Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Acção Administrativa Especial de Impugnação ... de qualquer coisa
Na escola, põem os meninos de castigo por copiarem o que os colegas fazem num teste, em trabalhos de casa, num outro trabalho qualquer. É batota, e não se podem educar e criar mentes que mais tarde serão o futuro, baseando essa educação em copianços e cábulas que não ajudam os infantes a usar as suas próprias capacidades. Fazer batota é merecer castigo por não ajudar as pequenas mentes a valorizarem-se por si.
Quando crescem os meninos, o que antes se chamava copianço, batota, cábula passa a ter um substantivo mais eloquente, como plágio, ou transladar, ou transcrever, ou imitar ou reproduzir. Porque os meninos são mais crescidos, também as técnicas de copiar e batotiar são mais elaboradas e complexas, não podem ter as mesmas expressões de escolinha primaria.
No entanto, o significado é o mesmo. Não se deixa copiar para que se possa pensar pela própria cabeça, para que as capacidades sejam usadas no seu pleno, para que não se seja um parasita a vida toda. É para isso que se castiga a criança que olha para o teste do colega quando não sabe uma resposta. É por isso que se anulam provas, que se classificam com zero trabalhos ; para que cada um use o que tem lá dentro.
Mas é tão mais fácil fazer o que os outros fazem, dá tão menos trabalho, é tão mais limpo, mais seguro. O cansaço não é nenhum e o proveito, esse, é mais que muito.
Ao menos que copiem coisas como deve de ser, que valham a pena, não expressões de gente gasta e doida que não tem mais nada para fazer; querem copiar, ao menos que copiem o que não tem mácula da estupidez dos outros, que não tenha já barbas e ar de velhice antecipada.
Querem copiar, arranjem o que valha a pena ser copiado, porque é uma obra-prima, fora de série, maravilhoso, extraordinário, motivo de orgulho para todos, mesmo os que o não fizeram e por isso o copiam ; não uma expressão enferrujada como antro que desde 2004 que é usada para descrever o mais terrível e tenebroso buraco em que alguém é capaz de cair por livre e espontânea vontade. Que se copie o que tem sentido, não aquilo que aos outros fica mal.
Quando crescem os meninos, o que antes se chamava copianço, batota, cábula passa a ter um substantivo mais eloquente, como plágio, ou transladar, ou transcrever, ou imitar ou reproduzir. Porque os meninos são mais crescidos, também as técnicas de copiar e batotiar são mais elaboradas e complexas, não podem ter as mesmas expressões de escolinha primaria.
No entanto, o significado é o mesmo. Não se deixa copiar para que se possa pensar pela própria cabeça, para que as capacidades sejam usadas no seu pleno, para que não se seja um parasita a vida toda. É para isso que se castiga a criança que olha para o teste do colega quando não sabe uma resposta. É por isso que se anulam provas, que se classificam com zero trabalhos ; para que cada um use o que tem lá dentro.
Mas é tão mais fácil fazer o que os outros fazem, dá tão menos trabalho, é tão mais limpo, mais seguro. O cansaço não é nenhum e o proveito, esse, é mais que muito.
Ao menos que copiem coisas como deve de ser, que valham a pena, não expressões de gente gasta e doida que não tem mais nada para fazer; querem copiar, ao menos que copiem o que não tem mácula da estupidez dos outros, que não tenha já barbas e ar de velhice antecipada.
Querem copiar, arranjem o que valha a pena ser copiado, porque é uma obra-prima, fora de série, maravilhoso, extraordinário, motivo de orgulho para todos, mesmo os que o não fizeram e por isso o copiam ; não uma expressão enferrujada como antro que desde 2004 que é usada para descrever o mais terrível e tenebroso buraco em que alguém é capaz de cair por livre e espontânea vontade. Que se copie o que tem sentido, não aquilo que aos outros fica mal.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
1+5
O que o Antro tira com as duas mãos, dá com um dedo do pé.
