segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Reminiscências # 11

Depois de uma manhã inteira a correr pela aldeia fora, com sacos do pão ao ombro, a pedinchar guloseimas de porta em porta, chegava a casa Dela e ainda havia mais surpresas.

Ainda havia beijinhos de várias cores, doces de todas as variedades, figos com sabor a mel e as broas, aquelas broas maravilhosas que Ela fazia em grandes quantidades, que duravam semanas sem nunca perder a qualidade e o sabor.

E, no meio de todas estas doçuras, ainda vinha uma notinha dobrada, que o Pão-por-Deus não é  nada se não tiver um tostão no meio das broas.

Este ano, pela primeira vez em duas décadas e uns pós, nada para além de silêncio.
Restam as memórias, esses feixes de luz que nos ligam aos ausentes.

Sem comentários: