quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

10 Anos de Nobel

O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever (...).Chamavam-se Jerónimo Melrinho e Josefa Caixinha esses avós, e eram analfabetos um e outro.Era capaz de pôr o universo em movimento apenas com duas palavras.

(...) Tinha pena de ir-se da vida só porque o mundo era bonito,(...)o meu avô(...)ao pressentir que a morte o vinha buscar,foi despedir-se das árvores do seu quintal,uma por uma, abraçando-se a elas e chorando porque sabia que não as tornaria a ver.



José Saramago, Discursos de Estocolmo.



Já foi assinalado aqui o 10º aniversário do Nobel da Literatura para Saramago.

Porém, não podia deixar passar-se o dia comemorativo e nada acrescentar.

Estas, serão apenas amostras da beleza das palavras nascidas das mãos deste homem, beleza como mais ninguém lhas consegue imprimir.

Um mero e pequeno gesto, de quem não tem vocábulos que cheguem para expressar o que vai na alma quando os olhos encontram as linhas infinitas contadoras de histórias escritas e descritas por alguém sem par.





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