens várias vezes, gostaria de perguntar porque razão é que só depois de uma hora e tal a levar com calhaus nas trombas, balões de tinta pelas fussas abaixo, levantamento de barreiras e arremesso de objectos vários, é que decidem bater nos gandins?
É que, sabem, podiam ter feito o vosso trabalho de forma limpa e ordeira e ainda ficavam bem na fotografia, estavam a garantir a segurança e tal, somos muita bons, mas assim só transmitem a ideia de que ficaram à espera que ficasse escuro, que os rufias já não estivessem a atirar pedras e que estivessem descansadinhos a fumar uma broca, para os apanharem desprevenidos e correrem tudo à paulada e a detenções sem terem o trabalho de baterem em quem fez, de facto, asneiras...
Não há vergonha, pois não?
Porém, a minha pessoa, que teve oportunidade de assitir às imagens várias vezes, gostaria de perguntar porque razão é que só depois de uma hora e tal a levar com calhaus nas trombas, balões de tinta pelas fussas abaixo, levantamento de barreiras e arremesso de objectos vários, é que decidem bater nos gandins?
É que, sabem, podiam ter feito o vosso trabalho de forma limpa e ordeira e ainda ficavam bem na fotografia, estavam a garantir a segurança e tal, somos muita bons, mas assim só transmitem a ideia de que ficaram à espera que ficasse escuro, que os rufias já não estivessem a atirar pedras e que estivessem descansadinhos a fumar uma broca, para os apanharem desprevenidos e correrem tudo à paulada e a detenções sem terem o trabalho de baterem em quem fez, de facto, asneiras...
Não há vergonha, pois não?
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Posição Doutrinária
Clap, Clap, Clap!
Os meus velhos e queridos amigos estarão de volta a este país invadido pela Troika em 16 de Abril de 2013.
Estou, portanto, em contagem decrescente até lá.
Ó p'ra mim toda contente!
Ai a Porra
Como já tive oportunidade de expressar inúmeras vezes, faz-me uma certa confusão o facto de existirem motas a circular. Faz-me, fazer o quê?
Não percebo a utilidade de semelhante instrumento, a não ser sofrer de hipotermia diariamente e ser levado por uma rabanada de vento.
As motas servem, apenas e basicamente, para chatear. Chatear os outros, bem entendido.
Quando não estão a passar à frente de toda a gente, circulando pela berma, estão a serpentear alegremente entre as filas de trânsito para chegar ao destino. E ainda têm a lata de apitar para os deixarem passar, só porque sim. Apetece-me e tal, pronto. Não fazendo isto, estão a pastelar no meio da estrada, a empatar toda a gente.
Foda-se, não podem ter um carro, como toda a gente?!
Não percebo a utilidade de semelhante instrumento, a não ser sofrer de hipotermia diariamente e ser levado por uma rabanada de vento.
As motas servem, apenas e basicamente, para chatear. Chatear os outros, bem entendido.
Quando não estão a passar à frente de toda a gente, circulando pela berma, estão a serpentear alegremente entre as filas de trânsito para chegar ao destino. E ainda têm a lata de apitar para os deixarem passar, só porque sim. Apetece-me e tal, pronto. Não fazendo isto, estão a pastelar no meio da estrada, a empatar toda a gente.
Foda-se, não podem ter um carro, como toda a gente?!
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Quase, Quase Aí
Extremamente entusiasmada com a sequela do meu filme de terror favorito de todos os tempos.
Só espero é que não se lembrem de estragar tudo...
Nonsense Talking XXXIII
- Está sim, Registo Comercial da Mitra Land, fáchavôre?
- Boa tarde, estão em greve?
- Se estivesse em greve, acha que lhe atendia o telefone?
- "#$%&*€@, pode ser?
- Boa tarde, estão em greve?
- Se estivesse em greve, acha que lhe atendia o telefone?
- "#$%&*€@, pode ser?
Da Greve Geral
Sobrevivi ao trânsito acumulado devido à greve.
Sendo a minha pessoa socialista e defensora dos direitos dos trabalhadores, não me ouvirão falar mal destes dias 'alumiados' em que os explorados se fazem ouvir.
Na verdade, desta vez nem tenho muito que me queixar dos transtornos causados pela greve.
É certo que me levantei bastante mais cedo que o habitual, mas o meu tempo passado na viatura foi extremamente agradável.
Pude calmamente tomar o pequeno-almoço, ler o meu precioso livro e fumar ininterruptamente, enquanto, de vez em quando, tirava o pé do travão para deixar o carro deslizar cerca de meio metro.
Passou-se num instante este tempinho de lazer e, quando dei por mim, já o trânsito rolava normalmente em direcção à capital.
Tão bom que era se fosse sempre assim...
Sendo a minha pessoa socialista e defensora dos direitos dos trabalhadores, não me ouvirão falar mal destes dias 'alumiados' em que os explorados se fazem ouvir.
Na verdade, desta vez nem tenho muito que me queixar dos transtornos causados pela greve.
É certo que me levantei bastante mais cedo que o habitual, mas o meu tempo passado na viatura foi extremamente agradável.
Pude calmamente tomar o pequeno-almoço, ler o meu precioso livro e fumar ininterruptamente, enquanto, de vez em quando, tirava o pé do travão para deixar o carro deslizar cerca de meio metro.
Passou-se num instante este tempinho de lazer e, quando dei por mim, já o trânsito rolava normalmente em direcção à capital.
Tão bom que era se fosse sempre assim...
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Ai a Porra
Na qualidade de profissional liberal, o conceito de greve é coisa que não me assiste, como dizia aquele sabujo que, parece, está agora enfiado na Casa dos Degredos.
Aparentemente, não tenho entidade patronal, passo uns recibos esverdeados como quitação das cascas de alho que me calham em sorte ao fim do mês e, pela independência a que a minha classe (tão bonito, não é?)está adstrita, não me é permitido estar sujeita a essa vergonha que é ter dever de submissão aos poderes de direcção, disciplinar e de regulamentação (para mais informações, consultar artº 97º e seguintes do Código de Trabalho).
No entanto, creio que a minha entidade pagadora era capaz de ficar ligeiramente aborrecida se amanhã não pusesse os cotos no domicílio profissional. Digo eu, não sei.
