Não há como evitar ouvir, a janela está aberta, eles fartam-se de gritar aos ventos as suas amarguras. Então quando se põem a discutir quem trabalha mais e quem não trabalha de todo, é o fim, E quando se põem a regatear namoradas, como se fossem um saco de batatas numa feira?
E uma gaja tem que ouvir e calar, não se pode pôr a barafustar cá de dentro vocês são todos uns machistas de merda, não têm trabalho a fazer, façam-no em vez de estarem a debitar asneiras cá para fora; mas não, não se pode dizer nada, há que ouvir e calar, esperando que acabem aquilo que têm para fazer para que se possa, finalmente, subir uma escada sem ter 20 mânfios a parar a labuta para ver passar.
Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Note to Self - Vol. Não-Sei-Das-Quantas
Quando o tédio abunda e não há mais esperança que a semana traga mais do que trabalho, dar um saltinho a uma qualquer loja que venda pechinchas e desbaratar dinheiro em pecinhas básicas.
A felicidade está nas pequenas futilidades.
A felicidade está nas pequenas futilidades.
Leituras V
Este senhor tem a mania que sabe escrever. Uma aspiração qualquer a ser o Dan Brown português.
Já conhecendo a escrita de Fúria Divina, deu-se o benefício da dúvida e a oportunidade de mostrar que era mais que uma estrela televisiva cheia de vento e vaidade.
A parte histórica, que deveria ser a que mais ocupa o livro, está interessante, a teoria bem desenvolvida, partindo do pressuposto que nela se pode crer, apesar de a investigação não ser original nem, pelos vistos, feita pelo autor.
O resto deve ter sido copiado de um romance de cordel do século XIX ou dos pseudo-livros das Margaridas Escritoras que na terra caminham.
Nota-se um imenso fosso de qualidade literária entre as partes que descrevem a teoria das origens de Colombo e o seu contrato sinistro com D.João II e as partes que descrevem aspectos da via quotidiana do personagem principal, como se fosse escritas por duas pessoas.
Aguça a curiosidade sobre o mistério à volta de Cristóvão Colombo; porém, e talvez seja da dificuldade de separar o escritor do convencido que apresenta o telejornal, a falta de talento salta à vista.
Coisas de Cá - IV
O homem do café assobia alegre e efusivamente "A Carvalhesa" enquanto trabalha.
É ou não do ar da serra?
É ou não do ar da serra?
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Cinema IX
Desculpa Lá, Mas Não Dá
Bem tentei. Fiz um esforço. Um grande esforço, diga-se. Fui lá, sentei-me e ouvi, tal com tinha prometido à minha pessoa, ouvir antes de tomar decisões, ouvir antes de gritar, ouvir antes de mandar com os pés para o ar e dizer palavrões.
Tentei, e não foi pouco. Mesmo assim, depois de ouvir, ainda fui pensar melhor, esmiuçar tudo muito bem, ponderar todos os factores, analisar os factos de cima, decidir em equidade tendo em conta o que era pedido e o que estava, afinal em causa, meu deus, que bela juiz que eu dava, como é que não pensei nisto mais cedo, uma vocação inteira à minha disposição e afinal ando aqui a desperdiçar o meu tempo.
Ouvi e pensei, em tudo. Quando achei que era suficiente, voltei a pensar melhor e recordar o que ouvi, que ponderada que saí, que é o mesmo que dizer estás mas é uma cota do piorio.
Tentei, é um facto. Até nem me saí muito mal, o ressabiamento e o rancor que vivem cá dentro tiraram férias e foram à vida deles. Tudo perdoado, tudo esquecido, o que lá vai, lá vai, não há rancor, nem pedrinha na alma de cada vez que o que se passou é lembrado. Desculpas aceites.
Mas, e tem sempre que haver um mas, ou seriamos todos uns fofinhos, uns mártires da pátria que gostam de dar a outra face, isso não é bem a minha colher de chá, cá dar a outra face, para quê, para levar porrada, ainda se fosse para ganhar dinheiro ou fazer o bem, vá, que hoje sinto-me samaritana, agora porrada, e vamos mas é retomar o que estava a ser escrito senão nem amanhã se sai daqui, mas, mesmo com a aceitação das desculpas, factores os há que também têm de ser tidos em conta. Factores esses que são capazes de pesar tanto como pesam os no hard feelings.
Esse arzinho arrogante, essa maniazinha de que se é superior aos outros, essa petulância toda numa situação de perdão e redenção são condutas que não ficam lá muito bem a quem quer ser perdoado. Porque a imagem que passa é a de que já que não há mais nada que fazer, vamos lá pedir desculpa, vamos mas é despachar isto, vamos mas é retomar do sítio onde ficámos, se queres queres, se não queres vai andando, eu tenho o feitio que tenho, quem não gosta deixa na beira do prato. Se é esta a postura de uma pessoa que pede desculpa, prefiro não imaginar que seria se voltasse zangada e com vontade de arrancar cabeças. A falta de humildade é gritante, a falta de paciência, a altivez e o orgulho com que se vem para uma coisa destas não pode ser ignorada.
E como os defeitos não são só dos outros, e por estes lados também se é arrogante ao ponto de já se ter previsto qualquer coisa neste género, é com alguma felicidade e grande vaidade que se atesta a correcção de uma teoria milabolante capaz de explicar o fenómeno de desaparição e regresso muitos meses depois; tal como previsto, alguma coisa aconteceu que despoletou esta súbita vontade de brincar às casinhas novamente. Tantas bofetadas nesse orgulho levaste durante todo este tempo, tantos abanões e pontapés nas canelas que alguma coisa teria de sair do pote, sob pena de rebentamento.
Louvável, de facto, mesmo com tanto tempo para fazer cair a moeda.
Louvável, a redenção. Vais parar ao céu, se assim continuas.
Como diria Manuel Moura dos Santos, por mim não passas.
Desculpa lá, mas não dá.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Hoje Consegui:
- Arranhar brutalmente a caixa de velocidades, como uma principiante, ao tentar ultrapassar uma chica-esperta que pastelava no meio da estrada como se não tivesse que ir trabalhar
- Confundir o que queria perguntar ao funcionário das Finanças e ainda fazer figura de estúpida
- Não saber em que nome deve ser passado o recibo de um serviço e inventar
- Tropeçar duas vezes na via pública por causa dos magníficos saltos altos
- Fazer cara feia a uma funcionária da Conservatória que não queria trabalhar
- Fazer uma confusão tal com trocos que não se sabe de quem é o dinheiro
- Espalhar creme em toda a roupa por causa de uma merdisse que se tem no pulso
- Usar o relógio no pulso direito, que fica pendente como se fosse deficiente, porque o esquerdo está lesionado
- Partir os meus óculos de sol preferidos
E o dia mal começou...
- Confundir o que queria perguntar ao funcionário das Finanças e ainda fazer figura de estúpida
- Não saber em que nome deve ser passado o recibo de um serviço e inventar
- Tropeçar duas vezes na via pública por causa dos magníficos saltos altos
- Fazer cara feia a uma funcionária da Conservatória que não queria trabalhar
- Fazer uma confusão tal com trocos que não se sabe de quem é o dinheiro
- Espalhar creme em toda a roupa por causa de uma merdisse que se tem no pulso
- Usar o relógio no pulso direito, que fica pendente como se fosse deficiente, porque o esquerdo está lesionado
- Partir os meus óculos de sol preferidos
E o dia mal começou...
domingo, 26 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Uma 'Escritora'
Esta senhora, Margarida Rebelo Pinto, sempre me tirou do sério. No mau sentido, entenda-se.
A arte de escrever não nasceu com ela, comigo não também certamente, que nem sei conjugar verbos e ainda me arrogo a ter blogs e afins, mas com toda a certeza que, quando deus a pôs no mundo, foi com o propósito de a manter afastada do papel e da caneta, ou nos tempos mais modernos, dos computadores e processadores de texto, para que não fizesse estragos nesse belo linguajar que é o português.
Mas a senhora não quis, quis escrever, e assim fez, conseguindo sobreviver do papel que imprime, façanha notável neste cantinho à beira mar plantado, quer se diga bem ou mal dela, vá que não se pode estar sempre com a tesoura na mão a cortar nas casacas alheias, há que dar o corpo ao manifesto, raio de expressão esta, e dizer bem quando há que o dizer.
Este texto (clicar para visão panorâmica da temática) é o espelho do talento para a escrita oca, infantil, arrogante, repetitiva, vazia de conteúdo e sem sentido, digna de romance de cordel que tanto gosta de vender.
E vende mesmo, disso não haja a menor dúvida, os livrinhos que esta senhora escrevinha são best sellers, despacham-se melhor que pãezinhos quentes, que há gente para tudo, até para comprar livros destes, cada um terá o seu gosto, é certo.
Acha engraçado, esta senhora começar a desancar nas gordinhas, como se fossem um espécie à parte de seres humanos, ou pessoas de categoria inferior, que são disformes, ui que crime, ser disforme, ele há cada uma, há as pessoas que têm o cérebro disforme e dizem destas alarvidades, porém, como o cérebro não se vê cá fora, anda tudo bem e ninguém é discriminado. Agora ser gordinho é cá um pecado, ai meu deus, ainda por cima quando quem profere estes dizeres é alguém com um Q.I. tão acima da média que rebenta com a escala.
Tudo isto porque as gordinhas tiram o lugar às miúdas giras.
Pois sim, com certeza, que miúdas giras têm um medo que se pelam das gordas, ficam com os gajos todos, gozam e humilham as pessoas com peso a mais, passam a vida a insultar quem não tem medidas de peida fantásticas e ainda por cima queixam-se de que as gordalhufas é que lhes tiram o lugar.
Mas andamos a brincar ou quê? Vamos agora fundar um club para as gajas boas que se sentem intimidadas e discriminadas pelas gajas gordas e de bigode, e vamos fazer um lanche de apoio e angariação de fundos para combater este flagelo social. O que dizer disto sem cair na ordinarice? Vai trabalhar? Vai lavar escadas? Vai-te lavar por baixo?
