terça-feira, 20 de julho de 2010

Cúmulo de Qualquer Coisa

O que é que pode acontecer de tão extraordinário num simples dia de trabalho, igual a tantos outros, nem melhor, nem aparentemente pior?
Ter que entrar pela janela, ajudada por um escadote que já teve tempos áureos, sim, mas já não agora, com uns saltos de sabe-se lá quantos cêntimentros, alçar a perna e ficar presa no caixilho, ou melhor, deixar lá uma parte da nádega esquerda, que nestas coisas, os caixilhos são uns gatunos, se fica lá alguma coisa presa, ficam com ela, que a vida está difícil e temos que nos arranjar como podemos, que é que querem, c'est la vie, e tudo isto porquê, porque alguém se lembrou que hoje era um óptimo dia para mandar abaixo uma parede, e não é uma parede qualquer, é a parede traseira do edifício.Porra.
Mais engraçado é ver pessoas de bem, pessoas jurídicas de sucesso, a ficar com as partes baixas presas no dito caixilho, enfim, sobre os caixilhos já tudo foi dito, quem manda só haver uma escada que permita o acesso a toda a casa, é o que há, e ficar a vê-los ficar azuis e querer mandar uma caralhada e não poderem porque a postura nunca se perde, bardamerda mais à mania das obras e dos arranjinhos nas paredes, vem um gajo trabalhar descansadinho e é logo isto.
Graças a deus que não saí homem do frasco, senão havia de ser pior.
Sobrevive-se, entretanto.

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