Quando não se fala bem português, não vale a pena.
Vive-se no pais de Camões que não conhecia outra língua, segundo consta, de maneira que não há outro remédio senão falar como deve ser para quem vive neste rectângulo a beira mar plantado.
Quem não fala bem português, nem tente.
Por mais que se explique, sai tudo trocado.
Por mais que se argumente, sai tudo ao contrário.
E para quem, além de não saber falar, ainda por cima tem falhas de audição, e aparentemente é burro como uma porta, então está o baile armado.
Porque raio é tão difícil perceber a língua na sua acepção plena quando já se nasceu a falá-la?
Porque raio de repente parece que houve uma mudança geográfica e foi-se parar aos confins de África, onde anda tudo aos pulos para pôr os outros na fogueira a assar e ninguém fala o mesmo dialecto?
Porque raio se falta logo àquela aula de português, dada para aí no 5º ano, onde se fala da interpretação?
Dedicar-se à pesca, uma expressão portuguesa, indicadora do que há a fazer quando fenómenos destes acontecem.
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