Hoje comprei petazetas. Ou aquela ceninha que vinha em pacotes e que estalava na língua, às vezes com um chupa-chupa, que se mergulhava dentro do pacotinho... e abria-se a boca para ouvir estalar o produto na boca, como se fosse uma frigideira cheia de batatas.
Ia a passar na rua quando vi a montra dos doces, tão brilhantes e coloridos que valia a pena parar, só para ficar a olhar. E depois vi um pote cheio daquilo, aquela coisa que já não via desde a escola primária, que já não provava desde essa altura e que sempre foi das minhas guloseimas favoritas. E vim-me embora com aquilo.
Pois, que grande barrete.
Não havia petazetas com chupa-chupa, havia uma porcaria qualquer, que se chamava crazy-dips, ou qualquer coisa assim, desses não queria, queria o original. Havia com sabor a uma cola manhosa e um sabor igualmente manhoso, mas que parecia o mais possível parecido com aquilo de que a infância se lembrava.
Abri o pacotinho, cheia de esperança, e vinha logo roubado em 2/3; ora, isso já é mais do que costume, já nas batatas fritas é a mesma coisa. E as coisinhas estalavam, e saltavam, e faziam pop! tantas vezes que dava gosto, parecia que ia a correr a rua baixo em direcção a casa da minha avó depois da escola.
Só que aquela merda não durou nada na boca e depois transformou-se numa pasta duvidosa, que pretendia ser uma pastilha elástica. Que trampa desgraçada.
E quando dei por isso já tinha acabado tudo e mandado o pacote para o outro canto do carro.
E dei eu 1,20€ por isto.
1,20€!!!!! Por um pacote de petazetas!!!!!!!!!!!!!!!
E assim se desfazem as ilusões da infância. Uma coisa com que se passam tantos anos a sentir a falta e depois é uma merda porque já nada é o que era dantes. E assim se fica velha.
Moral da história : estupidez, a quanto obrigas.
1 comentário:
Oh tempo, volta pa trás!
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