Não, é melhor, escrever o que me veio primeiro à ideia: vai levar no cu, que é o que te está a fazer falta.
De facto, a falta de falo em alguns espécimes do sexo feminino é de tal forma gritante que estes não se apercebem do ridículo da situação que é fazer estas figuras adiante de gente, como se diz nestes subúrbios abandonados pelos deuses. Não terá a senhora vergonha de andar para aqui a apregoar asneiras deste calibre e ainda a julgar-se um grande vulto da literatura?
Agora já não se pode ter peso a mais, é o que quer dizer, temos que ter todas o mesmo peso e as mesmas medidas, andar todas vestidas de igual e fazer as mesmas coisas que as gajas boas para sermos consideradas fixes, que se foda a diversidade humana, o que é mesmo bom é ser produto da sociedade de consumo imediato, formatadas, ocas, fúteis, idiotas, porque se formos diferentes, para além de ardermos no fogo do inferno, ainda nos sujeitamos a ser apelidadas de ladras das convivências e atenções dos homens.
Gerações de mulheres a queimar sutiens em praça pública para que agora as gajas boas e de boas famílias não possam dizer palavrões, nem beber, nem fumar daquilo que dá para rir, nem falar de sexo à mesa, nem ser iguais aos homens, em direitos e em conversa, porque há que manter a postura e a diplomacia. Oh minha cara senhora, vá arranjar que fazer, não tem vergonha nessa cara?
E porque é que as gordas é que fazem isto, não conhecerá V.Exa. magras e giras que tenham este tipo de conduta? E não me venha dizer que não, que não conhece, que as gentes da minha classe não fazem dessas coisas, isso são modos lá das pessoínhas que habitam em Sintra, que digo-lhe já, com todo o respeito, que é mentira. Só que há umas que adoptam este tipo de conduta às claras, sem nada a esconder, e depois há as cínicas, as que gostam de dar um ar de superioridade, mas que são, essas sim, umas porcas e umas pervertidas dos pior. Só não mostram, mas são.
Portanto, temos aqui dois crimes, cara senhora, o crime de ser gordo e o crime de ser espontâneo, ser masculino, o que quer dizer que nos homens é bom, saudável e normal, nas mulheres é simplesmente brega, porco e das barracas. Tenha vergonha.
O que me diria, cara senhora, se lhe dissesse que, em cada 7 palavras proferidas pela minha pessoa, 9 são palavrões?
O que me diria se soubesse que falo de sexo até com um poste, pois que este é um país livre e estamos no século XXI, sexo é o que todos fazemos, porque não havemos de falar à hora da refeição, que é a hora privilegiada para conversa?
O que diria, minha senhora, quando me visse a cair de bêbeda ou em estado de inimputabilidade pela ingestão de substâncias psicotrópicas, quando neste país, que pouca vergonha, o consumo não é crime?
O que diria, caríssima, se soubesse que sou one of the guys porque no seio dos meus amigos não há barreiras no convívio e somos todos iguais, sejamos homens ou mulheres, e não há distinção nas conversas que se tem com uns das que se têm com outros?
Nunca mijei de perna aberta num beco do Bairro Alto, mas pode ter a certeza que se me desse a vontade, não seria por ser pouco feminino e comportamento típico de gorda que me iria abster, sabe como é, quando tem de ser, tem mesmo de ser.
O que me diria de toda a parafernália de coisas sórdidas que o meu comportamento encerra?
Deixe lá pensar, sou gordinha, não é?
Desengane-se, senhora, não sou.
Mas como, em tempos idos fui, tenho mais respeito pela diferença alheia do que você, que para além de snob, é petulante ao ponto de fazer afirmações destas, julgando da forma mais fútil que consegue aquilo que os outros são, estereotipando e catalogando pessoas para poder escrever as suas linhas sem ponta de sentido.
Tenha vergonha.
As mulheres, senhora de deus, são criaturas livres, sejam gordas ou magras, e podem dizer os palavrões que quiserem, beber o que entenderem e falar de sexo até numa igreja, se isso lhes aprouver.
Chegámos nós ao século XXI para ouvir que as mulheres devem guardar respeito e recato em todas as situações da vida, principalmente, absterem-se de ter comportamentos típicos da masculinidade. Quem os tiver, é porque é gorda.
Conclusão brilhante, digna de 20 valores em tese de psicologia social de esquina. Se calhar é melhor, 21 valores, para reforçar o sentido da coisa.
Tenha muita vergonha...
A arte de escrever não nasceu com ela, comigo não também certamente, que nem sei conjugar verbos e ainda me arrogo a ter blogs e afins, mas com toda a certeza que, quando deus a pôs no mundo, foi com o propósito de a manter afastada do papel e da caneta, ou nos tempos mais modernos, dos computadores e processadores de texto, para que não fizesse estragos nesse belo linguajar que é o português.
Mas a senhora não quis, quis escrever, e assim fez, conseguindo sobreviver do papel que imprime, façanha notável neste cantinho à beira mar plantado, quer se diga bem ou mal dela, vá que não se pode estar sempre com a tesoura na mão a cortar nas casacas alheias, há que dar o corpo ao manifesto, raio de expressão esta, e dizer bem quando há que o dizer.
Este texto (clicar para visão panorâmica da temática) é o espelho do talento para a escrita oca, infantil, arrogante, repetitiva, vazia de conteúdo e sem sentido, digna de romance de cordel que tanto gosta de vender.
E vende mesmo, disso não haja a menor dúvida, os livrinhos que esta senhora escrevinha são best sellers, despacham-se melhor que pãezinhos quentes, que há gente para tudo, até para comprar livros destes, cada um terá o seu gosto, é certo.
Acha engraçado, esta senhora começar a desancar nas gordinhas, como se fossem um espécie à parte de seres humanos, ou pessoas de categoria inferior, que são disformes, ui que crime, ser disforme, ele há cada uma, há as pessoas que têm o cérebro disforme e dizem destas alarvidades, porém, como o cérebro não se vê cá fora, anda tudo bem e ninguém é discriminado. Agora ser gordinho é cá um pecado, ai meu deus, ainda por cima quando quem profere estes dizeres é alguém com um Q.I. tão acima da média que rebenta com a escala.
Tudo isto porque as gordinhas tiram o lugar às miúdas giras.
Pois sim, com certeza, que miúdas giras têm um medo que se pelam das gordas, ficam com os gajos todos, gozam e humilham as pessoas com peso a mais, passam a vida a insultar quem não tem medidas de peida fantásticas e ainda por cima queixam-se de que as gordalhufas é que lhes tiram o lugar.
Mas andamos a brincar ou quê? Vamos agora fundar um club para as gajas boas que se sentem intimidadas e discriminadas pelas gajas gordas e de bigode, e vamos fazer um lanche de apoio e angariação de fundos para combater este flagelo social. O que dizer disto sem cair na ordinarice? Vai trabalhar? Vai lavar escadas? Vai-te lavar por baixo?
Não, é melhor, escrever o que me veio primeiro à ideia: vai levar no cu, que é o que te está a fazer falta.
De facto, a falta de falo em alguns espécimes do sexo feminino é de tal forma gritante que estes não se apercebem do ridículo da situação que é fazer estas figuras adiante de gente, como se diz nestes subúrbios abandonados pelos deuses. Não terá a senhora vergonha de andar para aqui a apregoar asneiras deste calibre e ainda a julgar-se um grande vulto da literatura?
Agora já não se pode ter peso a mais, é o que quer dizer, temos que ter todas o mesmo peso e as mesmas medidas, andar todas vestidas de igual e fazer as mesmas coisas que as gajas boas para sermos consideradas fixes, que se foda a diversidade humana, o que é mesmo bom é ser produto da sociedade de consumo imediato, formatadas, ocas, fúteis, idiotas, porque se formos diferentes, para além de ardermos no fogo do inferno, ainda nos sujeitamos a ser apelidadas de ladras das convivências e atenções dos homens.
Gerações de mulheres a queimar sutiens em praça pública para que agora as gajas boas e de boas famílias não possam dizer palavrões, nem beber, nem fumar daquilo que dá para rir, nem falar de sexo à mesa, nem ser iguais aos homens, em direitos e em conversa, porque há que manter a postura e a diplomacia. Oh minha cara senhora, vá arranjar que fazer, não tem vergonha nessa cara?
E porque é que as gordas é que fazem isto, não conhecerá V.Exa. magras e giras que tenham este tipo de conduta? E não me venha dizer que não, que não conhece, que as gentes da minha classe não fazem dessas coisas, isso são modos lá das pessoínhas que habitam em Sintra, que digo-lhe já, com todo o respeito, que é mentira. Só que há umas que adoptam este tipo de conduta às claras, sem nada a esconder, e depois há as cínicas, as que gostam de dar um ar de superioridade, mas que são, essas sim, umas porcas e umas pervertidas dos pior. Só não mostram, mas são.
Portanto, temos aqui dois crimes, cara senhora, o crime de ser gordo e o crime de ser espontâneo, ser masculino, o que quer dizer que nos homens é bom, saudável e normal, nas mulheres é simplesmente brega, porco e das barracas. Tenha vergonha.
O que me diria, cara senhora, se lhe dissesse que, em cada 7 palavras proferidas pela minha pessoa, 9 são palavrões?
O que me diria se soubesse que falo de sexo até com um poste, pois que este é um país livre e estamos no século XXI, sexo é o que todos fazemos, porque não havemos de falar à hora da refeição, que é a hora privilegiada para conversa?
O que diria, minha senhora, quando me visse a cair de bêbeda ou em estado de inimputabilidade pela ingestão de substâncias psicotrópicas, quando neste país, que pouca vergonha, o consumo não é crime?
O que diria, caríssima, se soubesse que sou one of the guys porque no seio dos meus amigos não há barreiras no convívio e somos todos iguais, sejamos homens ou mulheres, e não há distinção nas conversas que se tem com uns das que se têm com outros?
Nunca mijei de perna aberta num beco do Bairro Alto, mas pode ter a certeza que se me desse a vontade, não seria por ser pouco feminino e comportamento típico de gorda que me iria abster, sabe como é, quando tem de ser, tem mesmo de ser.