Apraz, porém, fazer um pequeno reparo: se amanhã este país pára, significa que os meios de transporte que fazem deslocar o pessoal de casa para o trabalho, e vice-versa estarão, também eles, parados. O que significa que vão estar demasiados carros na rua para ser suportável conduzir.
O que me leva à pergunta fulcral, que podia ter sido formulado logo no início deste texto, evitando a indução de sono no leitor: como caraças chegarei amanhã ao trabalho?
Aparentemente, não tenho entidade patronal, passo uns recibos esverdeados como quitação das cascas de alho que me calham em sorte ao fim do mês e, pela independência a que a minha classe (tão bonito, não é?)está adstrita, não me é permitido estar sujeita a essa vergonha que é ter dever de submissão aos poderes de direcção, disciplinar e de regulamentação (para mais informações, consultar artº 97º e seguintes do Código de Trabalho).
No entanto, creio que a minha entidade pagadora era capaz de ficar ligeiramente aborrecida se amanhã não pusesse os cotos no domicílio profissional. Digo eu, não sei.
Apraz, porém, fazer um pequeno reparo: se amanhã este país pára, significa que os meios de transporte que fazem deslocar o pessoal de casa para o trabalho, e vice-versa estarão, também eles, parados. O que significa que vão estar demasiados carros na rua para ser suportável conduzir.
O que me leva à pergunta fulcral, que podia ter sido formulado logo no início deste texto, evitando a indução de sono no leitor: como caraças chegarei amanhã ao trabalho?
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Coisas Que Vejo Por Aí # 7
Chorei a rir. Literalmente.
Estes gajos são autenticas pérolas.
Cenas de Natal
- Árvore com mais de dois metros - Check
- Metros e metros de luzinhas - Check
- Três dúzias de bolas coloridas - Check
- 45896 penduricalhos vários - Check
- Estrela gigante - Check
- Coroa obesa para pendurar naquele prego raquitico da porta- Check
- 788678 fitas - Check
Só falta montar tudo.
Nunca mais é dia 1, pá!
- Metros e metros de luzinhas - Check
- Três dúzias de bolas coloridas - Check
- 45896 penduricalhos vários - Check
- Estrela gigante - Check
- Coroa obesa para pendurar naquele prego raquitico da porta- Check
- 788678 fitas - Check
Só falta montar tudo.
Nunca mais é dia 1, pá!
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Contratos de Compra e Venda Natalícios
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Ó P'ra Mim a Queixar-me do Tempo Com'ás Velhas
Um ser sai de casa e é logo isto:
Rai's ma parta mais ao tempo.
Sim, eu tiro fotografias enquanto conduzo. Tenho um death wish.
Chega ao domicílio profissional e parece que chegou à Terra Prometida.
Sim, eu tiro fotografias enquanto conduzo. Tenho um death wish.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
' Tu roubal, tu roubal !! '
O dia de hoje não amanheceu propriamente luminoso para a minha pessoa.
Depois de uma noite com sonhos estúpidos e tenebrosos (ainda não me livrei do espírito de Halloween, fazer o quê?), acordar e saltar para a banheira, onde a água congelou nos canos e estupor do esquentador ainda está a dormir, não é a melhor maneira de dizer bom dia ao mundo.
Passada a dificuldade aquática, e ainda com o cérebro a descongelar, o pote da base resolve tirar férias e o dispensador não funciona.
Aperto, aperto e nada de sair o líquido.
Depois de quinze minutos inteirinhos a puxar, desenroscar e até morder a tampa, numa vã tentativa de a fazer saltar, acabo por mandar o frasco à parede a grande velocidade. Resultou tão bem que acabei por despejar metade do conteúdo no chão e a outra metade na cara. Ca bom, 'tou mesmo linda nesta cor de caramelo deslavado.
Pensado que o infortúnio tinha acabado por ali, há um café muito revoltado e determinado em não ser engolido e que que salta alegremente da chávena para a camisola, branquinha como a neve.
Praguejando entre dentes, vou buscar a única camisa branca que ainda não foi para lavar. Só depois me lembrei porque é que ainda não a tinha usado.
A diferença entre a fossa das Marianas e o decote da supra mencionada camisa é para aí de dois centímetros.
Vicissitudes.
Correndo escada abaixo, que o tempo escasseia, enfio-me na carripana, disposta a voar através de meia Almada para chegar a horas. Já tinha a chave na ignição quando dou pela falta da bolsinha do tabaco.
Enumerando em voz alta todas as asneiras do dicionário de calão, voo novamente escada acima para a ir buscar, enquanto lhe dou pontapés verbais.
Não havia trânsito, a ponte estava livre, chegada ao destino num piscar de olhos. Nem tudo é mau.
O caraças.
Devo ter-me enganado. Vim a conduzir até ao Polo Norte, a julgar pela massa de ar frio e ventania que envolve esta bela comarca. E eu vestida com uma tripa...
Felizmente, pensou a minha pessoa, no escritório estará quentinho.
Mas ainda não é hora de ir para lá.
Faltam mortalhas e filtros, caso contrário a viagem para ir buscar a puta da bolsa de tabaco terá sido em vão. O que o vício faz ao ser humano...
Repetindo todos os impropérios que conheço, vá de descer a rua.
Chega a minha ilustre pessoa à tabacaria da esquina. Não tinha trocos. Volta para trás, rapariga, hoje é o teu dia de sorte.
No multibanco, um velho a pagar todas as contas do mês. E um frio da porra naquela avenida.
Depois de tudo comprado, eis que vem no sentido contrário, no passeio, uma senhora cheia de pressa, empurrando toda a gente, na ânsia de passar.
Atrás dela, uma miúda chinesa berrava qualquer coisa em mandarim, enquanto corria atrás da mulher.
'Tu roubal, tu roubal', dizia ela.
Agarrou a mulher por um braço, enquanto repetia 'roubal, tu roubal', misturado com o que podia ser perfeitamente poesia, não consegui identificar, falava na sua língua.
Ao seu lado, materializou-se imediatamente outra senhora chinesa e as duas agarram a fugitiva, cada uma a segurar um bracinho da dita e toca de levá-la para dentro da loja.
Fiquei a observar. Eu e as outras 452 pessoas que estavam na rua, naquele momento.
