Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Nas Nuvens
Excelente realização, como não podia deixar de ser, vindo de quem vem.
Embora previsível, as interpretações compensam largamente.
Clooney grande.
domingo, 24 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Whatever
Ya, isto é mesmo coisa de gente altamente qualificada em advocacia de bancada.
Qualquer pessoa que tenha estudado 5 anos numa instituição ensinadora de leis percebe perfeitamente que, desde Introdução ao Estudo do Direito até DIP, passando por Reais, Obrigações ou Teoria Geral, o Direito está tão cheio de lógica como o Alqueva de água.
Pois sim.
Pergunta do Dia
Exactamente.
Liberdade 21.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Nine
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Já Que Toda A Gente Fala Nisto, Também Quero
Anda meio mundo a fazer trafulhices e a cometer crimes, e o resto do mundo indigna-se com a possibilidade de pessoas do mesmo sexo quererem casar.
Sim, e depois?
Qual é o grande problema, afinal?
Ah e tal, mas se dois homens ou duas mulheres casarem isso já não tem nada a ver com a concepção tradicional do casamento.
Sim, e o casamento foi sempre tradicional, não querem lá ver?
Sim, porque a verdadeira acepção de tradicionalismo material do casamento sempre houve, não é? Nunca se ouviu falar em divórcio, bigamia, nem abandono do lar e dos filhos, nem de gente que bate na mulher/homem, ou de quem vai comprar cigarros ou despejar o lixo e nunca mais volta. Isto também é tradicional, verdadeiramente. Duas pessoas que nem chateiam ninguém que querem casar e só porque são dois homens/mulheres já não podem porque já não é tradicional. Pois.
Ah e tal, o casamento homossexual não se enquadra na figura jurídica de casamento que temos no ordenamento jurídico português; vai contra o estipulado no artigo 1577ºCC que pressupõe casamento como união entre duas pessoas de sexo diferente, e depois o 1628ºCC que prevê a inexistência do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Digo eu, quando não há vontade todas as desculpas valem para não se fazer. Pois, onde é que já se viu revogar artigos do CC? Ou criar uma nova figura jurídica que abranja esta realidade?ah, dá trabalho, não é? E mexe com o poder instalado. Pois, já se está a ver.
Tudo serve de desculpa para não mudar o que já esta feito. Quando não interessa, a desculpa é que a lei não deixa. Mas mudar alguma coisa da lei para que todo o direito se adapte à realidade da sociedade, está quieto. É o direito que de adapta aos homens e não necessariamente o contrário. Que se saiba a sociedade, conforme as necessidades, regula o direito de forma a assegurar a vivência em comunidade; mas quando não se quer fazer nada, não vale a pena. A preguiça e o poder do comodismo ganham sempre.
Já agora, também me apraz dizer que tais disposições do CC são inconstitucionais porque violadoras do principio da igualdade, o direito a casar e a livre autodeterminação da personalidade. Pois, e então?
Ah, mas se toda a gente casa com outros do mesmo sexo não há procriação.
Exacto. Que político é que isto me faz lembrar?
O casamento serve só para fazer filhos, toda a gente sabe. E as mulheres são vacas parideiras, pois. E o homem coça a barriga enquanto a mulher faz o jantar. E arreia-lhe quando entende. Porque casaram só para dar filhos à terra, o resto é paisagem.
Se este é o fundamento do casamento e uniões similares, já agora propunha que se fizesse um registo das pessoas que querem unir as suas vidas para fazerem testes de fertilidade; às pessoas que tivessem problemas era-lhes vedado o casamento. As que já estão casadas ou unidas por via similar e que ainda não têm filhos, pagam uma coima e o casamento é considerado inexistente. Que tal, hã? Democrático, não?
Ai que exagero. Não. É até onde vai essa premissa da procissão e do casamento.
Ah, mas se deixarmos casar, como não podem ter filhos, querem adoptar. E as criancinhas não têm ambiente para crescer saudavelmente, vão sair todas tortas.