O que me diria de toda a parafernália de coisas sórdidas que o meu comportamento encerra?
Deixe lá pensar, sou gordinha, não é?
Desengane-se, senhora, não sou.
Mas como, em tempos idos fui, tenho mais respeito pela diferença alheia do que você, que para além de snob, é petulante ao ponto de fazer afirmações destas, julgando da forma mais fútil que consegue aquilo que os outros são, estereotipando e catalogando pessoas para poder escrever as suas linhas sem ponta de sentido.
Tenha vergonha.
As mulheres, senhora de deus, são criaturas livres, sejam gordas ou magras, e podem dizer os palavrões que quiserem, beber o que entenderem e falar de sexo até numa igreja, se isso lhes aprouver.
Chegámos nós ao século XXI para ouvir que as mulheres devem guardar respeito e recato em todas as situações da vida, principalmente, absterem-se de ter comportamentos típicos da masculinidade. Quem os tiver, é porque é gorda.
Conclusão brilhante, digna de 20 valores em tese de psicologia social de esquina. Se calhar é melhor, 21 valores, para reforçar o sentido da coisa.
Tenha muita vergonha...
Das Costelas Defeituosas
Sabe-se que se tem pelo menos um par de costelas (e atente-se que o ser humano tem 12 pares) que são feitas de direito público quando, num reles recurso de processo civil, não se resiste a meter uma colherzinha de constitucional.
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O Direito tornou-me inimputável
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Coisas de Cá - III
Ninguém, a não ser, obviamente, pessoas deste concelho maldito chamam pilinhas aos filhos mais novos.
Lá está, é o ar da serra.
Lá está, é o ar da serra.
Cinema VIII
Ao estilo de Resident Evil, nem mau, nem bom; acção, efeitos especiais, muita porrada e muitos zombies.
Apenas não tem história; Alice está num sítio, vai à procura de outro sítio para ver se ainda há sobreviventes, encontra uns amiguinhos, combatem juntos os zombies e acaba bem-com-promessa-de-sequela-porque-agora-é-que-vão-ser-elas, com a Umbrella Corporation a fazer das suas.
Fraquinho.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Delírio
Deve ser da merda do stress ou qualquer coisa que o valha, só pode...
A estupidez reina neste cérebro como imperador.
Aquilo que mais queria, neste momento, não era ir já para casa, não era mandar o recurso pela janela, não era mandar foder as pessoas que querem adoptar criancinhas e me mandam a mim tratar das coisas, também não era comer pastilhas, fazendo balões lustrosos e ruidosos, também não era fumar 20 cigarros de uma assentada, ou sequer ir para onde houvesse um sofá para sentar e nada fazer, ou mesmo ir comprar todos os sapatos que cobiço e almejo, ou gastar todo um salário na Primark ou na Blanco, na Fnac ou na Bertrand, na Almedina vá; o que queria, acima de qualquer outra coisa, neste momento, muito mais do que pôr uma bomba nas Antas, injuriar o presidente da Câmara Municipal de Sintra ou o da República, também serve, ou ofender a integridade física e moral do Sr. Bastonário da Ordem dos Advogados, mas muito, muito mais do que passar as mãos pelo pêlo fofinho do meu animal de estimação, o que quero, desejo, preciso, neste excto momento é...
A estupidez reina neste cérebro como imperador.
Aquilo que mais queria, neste momento, não era ir já para casa, não era mandar o recurso pela janela, não era mandar foder as pessoas que querem adoptar criancinhas e me mandam a mim tratar das coisas, também não era comer pastilhas, fazendo balões lustrosos e ruidosos, também não era fumar 20 cigarros de uma assentada, ou sequer ir para onde houvesse um sofá para sentar e nada fazer, ou mesmo ir comprar todos os sapatos que cobiço e almejo, ou gastar todo um salário na Primark ou na Blanco, na Fnac ou na Bertrand, na Almedina vá; o que queria, acima de qualquer outra coisa, neste momento, muito mais do que pôr uma bomba nas Antas, injuriar o presidente da Câmara Municipal de Sintra ou o da República, também serve, ou ofender a integridade física e moral do Sr. Bastonário da Ordem dos Advogados, mas muito, muito mais do que passar as mãos pelo pêlo fofinho do meu animal de estimação, o que quero, desejo, preciso, neste excto momento é...
isto.
Somente isto.
Não peço mais nada ao senhor.
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O Direito tornou-me inimputável
Cinema VII
E o Penal, Tão Lindo...
E eu que pensava que isto era somente um caso prático de Direito Penal.
Afinal, o crime de recusa de médico existe mesmo!
Que emoção.
Afinal, o crime de recusa de médico existe mesmo!
Que emoção.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Guerrilha
Pelos vistos, aos outros incomoda que eu fume. Não porque fume para cima deles, mas os outros são seres caridosos e preocupados e não querem que, de hoje para amanhã, apareça eu com alguma coisinha má, me dê a travadinha e vá desta para melhor.
E eu, que para além de ter uma paciência de santa para todas as evangelizações que gostam de me fazer, ainda vou na conversa e faço o que me dizem, que pau tão bem mandado que eu sou, em vez de fumar, como pastilhas.
Pastilhas essas que têm de ser mascadas com um certo estilo, que é como quem diz, faz-se o balãozinho cá fora e renta-se dentro da boca, que dá menos estrilho e sempre dá para divertir qualquer coisinha.
Acontece que o estaminé está em obras e a entidade patronal foi parar à mesma sala, e de tal maneira quem manda comanda as nossas vidas que não há ordem de fazer os tais balõezinhos e rebentá-los discretamente porque Sua Excelência não aprecia.
Ora, a minha pessoa não gosta de mascar sem esta manobra de diversão, desconfia que nem sabe fazê-lo sem esta pequena estupidez.
Se a minha pessoa come pastilhas para não fumar, e não a deixam comer pastilhas como bem entende, e se não pode fumar porque é pecado, o que é que sobra?
E eu, que para além de ter uma paciência de santa para todas as evangelizações que gostam de me fazer, ainda vou na conversa e faço o que me dizem, que pau tão bem mandado que eu sou, em vez de fumar, como pastilhas.
Pastilhas essas que têm de ser mascadas com um certo estilo, que é como quem diz, faz-se o balãozinho cá fora e renta-se dentro da boca, que dá menos estrilho e sempre dá para divertir qualquer coisinha.
Acontece que o estaminé está em obras e a entidade patronal foi parar à mesma sala, e de tal maneira quem manda comanda as nossas vidas que não há ordem de fazer os tais balõezinhos e rebentá-los discretamente porque Sua Excelência não aprecia.
Ora, a minha pessoa não gosta de mascar sem esta manobra de diversão, desconfia que nem sabe fazê-lo sem esta pequena estupidez.
Se a minha pessoa come pastilhas para não fumar, e não a deixam comer pastilhas como bem entende, e se não pode fumar porque é pecado, o que é que sobra?
Coisas de Cá - II
Em mais nenhum sítio deste país se diz "Aquele gajo é nharro".
Só aqui.
E fora daqui ninguém sabe o que quer dizer.
Só aqui.
E fora daqui ninguém sabe o que quer dizer.
Note to Self - Vol. Não-Sei-Das-Quantas
Não ir à biblioteca buscar livros no horário de expediente e muito menos entre duas tarefas porque o resultado é trazer o livro mais merdoso que lá houver.
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Das Coisas fora dos limites do 202º CC
Masculinidade
Qual é o problema dos homens com os cremes para a cara? Pronto, não falo para a cara, só dos cremes em geral, vá? Qual é o problema que estes seres acham que têm se colocarem um pouco destes produtos na cara? Ou noutra parte do corpo?
Há alguma coisa que cai? Há alguma coisa que se perde irremediavelmente? Há alguma alergia severa que surge imediatamente?
Ah, pois que é muito mais engraçado andarem cheios de borbulhas, com essas peles luzidias a meterem nojo, lustrosas como a pele dos porquinhos, cheios de pontos negros e outras porquices que tais, do que lavarem as fussas como deve de ser e porem um dedinho de creme nas partes que precisam de hidratação...
Não, nem pensar, homem que é homem não põe nada na cara, isso é coisa de rabetas, eu cá sou muita macho, para mim não há cá nada disso, venha o que vier, com borbulhas ou pontos negros, não me faltam gaijas, por isso, ça foda.
Que giro.
Ogres com os queixos cheios de pus é que são bons, já agora a cheirar a cavalo e a arrear na mulher quando o Benfica perde ( ai porra, que esta época teria sido um arraial de porrada...).
Assim caminha a humanidade para a evolução. Tratar bem da fronha, não, que isso é paneleiro, andar a meter nojo e com a pele toda a escamar é que é bom.
Ui, ca sexy...
Depois ainda se queixam eles de:
a) as gajas só gostarem dos actores (pudera, alguém vê alguma imperfeição naquelas peles? Não, pois não? Deixa cá ver, creme?, mesmo que seja o creme dos pobres, Nivea?)
b) as gajas só gostem dos gajos novos (pois, quando os homens são imberbes têm peles de bebé, não há cá vulcões em erupção, não há cá rugas nem pés de galinha,qual é o espanto?)
Oh deus, é assim tão difícil de enfiar um reles dedo num frasco de creme e espalhar precariamente na cara?
Mentecaptos!
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Das Coisas fora dos limites do 202º CC
O Labirinto Perdido
Er..., não está malzito, não...
Mas depois de se ler Dan Brown, a coisa perde um bocado a piada; outra vez o Graal, pá?
Sim, mas agora é um Graal diferente, com duas protagonistas separadas por 800 anos, que vai na volta são as duas a mesma pessoa, se não são, passam a ser, uma é a reencarnação da outra, ou são da mesma linhagem, uma coisa qualquer dessas.
Factos históricos bem relatados, envolvências e circunstâncias bem descritas.
Personagens fracos, sem espinha dorsal ou fio condutor; história repetitiva e final mal explicado; temática já muito explorada por outros; não há o grande talento para prender o leitor.
Enfim, que hoje é só dizer mal.
Cinema VI
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Não Me Ocorre Dizer Nada
... a não ser alguma coisa que maldiga a minha sorte.