Anos e anos de esmagamento psicológico, de humilhação, de rastejar para conseguir sobreviver, e de repente aparece uma benção caída do tecto do Antro aos trambolhões. Não se percebe como acontece, sabe-se que cai por ali, do tecto para o colo do pobre coitado, humilhado, esmagado, espezinhado durante anos, que não tem bem a certeza de ter merecido a oferenda. Noutras batalhas, travadas outrora, em que o que estava em jogo era bem mais valioso, o Antro cuspiu-lhe na cara, mandou-o passear, mandou-o procurar vida em outro sitio que não aquele. E de repente, é como se a Pocilga, o Antro, a Choça, se tivesse arrependido do que antes fizera e agora quisesse compensar pelos incómodos causados.
Como é possível, como é possível o Antro de meros e reles mortais se apiedar? Será que pressente que está a chegar o tempo de fazer as malas e partir, sendo esta a forma de dizer adeus e pedir desculpa por qualquer coisinha?
Não, não é possível ; tem que haver algum senão para esta bela.
Porque aquilo que o Antro tira com as duas mãos, devolve com um dedo do pé.
Anos e anos de esmagamento psicológico, de humilhação, de rastejar para conseguir sobreviver, e de repente aparece uma benção caída do tecto do Antro aos trambolhões. Não se percebe como acontece, sabe-se que cai por ali, do tecto para o colo do pobre coitado, humilhado, esmagado, espezinhado durante anos, que não tem bem a certeza de ter merecido a oferenda. Noutras batalhas, travadas outrora, em que o que estava em jogo era bem mais valioso, o Antro cuspiu-lhe na cara, mandou-o passear, mandou-o procurar vida em outro sitio que não aquele. E de repente, é como se a Pocilga, o Antro, a Choça, se tivesse arrependido do que antes fizera e agora quisesse compensar pelos incómodos causados.
Como é possível, como é possível o Antro de meros e reles mortais se apiedar? Será que pressente que está a chegar o tempo de fazer as malas e partir, sendo esta a forma de dizer adeus e pedir desculpa por qualquer coisinha?
Não, não é possível ; tem que haver algum senão para esta bela.
Porque aquilo que o Antro tira com as duas mãos, devolve com um dedo do pé.
Meus Filhos
Mintam. Mintam com quantos dentes habitam em vossas bocas que nenhum castigo recebereis por isso. Mentir não é pecado nem causa mácula, por isso fazei uso da vossa imaginação prodigiosa e soltai a língua. Mintam, que faz bem à saúde, exercita o cérebro e dá uma boa bagagem vocabular.
No fim de contas, o efeito é o mesmo que falar verdade. Não interessam as histórias que se contam sobre gente que sofreu consequências terríveis pelos actos falaciosos de outros ; o que acontece é que, quando se mente, é tudo verdade, uma vez que é suposto que os que ouvem não saibam que não é verdade o que estão a ouvir.
Mintam, não é pecado e vale a pena, e se verdadeiramente arrependidos estiverem, deus perdoará. Porque de entre todos os pecados existentes nenhum é tão mutável como este, que tantas formas pode revestir, e nenhum mais facilmente desculpável do que este, que tanta coisa visa proteger.
Mintam, mintam muito que ninguém nunca há-de perceber que é uma inverdade.
No fim de contas, o efeito é o mesmo que falar verdade. Não interessam as histórias que se contam sobre gente que sofreu consequências terríveis pelos actos falaciosos de outros ; o que acontece é que, quando se mente, é tudo verdade, uma vez que é suposto que os que ouvem não saibam que não é verdade o que estão a ouvir.
Mintam, não é pecado e vale a pena, e se verdadeiramente arrependidos estiverem, deus perdoará. Porque de entre todos os pecados existentes nenhum é tão mutável como este, que tantas formas pode revestir, e nenhum mais facilmente desculpável do que este, que tanta coisa visa proteger.
Mintam, mintam muito que ninguém nunca há-de perceber que é uma inverdade.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
21
Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida
Mia Couto
Para quem nunca tem palavras para descrever, servindo-se das dos outros, assim as palavras dos outros dizem o significado.
