Ouve-se dizer que há uma Casinha cheia de Monstros Civilistas, também conhecido por Antro, algures em Lisboa, que elege nestes dias órgãos para a sua associação académica.
No meio de muitas medidas inovadoras e listas cheias de originalidade, para trazer mais vida à academia, mais participação e mais garantias dos alunos, vê-se a mesma demagogia de sempre, as mesmas lérias, o comodismo, as intrigas, o cacique no seu auge ( este ano esteve pobre; consta que foram distribuídas amostras de pasta dentífrica. Devem servir para lavarem as bocas no fim da campanha, como purga de todas as asneiras que dizem e todas as calúnias que lançam... ).
Para quem tenta encerrar o seu ciclo dentro da Academia, tão precisada de modificações, uma lista cheia de caras conhecidas, a limpar o pó ao poleiro, ou outra onde não se conhece ninguém, em que se tenta desesperadamente chegar aos lugares cimeiros, tão solarengos, não faz grande diferença, porque, e isto basicamente, nada de mais irá mudar. Tantos anos a ver mudar os dirigentes para ver as mesmas pessoas nos órgãos quer dizer, no fundo, que nada muda, que os problemas continuam, e quando aparecem formas de afundar a condição do estudante, ninguém pensa duas vezes em subscrever as posições dos comilões do ensino superior.
Quer dizer que em última analise, quem se lixa é o estudante, e não mais nada a dizer.
De maneira que para quem já está de saída, é um tanto ou quanto indiferente quem fica e quem governa. Só não há que perder a oportunidade de protestar quando é altura certa, nem deixar transparecer o descontentamento quando é altura dele.
Entrega-se o cartão, ouve-se gritar o nome para que o risquem de uma lista, recebem-se 4 papeluchos coloridos com palavras e quadradinhos para preencher, espera-se que os cubículos, feitos de mesas das salas de aula, fiquem vagos.
Entra-se, pega-se numa caneta, escravizada por um cordel roído.
Dois dos quatro papeis são assinalados no quadradinho dos contestários, os únicos que mantêm a sanidade, mesmo a dizer alarvidades a toda a hora. Alarvidades que não passam de verdades, mas enfim...
Sobram dois reles papéis. Um dobrado em quatro imediatamente, tem o seu destino traçado, nunca verá a cor da tinta.
Resta apenas um. Cor de rosa, ficou para o fim, desgraçado, e sofreu as consequências de quem durante quase 5 anos assistiu calado à dança do trem de cozinha.
Hora da vingança.
Caneta, por 5 segundos, não foi escrava e exprimiu todas as ideias e revolta numa só palavra.
E como soube bem.
Nunca uma caneta serviu o seu propósito tão satisfeita.
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