Ao passar em frente da loja, podia ver as duas senhoras a gritarem com a mulher, enquanto esta, muito enfiadinha, ia balbuciando, não fui eu, foi o meu sobrinho, ao mesmo tempo que abria o porta moedas.
Não pude deixar de pensar, cá para os meus botões, que mesmo assim, no meio de tantas peripécias e desventuras, que ainda não fui apanhada a roubar. Porque não há quem leve mais a sério a dita vergonha de roubar e ser apanhado que eu.
O dia ainda mal começou e está longe de terminar, dada a papelada sentada na minha secretária.
Porém, pelo menos, já sei que hoje não é um bom dia para deitar a mão à propriedade alheia. Com o meu rasgo de sorte, seria imediatamente apanhada.
Depois de uma noite com sonhos estúpidos e tenebrosos (ainda não me livrei do espírito de Halloween, fazer o quê?), acordar e saltar para a banheira, onde a água congelou nos canos e estupor do esquentador ainda está a dormir, não é a melhor maneira de dizer bom dia ao mundo.
Passada a dificuldade aquática, e ainda com o cérebro a descongelar, o pote da base resolve tirar férias e o dispensador não funciona.
Aperto, aperto e nada de sair o líquido.
Depois de quinze minutos inteirinhos a puxar, desenroscar e até morder a tampa, numa vã tentativa de a fazer saltar, acabo por mandar o frasco à parede a grande velocidade. Resultou tão bem que acabei por despejar metade do conteúdo no chão e a outra metade na cara. Ca bom, 'tou mesmo linda nesta cor de caramelo deslavado.
Pensado que o infortúnio tinha acabado por ali, há um café muito revoltado e determinado em não ser engolido e que que salta alegremente da chávena para a camisola, branquinha como a neve.
Praguejando entre dentes, vou buscar a única camisa branca que ainda não foi para lavar. Só depois me lembrei porque é que ainda não a tinha usado.
A diferença entre a fossa das Marianas e o decote da supra mencionada camisa é para aí de dois centímetros.
Vicissitudes.
Correndo escada abaixo, que o tempo escasseia, enfio-me na carripana, disposta a voar através de meia Almada para chegar a horas. Já tinha a chave na ignição quando dou pela falta da bolsinha do tabaco.
Enumerando em voz alta todas as asneiras do dicionário de calão, voo novamente escada acima para a ir buscar, enquanto lhe dou pontapés verbais.
Não havia trânsito, a ponte estava livre, chegada ao destino num piscar de olhos. Nem tudo é mau.
O caraças.
Devo ter-me enganado. Vim a conduzir até ao Polo Norte, a julgar pela massa de ar frio e ventania que envolve esta bela comarca. E eu vestida com uma tripa...
Felizmente, pensou a minha pessoa, no escritório estará quentinho.
Mas ainda não é hora de ir para lá.
Faltam mortalhas e filtros, caso contrário a viagem para ir buscar a puta da bolsa de tabaco terá sido em vão. O que o vício faz ao ser humano...
Repetindo todos os impropérios que conheço, vá de descer a rua.
Chega a minha ilustre pessoa à tabacaria da esquina. Não tinha trocos. Volta para trás, rapariga, hoje é o teu dia de sorte.
No multibanco, um velho a pagar todas as contas do mês. E um frio da porra naquela avenida.
Depois de tudo comprado, eis que vem no sentido contrário, no passeio, uma senhora cheia de pressa, empurrando toda a gente, na ânsia de passar.
Atrás dela, uma miúda chinesa berrava qualquer coisa em mandarim, enquanto corria atrás da mulher.
'Tu roubal, tu roubal', dizia ela.
Agarrou a mulher por um braço, enquanto repetia 'roubal, tu roubal', misturado com o que podia ser perfeitamente poesia, não consegui identificar, falava na sua língua.
Ao seu lado, materializou-se imediatamente outra senhora chinesa e as duas agarram a fugitiva, cada uma a segurar um bracinho da dita e toca de levá-la para dentro da loja.
Fiquei a observar. Eu e as outras 452 pessoas que estavam na rua, naquele momento.
Ao passar em frente da loja, podia ver as duas senhoras a gritarem com a mulher, enquanto esta, muito enfiadinha, ia balbuciando, não fui eu, foi o meu sobrinho, ao mesmo tempo que abria o porta moedas.
Não pude deixar de pensar, cá para os meus botões, que mesmo assim, no meio de tantas peripécias e desventuras, que ainda não fui apanhada a roubar. Porque não há quem leve mais a sério a dita vergonha de roubar e ser apanhado que eu.
O dia ainda mal começou e está longe de terminar, dada a papelada sentada na minha secretária.
Porém, pelo menos, já sei que hoje não é um bom dia para deitar a mão à propriedade alheia. Com o meu rasgo de sorte, seria imediatamente apanhada.
E o Resto do Mundo Respira de Alívio
Receei que a estupidez típica dos americanos (perdoem-me, mas é absolutamente verdade) triunfasse desta vez.
Obama é de novo reeleito.
O resto do mundo agradece!
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Cinema LXXV
Não estará melhor que o primeiro, mas está certamente um grande filme.
Distribuição de fruta com grande classe.
Liam Neeson em grande, como sempre.
Muito bom.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Coisas Potterianas - Parte IV
Depois de muitas voltas à mioleira, continuo sem perceber como é que Sirius Black, depois de tantos anos em Azkaban, aparece com a varinha na mão.
Não é suposto ficarem sem as varinhas quando são presos?
Cada vez percebo menos...
Não é suposto ficarem sem as varinhas quando são presos?
Cada vez percebo menos...
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Comentário Jurídico da Latrina
Nonsense Talking XXXII
Moral da história: comezaina, festividades, reunião familiar e a idade, juntamente com o ar da serra e o cheiro do inverno, não são não um bom cocktail
Dizia senhora minha mãe, dirigindo-se à minha pessoa:
- Ai o nosso casamento foi tão lindo, filha... Não te lembras?
- ... er... não, Mãe...
- Não te lembras?! Como é que isso é possível?!
- ... Nasci depois, Mãe.
- Ah, pois é...
Não contente com tal façanha, volta a repetir a graça, desta feita, com mais nível:
- Tu eras muito pequena no 25 de Abril. Não te lembras como era antes...
- ...?! Muito pequena no 25 de Abril?!
- Pois!
- Mãe...! O que é que andas a beber?! Nasci 12 anos depois!
- Depois? Então, mas... Ah, pois é!
- ...
Tradução: não sei se a senhora está naquela fase em que tem a sensação que tudo passou a correr ou se estou tão acabada que já nem aos olhos da minha própria Mãe pareço jovem...
Dizia senhora minha mãe, dirigindo-se à minha pessoa:
- Ai o nosso casamento foi tão lindo, filha... Não te lembras?
- ... er... não, Mãe...
- Não te lembras?! Como é que isso é possível?!
- ... Nasci depois, Mãe.
- Ah, pois é...
Não contente com tal façanha, volta a repetir a graça, desta feita, com mais nível:
- Tu eras muito pequena no 25 de Abril. Não te lembras como era antes...
- ...?! Muito pequena no 25 de Abril?!
- Pois!
- Mãe...! O que é que andas a beber?! Nasci 12 anos depois!
- Depois? Então, mas... Ah, pois é!
- ...
Tradução: não sei se a senhora está naquela fase em que tem a sensação que tudo passou a correr ou se estou tão acabada que já nem aos olhos da minha própria Mãe pareço jovem...
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Piadas de Propriedade Privada
Pão-Por-Deus
Nunca é mau saber que algumas tradições não morrem.
Na minha ilustre terra natal, continua a haver um bando de miúdos ranhosos, a bater a todas as portas, de mãozinha esticada, à espera das goluseimas, de saco do pão em riste.
E os putos continuam a correr alegremente pela rua fora, sempre nas gargalhadas costumeiras, a ver quem chega primeiro à próxima casa.
Saudades dos tempos em que corria também essas ruas, com um saco de pão tão atafulhado de bolos, chocolates, rebuçados, chupa-chupas, caramelos e outras iguarias, que comia durante semanas a fio, mas que continuavam sempre com aquele sabor do ar frio e chuvoso do 1º de Novembro.
Na minha ilustre terra natal, continua a haver um bando de miúdos ranhosos, a bater a todas as portas, de mãozinha esticada, à espera das goluseimas, de saco do pão em riste.
E os putos continuam a correr alegremente pela rua fora, sempre nas gargalhadas costumeiras, a ver quem chega primeiro à próxima casa.
Saudades dos tempos em que corria também essas ruas, com um saco de pão tão atafulhado de bolos, chocolates, rebuçados, chupa-chupas, caramelos e outras iguarias, que comia durante semanas a fio, mas que continuavam sempre com aquele sabor do ar frio e chuvoso do 1º de Novembro.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Coisas Que Vejo Por Aí # 6
O sítio ideial para empanturrar e ter uma crise de figado, neste dias, é Santarém.
Não há iguaria nacional que não esteja presente neste certame, palavra tão gira e simultaneamente tão estúpida.
Coisas Que Vejo Por Aí # 5
Aproveitando o último dia em cena, dei um saltinho ao Teatro Nacional D. Maria II para ver a peça Cenas da Vida Conjugal, de Ingmar Bergman .
É dificil explicar o quão fundo esta peça toca dentro do espectador ou quanto de realidade está presente nos diálogos daquelas duas personagens.
É dificil explicar a profundidade tocante e a sensação constante de temor e solidão presos em cada minuto.
É soberbo e soberba é também a sensação de poder assistir a um pedaço de existência sólida no meio de um palco.
Adriano Luz e Margarida Marinho são magníficos e encarnam na perfeição os personagens.
Excelente!
Nota: A sala estava repleta de gente. Como era o último dia de exibição, esperava-se uma enorme ovação de pé e eterna glória para os actores. Em vez disso, a plateia elouquecida riu a bandeiras despregadas durante a peça toda. Riam de todas as coisas que julgavam que ouviam os personagens dizer. Espantadíssima, olhei à minha volta, pensado que devia ser a pessoa mais estúpida à face da terra por não estar a ver onde estaria a piada num drama tão grande. Só vi velhotes e o que parecia gente pertencente a uma associação qualquer da infância desvalida ou qualquer coisa que o valha. Decidi ignorar. Mas foi impossível. Durante duas horas e meia, aquela gente gargalhou fortemente, como se fossem hienas bêbedas, de todas as deixas que os actores davam. Todas. Eu, que em muitos momentos, tive vontade de chorar, tal era a profundidade da mensagem que transparecia, vim para casa a alta velocidade, esperando que o senhor Google me garantisse que não fiz figura de tansa ao querer aplaudir em vez de rir. Afinal, percebi bem. Não era uma comédia. Mesmo. Pelos vistos, tive só azar com a plateia, que parecia toda fugida de uma casa de saúde mental. É melhor não tirar conclusões...
Cinema LXXIV
Mesmo com a besta do Craig lá para o meio, este é o regresso em grande dos filmes de Bond.
Efeitos especiais espectaculares, interpretações excelentes, com destaque para grande performance de Javier Bardem, história muito bem estruturada.
Só é pena que, quando decidam levantar o véu sobre a vida familiar de James Bond, ponham os paizinhos do mesmo a chamarem-se Bond também, o que não deixa de ser profundamente estúpido. James Bond não é nome próprio de ninguém; é nome de código. Mas será pedir demais um filme sem defeitos quando entra o Daniel Craig...
Muito bom, mesmo assim.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Dos Gritos 'Ipiranguescos' Típicos Deste Estaminé *
Depois de dias cinzentos, o sol brilha de novo. Principalmente porque é sexta-feira, o que normalmente significa que chegou ao fim uma semana de trabalho.
Trabalho, trabalho ... Essa dignificação do homem, que ajuda à evolução física e psíquica do ser humano, que traz a remuneração e auxilia o desenvolvimento da economia pela estimulação do consumo.
Pois sim...
O trabalho não é mais que prostituição, pura e dura.
Em troca de uns tostões ao fim de um mês, o trabalhador esfalfa-se a fazer o que o patrão não quer fazer. Só não há é contacto de partes baixas nem nudez; no resto, é igual.