Para quem não acredita em entidades divinas a quem pode agradecer as beneces que recebe, agradece-se a quem se dirige.
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida
Mia Couto
Para quem nunca tem palavras para descrever, servindo-se das dos outros, assim as palavras dos outros dizem o significado.
Para quem não acredita em entidades divinas a quem pode agradecer as beneces que recebe, agradece-se a quem se dirige.
Lufa-Lufa Cinematográfica VII
Uma grande e agradável surpresa.
Quem espera uma lamechice pegada porque a Sra. Hathaway participa, desengane-se. É o melhor papel por ela alguma vez representado, mostrando o seu verdadeiro valor, talento e brilho. Quase merecedor de Óscar, se não tivesse competido com Kate Winslet.
A realização é inovadora, original, dá ideia de se assiste a um documentário. E no fundo, é quase.
Os actores, embora não tão conhecidos do grande público, mostram isso mesmo, que não é preciso ser-se badalado sob as luzes de Hollywood para se fazer uma grande interpretação e um grande filme.
E Anne Hathaway em grande, grande forma.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
A Lista de Schindler ( e não é o senhor dos elevadores! )
Primeiro, o comodismo, a vontade de fazer dinheiro à força toda.
O circunstancialismo que proporcionava boas oportunidades de negócio, as amizades estudadas, os grandes favores, a gratidão paga em muitos e bons géneros.
Depois, a consciência de algo terrível a acontecer todos os dias mesmo à frente dos olhos, a inevitabilidade da morte dos que o rodeiam. Deixa de ser uma perda na produção para passar a ser uma prioridade.
Um gesto de um homem marca a diferença.
A lista de nomes, a lista da vida.
O melhor filme de sempre, os melhores actores, as melhores interpretações.
Em tempos em que os Óscares andam nas bocas do mundo, este é um filme imortal, intemporal, indispensável, imperdível, inesquecível.
O filme da minha vida que hoje recuperei.
A lista de nomes da realidade para a ficção e da ficção para a memória.
A lista de Schindler.
O circunstancialismo que proporcionava boas oportunidades de negócio, as amizades estudadas, os grandes favores, a gratidão paga em muitos e bons géneros.
Depois, a consciência de algo terrível a acontecer todos os dias mesmo à frente dos olhos, a inevitabilidade da morte dos que o rodeiam. Deixa de ser uma perda na produção para passar a ser uma prioridade.
Um gesto de um homem marca a diferença.
A lista de nomes, a lista da vida.
O melhor filme de sempre, os melhores actores, as melhores interpretações.
Em tempos em que os Óscares andam nas bocas do mundo, este é um filme imortal, intemporal, indispensável, imperdível, inesquecível.
O filme da minha vida que hoje recuperei.
A lista de nomes da realidade para a ficção e da ficção para a memória.
A lista de Schindler.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
O bom filho à casa torna...
Os Segredos da Magia
A SIC tem um programa interessante, “Os Segredos da Magia”. Para além de estragar a vida a muitos ilusionistas que honestamente ganham a vida a engrupir terceiros desatentos, tem a particularidade de o protagonista de entretenimento ser um homem sem rosto, vestido de negro, com uma máscara a atirar para o sinistro, se não servisse apenas para criar mais uma ilusão. E esconder, claro, o trafulha que anda por aí a desvendar os segredos de uma profissão centenária.
De relevar que o referido senhor é ligeiramente estrábico, vesgo, mesmo, e que o disfarce ainda acentua mais esta particularidade. É o preço a pagar por se estragar o trabalho dos outros; a cobardia demonstrada ao usar uma máscara, numa actuação em que se expõe os podres que os outros usam para ludibriar os inocentes, paga-se caro uma vez que o dito disfarce mostra também os podres do mágico revelador da magia de trazer por casa.
