quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Apetece-me Grandemente Ser Porca # 27

Depois de largos anos de observação e análise cuidada, concluo que não sou lá grande apreciadora de manicuras. Sem qualquer desprimor ou preconceito por uma profissão tão digna como qualquer outra.

Apenas me irritam, tanto ou mais que educadoras de infância, outra classe igualmente nobre, mas que alguns dos seus membros me fazem uma comichão na parede interna da cana do nariz.

Com as manicuras é a mesma coisa.

Não encontrei ainda uma única que faça o seu trabalho sem estar a mandar toda a espécie de bitaites sobre os trabalhos unhais das suas colegas.

Ou porque não é assim que se faz, ou porque assim está mal feito, ou porque isto agora está tudo liberalizado e toda a gente faz unhas e é tudo uma pouca vergonha.
Está sempre tudo mal.
Sempre.
Invariavelmente mal. Exceptuando quando são as próprias a fazer. Nesses casos, a perfeição chega às mãos das clientes.
Ou então a eterna conversa, para que é que foi fazer isto, vinha ter comigo que eu tratava do assunto. Pois claro, que conveniente...

Parecem os advogados com os seus estagiários; são todos uma merda, saem da faculdade cada vez mais burros, não aprendem nada, no meu tempo não era nada assim, eu era espertíssimo quando era estagiário.

Para quem tem mãos de cavadora, que é o meu caso, e preciso de recorrer frequentemente aos serviços destas profissionais, torna-se um sacrifício enorme estar constantemente a ouvir estas larachas da treta.

Parecem umas comadres invejosas da carpete nova da vizinha.

E irem trabalhar, não?

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