Vem aí o fim-de-semana, é o que vale.
Vem aí o fim-de-semana, é o que vale.
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Lado Contrário do Espelho
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Hustenbonbons
Milagrosos, mesmo bons, mas é demais dar 4€ por uma reles meia dúzia de caramelos.
Vão-se lavar por baixo!
Como (Não) Despachar Um Mitra Em 10 Segundos
Vai um mitra na rua, com seu passo gingão, cigarrinho no canto da boca, boné imundo enfiado na cabeça até aos olhos, quando vê uma rapariga ao fundo da rua, a caminhar na sua direcção.
De imediato, o mitra pressente que terá um ataque cardíaco se não se fizer ao piso e lhe nascerá uma couve no lugar do cu se não lhe mandar um piropo, por isso, parado no meio da calçada, de perna aberta, coçando a micose do escroto, segurando o cigarro com o polegar e o indicador, enquanto semicerra os olhos, para ter um ar sexy, o cérebro a trabalhar furiosamente para encontrar uma coisa gira para dizer à miúda.
A rapariga, que ia a pensar na vida dela enquanto comia rebuçados e pensava nos cigarros que não fumou, depara-se com aquela azémola e prevê logo o que aí vem, ai quem me dera ter uma marreta, acabava-se logo com o sofrimento deste inútil, mas espera lá que eu já te fodo, vais ver o que é bom para a tosse.
-Ai que coisa tão gira, valha-me deus...quanta saúde! Olá! Posso-te conhecer? Tão linda!
-Podes, podes, então não hás-de poder... - e a moça puxa de um lenço e assoa-se com todo o vigor, enquanto puxa aquela nheca verde que tem parada há três dias junto aos brônquios, numa exibição de fazer inveja a qualquer pessoa com mais de 75 anos, esperando que o mitra se vá embora depois de tal espectáculo e vá bater coro lá para a pachacha da mãe dele.
-Ai que a princesa tem tosse!Casa comigo, minha linda!
E vai de mandar beijinhos e chamêgos até que ela vira a esquina e desaparece.
O que é que correu mal, aqui?
Deve ser do ar da serra...
Para a próxima, experimente-se a flatulência.
De imediato, o mitra pressente que terá um ataque cardíaco se não se fizer ao piso e lhe nascerá uma couve no lugar do cu se não lhe mandar um piropo, por isso, parado no meio da calçada, de perna aberta, coçando a micose do escroto, segurando o cigarro com o polegar e o indicador, enquanto semicerra os olhos, para ter um ar sexy, o cérebro a trabalhar furiosamente para encontrar uma coisa gira para dizer à miúda.
A rapariga, que ia a pensar na vida dela enquanto comia rebuçados e pensava nos cigarros que não fumou, depara-se com aquela azémola e prevê logo o que aí vem, ai quem me dera ter uma marreta, acabava-se logo com o sofrimento deste inútil, mas espera lá que eu já te fodo, vais ver o que é bom para a tosse.
-Ai que coisa tão gira, valha-me deus...quanta saúde! Olá! Posso-te conhecer? Tão linda!
-Podes, podes, então não hás-de poder... - e a moça puxa de um lenço e assoa-se com todo o vigor, enquanto puxa aquela nheca verde que tem parada há três dias junto aos brônquios, numa exibição de fazer inveja a qualquer pessoa com mais de 75 anos, esperando que o mitra se vá embora depois de tal espectáculo e vá bater coro lá para a pachacha da mãe dele.
-Ai que a princesa tem tosse!Casa comigo, minha linda!
E vai de mandar beijinhos e chamêgos até que ela vira a esquina e desaparece.
O que é que correu mal, aqui?
Deve ser do ar da serra...
Para a próxima, experimente-se a flatulência.
Tamancos
6 Meses de Seca
Correm tempos em que a paciência não abunda, nem há qualquer vislumbre de esperança que permita concluir que a dita paciência volte ao tempo de vacas gordas.
E no tempo em que a paciência, para tudo e mais alguma coisa, diga-se, que não há cá distinções entre ter pachorra para umas coisas e não ter para outras, não, que aqui há democracia, a paciência não chega para nada, coisa alguma, zero, tudo o que foge ao senso comum e àquilo que se pode chamar normal dá umas certas ganas de partir para a violência e rachar umas quantas cabeças com um machado.
Por exemplo, aulas na corporação de uma certa profissão liberal, vá, Ordem dos Advogados, das quais se está à espera à 6 meses que tenham início e nada. Uma pessoa inscreve-se, paga à cabeça e depois espera indefinidamente que se lembrem de começar a ministrar formação. E espera para nada porque o Sr. Bastonário lembrou-se de fazer uma purga aos estagiários, que toda a gente sabe que são a morte dos advogados, e quem se lixa é o mexilhão, o estagiário, já se está mesmo a ver. Só que o Sr. Bastonário, esse pilar da Judicatura, esqueceu-se que no meio dos estagiários de Bolonha, nos quais ele gosta tanto de malhar, há gente à espera das aulas com 5 anos de formação jurídica, nas palavras da Ordem, esses sim, com formação capaz de ir ao estágio da Ordem. E no entanto, 6 meses já lá vão, e nada.
Onde é que se perde a paciência, aqui?
Quando, já mais por descargo de consciência e por hábito do que pela esperança que haja novidades, se vai ao site da formação da dita Ordem, e a primeira coisa que se vê é que têm um aviso novo, sim senhora, uau!, enganei-me, afinal há mesmo novidades, oh meu deus que é desta, e vai-se a ver e é um pedido de auxílio às vítimas das cheias do Paquistão.
Lamento imenso que tenha havido tamanha catástrofe no Paquistão. Lamento a perda das vidas e dos bens.
Mas que raio é que eu tenho a ver com isso?
Porque é que isso está no site da Ordem quando podiam muito bem ter um aviso, uma justificação, uma coisa qualquer sobre aquilo que interessa?
Não têm vergonha de andarem a gozar com os outros?
Foda-se, pá!
E no tempo em que a paciência, para tudo e mais alguma coisa, diga-se, que não há cá distinções entre ter pachorra para umas coisas e não ter para outras, não, que aqui há democracia, a paciência não chega para nada, coisa alguma, zero, tudo o que foge ao senso comum e àquilo que se pode chamar normal dá umas certas ganas de partir para a violência e rachar umas quantas cabeças com um machado.
Por exemplo, aulas na corporação de uma certa profissão liberal, vá, Ordem dos Advogados, das quais se está à espera à 6 meses que tenham início e nada. Uma pessoa inscreve-se, paga à cabeça e depois espera indefinidamente que se lembrem de começar a ministrar formação. E espera para nada porque o Sr. Bastonário lembrou-se de fazer uma purga aos estagiários, que toda a gente sabe que são a morte dos advogados, e quem se lixa é o mexilhão, o estagiário, já se está mesmo a ver. Só que o Sr. Bastonário, esse pilar da Judicatura, esqueceu-se que no meio dos estagiários de Bolonha, nos quais ele gosta tanto de malhar, há gente à espera das aulas com 5 anos de formação jurídica, nas palavras da Ordem, esses sim, com formação capaz de ir ao estágio da Ordem. E no entanto, 6 meses já lá vão, e nada.
Onde é que se perde a paciência, aqui?
Quando, já mais por descargo de consciência e por hábito do que pela esperança que haja novidades, se vai ao site da formação da dita Ordem, e a primeira coisa que se vê é que têm um aviso novo, sim senhora, uau!, enganei-me, afinal há mesmo novidades, oh meu deus que é desta, e vai-se a ver e é um pedido de auxílio às vítimas das cheias do Paquistão.
Lamento imenso que tenha havido tamanha catástrofe no Paquistão. Lamento a perda das vidas e dos bens.
Mas que raio é que eu tenho a ver com isso?
Porque é que isso está no site da Ordem quando podiam muito bem ter um aviso, uma justificação, uma coisa qualquer sobre aquilo que interessa?
Não têm vergonha de andarem a gozar com os outros?
Foda-se, pá!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Felinices
Coisas de Cá
Viver no concelho de Sintra tem o seu quê de comicidade.
Em mais lugar nenhum uma pessoa pode ir na rua e ouvir dizer 'Isto está tudo empandeirado', mas com a fonética correcta, empandérado, maneira bonita de se dizer, isto está tudo mal feito/tudo destruído/tudo uma merda.
Em mais lugar nenhum as pessoas dizem 'Esta merda...' como aqui, com uma entoação tão especial que quem não é de cá simplesmente não atinge.
Em mais lugar nenhum uma pessoa pode ir na rua e ouvir dizer 'Isto está tudo empandeirado', mas com a fonética correcta, empandérado, maneira bonita de se dizer, isto está tudo mal feito/tudo destruído/tudo uma merda.
Em mais lugar nenhum as pessoas dizem 'Esta merda...' como aqui, com uma entoação tão especial que quem não é de cá simplesmente não atinge.
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Das Coisas fora dos limites do 202º CC
Vamos Lá Ver Quantas Asneiras Consigo Escrever Num Reles Texto; Ou Será Num Texto Reles?
Quando andava na escola, tempos aureos do ensino básico, houve uma rapariga que ficou grávida. Que merda.
Um descuido, um azar, um acidente, qual coelha ficou logo cheia na primeira cambalhota suada. Num estabelecimento dirigido por padrecas, esses pilares na formação moral de uma pessoa, foi um escândalo e uma vergonha, uma rapariga que teve o desplante de pinar com um qualquer e como se não bastasse, ainda ficou prenhe, qual prenhe, qual quê, na minha terra diz-se prenha, que a voz e palavreado do povo não será necessariamente a voz de deus, porém se falarmos correctamente, como consta no dicionário, acontece que ninguém percebe, fale-se, pois, como ouvimos os ascendentes falarem, que é assim que nos entendemos.