De relevar ainda o facto da SIC, depois de ter transmitido aquilo que era a renovação de um formato que conheceu a luz do dia em 1998, sim, os segredos das práticas mágicas que passaram nas últimas semanas eram apenas um remake, volta a passar o programa original, ou seja, o que deu à quase 11 anos atras. Nada demais até aqui; recordar é viver, segundo os princípios de um país em que o saudosismo é desporto nacional, dar uma nova roupagem ao que antes se viu não deixa de ser ligeiramente original.
O que salta à vista é que, e partindo do pressuposto que o senhor mascarado é o mesmo de há 11 anos, perdeu para a leveza aquilo que ganhou na barriguinha. Não perdeu talento, mas a roupa já lhe está ligeiramente apertada. O tempo passa para todos.
Últimos relevos : as assistentes de hoje já não parecem vindas de um clube de strip dos anos 80, embora se esfreguem alegremente no chubbie da máscara. Não parece que ele se queixe, de todo. Os truques de há uma década e um ano são os mesmos, só que com acessórios mais coloridos, cabos e guindastes industriais e uma equipa técnica de apoio altamente sofisticada.
É um programa interessante.
Oscars 2008
( Pormenores retirados daqui )
Os grandes vencedores :
Com 8 estatuetas, que inclui melhor filme, melhor realizador e melhor argumento adaptado.
Sean Penn, Melhor Actor em "Milk". ( esta foi surpreendente ).
Kate Winslet, Melhor Actriz. ( tão merecido!!!!!!!!! )
Heath Ledger, Melhor Actor Secundário, a título póstumo. ( para o melhor Joker da história do cinema )
Penélope Cruz, Melhor Actriz Secundária, em "Vicky Cristina Barcelona". ( o melhor papel da vida dela, a seguir ao que desempenhou em "Volver" ).
Os grandes vencedores :
Com 8 estatuetas, que inclui melhor filme, melhor realizador e melhor argumento adaptado.
Sean Penn, Melhor Actor em "Milk". ( esta foi surpreendente ).
Kate Winslet, Melhor Actriz. ( tão merecido!!!!!!!!! )
Heath Ledger, Melhor Actor Secundário, a título póstumo. ( para o melhor Joker da história do cinema )
Penélope Cruz, Melhor Actriz Secundária, em "Vicky Cristina Barcelona". ( o melhor papel da vida dela, a seguir ao que desempenhou em "Volver" ).
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Pois Claro! Voodoo!
Queria colocar aqui uma música, mas sucede que não a encontro ; os senhores do YouCoisoTube ( para não virem cá com histórias de difamações de bom nome das marcas e instituições, que dessa patranha já eu tenho um armário cheio ) acham mais divertido postar videos de gente a imitar os cantores do que os cantores propriamente ditos com as melodias que fazem falta em momentos destes.
Antro consome a juventude que começa a escassear. Começa a escassear tão cedo, não se chega a velho, não se chega a ver a luz, morre-se na escuridão, porque não morri eu antes?
Voodoo.
Sinto-me presa num limbo de práticas mágicas pouco limpas. Limbo, teia pegajosa que se cola aos meus pés, que me prende os movimentos, que me aperta o peito, nem respirar consigo.
Voodoo.
Sinto-me enguiçada, presa no mesmo espaço, no mesmo tempo, no mesmo livro, na mesma página, na mesma linha, na mesma palavra, sempre a mesma palavra, sempre a mesma merda, enguiço, corda no pescoço, lâmina nos pulsos, sangue que corre. Não há sangue, secou há anos, secou, mirrou, foi-se, expirou.
Voodoo.
E a pasta preta que diz 2004-2009. Mentira, mentira.Nunca mais saio de lá.
Voodoo.
E o YouCoisoTube não tinha a música que queria...
Im not the one whos so far away
When I feel the snake bit enter my veins.
Never did I wanna be here again,
And I dont remember why I came.
Candles raise my desire,
Why Im so far away.
No more meaning to my life,
No more reason to stay.
Freezing, feeling,
Breathe in, breathe in...
Im coming back again...
Hazing clouds rain on my head,
Empty thoughts fill my ears.