Até posso concordar que as crianças precisem de uma figura paterna e outra materna, mas concordemos também que já há uns anos valentes que as coisas não se passam bem assim. Quantas famílias monoparentais existiram ao longo dos séculos? Quantas existem agora?Quantas pessoas são criadas por outras pessoas sem ser os pais? Quantas foram criadas em instituições?
São todos tortos e mentalmente perturbados?
Quantas crianças têm os pais divorciados e passam a vida entre cá e lá, na casa de um e outro?Quantas pessoas foram abandonadas por um dos pais, pelos dois? São psicopatas? Doentes?
Quantas crianças vivem com os pais mas têm vidas miseráveis por tantas razões? São todas delinquentes, malucas, gandins?
Parece que terão de arranjar provas científicas de que ser criado por homossexuais é prejudicial. Se calhar acham que as criancinhas ficam gay também...
Ah e tal, mas tem algum jeito um homem com um homem e uma mulher com uma mulher?
Curem-se .
Já é altura de as pessoas não discriminarem as outras pessoas ( da mesma espécie, 'tão a ver?) por causa das escolhas de cada um. Os homens ( leia-se humanidade) são livres e esclarecidos.Já é tempo de respeitar a diferença e deixarem de fazer figuras tristes a julgar o que os outros fazem na intimidade.
Ai o preconceito, o preconceito...
Proposta de solução para a questão:
- perceber que é uma de igualdade
- perceber que é uma questão de escolha, a que todos têm direito
- perceber que cada um faz o que lhe apetece e que ninguém tem nada a ver com isso, a não ser que chateiem terceiros; não parece que seja o caso.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Pergunta do Dia
Porque é que os homens são parvos?
Ninguém sabe.
Grande mistério da vida.
Mas...
Pode adiantar-se uma tentativa de resposta:
Nascem assim, não há remédio, o que se desdobra em:
- defeito de fabrico
- defeito genético
- propensão para o disparate adquirida na infância devido a trauma
Pergunta do Dia
Porque, mesmo cheios de sono, não resistem ao cheiro do frango. Por isso, plantam-se debaixo da mesa, à espera que chova uma asinha ou duas, enquanto vão cabeceando, sonolentos.
Ai Sim?
E você?
Fúria Divina
História interessante, actual, pertinente, pela mão de José Rodrigues dos Santos.
Não conhecendo o resto da obra do senhor, percebe-se que é um autor experiente nas andanças de Tomás Noronha e seus mistérios por decifrar.
No entanto, há um pormenor que salta à vista: o senhor escreve como fala. Linguagem e expressões orais são a ordem do dia. Bem que tenta ser o novo Dan Brown português mas não é muito bem sucedido.Tomás Noronha está para Robert Langdon como a Rua da Betesga está para o Rossio. A ideia, mesmo não sendo primordialmente essa, admito, até é louvável, mas fica muito aquém.
Uma história de suspense que prende o leitor, mas a quem a linguagem de telejornal desilude constantemente.
E o fim também desilude; passa-se um livro inteiro a acompanhar a história das duas personagens, Tomás Noronha e Ahmed, em paralelo, e no fim, Ahmed desaparece misteriosamente das páginas do livro e nunca mais ninguém o vê. Incoerente.
Todavia, é de louvar uma informação tão completa sobre o islão, da uma explicação para os fenómenos do fundamentalismo islâmico, fenómenos que para os ocidentais nem sempre estão à vista desarmada.