Ficou a miúda em estado de graça, ainda nem tinha chegado ao ensino obrigatório, que na altura era o 9º ano, belos tempos que já lá vão, e foi um vendaval de pouca vergonha, pais chamados à escola, reuniões extraordinárias de direcção para ser instituido um regime ditatorial de vigilância constante, nada de namoros, nada de andar de mãos dadas, nada de contacto labial, nada de proximidade com o sexo oposto que já se sabe que quando se juntam no mesmo espaço rapazes e raparigas dá sempre asneira e as gajas aparecem sempre de barriga, que esta gente não se sabe controlar e vá de foder a torto e a direito, onde é que já se viu, foder, que é isso, é mas é pecado, ninguém fode antes de casar, estes paizinhos não ensinam nada aos filhos, e a escola é que tem de ser responsável por esconder a porca que ficou cheia e que se passeia na escola como se nada fosse, esconder que é como quem diz, convidá-la a completar o ensino básico numa outra escola que a nossa é uma escola de valores, não é para andarmos aqui com alunas de barriga a mostrar aos outros que é fixe foder antes dos 25 e que ficar com um puto no bucho é um boa ideia.
E o regime ditatorial levou a encarregados, chamados contínuos, a passearem-se nos corredores e espaços de lazer nos intervalos e não só, sempre a vigiar quem andava em cima de quem, quem dava beijinhos a quem e a levá-los por uma orelha ao gabinete do director por terem dado a mão a uma gaja. Trouxe também as enfermeiras de um centro de saúde qualquer a dar formação aos inimputáveis sobre sexualidade, e desenganem-se se pensam que era educação sexual, era mais uma ladaínha de moral judaico-cristã sobre os malefícios do sexo. Cabrões.
O pior é que o regime passou para as hostes caseiras e não podia andar uma gaja à vontade do corpo, como se costuma dizer, a brincar às bonecas e ao elástico, ou a fazer corridas com os rapazes que havia logo quem a puxasse por um braço porque era feio as meninas andarem em brincadeiras de rapazes. Ao mínimo sintoma de dor de barriga ou má disposição, era uma gaja arrastada para o centro hospitalar mais próximo de modo a descansar os paizinhos, que as suas meninas não andavam por aí a abrir as pernas e a carregar fardos não desejados.
Com 12 ou 13 anos, quando a idade ainda não permite ter mais preocupações que lanchar e brincar, isto acabou por ser mais um devaneio das pessoas adultas que, coitadas, não têm mais o que fazer senão ralar-se com os filhos, e acham que com aquela idade vêm logo os instintos animais e toca de andar aí a esfregar as partes baixas nas partes baixas de seus pares do sexo oposto, claro que a preocupação dos pais nunca morre, será assim até serem crescidos, com barbas e rugas, mas mesmo assim, há que estar atento e ver se não dá aos miúdos a parvoeira cedo demais.
Naquela altura, lembro-me de ter desejado que aquela puta que teve a infeliz ideia de se deixar emprenhar (ou empranhar) fosse morar para outra freguesia ou que fosse atropelada por uma tractor desgovernado; por causa dela, andámos todas de quarentena, sempre em cima de nós a ver o que fazíamos, onde íamos e com quem estávamos, já para não falar do interrogatório cerrado sobre os rapazes que eram nossos amigos, que brincavam connosco, mais a mania de volta e meia andar no médico para controlar o aparelho reprodutor das chavalas às quais ainda faltavam dentes definitivos.
Puta que pariu. Por causa de uma, pagam logo as outras. A sugestão, na cabeça de gente estúpida, é um factor poderoso para fazer a carruagem descarrilar para os meandros da paranóia e da loucura. E porque a outra fez, nós também podiamos fazer, éramos tão putas como ela, tão cadelas e sem vergonha como ela foi, não há desvio, têm que ser controladas. Nem conhecia o raio da miúda e já a odiava de morte por tanto controlo desnecessário à volta.
Ah, mas os tempos são outros, agora está tudo informado, a formação é de raiz, não vale a pena tanto controlo, é preciso é informação, e também as novas gerações de pais e circundantes já são diferentes, já não têm uma mentalidade tão apertadinha como um cu de um gato.
Pois sim, o caralho.
Basta aparecer alguém com alguma coisa, nem que seja um corno azul no meio da testa, que durante o próximo ano a contar do aparecimento do dito corno, anda tudo alvoraçado a mínimo sinal de dor de cabeça, toda a gente sabe que é o primeiro sintoma de aparecimento de corninhos na testa, há que enfiar o dorido num pote de diagnóstico até se ver o que ele tem. E enquanto todas as pessoas num raio de 50 km não forem enfiadas no dito pote para ver se sai de lá alguma coisa, meu deus, ai que me dá uma coisa má, ai que estou tão aflita, ai que horror, ninguém tem sossego.
Foda-se mais esta merda, puta de sorte a minha que estes gajos não têm o que fazer, em vez de irem trabalhar ficam a melgar os outros com minudências! Não há por aí terra para cavar, lixo para apanhar, qualquer coisa de útil que possam fazer?? Caralho mais esta corja.
E não, caros, não há diferença nenhuma entre paranóia da nova geração e a mentalidade padreca dos tempos do básico.
Um descuido, um azar, um acidente, qual coelha ficou logo cheia na primeira cambalhota suada. Num estabelecimento dirigido por padrecas, esses pilares na formação moral de uma pessoa, foi um escândalo e uma vergonha, uma rapariga que teve o desplante de pinar com um qualquer e como se não bastasse, ainda ficou prenhe, qual prenhe, qual quê, na minha terra diz-se prenha, que a voz e palavreado do povo não será necessariamente a voz de deus, porém se falarmos correctamente, como consta no dicionário, acontece que ninguém percebe, fale-se, pois, como ouvimos os ascendentes falarem, que é assim que nos entendemos.
Ficou a miúda em estado de graça, ainda nem tinha chegado ao ensino obrigatório, que na altura era o 9º ano, belos tempos que já lá vão, e foi um vendaval de pouca vergonha, pais chamados à escola, reuniões extraordinárias de direcção para ser instituido um regime ditatorial de vigilância constante, nada de namoros, nada de andar de mãos dadas, nada de contacto labial, nada de proximidade com o sexo oposto que já se sabe que quando se juntam no mesmo espaço rapazes e raparigas dá sempre asneira e as gajas aparecem sempre de barriga, que esta gente não se sabe controlar e vá de foder a torto e a direito, onde é que já se viu, foder, que é isso, é mas é pecado, ninguém fode antes de casar, estes paizinhos não ensinam nada aos filhos, e a escola é que tem de ser responsável por esconder a porca que ficou cheia e que se passeia na escola como se nada fosse, esconder que é como quem diz, convidá-la a completar o ensino básico numa outra escola que a nossa é uma escola de valores, não é para andarmos aqui com alunas de barriga a mostrar aos outros que é fixe foder antes dos 25 e que ficar com um puto no bucho é um boa ideia.
E o regime ditatorial levou a encarregados, chamados contínuos, a passearem-se nos corredores e espaços de lazer nos intervalos e não só, sempre a vigiar quem andava em cima de quem, quem dava beijinhos a quem e a levá-los por uma orelha ao gabinete do director por terem dado a mão a uma gaja. Trouxe também as enfermeiras de um centro de saúde qualquer a dar formação aos inimputáveis sobre sexualidade, e desenganem-se se pensam que era educação sexual, era mais uma ladaínha de moral judaico-cristã sobre os malefícios do sexo. Cabrões.
O pior é que o regime passou para as hostes caseiras e não podia andar uma gaja à vontade do corpo, como se costuma dizer, a brincar às bonecas e ao elástico, ou a fazer corridas com os rapazes que havia logo quem a puxasse por um braço porque era feio as meninas andarem em brincadeiras de rapazes. Ao mínimo sintoma de dor de barriga ou má disposição, era uma gaja arrastada para o centro hospitalar mais próximo de modo a descansar os paizinhos, que as suas meninas não andavam por aí a abrir as pernas e a carregar fardos não desejados.
Com 12 ou 13 anos, quando a idade ainda não permite ter mais preocupações que lanchar e brincar, isto acabou por ser mais um devaneio das pessoas adultas que, coitadas, não têm mais o que fazer senão ralar-se com os filhos, e acham que com aquela idade vêm logo os instintos animais e toca de andar aí a esfregar as partes baixas nas partes baixas de seus pares do sexo oposto, claro que a preocupação dos pais nunca morre, será assim até serem crescidos, com barbas e rugas, mas mesmo assim, há que estar atento e ver se não dá aos miúdos a parvoeira cedo demais.
Naquela altura, lembro-me de ter desejado que aquela puta que teve a infeliz ideia de se deixar emprenhar (ou empranhar) fosse morar para outra freguesia ou que fosse atropelada por uma tractor desgovernado; por causa dela, andámos todas de quarentena, sempre em cima de nós a ver o que fazíamos, onde íamos e com quem estávamos, já para não falar do interrogatório cerrado sobre os rapazes que eram nossos amigos, que brincavam connosco, mais a mania de volta e meia andar no médico para controlar o aparelho reprodutor das chavalas às quais ainda faltavam dentes definitivos.
Puta que pariu. Por causa de uma, pagam logo as outras. A sugestão, na cabeça de gente estúpida, é um factor poderoso para fazer a carruagem descarrilar para os meandros da paranóia e da loucura. E porque a outra fez, nós também podiamos fazer, éramos tão putas como ela, tão cadelas e sem vergonha como ela foi, não há desvio, têm que ser controladas. Nem conhecia o raio da miúda e já a odiava de morte por tanto controlo desnecessário à volta.
Ah, mas os tempos são outros, agora está tudo informado, a formação é de raiz, não vale a pena tanto controlo, é preciso é informação, e também as novas gerações de pais e circundantes já são diferentes, já não têm uma mentalidade tão apertadinha como um cu de um gato.
Pois sim, o caralho.
Basta aparecer alguém com alguma coisa, nem que seja um corno azul no meio da testa, que durante o próximo ano a contar do aparecimento do dito corno, anda tudo alvoraçado a mínimo sinal de dor de cabeça, toda a gente sabe que é o primeiro sintoma de aparecimento de corninhos na testa, há que enfiar o dorido num pote de diagnóstico até se ver o que ele tem. E enquanto todas as pessoas num raio de 50 km não forem enfiadas no dito pote para ver se sai de lá alguma coisa, meu deus, ai que me dá uma coisa má, ai que estou tão aflita, ai que horror, ninguém tem sossego.