Find my shade by the moonlight,
Why my thoughts arent so clear.
Demons dreaming,
Breathe in, breathe in...
Im coming back again...
Voodoo, voodoo, voodoo, voodoo.
[so far away...
Im not the one whos so far away...
Im not the one whos so far away...
Im not the one whos so far away...]
Antro consome a juventude que começa a escassear. Começa a escassear tão cedo, não se chega a velho, não se chega a ver a luz, morre-se na escuridão, porque não morri eu antes?
Voodoo.
Sinto-me presa num limbo de práticas mágicas pouco limpas. Limbo, teia pegajosa que se cola aos meus pés, que me prende os movimentos, que me aperta o peito, nem respirar consigo.
Voodoo.
Sinto-me enguiçada, presa no mesmo espaço, no mesmo tempo, no mesmo livro, na mesma página, na mesma linha, na mesma palavra, sempre a mesma palavra, sempre a mesma merda, enguiço, corda no pescoço, lâmina nos pulsos, sangue que corre. Não há sangue, secou há anos, secou, mirrou, foi-se, expirou.
Voodoo.
E a pasta preta que diz 2004-2009. Mentira, mentira.Nunca mais saio de lá.
Voodoo.
E o YouCoisoTube não tinha a música que queria...
Im not the one whos so far away
When I feel the snake bit enter my veins.
Never did I wanna be here again,
And I dont remember why I came.
Candles raise my desire,
Why Im so far away.
No more meaning to my life,
No more reason to stay.
Freezing, feeling,
Breathe in, breathe in...
Im coming back again...
Hazing clouds rain on my head,
Empty thoughts fill my ears.
Find my shade by the moonlight,
Why my thoughts arent so clear.
Demons dreaming,
Breathe in, breathe in...
Im coming back again...
Voodoo, voodoo, voodoo, voodoo.
[so far away...
Im not the one whos so far away...
Im not the one whos so far away...
Im not the one whos so far away...]
domingo, 15 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
80's Freak II
Não há palavras, é mesmo excelente!
Rock me Amadeus, Falco
Er war ein Punker
Und er lebte in der großen Stadt
Es war Wien, war Vienna
Wo er alles tat
Er hatte Schulden denn er trank
Doch ihn liebten alle Frauen
Und jede rief:
Come on and rock me Amadeus
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, oh oh oh Amadeus
Er war Superstar
Er war populär
Er war so exaltiert
Because er hatte Flair
Er war ein Virtuose
War ein Rockidol
Und alles rief:
Come on and rock me Amadeus
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, oh oh oh Amadeus
Come on and rock me Amadeus
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, oh oh oh Amadeus
Es war um 1780
Und es war in Wien
No plastic money anymore
Die Banken gegen ihn
Woher die Schulden kamen
War wohl jedermann bekannt
Er war ein Mann der Frauen
Frauen liebten seinen Punk
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, oh oh oh Amadeus
Come and rock me Amadeus...
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, Amadeus
Amadeus Amadeus, oh oh oh Amadeus...
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Lufa-Lufa Cinematográfica
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Fitinhas Duvidosas
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Ele, a Coisa
Numa Casinha cheia de Monstros Civilistas, algures em Lisboa, ensinam que os animais são coisas, objecto de relação jurídica, objectos a que o Direito dispensa um estatuto historicamente determinado para os seres inanimados.
Ensinam que os animais são susceptiveis de ocupação, que podem ser perdidos e achados, podem ser ferozes e maléficos, podem ser selvagens e passear alegremente pela propriedade de outros donos que não os seus.
Ensinam tanta coisa referente a animais, sempre com o estatuto de coisa, como sinónimo de dispensável, de comercializável, de alienção.
Nunca ensinam é que este estatuto só se aplica aos animais dos casos práticos, quando se tem um em casa, as coisas mudam de figura.
Nunca passaria pela cabeça de ninguém considerar o que em casa se conserva para aquecer os pés, e aqui o aquecedor fica excluído, como mera coisa, como coisa maléfica, feroz, que pudesse ser vendido e doado como se de um par de chinelos se tratasse.