Dá para ver terroristas em todo o lado.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
O melhor Chocolate Quente do Mundo
Pergunta do Dia - Adenda
Descobertas recentes mostram que as pessoas andam na faixa do meio a pastelar e a fazer ronha porque:
a) não querem ir trabalhar, por isso acham que se empatarem o trânsito o suficiente para criarem filas podem usar verdadeira e literalmente a desculpa de que chegaram tarde por causa do transito;
b) estão convencidas que é direito fundamental de todo o cidadão andar à velocidade maneirinha de 30 km/h nesta faixa e quem quiser ultrapassar tem as faixas dos lados para o fazer.
c) sentem-se quentinhos e protegidos com carros de ambos os lados.
d) eu ando onde eu quiser, esta merda é toda minha. Olé.
e) são uns bodes, simplesmente
Da Pequenez e Seus Efeitos
Qual é o problema dos homens baixos?
A baixa estatura afecta a capacidade cognitiva?
Quem nasce pequeno é parvo a vida toda?
Perguntas, só perguntas sem resposta alguma, sem solução que possa dar à ciência uma certeza de que isto seja nexo de causalidade, sou pequeno logo sou um estupor?
Comportamentos-padrão:
Grandes importunadores da humanidade ao longo da história eram baixotes : Napoleão, Hitler, Kim Jong Il ... Ou seja, observa-se um padrão de potencial para chatear grandemente elevado quando o homem é baixo.
Homens baixos insistem em dizer constantemente asneiras, piropos, comentários estúpidos e outras labreguices do género. Se estiverem calados, ninguem os vê, mas se disserem estupidez é fama na certa. Qual conversa inteligente, qual quê! Isso é para maricas.
Homens baixos não passam sem se atirarem a qualquer gaja que passe a pelo menos 300 metros das suas pessoas. Está-lhes no sangue a mania de ser macho latino que não passa sem mandar um cheirinho do seu charme para o gajedo em geral. Só fazem figuras mas quem é que os convence do contrário? Se estivessem calados ninguém reparava neles; assim, toda a gente vê como são estúpidos. É justo.
Homem pequeno tem sempre a mania que é a melhor foda do pedaço. Gabarolice é palavra de ordem. Quando se ouve alguém bradar aos céus que faz, acontece, tece, e desmanda em assuntos de cama, mesmo que não se veja a cara, ok, é homem e não mede mais de 1,69m.
Homens pequenos tem dificuldade em ouvir um não. Insistem, insistem, argumentam, tornam-se chatos. O facto de terem uma estatura baixa impele-os a insistir e a argumentar chata e melgamente até que a sua vontade seja cumprida.
Homens baixinhos repetem constantemente uma piada que teve graça há dez anos atras. Como tiveram sucesso anteriormente, acham que a receita milagrosa se vai repetir para sempre; logo há que usar sempre a mesma fórmula, sendo fiel ao principio de não mexer em equipa vencedora.
Homens baixinhos gostam de andar com um passo gingão para mostrar agilidade, virilidade, energia, qualquer coisa. Na verdade, parecem deficientes e vitimas de avc. No entanto, parecem achar tudo muito sexy e engraçado. Pois claro.
Moral da história : homens de baixa estatura tem um grande e perfeito complexo de inferioridade. Afinal, tudo o que se diz sobre os homens não se medirem aos palmos e sobre o valor da conduta e da personalidade não passam de uma grande mentira. Tretas!
Homem que é homem tem de ter palmos que se vejam, bater com a cabeça nas nuvens, ir ao figo sem levar escadote. Quem não tem nada disto, faz por ter, mesmo que tal implique ser o maior estrupício de sempre.
Obviamente. Ter cérebro não conta para nada. Desde que se meça 1,90m. Ter talento é irrelevante. Desde que se tenha altura de homem.
Se ninguem os discrimina, para que têm os homens baixos de se armar em otários?
Ou será que (ainda) descrimina?
Obviamente. Toda a gente sabe que é mais importante ser-se alto e burro do que baixo e instruído.
Conheço uns quantos baixotes que assim pensam.
Com Esta Idade Já Devia Saber Como Funciona O Mundo
Coisas que ficam para a vida toda.
Lições, portanto.
Aprendi que as pessoas que têm dinheiro, pelo menos algumas delas, não passam bem sem que se exibirem grandemente, espalhando aos quatro ventos que, literalmente, querem, podem e mandam; basta que tirem uns trocados em notas roxas da carteira e tudo se resolve, tudo é executável, tudo é possível.