Foda-se mais esta merda, puta de sorte a minha que estes gajos não têm o que fazer, em vez de irem trabalhar ficam a melgar os outros com minudências! Não há por aí terra para cavar, lixo para apanhar, qualquer coisa de útil que possam fazer?? Caralho mais esta corja.
E não, caros, não há diferença nenhuma entre paranóia da nova geração e a mentalidade padreca dos tempos do básico.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Terei Eu Cara de Confessor?
Pergunta-se assim, como quem não quer a coisa, se acaso terei cara de atendedor de preces e tristezas, de pessoa que ouve os segredos e desaguisados dos outros, de pote onde se metem as aflições?
Se não, porque é que vem tudo contar-me os problemas de suas vidas?
Se não, porque é que vem tudo contar-me os problemas de suas vidas?
Ontem Foi Assim...
sábado, 11 de setembro de 2010
Nonsense Talking II
- Horas?
- Não tenho.
- Hoje não trouxeste relógio?
- Não.
- Porquê?
- Porque tenho brincos muito grandes.
- Não tenho.
- Hoje não trouxeste relógio?
- Não.
- Porquê?
- Porque tenho brincos muito grandes.
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Piadas de Propriedade Privada
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Administrativo, O Meu Menino de Ouro
Uma pessoa tristíssima com a vida profissional que não proporciona momentos de pura diversão com Direito Administrativo e nem repara que a vida para além do Direito está cheia de administrativices.
Vai-se à Biblioteca Municipal buscar um qualquer livro para ler em casa e dizem-lhe que tem que entregar o livro em 15 dias. Tudo bem, não haveria problema se não houvesse mais nada que fazer senão ler, mas há sempre a possibilidade de prorrogar o prazo, não há crise.
Quando nos passam para a mão um talão da requisição do livro (modernices...), vem lá escrito a data de entrega. Há imediatamente vontade de dizer, olhe há aqui um erro, não é esta a data, mas como até fazia jeito mais uns dias para acabar a leitura, nada se diz.
Porém, nesse mesmo instante, há uma luz no encéfalo escurecido que se acende por milagre e o mesmo encéfalo dá ordem ao diafragma para subir à sua altura máxima e ajudar a encher os pulmões, o ar entra em grande escala; cheira a pó, a encerado e a um ligeiro toque de pimenta como só os edifícios oficiais têm. Um organismo público. Direito aplicável: público. Procedimento: administrativo.
Correria até um calendário para contar freneticamente os dias até ao final do prazo. 15 dias ... úteis!
Emoção fortíssima e vontade de dar pulinhos, de tão contente que se está por perceber a aplicação prática do mais sublime dos ramos de Direito.
Senhor, como a tua serva, para além de quebrada, é completamente inimputável...
Vai-se à Biblioteca Municipal buscar um qualquer livro para ler em casa e dizem-lhe que tem que entregar o livro em 15 dias. Tudo bem, não haveria problema se não houvesse mais nada que fazer senão ler, mas há sempre a possibilidade de prorrogar o prazo, não há crise.
Quando nos passam para a mão um talão da requisição do livro (modernices...), vem lá escrito a data de entrega. Há imediatamente vontade de dizer, olhe há aqui um erro, não é esta a data, mas como até fazia jeito mais uns dias para acabar a leitura, nada se diz.
Porém, nesse mesmo instante, há uma luz no encéfalo escurecido que se acende por milagre e o mesmo encéfalo dá ordem ao diafragma para subir à sua altura máxima e ajudar a encher os pulmões, o ar entra em grande escala; cheira a pó, a encerado e a um ligeiro toque de pimenta como só os edifícios oficiais têm. Um organismo público. Direito aplicável: público. Procedimento: administrativo.
Correria até um calendário para contar freneticamente os dias até ao final do prazo. 15 dias ... úteis!
Emoção fortíssima e vontade de dar pulinhos, de tão contente que se está por perceber a aplicação prática do mais sublime dos ramos de Direito.
Senhor, como a tua serva, para além de quebrada, é completamente inimputável...
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O Direito tornou-me inimputável
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Isso Mesmo
As pessoas, esses centros de bondade e inteligência, são incapazes de perceber quando estão a incomodar. Incapazes. Por mais que se diga, grite ou sussurre deixa-me em paz, vai à tua vida, não me amoles, não percebem, fazem-se de surdas, só estão bem a chatear.
Pois bem, já que não entendem de uma maneira, entendem de outras, pois com certeza, que é o cérebro senão uma máquina prodigiosa de decifragem.
Vão levar no cu.
Para o caralho que vos foda.
Bardamerda.
Pode ser, ou não?
Pois bem, já que não entendem de uma maneira, entendem de outras, pois com certeza, que é o cérebro senão uma máquina prodigiosa de decifragem.
Vão levar no cu.
Para o caralho que vos foda.
Bardamerda.
Pode ser, ou não?
Praticar o facto contra ... Advogado
Lembrei-me hoje, já nem sei bem porquê, que matar um advogado é homicídio qualificado (132º/2, l) do Código Penal).
E de repente a minha vida passa a ter um significado diferente; eu posso morrer, mas o cabrão que me matar vai dentro 25 anos.
Que emoção.
E de repente a minha vida passa a ter um significado diferente; eu posso morrer, mas o cabrão que me matar vai dentro 25 anos.
Que emoção.
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Piadas de Propriedade Privada
Laivos de Insanidade II
Daquilo que a minha avó, ou a filha dela, gostam de dizer, numa lógica de preocupação/pergunta estúpida, que apenas tem como efeito ter vontade de mandá-la(s) para sítios feios ou enfiar coisas menos próprias em orifícios corporais; entre elas, encontram-se:
- Vai lavar a loiça/arruma esse quarto/limpa a casa-de-banho que mais parece um cenário de guerra. Obviamente que não é preciso pedir/mandar para proceder a arrumações ou limpezas, mas provavelmente gostam de o fazer para dar um ar que continuam a poder mandar e desmandar como se de um ditador se tratasse. Progenitora que se preze tem sempre nas suas veias algum sangue de tirano.
- Quando é que te casas? Esta é a mais recente invenção em matéria de perguntas estúpidas capazes de tirar a paciência a um santo. Uma pessoa começa a caminhar alegremente para a casa dos 25 e vêm logo com estas conclusões e antecipações brutais daquilo que apelidam como vida adulta. Para depois rematarem a conversa com as ideias do seu tempo, o que é sempre uma bela maneira de exercitar os músculos dos olhos, de tanto se revirarem.
- O que é que fizeste ao cabelo?/O que é isso que tens vestido? Mais um modo de conversa que vai inevitavelmente parar às ideias de no meu tempo é que era, a juventude tinha juízo e não podia andar de qualquer maneira, havia respeito, que permite um óptimo exercício ocular, como descrito no ponto anterior. Noções de moda, zero.
- Estás mais gordinha, não estás?Pronto, aqui é que a sopa azeda. É uma puta de uma moral para falar, elas que estão mais cheias que nem vacas, a reparar na pança dos outros e tecer comentários sobre a mesma. Não há vergonha. Porque se alguém tem a triste ideia de dizer o mesmo a respeito delas, está o caldo entornado. Viva a igualdade...
- Bem que podias passar uma roupinha a ferro. Fujam, que a seguir vem o discurso da escrava do lar que trabalha para uma família inteira sem receber nada em troca, muito menos ajuda dos que só sujam e estragam, quando, estupores, têm bom corpinho para trabalhar.
- Já foste ver as novidades do Ikea? Esta simples pergunta, numa família normal e equilibrada, era apenas uma maneira de conversar sobre chacha; mas não na minha, que é apenas o prelúdio do Quando é que te casas?
- Ai filha, não fumes, que faz tão mal! Poupem-me. Acaso pedi os pulmões emprestados a alguém? Até parece que quando tinham a mesma idade não faziam o mesmo. Que faziam, ao contrário do que pregam, só que tinha de ser às escondidas.
- Quanto é que ganhas, afinal? Tens um pedaço a ver com isso...
- Da tua idade, já eu tinha filhos.Estás a pensar só ter filhos aos 40, não? Psché! Mais um prelúdio de Quando é que te casas?.Sim, porque já se sabe que para a Geração do Naperon casar e ter filhos tem que ser necessariamente por esta ordem de ideias.
- Esta geração está perdida. Quando se ouve nas notícias que agora as pessoas unem-se de facto, casam com pessoas do mesmo sexo, fumam erva, vão estudar para o estrangeiro ou qualquer coisa que saia da normalidade ditada pelas Tardes da Júlia.
- Não sabes cozinhar, pois não? Não, sabe o Boda. Nem vale a pena responder a isto, mesmo que de maneira simpática, porque a seguir vem o discurso associado ao, adivinhem lá?, exactamente!, Quando é que te casas?
- A minha filha é desarrumada/estroina/mal educada/parva/qualquer defeito digno de nota. Mas esta é a frase só usada quando estão presentes visitas, que é sempre bom transmitir o charme de um filho. Aqui, sim, ir apertar os atacadores dos sapatos ou assoar o nariz para não mandar bardamerda, esse local tão concorrido, tendo em conta a frequência com que o sugiro à maior parte das pessoas.
- Vai lavar a loiça/arruma esse quarto/limpa a casa-de-banho que mais parece um cenário de guerra. Obviamente que não é preciso pedir/mandar para proceder a arrumações ou limpezas, mas provavelmente gostam de o fazer para dar um ar que continuam a poder mandar e desmandar como se de um ditador se tratasse. Progenitora que se preze tem sempre nas suas veias algum sangue de tirano.
- Quando é que te casas? Esta é a mais recente invenção em matéria de perguntas estúpidas capazes de tirar a paciência a um santo. Uma pessoa começa a caminhar alegremente para a casa dos 25 e vêm logo com estas conclusões e antecipações brutais daquilo que apelidam como vida adulta. Para depois rematarem a conversa com as ideias do seu tempo, o que é sempre uma bela maneira de exercitar os músculos dos olhos, de tanto se revirarem.
