quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Leituras V


Este senhor tem a mania que sabe escrever. Uma aspiração qualquer a ser o Dan Brown português.

Já conhecendo a escrita de Fúria Divina, deu-se o benefício da dúvida e a oportunidade de mostrar que era mais que uma estrela televisiva cheia de vento e vaidade.

A parte histórica, que deveria ser a que mais ocupa o livro, está interessante, a teoria bem desenvolvida, partindo do pressuposto que nela se pode crer, apesar de a investigação não ser original nem, pelos vistos, feita pelo autor.

O resto deve ter sido copiado de um romance de cordel do século XIX ou dos pseudo-livros das Margaridas Escritoras que na terra caminham.

Nota-se um imenso fosso de qualidade literária entre as partes que descrevem a teoria das origens de Colombo e o seu contrato sinistro com D.João II e as partes que descrevem aspectos da via quotidiana do personagem principal, como se fosse escritas por duas pessoas.

Aguça a curiosidade sobre o mistério à volta de Cristóvão Colombo; porém, e talvez seja da dificuldade de separar o escritor do convencido que apresenta o telejornal, a falta de talento salta à vista.

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