Assim não é.
Os animais são, juridicamente, coisas. Mas no que aos assuntos afectivos que os donos dessas coisas têm com as mesmas coisas, não o são.
São família.
São amigos.
São partes indispensáveis ao equilíbrio emocional.
São parte. Parte da pessoa, de quem os vê crescer, de quem cuida deles, de quem observa todos os movimentos, desde que são pequenos e mal se equilibram nas patas, até serem grandes e entrarem e saírem de casa sem dar cavaco.
Parte da pessoa que se afeiçoa à coisa que dorme de barriga para cima em qualquer canto onde bata o sol, parte da pessoa que lhes limpa o vomitado da carpete da sala, parte da pessoa que os persegue de vassoura na mão quando vão roubar o bife que serviria para o almoco.
Parte da pessoa que tem sempre a companhia do bicho-coisa que pressente a tristeza e vem sentar-se ao pé do triste, parte da pessoa que dorme mais quentinha porque sua excelência resolve fazer da cama sua propriedade, parte da pessoa que era sempre cumprimentada com um miado e um pedido implícito de festas quando entrava e saía de casa.
Parte.
Perdi a minha parte de tudo isto.
Foi-me tirada, roubada, vilipendiada.
Perdi tudo isto porque perdi a coisa a quem chamava amigo, a quem chamava família, a quem chamava parte.
Perdi a minha coisa.
Ensinam que os animais são susceptiveis de ocupação, que podem ser perdidos e achados, podem ser ferozes e maléficos, podem ser selvagens e passear alegremente pela propriedade de outros donos que não os seus.
Ensinam tanta coisa referente a animais, sempre com o estatuto de coisa, como sinónimo de dispensável, de comercializável, de alienção.
Nunca ensinam é que este estatuto só se aplica aos animais dos casos práticos, quando se tem um em casa, as coisas mudam de figura.
Nunca passaria pela cabeça de ninguém considerar o que em casa se conserva para aquecer os pés, e aqui o aquecedor fica excluído, como mera coisa, como coisa maléfica, feroz, que pudesse ser vendido e doado como se de um par de chinelos se tratasse.
Assim não é.
Os animais são, juridicamente, coisas. Mas no que aos assuntos afectivos que os donos dessas coisas têm com as mesmas coisas, não o são.
São família.
São amigos.
São partes indispensáveis ao equilíbrio emocional.
São parte. Parte da pessoa, de quem os vê crescer, de quem cuida deles, de quem observa todos os movimentos, desde que são pequenos e mal se equilibram nas patas, até serem grandes e entrarem e saírem de casa sem dar cavaco.
Parte da pessoa que se afeiçoa à coisa que dorme de barriga para cima em qualquer canto onde bata o sol, parte da pessoa que lhes limpa o vomitado da carpete da sala, parte da pessoa que os persegue de vassoura na mão quando vão roubar o bife que serviria para o almoco.
Parte da pessoa que tem sempre a companhia do bicho-coisa que pressente a tristeza e vem sentar-se ao pé do triste, parte da pessoa que dorme mais quentinha porque sua excelência resolve fazer da cama sua propriedade, parte da pessoa que era sempre cumprimentada com um miado e um pedido implícito de festas quando entrava e saía de casa.
Parte.
Perdi a minha parte de tudo isto.
Foi-me tirada, roubada, vilipendiada.
Perdi tudo isto porque perdi a coisa a quem chamava amigo, a quem chamava família, a quem chamava parte.
Perdi a minha coisa.
Abyssus Abyssum Vocat
Os homens são todos iguais. Uns cabrões, porcos e desonestos que vem desassossegar o coração das raparigas inocentes para as levar para o leito ( e não é para dormir ),ou andar com várias ao mesmo tempo, aproveitando a oferta generosa que o mercado tem, ou desprezar a presença da fêmea na sua vida, ou arranjar qualquer outra desculpa para escorraçar, maltratar, vilipendiar, principalmente no que ao foro psicológico diz respeito.