Ora, pensei eu, na minha estúpida inocência, que tornando-me trabalhadora independente faria o que bem entendesse e que não tinha de dar cavaco a ninguém. É o que dá ser jovem; rapidamente somos endrominados (o que eu adoro este vocábulo nas vozes dos idosos, que se transforma rapidamente em indrominados) e caímos na realidade depressa demais.
Acresce o facto de ter nascido neste país, o que ainda agrava mais a coisa, já de si tão preta...
Descontente com a escravização e exploração do meu belo corpinho e excelso cérebro, resolvi demitir-me das minha funções, vender todos os meus pertences e ir vender cortinados para a Feira da Ladra.
Pois claro, não se está mesmo a ver...
Continuando na senda da imaginação, ainda pensei em colocar uma bomba no edifício, pegar numa arma e disparar à queima-roupa, pegar num taco de baseball e destruir cabeças à paulada.
Depois, veio a vozinha na minha cabeça: Diligentia Maria, a Deontologia não te ensinou nada? Que pouca vergonha vem a ser essa? Tu és um agente da Justiça, não podes andar aí a distribuir fruta como um reles Stallone!
Tens razão, Deontologia da treta, tenho de ser mais subtil. Vou pôr antes uns laxantes nos cafés e nos cházinhos!
Porém, acobardei-me. Achei que umas caganeiras talvez não fossem suficientes para aplacar a minha fúria. E voltaria à questão da carnificina, o que só faz é mal à pele.
Trabalho, trabalho ... Essa dignificação do homem, que ajuda à evolução física e psíquica do ser humano, que traz a remuneração e auxilia o desenvolvimento da economia pela estimulação do consumo.
Pois sim...
O trabalho não é mais que prostituição, pura e dura.
Em troca de uns tostões ao fim de um mês, o trabalhador esfalfa-se a fazer o que o patrão não quer fazer. Só não há é contacto de partes baixas nem nudez; no resto, é igual.
Ora, pensei eu, na minha estúpida inocência, que tornando-me trabalhadora independente faria o que bem entendesse e que não tinha de dar cavaco a ninguém. É o que dá ser jovem; rapidamente somos endrominados (o que eu adoro este vocábulo nas vozes dos idosos, que se transforma rapidamente em indrominados) e caímos na realidade depressa demais.
Acresce o facto de ter nascido neste país, o que ainda agrava mais a coisa, já de si tão preta...
Descontente com a escravização e exploração do meu belo corpinho e excelso cérebro, resolvi demitir-me das minha funções, vender todos os meus pertences e ir vender cortinados para a Feira da Ladra.
Pois claro, não se está mesmo a ver...
Continuando na senda da imaginação, ainda pensei em colocar uma bomba no edifício, pegar numa arma e disparar à queima-roupa, pegar num taco de baseball e destruir cabeças à paulada.
Depois, veio a vozinha na minha cabeça: Diligentia Maria, a Deontologia não te ensinou nada? Que pouca vergonha vem a ser essa? Tu és um agente da Justiça, não podes andar aí a distribuir fruta como um reles Stallone!
Tens razão, Deontologia da treta, tenho de ser mais subtil. Vou pôr antes uns laxantes nos cafés e nos cházinhos!
Porém, acobardei-me. Achei que umas caganeiras talvez não fossem suficientes para aplacar a minha fúria. E voltaria à questão da carnificina, o que só faz é mal à pele.
Portanto, nada resta fazer senão voltar ao queixume e asneirada costumeiras. É a minha forma de rebelião, muito típica, muito suis generis.
Hoje grito e blasfemo para amanhã poder fazer diferente, é a esperança a que me agarro.
Seja.
Puta que pariu esta merda toda!
* Título e texto inspirados num comentário da Ilustre Imperatriz Sissi
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Posição Doutrinária
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Ao Que Cheguei
Pareço uma velha.
Écharpe (que mais parece uma manta)pelos ombros, caneca de chá fumegante na frente, óculos pendurados da ponta do nariz.
À próxima pessoa que vier ter comigo, perguntarei, com toda a certeza: "E o menino, é para quê?"
Écharpe (que mais parece uma manta)pelos ombros, caneca de chá fumegante na frente, óculos pendurados da ponta do nariz.
À próxima pessoa que vier ter comigo, perguntarei, com toda a certeza: "E o menino, é para quê?"
terça-feira, 23 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Da Aproximação Natalícia
Estou a modos que um bocado irritada.
Chateada, vá.
Ligeiramente aborrecida.
Apetecia-me que fosse já Natal.
Que a minha pessoa, apesar de ser um bicho totalmente avesso a religiosidades, crenças e temores a entes superiores, sendo existencialista dos quatros costados, gosta muito do Natal. E das luzes. E do frio. E da comida. E das árvores, da neve, do Pai Natal, das fitas, das bolinhas. E da reunião familiar, verdadeiro espírito da quadra.
Este ano, tenho uma casa inteira à minha disposição onde plantar um pinheiro que tenha, pelo menos, 2 metros de altura, três quilos de bolas de todas as cores, quatro dúzias de fitas, uma de cada raça, sete meadas de luzinhas intermitentes, dois quilos e meio de anjinhos, duendes e sininhos coloridos, mais a estrela do topo, que não pode faltar. E uma coroa de Natal gigante, para pôr na porta da entrada, que já tem um preguinho para o efeito. Até já tenho presentes para colocar junto à supra descrita árvore e tudo...
Porém, quer parecer que ninguém está tão adiantado no tempo como eu.
Não há uma única loja que tenha já à venda todos os apetrechos decorativos para a quadra que se avizinha. Nem uma. Até as lojas chinesas, tão prósperas em tais utilidades, estão mais preocupadas em encherem-se de cangalhadas de Halloween do que em terem à disposição do consumidor apressado tais objectos, tão apetecíveis.
Sinto-me defraudada.
Não há nada que me dê mais gozo que encher uma casa de tralhas, ainda por cima, de Natal.
Nos últimos vinte e cinco Natais, eram os outros a encher a casa por mim.
Agora que é a minha vez, nunca mais é tempo.
É indecente. Não se faz.
Chateada, vá.
Ligeiramente aborrecida.
Apetecia-me que fosse já Natal.
