Uma hora e meia dentro de um comboio, parado, atafulhado, com ar irrespirável.
E as pessoas...
500 mil pessoas dentro do mesmo compartimento, a lamuriar, a choramingar, a barafustar, a gritar, julgando que só elas ali estavam presas, sem nenhum resquício de informação por parte de quem as mantém ali...
As pessoas...
Sem respeito nenhum por mais ninguém, julgam que somente elas são as desgraçadas, as vilipendiadas, as ofendidas, as maltratadas.
Esperneiam, agitam-se,mandam bocas, falam alto ao telefone, para mostar descontentamento a todo o mundo que as oiça, distribuem cotoveladas, indignam-se...
São vítimas, coitados, são maltratados do mundo comandado por gente insensível.
Chegar a casa e haver peixe para a janta.
A justiça é uma batata.
2 comentários:
Bem, a justiça é sempre relativa. Dá vontade de dizer pobre fêmea. A bem da verdade, posso dizer que certas circunstâncias estiveram à espera que eu ficasse de férias para surgirem todas ao mesmo tempo. E há o visado, que quando apanha o caretaker distraído resolve apanhar uma moca de morfina. Até agora, foi a única altura que deu para rir.
Quando começar as aulas volta tudo à normalidade. Logo, que raio de justiça é esta? Ou será sorte? Acho que às vezes há uma linha muito ténue a separá-las.
Q má que tu es, a rires te do infortunio do caretaker.Há que rir com o que da vontade de chorar, para n passarmos a vida banhados em lagrimas, la diz a minha avo.
Coisas tao parvas que os velhos dizem...
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