Passei tanto tempo com fomes de alimentos proibidos, a 'aguar' (expressão muito típica da minha ilustre terra e que deve ler-se 'augar') por coisas simples como queijos moles, chouriços e presunto (já para não falar no maldito sushi, cuja fome me perseguiu durante 39 longas semanas) que cada vez que, agora já sem qualquer tipo de restrição alimentar, vou, toda lampeira, comer como uma abadessa, ainda paro muitas vezes a pensar se posso comer estas coisas boas.
Isto quando, às vezes esquecida, já vai o prato a meio e se me vem à memória que não poderia estar a comer este ou aquele alimento, ainda tenho 1,2 microssegundos de pânico, pensando que o puto vai nascer com um alho-porro na testa à pala da minha gula desenfreada. Depois lembro-me das vinte e nove horas e meia de trabalho de parto para o bezerro sair e deixo-me logo de merdas, comendo o que mais haja.
Tão bom, não é?
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