Que a minha pessoa, apesar de ser um bicho totalmente avesso a religiosidades, crenças e temores a entes superiores, sendo existencialista dos quatros costados, gosta muito do Natal. E das luzes. E do frio. E da comida. E das árvores, da neve, do Pai Natal, das fitas, das bolinhas. E da reunião familiar, verdadeiro espírito da quadra.
Este ano, tenho uma casa inteira à minha disposição onde plantar um pinheiro que tenha, pelo menos, 2 metros de altura, três quilos de bolas de todas as cores, quatro dúzias de fitas, uma de cada raça, sete meadas de luzinhas intermitentes, dois quilos e meio de anjinhos, duendes e sininhos coloridos, mais a estrela do topo, que não pode faltar. E uma coroa de Natal gigante, para pôr na porta da entrada, que já tem um preguinho para o efeito. Até já tenho presentes para colocar junto à supra descrita árvore e tudo...
Porém, quer parecer que ninguém está tão adiantado no tempo como eu.
Não há uma única loja que tenha já à venda todos os apetrechos decorativos para a quadra que se avizinha. Nem uma. Até as lojas chinesas, tão prósperas em tais utilidades, estão mais preocupadas em encherem-se de cangalhadas de Halloween do que em terem à disposição do consumidor apressado tais objectos, tão apetecíveis.
Sinto-me defraudada.
Não há nada que me dê mais gozo que encher uma casa de tralhas, ainda por cima, de Natal.
Nos últimos vinte e cinco Natais, eram os outros a encher a casa por mim.
Agora que é a minha vez, nunca mais é tempo.
É indecente. Não se faz.
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Contratos de Compra e Venda Natalícios
Coisas Potterianas - Parte III
Pergunto eu, na minha inocência e como quem não quer a coisa, como é que o estuporado do Voldemort vem a recuperar a varinha...
Supostamente, na noite em que atacou o pequeno Potter, operou o contra-feitiço e o Senhor das Trevas foi despojado dos seus poderes. Desapareceu sem deixar rasto, nessa mesma noite. Não se ouve falar mais da varinha.
Como é que ele foi recuperar a varinha treze anos depois?
Foi lá buscá-la, às ruínas da casa dos Potters? Como, se o gajo nem corpo tinha?
Algum dos seus fiéis servidores a foi buscar, logo a seguir ao incidente?
Onde é que andou a varinha que de repente aparece na mão do seu senhor?
Mistérios insondáveis...
Supostamente, na noite em que atacou o pequeno Potter, operou o contra-feitiço e o Senhor das Trevas foi despojado dos seus poderes. Desapareceu sem deixar rasto, nessa mesma noite. Não se ouve falar mais da varinha.
Como é que ele foi recuperar a varinha treze anos depois?
Foi lá buscá-la, às ruínas da casa dos Potters? Como, se o gajo nem corpo tinha?
Algum dos seus fiéis servidores a foi buscar, logo a seguir ao incidente?
Onde é que andou a varinha que de repente aparece na mão do seu senhor?
Mistérios insondáveis...
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Da Puta da Pouca Vergonha Em Que Este Mundo Está Transformado
Esta miúda era Amanda Todd.
Vítima de ciberbullying, acabou por se suicidar.
Li a história dela num jornal e não posso deixar de me indignar.
O que é isto?
Quem é que faz isto a outro ser humano?
Quem tem prazer em destruir uma pessoa?
Li, ainda, que os cabrões que a maltrataram, de tantas e de tão diversas formas, ainda fizeram uma festa a comemorar a sua morte.
Que vem a ser isto? Que crueldade é esta?
Acaso esta miúda fez mal a alguém? Era criminosa? Era malvada? Cometeu alguma atrocidade? Matou alguém?
Não sei se os anormais que ajudaram ao desaparecimento de Amanda perceberam que a moça foi vítima de um tarado que se aproveitou dela. Não sei se os estafermos perceberam que podiam ser sido eles no lugar dela. Não sei se esses acéfalos ordinários perceberam que são autores materiais de um crime...
O que é isto, pergunto novamente? São estes os sinais da modernidade? São estas as consequências do avanço da tecnologia e do conhecimento? É este o homo sapiens?
É deveras engraçado, de facto.
Àquelas que aparecem meias despidas, ou mesmo despidas, em poses de dançarina de varão, em qualquer Facebook, há lugar à colocação de likes e comentários de aprovação.
A uma garota que foi vitima de um pedófilo, perseguem-na, maltratam-na, humilham-na, agridem-na.
Não percebo.
Nestas alturas, em que surgem notícias de crimes (oh sim, meus caros, todos os que contribuiram para o suicidio da miúda são homicidas) destes, em que se percebe que pessoas as há que não passam de animais que chafurdam numa poça gigante de lama e merda, repenso a minha convicção de julgamentos por um sistema penal justo e humanista.
Um linchamento, em plena praça pública, seria, neste caso, o mais adequado.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Coisas Potterianas - Parte II
Não me venham cá embarretar.
Querem fazer-me crer que o Snape andou uma vida inteira a pensar na Lily Evans Potter e nunca andou a fazer Snapezinhos noutras hortas?
A sério?!
Querem fazer-me crer que o Snape andou uma vida inteira a pensar na Lily Evans Potter e nunca andou a fazer Snapezinhos noutras hortas?
A sério?!
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Piadas de Propriedade Privada
Da Completa Inimputabilidade II
Devo ser a única pessoa que vai pela rua acima a chocalhar um saco de ovos e ainda fica muito surpreendida quando eles se partem.
Da Completa Inimputabilidade
Tenho umas calças tão apertadas, tão justas, tão cingidas aos corpo que até o meu figado se sente desconfortável.
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O Direito tornou-me inimputável
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Apetece-me Grandemente Ser Porca # 25
Senhores, esta é a tal de Kim Kardashian.
Não sei o que a senhora faz da vida (nem me interessa, embora imagine que não deva ser nada que contribua para o bem da Humanidade).
Sei apenas que ficou famosa por ter sido filmada a fazer uns exercícios de sucção.
Não sei o que a senhora faz da vida (nem me interessa, embora imagine que não deva ser nada que contribua para o bem da Humanidade).
Sei apenas que ficou famosa por ter sido filmada a fazer uns exercícios de sucção.