Uns cabrões, uns velhacos, uns suínos que, se hoje só gostam de ficar por baixo para não terem trabalho, daqui a dez anos chegam a casa a atirar com os sapatos para onde calha e a esperar pelo jantar estiraçados no sofá, a coçar a barriga e a gritar, perguntando se se demora muito para comer. Uns palhaços que, ainda agarrados aos pilares do velho machismo, temem a vinda das mulheres para o mundo que ainda acham ser deles, desprezam-nas mesmo que não o digam e crêem piamente que nunca elas os irão igualar. São todos iguais, os homens.
Nem por isso. Se os homens são todos iguais, as mulheres também o são. Tem os mesmos vícios, os mesmos modos, os mesmos instintos, os mesmos comportamentos nas mesmas circunstâncias.
Não, os homens não são todos iguais. Mas ainda há homens que tem tudo de cabrões, de porcos e desonestos, de velhacos, de palhaços que maltratam e vilipendiam, mulheres e os seus pares. Uns disfarçam mais que outros, uns tem mais destas características que outros, os que ainda as possuem já vão escasseando, alguns destes aspectos são mais acentuados, tudo depende e difere.
Não, os homens não são todos iguais. Mas uns, lá dizia o outro, são mais iguais que outros, maneira complicada de dizer, há uns mais cabrões, porcos, velhacos e palhaços, verdadeiros merecedores dos adjectivos que lhes cabem em sorte, estando normalmente reunidos num só exemplar.
Não, os homens não são todos iguais. São todos diferentes, alguns sem nenhum dos defeitos enumerados ou outros esquecidos que são ainda piores. São todos diferentes, nada iguais.
Então, porque se escolhem os que são iguais a escumalha que é toda igual? Porque é irresistível a atracção para o abismo da vulgaridade, no que ao masculino género diz respeito? Porquê a insistência naquilo que se passa horas a abominar? Porquê escolher o que já se sabe ser igual, sabendo também de antemão que o caminho a que se vai dar é igual aquilo que aparenta ser porco, velhaco, nada sério? Porque é que é irresistível o abismo do parco conhecimento sobre a fraca figura masculina? Porque será um atractivo ir experimentar o que já se sabe carecer de qualidade? Porque se insiste em querer trilhar um caminho que se sabe não levar a lado nenhum?
Os homens são todos iguais. É o que é preferível pensar em vez de simplesmente ser-se estúpido o suficiente para ver a poça de lama mesmo em frente, e mesmo assim, ir lá por o pé.
Uns cabrões, uns velhacos, uns suínos que, se hoje só gostam de ficar por baixo para não terem trabalho, daqui a dez anos chegam a casa a atirar com os sapatos para onde calha e a esperar pelo jantar estiraçados no sofá, a coçar a barriga e a gritar, perguntando se se demora muito para comer. Uns palhaços que, ainda agarrados aos pilares do velho machismo, temem a vinda das mulheres para o mundo que ainda acham ser deles, desprezam-nas mesmo que não o digam e crêem piamente que nunca elas os irão igualar. São todos iguais, os homens.
Nem por isso. Se os homens são todos iguais, as mulheres também o são. Tem os mesmos vícios, os mesmos modos, os mesmos instintos, os mesmos comportamentos nas mesmas circunstâncias.
Não, os homens não são todos iguais. Mas ainda há homens que tem tudo de cabrões, de porcos e desonestos, de velhacos, de palhaços que maltratam e vilipendiam, mulheres e os seus pares. Uns disfarçam mais que outros, uns tem mais destas características que outros, os que ainda as possuem já vão escasseando, alguns destes aspectos são mais acentuados, tudo depende e difere.
Não, os homens não são todos iguais. Mas uns, lá dizia o outro, são mais iguais que outros, maneira complicada de dizer, há uns mais cabrões, porcos, velhacos e palhaços, verdadeiros merecedores dos adjectivos que lhes cabem em sorte, estando normalmente reunidos num só exemplar.