A bem da verdade, não é bem uma aprendizagem, ver este tipo de premissas acontecer; é mais uma constatação de facto. Já se sabia que existia, sempre se ouviu falar, sempre se ouviram histórias, porém nunca se viu verdadeiramente como são feitas as coisas. É o que dá ser-se teso.
São assim.
Saca-se de uma nota do bolso e pronto.
Tudo bem até aqui; quem tem o papel é que manda no mundo. Premissa mais que aceite.
E o exibicionismo? Também é parte integrante?
Também vem acoplado com as posses?
É necessário para que exista?
É. Obviamente, então, não se está mesmo a ver?!
Para quê ter se depois não se pode mostrar? Para quê andar a armazenar se depois não se pode andar por aí a mostrar ao mundo e ao resto da ralé que nem para comer tem que se pode fazer tudo, tudo comprar, tudo ter?
Nada teria o mesmo sabor, o mesmo prazer. Interessa mostrar que se tem. Para ter escondido é o mesmo que passar por pelintra.
Sim, porque isto de andar a fingir que se tem é coisa que já não interessa a ninguém.
Fingir que se é de posses, todo o pelintra finge. Ter e poder já é diferente.
O que interessa ir comer a um sítio de enfardamento se se pode ir a um sítio que sirvam trufas amarelas que enchem 1/5 do prato?
Interessa que se pode de facto entrar num sítio destes, alapar o rabo, comer com requinte, mas o mais importante, pagar a conta, no fim, sem pestanejar.
Enquanto se exibe alegremente todo o ouro armazenado algures. Enquanto se exibe o quanto já se fez, mesmo que nada disso esteja visível. Enquanto se exibe orgulho no que se tem, quanto vale, quanto mais se pode ter.
Numa conclusão nada a ver com comunismos e afins, é triste.
Triste que se faça mais por exibicionismo do que por poder fazer. Triste que ter já não basta, é preciso exibir. E não é exibir para mostrar que se tem aos que têm também. É triste porque se faz para mostrar que se tem aos que nada têm e não conhecem a realidade. É triste, porque para além de exibicionistas são umas bestas capitalistas.
O meu existencialismo é particularmente negativista. Todo negro e negativista.
Quando mais vivo, mais percebo que não há futuro nenhum na raça dos homens, que só não se comem vivos, literalmente, porque se convencionou que não dava jeito nenhum. Porque de resto é aquilo que fazem, figuradamente.
O mundo é um buraco negro sem fim que suga o que de bom existe nas pessoas, que já é tão pouco, deixando-as sem esperança de que alguma coisa de bom possa ainda vir delas.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
O Símbolo Perdido
Oferenda de Natal, lido de uma assentada, deixou boa impressão, ao estilo puro de Dan Brown.
Tradução : grande especulação à volta do assunto, um grande mistério, uma grande conspiração, uma grande trama para derrubar o conceito de um mundo como o conhecemos e depois...
Não é nada. Fica tudo como está, nada é revelado a não ser o que já se sabe.
Parafraseando os Gato Fedorento num anúncio televisivo que passou há tempos, 'Labaredas enormes!!!, ah, era um fósforo...'
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Adoro Gente Que Não Sabe Ler
É padrão, logo não está pormenorizado.
Está claro o que foi dito ou não?
domingo, 3 de janeiro de 2010
Eu Leio Dan Brown A Mais
Perseguição do que era resguardado, com o que era reservado, e que agora é visto aos olhos de todos, de todos os que são um perigo para a sanidade, para a liberdade, para a integridade.
A idade adulta traz coisas positivas, mas também traz o que de mais nefasto existe.
Pessoas. Que não interessam, que profanam o espaço sagrado, que destroem tudo o que foi construído. Pessoas, o maior perigo da própria humanidade.
Assim é.