Apraz, no entanto, fazer uns ligeiros e pequenos comentários. Dadas as fotos infra, creio que ninguém me pode culpar.
Gabo-lhe a coragem de sair à rua em soutien. Gabo-lhe a bela peitaça. Mas devo ser só eu, que fui pouco abençoada no que a mamalhal diz respeito. Costumo dizer que quando esse tal de deus nosso senhor estava a distribuir maminhas pelas mulheres, estava eu na fila das carcaças, por isso, acho piada. Ou então nem por isso.
Agora, isto!, senhores, isto!, é qualquer coisa:
Que vem a ser isto?!
Não me digam que ela pôs um rabo de silicone destes ... ?!
Conseguirá a moça usar devidamente uma sanita?
Conseguirá sentar-se numa cadeira de palhinha, por exemplo?
Conseguirá encontrar calças com fundilhos naquele formato?
Nunca, mas nunca mais digo que tenho um traseiro grande. Mas é que nunca mais mesmo!
Apetece-me, para além de ser porca, dizer como diz a minha santa Avó, que o mundo está total e irremediavelmente perdido...
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Posição Doutrinária
Boas Notícias!
Hilary Mantel ganha Man Booker Prize pela segunda vez
Esta senhora, não obstante o seu aspecto sinistro, é uma escritora de uma mestria incontornável.
Ganhou, em 2009, muito justamente o Man Booker Prize com Wolf Hall e volta a repetir a proeza com a sequela. Tendo em conta que surgirá um terceiro livro da saga Cromwell, não tenho dúvidas que o ganhará pela terceira vez, daqui a um par de anos.
Entretanto, resta-me desesperar pela publicação portuguesa.
Esta senhora, não obstante o seu aspecto sinistro, é uma escritora de uma mestria incontornável.
Ganhou, em 2009, muito justamente o Man Booker Prize com Wolf Hall e volta a repetir a proeza com a sequela. Tendo em conta que surgirá um terceiro livro da saga Cromwell, não tenho dúvidas que o ganhará pela terceira vez, daqui a um par de anos.
Entretanto, resta-me desesperar pela publicação portuguesa.
Outra Vez a Merda do Futebol - Parte 1565215665
Valerá a pena dizer alguma coisa acerca do jogo de ontem da Selecção?
Que ninguém nos acuse de incoerência, no entanto; há miséria em todos os quadrantes da vida pública e social portuguesa.
Que ninguém nos acuse de incoerência, no entanto; há miséria em todos os quadrantes da vida pública e social portuguesa.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Coisas Potterianas
Ocorreu-me agora, depois de ter lambido quase quatro livros de uma assentada, que, com tanto pormenor e descrição das acções e dos dias passados na vida de Harry Potter, muito poucas vezes li passagens relativas a banhos e outros hábitos saudáveis de higiene pessoal.
Não querem lá ver que o miúdo é um badalhoco?
Não querem lá ver que o miúdo é um badalhoco?
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Piadas de Propriedade Privada
Apetece-me Grandemente Ser Porca # 24
Meanwhile no cerco à AR...
Porque, como se diz num site que eu cá sei, ir simplesmente pedir amor e carinho a um polícia is too mainsteam!
Olha!
Não é a República, ali no meio?
Depois de Adriana Xavier, a moça abraça-bófias, chega-nos Maria da Pátria, a rapariga encalorada.
Há precisamente 219 anos, morria na guilhotina Marie Antoinette, terminado com ela uma era.
Reza a lenda que, confrontada com o povo que lhe dizia não ter pão para comer, lhes respondeu, muito despachada: " Não tendes pão? Comei bolos, pois então!"
Verdade ou não, este mini-diálogo faz-me lembrar o que aquele Primeiro-Ministro da gaita faz ao seu povo todos os dias.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Da Vizinhança
Está um ser na sala da frente, com o seu fatinho engomadinho, sentado a falar ao telefone, de perninha cruzada, a abanar energicamente um pézinho envolto em meias às riscas azuis e cinzentas, dizendo, muito solenemente: " Ó Não-Sei-Das-Quantas, desculpe lá 'tar-lhe a chatear..."
Não sei o que me mete mais confusão, se as meias berrantes, se o palavreado de bimbo da quinta casa; apraz-me, apenas e porque nada mais me ocorre, pensar que raio de merda vem a ser esta.
Não sei o que me mete mais confusão, se as meias berrantes, se o palavreado de bimbo da quinta casa; apraz-me, apenas e porque nada mais me ocorre, pensar que raio de merda vem a ser esta.
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Piadas de Propriedade Privada
Momento 'Sou Ursa e Gosto'
Dormir em pé enquanto se fazem compras não é boa ideia.
De todo.
O sono tolda a visão e atrofia o discernimento.
É assim que se acaba com trombas cor de laranja porque se comprou uma base três tons acima do normal.
É assim que se fazem figuras tristes.
É assim...
De todo.
O sono tolda a visão e atrofia o discernimento.
É assim que se acaba com trombas cor de laranja porque se comprou uma base três tons acima do normal.
É assim que se fazem figuras tristes.
É assim...
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O Direito tornou-me inimputável
Desta Vez, Não Me Calhou o Petisco, Mas...
Pergunto, eu, na minha inocência, e como quem não quer a coisa, se não existirão neste país gandins e outros criminosos afins à espera de ser capturados?
É que a julgar pela quantidade de polícia em toda a extensão da ponte 25 de Abril dá a percepção que não terão as autoridades mais nada que fazer a não ser apanhar com o pé na argola os cidadãos que tentam chegar aos locais de trabalho...
É que a julgar pela quantidade de polícia em toda a extensão da ponte 25 de Abril dá a percepção que não terão as autoridades mais nada que fazer a não ser apanhar com o pé na argola os cidadãos que tentam chegar aos locais de trabalho...
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Quesitos da Base Instrutória
Momento Cuti - Cuti
Parece que esta coisa fofa faz hoje anos...
Sendo eu grande fã de gente esquisita não podia deixar de assinalar a data.
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Benfeitorias Voluptuárias
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Ó P'ra Esta Gente a Passar-se Toda da Carapuça - Parte II
Acabou-se o "Inimigo Público" (clicar para ver mais de perto outra alarvidade)
Acabam com tudo o que presta, sem olhar aos benefícios que as coisas trazem.