Não, os homens não são todos iguais. São todos diferentes, alguns sem nenhum dos defeitos enumerados ou outros esquecidos que são ainda piores. São todos diferentes, nada iguais.
Então, porque se escolhem os que são iguais a escumalha que é toda igual? Porque é irresistível a atracção para o abismo da vulgaridade, no que ao masculino género diz respeito? Porquê a insistência naquilo que se passa horas a abominar? Porquê escolher o que já se sabe ser igual, sabendo também de antemão que o caminho a que se vai dar é igual aquilo que aparenta ser porco, velhaco, nada sério? Porque é que é irresistível o abismo do parco conhecimento sobre a fraca figura masculina? Porque será um atractivo ir experimentar o que já se sabe carecer de qualidade? Porque se insiste em querer trilhar um caminho que se sabe não levar a lado nenhum?
Os homens são todos iguais. É o que é preferível pensar em vez de simplesmente ser-se estúpido o suficiente para ver a poça de lama mesmo em frente, e mesmo assim, ir lá por o pé.
O Queixume do Vício
Porque é que as pessoas fazem as coisas sem terem vontade de as fazer? Porque insistem em encetar que não querem concluir? Porque principiam actividades que sabem que serão feitas de má vontade?
Vicissitudes da condição humana, olha-se para o que a vontade não quer ver nem pintado de amarelo como uma obrigação a cumprir a todo o custo. Também será obrigação o que se pode evitar, mas que se faz na mesma? Que raio de coisa tem de ser feita, mas não obrigatoriamente, mas que obriga, mesmo assim, de tal forma que seja feita, mesmo de má vontade? Que raio de obrigação moral é essa que, confusamente, obriga a morder o pó da contrariedade, a pisar terreno pantanoso o suficiente para se enterrar porcamente até a cintura num belo charco de merda?
E porquê complicar, se a questão, por mais complexa que as palavras possam mostram, é simples como água? Se a questão, simplificada, é porque se submetem as pessoas a coisa que não querem, muito menos precisam?
Resposta : porque de outra maneira não se poderiam queixar de como a vida é madrasta e como as castiga imerecidamente; não se poderiam chorar infinitamente daquilo que os outros lhes fazem; não poderiam sentir-se tristes e azaradas porque só aos outros acontecem coisas boas.
Que seria do ser humano no seu esplendor se não se pudesse queixar, nem que seja por um bocadinho, de toda a conjuntura malvada que lhe desgraça a vida?
Que fazer da vida quando tudo corre bem e se fica sem nada que fazer?
Solução : arranjar cadilhos e queixar-se.
Vicissitudes da condição humana, olha-se para o que a vontade não quer ver nem pintado de amarelo como uma obrigação a cumprir a todo o custo. Também será obrigação o que se pode evitar, mas que se faz na mesma? Que raio de coisa tem de ser feita, mas não obrigatoriamente, mas que obriga, mesmo assim, de tal forma que seja feita, mesmo de má vontade? Que raio de obrigação moral é essa que, confusamente, obriga a morder o pó da contrariedade, a pisar terreno pantanoso o suficiente para se enterrar porcamente até a cintura num belo charco de merda?
E porquê complicar, se a questão, por mais complexa que as palavras possam mostram, é simples como água? Se a questão, simplificada, é porque se submetem as pessoas a coisa que não querem, muito menos precisam?
Resposta : porque de outra maneira não se poderiam queixar de como a vida é madrasta e como as castiga imerecidamente; não se poderiam chorar infinitamente daquilo que os outros lhes fazem; não poderiam sentir-se tristes e azaradas porque só aos outros acontecem coisas boas.
Que seria do ser humano no seu esplendor se não se pudesse queixar, nem que seja por um bocadinho, de toda a conjuntura malvada que lhe desgraça a vida?
Que fazer da vida quando tudo corre bem e se fica sem nada que fazer?
Solução : arranjar cadilhos e queixar-se.
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