- O que é que fizeste ao cabelo?/O que é isso que tens vestido? Mais um modo de conversa que vai inevitavelmente parar às ideias de no meu tempo é que era, a juventude tinha juízo e não podia andar de qualquer maneira, havia respeito, que permite um óptimo exercício ocular, como descrito no ponto anterior. Noções de moda, zero.
- Estás mais gordinha, não estás?Pronto, aqui é que a sopa azeda. É uma puta de uma moral para falar, elas que estão mais cheias que nem vacas, a reparar na pança dos outros e tecer comentários sobre a mesma. Não há vergonha. Porque se alguém tem a triste ideia de dizer o mesmo a respeito delas, está o caldo entornado. Viva a igualdade...
- Bem que podias passar uma roupinha a ferro. Fujam, que a seguir vem o discurso da escrava do lar que trabalha para uma família inteira sem receber nada em troca, muito menos ajuda dos que só sujam e estragam, quando, estupores, têm bom corpinho para trabalhar.
- Já foste ver as novidades do Ikea? Esta simples pergunta, numa família normal e equilibrada, era apenas uma maneira de conversar sobre chacha; mas não na minha, que é apenas o prelúdio do Quando é que te casas?
- Ai filha, não fumes, que faz tão mal! Poupem-me. Acaso pedi os pulmões emprestados a alguém? Até parece que quando tinham a mesma idade não faziam o mesmo. Que faziam, ao contrário do que pregam, só que tinha de ser às escondidas.
- Quanto é que ganhas, afinal? Tens um pedaço a ver com isso...
- Da tua idade, já eu tinha filhos.Estás a pensar só ter filhos aos 40, não? Psché! Mais um prelúdio de Quando é que te casas?.Sim, porque já se sabe que para a Geração do Naperon casar e ter filhos tem que ser necessariamente por esta ordem de ideias.
- Esta geração está perdida. Quando se ouve nas notícias que agora as pessoas unem-se de facto, casam com pessoas do mesmo sexo, fumam erva, vão estudar para o estrangeiro ou qualquer coisa que saia da normalidade ditada pelas Tardes da Júlia.
- Não sabes cozinhar, pois não? Não, sabe o Boda. Nem vale a pena responder a isto, mesmo que de maneira simpática, porque a seguir vem o discurso associado ao, adivinhem lá?, exactamente!, Quando é que te casas?
- A minha filha é desarrumada/estroina/mal educada/parva/qualquer defeito digno de nota. Mas esta é a frase só usada quando estão presentes visitas, que é sempre bom transmitir o charme de um filho. Aqui, sim, ir apertar os atacadores dos sapatos ou assoar o nariz para não mandar bardamerda, esse local tão concorrido, tendo em conta a frequência com que o sugiro à maior parte das pessoas.
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Das Coisas fora dos limites do 202º CC
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
A que Nunca Morre
Porque esta é, sobretudo, uma transmissão de esperança.
Que nunca morra.
Do or die, you'll never make me
Because the world will never take my heart
Go and try, you'll never break me
We want it all, we wanna play this part
I won't explain or say I'm sorry
I'm unashamed, I'm gonna show my scar
Give a cheer for all the broken
Listen here, because it's only
Renascer
Um espanto quando se acorda para a vida e se percebe que no último ano e meio se andou a fazer merda ou, simplesmente, a ignorar.
E quando a luz bate na cara, vem um rasgo de iluminação e vá de tentar remendar o que foi mal feito, com pezinhos de lã, com falinhas muito mansas, com muito carinho e arrependimento, para ver se cola, para ver se os outros não percebem o desespero que se sente porque agora já não se tem ninguém e há necessidade dos velhos amigos.
O pior dá-se quando os velhos amigos são umas mulas velhas, vencidas e cansadas da vida e das suas voltas, que é o modo de dizer, saturados que nos passem a perna, e não estão muito pelos ajustes para aturar convertidos em bonzinhos e arrependidos quando já estão na fogueira.
A espuma dos dias, meus senhores, de gente que perde a paciência com coisinhas de nada.
E quando a luz bate na cara, vem um rasgo de iluminação e vá de tentar remendar o que foi mal feito, com pezinhos de lã, com falinhas muito mansas, com muito carinho e arrependimento, para ver se cola, para ver se os outros não percebem o desespero que se sente porque agora já não se tem ninguém e há necessidade dos velhos amigos.
O pior dá-se quando os velhos amigos são umas mulas velhas, vencidas e cansadas da vida e das suas voltas, que é o modo de dizer, saturados que nos passem a perna, e não estão muito pelos ajustes para aturar convertidos em bonzinhos e arrependidos quando já estão na fogueira.
A espuma dos dias, meus senhores, de gente que perde a paciência com coisinhas de nada.
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terça-feira, 7 de setembro de 2010
Aquisição Mais Recente
Don Juan Em Lágrimas
Oh coitadinho, que está tão triste, tão amargurado, inconsolável, desesperado.
Anda por aí, a arrastar-se pelos cantos, com cara de cachorro castigado, para ver se têm pena dele.
Pobrezinho do playboyzeco enjeitado, que tem a mania que é espertinho, mas que também se fode como os outros, é por isso que esta raça de gente tem piada, pensam-se inatacáveis, porém, no fim de contas, sangram como todos os outros.
Se aquela cara fosse retratada, era logo levada ao Vaticano para ser canonizado, ou idolatrado ou enbalsamado, ou lá o que eles fazem com aqueles que sofrem a vida toda e lá fazem um milagre ou dois ou coisa que o valha, assim se fazem os santos, com lágrimas e dor, que um bom cristão nada é se não sofrer.
Oh que tenho tanta pena dele, que é tão querido e tão fofinho, que desce a rua como se o mundo e todas as gajas que lá habitam lhe fossem cair aos pés, que caminha na terra com o seu perfume irresistível, que liga a três gajas diferentes na mesma noite para ir para a rambóia, contando o feito aos quatro ventos, como se fosse digno de medalha da Ordem de Cristo, que quando as gaijas se tornam chatas levam um pontapé e vão à vida delas, que isto não é para mim, eu quero é andar ao fresco, venham elas e venham já sem as cuecas para não dar trabalho, que isto é atar e pôr ao fumeiro, que é como quem diz, deita-te aqui ao pé de mim, que isto dura 10-15 minutos e depois podes ir embora, e nada de deixar a escova de dentes na minha casa de banho, porque a minha oficial descobre, então é o fim, e é mais outra que tenho que pôr a andar.
O que faz proliferar estas espécies é a própria mulher em si, não é a oficial, coitada, essa sabe lá, é a mulher no sentido global, de género, que acha muita piada a estes bad boys com complexo de Édipo mal resolvido, crêem-nos amorosos, acham o máximo o odor a virilidade e inconstância que emana destes seres, uns incompreendidos da sociedade que continuam à procura do amor da mãezinha em cada queca que dão e depois lá vão eles em busca de mais uma progenitora, porra muitas mães têm estes gajos, uma em cada esquina. E por causa delas e da sua infinita queda para a estupidez e o drama, o seu eterno síndrome de Harry Potter que salva o mundo mágico do que não pode ser salvo, é que estas gentes existem, e reproduzem-se, meu deus, que os há aos milhares, por causa da bondade das mulheres que os acolhem no seu seio e lhes dão amor e carinho, porque crêem que amor e carinho é o que eles precisam, que assim se endireitam, que assim se tornam sérios e assentam, que assim se tornam amores perfeitos e namorados sublimes, ficam à espera que mudem, que fiquem fofinhos e que casem e tenham filhos. Eles lá endireitar-se até se endireitam, não é é na alma, é mais dentro da roupa interior, o resto fica como está, o leite derramado não volta para o pote, não há remédio.
Temos, então, pena destes seres, se a culpa de eles existirem é, afinal, de outros seres?
Não.
Porque o que esses seres estranhos precisavam, 10 vezes ao dia, era de uma Mulher, com M maiúsculo, que lhes fizesse o mesmo que eles fazem às mulheres dos outros, e aqui não há nenhum trocadilho linguístico, precisavam que elas fossem tão putas com eles como eles são cabrões com elas, e nada mais.
Oh pobre criança, que carrega no olhar o peso da tristeza, que não mais tem em si o brilho da virilidade macaca que faz com que as fêmeas percam o tino.
Só se espera, com o ardor que a questão merece, que estejas assim por causa de uma qualquer Mulher que te faça a vida negra e o cérebro num oito, como tanto gostas de fazer às filhas dos outros.
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Posição Doutrinária
Leituras IV
Sublime.
Uma visão de Thomas Cromwell como estadista e como homem, numa linguagem complexa e simultaneamente cativante.
Mal se pode esperar pela sequela.
Digno do prémio que ganhou.
Nota máxima.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Já que Toda a Gente Comenta, eu que sou Maria-Vai-Com-As-Outras, Também quero Comentar
Ouvi dizer que havia para aí um acórdão de um tal caso Casa Pia, ou lá o que é, coisa que nunca se ouviu bem falar, um caso qualquer relacionado com pedofilia, não é?, não sei, creio que nunca foi lá muito badalado pela comunicação social, já se está a ver o estilo, quando há coisas que interessam ninguém fala nisso, uma pouca vergonha, este país.
Ouvi dizer que nesse tal caso Casa Pia, uns quantos arguidos foram condenados por terem feito coisas feias a uns quantos miúdos, em dadas circunstâncias, coisa que já estava a ser discutida em sede judicial há uns bons anos. E agora, segundo consta, um tribunal mauzão veio condenar aqueles senhores todos por andarem a fazer pouco dos petizes, vejam só!, baseados em provas! Que tipo de tribunal é este que vem condenar as pessoas com provas dos crimes que cometeram? Que porcaria de justiça vem a ser esta que julga e condena as pessoas com provas, meu deus, que isto é o fim do mundo, ai senhor que me vai dar uma síncope, que tragédia, que horror!!!!
