segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Reminiscências # 15

Nos meus tempos aureos de metal head, ouvia Slipknot amiúde.
Depois de se ultrapassar a barreira, que é mais psicológica que outra coisa, do gutural, as letras eram deveras interessantes e a melodia para lá de espectacular.
Quando saiu o 'Vol. 3 The Sublimal Verses', tive oportunidade de comprovar que não eram só uma bandazeca que fazia musiquinha para surdos, eram músicos com sentido de estética auditiva e uns belos de uns poetas.
Foi o melhor album deles, que ouvi vezes sem conta, até decorar todas as letras.

Como a cabeça, à data, não dava para mais, nem os horizontes estariam tão alargados (ainda hoje é aquilo que se sabe), escusado será dizer que achava um piadão ao vocalista, Corey Taylor.

Mesmo ao meu estilo, sebozinho, cabeludo, ligeiramente chubbie, mauzão, voz de cama, olhinho azul, bad ass as fuck, era uma perda de tino com o raio do homem.


Até que percebi que o rapaz tinha um olho torto como o raio que o parta e acabou-se logo ali o amor.


Recentemente, já nem sei muito bem porquê, lembrei-me de usar essa maravilha da modernidade chamada Spotify e ouvi o último cd da banda; ainda bem que não o comprei. Pensei que tivessem sabido evoluir dentro do próprio estilo, mas dá-me a ideia que só fizeram mais do mesmo, para não correr mal. Um pena.

Já que estava com a mão na massa, lembrei-me de ir ver como paravam as modas para o lado de Mr. Taylor. 
Há que salientar que, ao contrário da banda, a idade só lhe trouxe proveitos. E muita saúde, que é o que é preciso, no fundo. Continua com aquela voz de cama que deus nosso senhor lhe deu, mas com a pinta dos 40, bem nutridos e conservadinhos. Estava quase a achar-lhe piada outra vez, mas reparei que aquele olho continuava a fitar uma direcção oposta da do irmão do lado, tanto dinheiro que ganham e não conhecem os benefícios do botox para a correcção do estrabismo, e achei naaaaaa, deixa lá isso.

E assim se desenterram memórias de adolescente.
(reparem que estou velha como a terra, neste momento).

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