quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Jóhne ... Rato

Sou uma pessoa esquisita.
Estranha.
Bizarra.
Peculiar.
Suis generis.
Completamente anormal, é a mais pura das verdades.

E, consciente da minha condição mental diferente, tenho o maior gosto em assumi-la.
Marimbei para o resto.

Não tenho nem esta mania de anormalidade nem a mania de a assumir há pouco tempo. Tem sido assim desde que me nasceram os dentes.

Esta verdade de estranheza é normal na minha pessoa em todos os quadrantes da existência.
Não é, portanto, esquisito que os meus gostos, a nível de beleza masculina, venham a ser, também eles, vá, esquisitos.

Aprecio homens esquisitos. Grandemente.
Nunca me ouviram suspirar pelo Brad Pitt.
Nunca me ouviram dizer maravilhas astronómicas sobre o George Clooney (apesar de ser uma maravilha). Em miúda, nunca me viram babar pelo Nick Carter, dos Backstreet Boys, que parecia causar um AVC em cada garota de 12/13 anos.
Nem pelo Leonardo Dicaprio, nem por todos esses bonequinhos de prateleira que giram por esse mundo fora. Consigo perceber que são, sim, bonitos e jeitosos, mas nada que me faça suspirar e dizer, sim senhor, era já. Porque não era nada já, coisa nenhuma. Sim, muito bonitos, muito jeitosos, mas nada têm que seja de diferente de todos os outros bonecos articulados bonitos que há por aí.

Então e as vozes maravilhosas? Os cabelos desgrenhados? Os olhos coloridos numa cara vulgar? A barba por fazer? O corpo, mesmo que longe de perfeito, humano, não obstante? O sorriso cheio de dentinhos encavalitados? O sotaque, o accent deslumbrante? O mau feitio? Aquele arquear de uma sobrancelha? A pose, o sex appeal?
Todas essas coisas que tornam uma pessoa única?
Essas coisas não contam para nada? Todos estes aspectos que conferem força e personalidade à pessoa não são tidos em conta?

Todos estes elementos constituem uma fonte de atracção irresístivel para a minha pessoa. O que resulta em gostos masculinos deveras duvidosos. Para os outros. Para mim, é tão claro como água.
Quando os outros dizem, que horror, é horrível, aí sim, eu digo, sim senhor, muita saúde, podia ser já.
Contra isto, meus amigos, batatas.

Barbas por fazer, aspecto desmazelado, barriguinhas de cerveja, sabujinhos com olhinhos verdes ou azuis, dentinhos desalinhados que conferem sorrisos únicos, meus caros, não vale a pena, a minha pessoa há muito que perdeu o tino por causa de tais seres.

Insultem, agridam, critiquem, apedrejem, cruxifiquem.
Though shit.

2 comentários:

Imperatriz Sissi disse...

Subscrevo. Nunca achei piada a Leonardo e companhia, sempre gostei de homens a sério. A beleza é relativa e rapazes com cara de bebé, no thanks. Bonito ou assim assim, mas com boa presença e másculo!

Diligentia disse...

Duvido que subscreva as autenticas sinistralidades rodoviárias a que acho graça :) Um tema a abordar num proximo post