quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Fúria Divina



História interessante, actual, pertinente, pela mão de José Rodrigues dos Santos.

Não conhecendo o resto da obra do senhor, percebe-se que é um autor experiente nas andanças de Tomás Noronha e seus mistérios por decifrar.

No entanto, há um pormenor que salta à vista: o senhor escreve como fala. Linguagem e expressões orais são a ordem do dia. Bem que tenta ser o novo Dan Brown português mas não é muito bem sucedido.Tomás Noronha está para Robert Langdon como a Rua da Betesga está para o Rossio. A ideia, mesmo não sendo primordialmente essa, admito, até é louvável, mas fica muito aquém.

Uma história de suspense que prende o leitor, mas a quem a linguagem de telejornal desilude constantemente.

E o fim também desilude; passa-se um livro inteiro a acompanhar a história das duas personagens, Tomás Noronha e Ahmed, em paralelo, e no fim, Ahmed desaparece misteriosamente das páginas do livro e nunca mais ninguém o vê. Incoerente.

Todavia, é de louvar uma informação tão completa sobre o islão, da uma explicação para os fenómenos do fundamentalismo islâmico, fenómenos que para os ocidentais nem sempre estão à vista desarmada.

Dá para ver terroristas em todo o lado.

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