Logo agora que mais precisamos de rir é que estragam tudo.
Andam a beber e não dizem nada a ninguém, só pode.
Porém, do que tenho mais pena é o director do suplemento do Público.
Um gajo tão sexy não merece ficar desempregado.
Bolas, é indecente! Já não há respeito, caramba!
Acabam com tudo o que presta, sem olhar aos benefícios que as coisas trazem.
Logo agora que mais precisamos de rir é que estragam tudo.
Andam a beber e não dizem nada a ninguém, só pode.
Porém, do que tenho mais pena é o director do suplemento do Público.
Um gajo tão sexy não merece ficar desempregado.
Bolas, é indecente! Já não há respeito, caramba!
Arrota que É Molotof!
Diz ele: " Não está mal, uns retoquezinhos aqui e aqui, vá. "
Quer ele dizer: " Mas ca ganda merda, não tenho com o que embirrar ... "
Quer ele dizer: " Mas ca ganda merda, não tenho com o que embirrar ... "
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Piadas de Propriedade Privada
Ó P'ra Esta Gente a Passar-se Toda da Carapuça
Nobel da Paz Deixa a UE orgulhosa (clicar para ver com propriedade esta nova alarvidade)
Paz?! Mas qual paz?
Não há-de ser paz social, com toda a certeza, que nesse campo, deveriam ser todos enviados directamente para Haia, a fim de serem julgados pelos crimes (económicos) que ajudam a cometer.
Anda tudo doido, é o que é.
Paz?! Mas qual paz?
Não há-de ser paz social, com toda a certeza, que nesse campo, deveriam ser todos enviados directamente para Haia, a fim de serem julgados pelos crimes (económicos) que ajudam a cometer.
Anda tudo doido, é o que é.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Que Caraças Este...
Estou positivamente farta de política e de políticos.
Sempre os mesmo idiotas a fazer sempre as mesmas asneiras, sempre os mesmos estúpidos a empurrar o rabo do gajo do lado para se sentarem na cadeira, sempre as mesmas intrigazinhas de gentinha pequenina e miudinha.
E uma trapada nas trombas, não?
Sempre os mesmo idiotas a fazer sempre as mesmas asneiras, sempre os mesmos estúpidos a empurrar o rabo do gajo do lado para se sentarem na cadeira, sempre as mesmas intrigazinhas de gentinha pequenina e miudinha.
E uma trapada nas trombas, não?
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Da Futilidade XXVIII
Andava há que tempos a namorar estas coisinhas, mas tinha uma preguiça enorme em andar às voltas com o câmbio das libras e dos euros e mais essas gaitas a sete, para os encomendar de terras de Sua Majestade, de maneiras que fui adiando a aquisição de tão fenomenais objectos.
Agora que chegaram a estas bandas, não só comecei a fazer uma lista interminável dos pincéis que gostaria de ter, como ainda efectuei uma dança da chuva, em sinal de contentamento.
Para Além de Completamente Inimputável...
... sou estúpida.
Depois de 2 meses de convivência pacífica, tenho umas saudades imensas da minha longa cabeleira a bater-me no meio das costas.
Sinto, até, falta dos nós, das ondas, dos remoínhos, dos jeitos sem jeito nenhum, do volume imenso. Que agora não tenho.
E tenho frio no pescoço, parte do meu corpo que não via sol há várias décadas.
Ando sempre a esticar as pontas e a medir o comprimento, a ver se há evolução no tamanho, de uma semana para a outra.
Quando parecia uma cigana, maldizia a minha sorte.
Quando corto o cabelo, maldigo a minha sorte porque o raça do cabelo nunca mais cresce.
Ai, a estupidez, a estupidez...
Depois de 2 meses de convivência pacífica, tenho umas saudades imensas da minha longa cabeleira a bater-me no meio das costas.
Sinto, até, falta dos nós, das ondas, dos remoínhos, dos jeitos sem jeito nenhum, do volume imenso. Que agora não tenho.
E tenho frio no pescoço, parte do meu corpo que não via sol há várias décadas.
Ando sempre a esticar as pontas e a medir o comprimento, a ver se há evolução no tamanho, de uma semana para a outra.
Quando parecia uma cigana, maldizia a minha sorte.
Quando corto o cabelo, maldigo a minha sorte porque o raça do cabelo nunca mais cresce.
Ai, a estupidez, a estupidez...
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O Direito tornou-me inimputável
Ora Bolas...
Deixei aquela gata do demónio, animalejo parvo e selvagem, bola de pêlo maricas e profundamente mimada, em casa dos progenitores, mas, de vez em quando, quando tiro um casaco do armário, ainda vêm alguns pelitos agarrados ao tecido.
Não sei se sou eu que sou pouco asseada e não limpo os casacos ou é a voz do destino a tentar impingir-me um gato, à força das memórias amorosas do meu ex-animal de estimação.
Não sei se sou eu que sou pouco asseada e não limpo os casacos ou é a voz do destino a tentar impingir-me um gato, à força das memórias amorosas do meu ex-animal de estimação.
Porra Para Isto
Não percebo.
Não percebo para que raio servem as contra alegações se a sua inexistência não contribui para a confissão do que foi alegado pela outra parte.
É só perder tempo com merdas que não interessam para nada, fazer perder dinheiro com a taxa de justiça e obrigar-me a ficar horas infinitas a olhar para uma coisa da qual percebo tanto como de física quântica.
Não percebo para que raio servem as contra alegações se a sua inexistência não contribui para a confissão do que foi alegado pela outra parte.
É só perder tempo com merdas que não interessam para nada, fazer perder dinheiro com a taxa de justiça e obrigar-me a ficar horas infinitas a olhar para uma coisa da qual percebo tanto como de física quântica.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Ai Sim?
Quando detecto que alguém das minhas preferências se dá com aquele tipo de gente, que gentilmente apelido de mete-nojo, jet set da treta, tias de Cascais e corja da militância de direita dos tesos, acaba-se-me logo a preferência e começo a pontapear mentalmente tais seres, tamanho o fastio que me provocam.
Sou um ser profundamente preconceituoso.
E você?
Sou um ser profundamente preconceituoso.
E você?
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Quesitos da Base Instrutória
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