E depois, vêm aqueles mártires da pátria, a pregar a todos os ventos que são inocentes, que foi forjada uma cabala contra eles, que o tribunal é porco e sujo que o condena com provas, que anda por aí a fazer conferências de imprensa e sites quer ditam apenas a verdade, pois claro, não se está mesmo a ver, que as pessoas são incapazes de mentir, quando são condenadas é porque estão a ser vítimas de um erro judiciário qualquer.
E ainda há as outras pessoas, as que acreditam que o tribunal é mesmo um porco imundo que afunda um pobre coitado só porque sim, porque é uma cabala para afundar um inocente, ainda há pessoas que se recusam a crer que uma pessoa é culpada porque o tribunal arranjou provas de crimes, ui crimes!, crimes que o pobrezinho não cometeu, pois então, uma pessoa que esteve tantos anos ao lado da Bota Botilde é incapaz de fazer mal a uma mosca e isto é tudo uma corja-maçónica-liderada-pelo-Grão-Mestre-Rui-Pereira para derrubar um cidadão exemplar.
E aqui uma pessoa, que até crê na justiça, não que seja licenciada em Direito, não, que a licenciatura que possui é em Assistência Social, ainda tem que ouvir dizer por aí, à boca cheia, e sem vergonha nenhuma, que não acredita que aquele senhor seja culpado só porque o tribunal diz que é e mostrem-nos as provas, vá, mostrem lá, que o Zé Povinho só quer é ver sangue.
E aqui é a parte em que uma pessoa, perita em Assistência Social, se passa dos carretos e tem que ir fumar uns pauzinhos bronzadores de pulmões para não desatar aos berros.
Não acredita que o senhor seja culpado só porque o tribunal diz que é???? Mas que merda vem a ser esta? Agora os tribunais inventam as provas, inventam os testemunhos, aquela miudagem toda resolveu inventar aquilo tudo para ganhar o quê exactamente? Isto é um país tão mau que a justiça é comprada para fazer condenar um homem inocente, é isso? O tribunal tem interesse em que o senhor seja culpado porque as leis também têm que se aplicar aos famosos, é essa a selvajaria que sai dos vossos cérebros lamacentos, alminhas do senhor?!
Os tribunais não culpam ninguém porque sim, a prova, meu senhores, que se soubessem alguma coisa de Penal, ou mesmo Civil, também serve, é a parte mais importante num processo, e se a prova não serve, se não cumpre os requisitos legais, se não cumpre minimamente aquilo a que se dá o nome de garantias do individuo, não são consideradas. Que se saiba os tribunais cumprem a lei, pode acusar-se a justiça de muita coisa, agora de não cumprir as próprias estipulações,de não cumprir a própria lei que criou, é que não, porque tudo o que se passa num processo, seja ele qual for, tem sempre uma lei a suportar, e só não sabe isto quem não está minimamente atento. E informado, já agora.
Acho piada ao querido Zé Povinho, essa sumidade em matéria doutrinária do Direito, as vezes que se queixa que os gatunos têm garantias a mais e que tudo fazem para os safar, que deviam era metê-los na pildra sem demoras, e agora está tão preocupado com a condenação de uma pessoa com provas. Uau, que coerência...
Enfim, provavelmente sou eu que sou muito verde e ainda tenho fé no sistema...
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Comentário Jurídico da Latrina
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
The Kids Who Wanna Play With The Dead
Hoje acordei com esta música na cabeça.
Apropriado ao estado de espírito.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
O Cerne da Questão
O problema das mulheres é que não sabem dizer porque é que estão zangadas.
Não sabem, coitadas, perdem o pio, o gato comeu a língua, têm de ir à casa de banho no momento ideial para abrir a boca e dizer de sua justiça, qualquer coisa que seja impedimento para dizerem aberta e francamente fizeste merda, és um parvalhão. E não dizem porque crêem piamente que os homens têm a firme obrigação de saber quando fazem asneira, saber quando erram ou quando estão a pisar terreno minado, a enveredar por pântanos dos quais depois não sabem sair. Nada dizem porque, no fundo dos seus seres, o homem tem de ter a exacta noção do que diz e do que faz, sem se poderem desviar um milimetro das fronteiras da normal convivência e da estupidez atroz. Se não sabem, deviam saber que têm cérebro e é para ser usado, não é para andar às apalpadelas a toda a hora. Não dizem quando lhes apetece rachar-lhes a cabeça com um machado porque eles têm obrigação de saber que não devem despoletar situações que façam com que as mulheres tenham vontade de o fazer. Porque, para elas, qualquer pessoa normal e sem desejos suicidas não se vai pôr a ferir a sensibilidade feminina por dá cá aquela palha. E quando a ferem, ao menos que tenham a hombridade de saber o que fizeram, coisa que, pobrezinhos, não sabem.
O problema dos homens é que têm a profundidade emocional de um dedal e são incapazes de saber o que fazem mal. Não sabem, deixam passar, não ligam, não têm noção que são ursos e que andam a pisar ovos com botas da tropa. São incapazes de ter a sensibilidade de não dizer ou fazer certas coisas, coisas que deviam ter a perfeita noção que as mulheres não gostam, mas que por algum motivo desconhecido, têm um defeito cerebral que apaga da memória aqueles gestinhos que fazem tanta confusão como esfregar a serrilha de uma faca contra um garfo, e voltam a repeti-los ad eternum. São estúpidos, portanto. Mas o qué queu fiz e O qué que foi agora são expressões que demonstram claramente que todos os homens, para além de dano encefálico severo, têm a capacidade extraordinária de andar neste mundo a fazer merda para depois não saberem como é que foi feita, compondo ainda um ar de surpresa por semelhante efeito dar lugar a semelhante causa. E, com a desculpa da paz eterna e uma vida sem chatices, está sempre tudo bem e muito feliz.
O problema, no abstrato, é que estas duas questões não são passíveis de conjugação, uma vez que é um ciclo vicioso e sem fim à vista.
Tenho para mim que é assim há séculos, desde os primórdios da existência. Não se percebe para que é tanta celeuma se, tendo em conta a posição de cada uma das partes neste litígio, não há remédio para isto.
Desista-se.
Não sabem, coitadas, perdem o pio, o gato comeu a língua, têm de ir à casa de banho no momento ideial para abrir a boca e dizer de sua justiça, qualquer coisa que seja impedimento para dizerem aberta e francamente fizeste merda, és um parvalhão. E não dizem porque crêem piamente que os homens têm a firme obrigação de saber quando fazem asneira, saber quando erram ou quando estão a pisar terreno minado, a enveredar por pântanos dos quais depois não sabem sair. Nada dizem porque, no fundo dos seus seres, o homem tem de ter a exacta noção do que diz e do que faz, sem se poderem desviar um milimetro das fronteiras da normal convivência e da estupidez atroz. Se não sabem, deviam saber que têm cérebro e é para ser usado, não é para andar às apalpadelas a toda a hora. Não dizem quando lhes apetece rachar-lhes a cabeça com um machado porque eles têm obrigação de saber que não devem despoletar situações que façam com que as mulheres tenham vontade de o fazer. Porque, para elas, qualquer pessoa normal e sem desejos suicidas não se vai pôr a ferir a sensibilidade feminina por dá cá aquela palha. E quando a ferem, ao menos que tenham a hombridade de saber o que fizeram, coisa que, pobrezinhos, não sabem.
O problema dos homens é que têm a profundidade emocional de um dedal e são incapazes de saber o que fazem mal. Não sabem, deixam passar, não ligam, não têm noção que são ursos e que andam a pisar ovos com botas da tropa. São incapazes de ter a sensibilidade de não dizer ou fazer certas coisas, coisas que deviam ter a perfeita noção que as mulheres não gostam, mas que por algum motivo desconhecido, têm um defeito cerebral que apaga da memória aqueles gestinhos que fazem tanta confusão como esfregar a serrilha de uma faca contra um garfo, e voltam a repeti-los ad eternum. São estúpidos, portanto. Mas o qué queu fiz e O qué que foi agora são expressões que demonstram claramente que todos os homens, para além de dano encefálico severo, têm a capacidade extraordinária de andar neste mundo a fazer merda para depois não saberem como é que foi feita, compondo ainda um ar de surpresa por semelhante efeito dar lugar a semelhante causa. E, com a desculpa da paz eterna e uma vida sem chatices, está sempre tudo bem e muito feliz.
O problema, no abstrato, é que estas duas questões não são passíveis de conjugação, uma vez que é um ciclo vicioso e sem fim à vista.
Tenho para mim que é assim há séculos, desde os primórdios da existência. Não se percebe para que é tanta celeuma se, tendo em conta a posição de cada uma das partes neste litígio, não há remédio para isto.
Desista-se.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Os Filhos dos Outros
As educadoras de infância são bichos medonhos, maus como as cobras e tiranos como um absolutista, disfarçados de adoráveis jovens ou senhoras de meia idade de ar respeitável.
De cada vez que tenho o azar de me cruzar com um destes seres, no exercício das suas funções, claro está, dou com eles a bater desalmadamente nos miúdos, a pô-los de castigo por levantarem um dedo, abrirem a boca ou respirarem, essas acções dignas de chibatada, a responderem torto quando os putos pedem alguma coisa, e outras demais acções agradáveis como obrigar a comer quando não se tem fome mesmo que o inimputável se vomite todo a seguir, fazer filinha pirilau para ir à casa de banho que é já na porta ao lado ou fazer a criancinha chorar porque tem um macaco no nariz e é um porco nojento, uma vez que é vox populi que as crianças andam sempre asseadinhas.
Poderia pensar-se que há a pouca sorte de só encontrar gente estúpida e mal formada que tem como profissão ser educador de infância, mas após um observação cuidada e relativamente longa, vá, toda a vida, conclui-se que todas as pessoas que cuidam dos filhos alheios são uns ogres disfarçados de pessoas, com tendência para a violência e laivos de esquizofrenia paranóide que claramente crêem que os adultos de amanhã tem de levar porrada e pouco carinho para se fazerem gente.
Resta saber se é o ofício que os faz assim ou se são as pessoas já de si loucas e violentas que vão tomar conta dos filhos dos outros.
Note to self: não por filhos no mundo porque não há alternativa aos jardins de infância.
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