... haverá falta de momentos como os desta tarde.
Sentirão os momentos a falta de quem os viveu?
E quem lá estava, sentirá?
Will I see you all again?
( provai o doce de mirtilos vermelhos daquela loja que vende coisas para a casa e arredores, que vem lá das Suécias... )
Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
terça-feira, 31 de março de 2009
Hic et Nunc
Destinados a ver morrer quem está à frente na fila.
Porque se nasce carneiro, não há outra hipótese senão seguir quem vai a frente porque não foi distribuída capacidade cognitiva para grandes aventuras intelectuais.
E porque se segue os que os outros fazem, ha que assistir necessariamente ao término de quem se planta diante. E quando a serra eléctrica desce sobre o pescoço do vizinho, a luz acende-se dentro do cérebro carneiro que não vê mais nada senão o cu do ser em frente; a luz acesa mostra que se é o próximo. A luz não sossega o coração carneiro, não apazigua de forma nenhuma, nem ajuda nada as angústias, mas faz ver a realidade. Falta pouco e vim cá fazer nada ; a existência resume-se à erva em frente a boca e um traseiro pouco limpo à frente dos olhos.
E eu sou a seguir.
E nada vi, e nada fiz.
E foi preciso mais um sacrifício para isto ser entendido.
Aqui e agora,a certeza é tudo, o conhecimento amaldiçoado. porque é conhecido e ninguém foge. Porque se fogem, sabem-no.
Aqui e agora, acaba assim.
Sic.
Porque se nasce carneiro, não há outra hipótese senão seguir quem vai a frente porque não foi distribuída capacidade cognitiva para grandes aventuras intelectuais.
E porque se segue os que os outros fazem, ha que assistir necessariamente ao término de quem se planta diante. E quando a serra eléctrica desce sobre o pescoço do vizinho, a luz acende-se dentro do cérebro carneiro que não vê mais nada senão o cu do ser em frente; a luz acesa mostra que se é o próximo. A luz não sossega o coração carneiro, não apazigua de forma nenhuma, nem ajuda nada as angústias, mas faz ver a realidade. Falta pouco e vim cá fazer nada ; a existência resume-se à erva em frente a boca e um traseiro pouco limpo à frente dos olhos.
E eu sou a seguir.
E nada vi, e nada fiz.
E foi preciso mais um sacrifício para isto ser entendido.
Aqui e agora,a certeza é tudo, o conhecimento amaldiçoado. porque é conhecido e ninguém foge. Porque se fogem, sabem-no.
Aqui e agora, acaba assim.
Sic.
Note to Self II
Falar mal do SNS, sim!
Porque há um sujeito que se intitula médico mas na verdade deve é ser endireita, ou mesmo veterinário, que crê piamente que os seus doentes nasceram todos para o importunar e estragar o seu belo dia sentado à secretária.
Tanto assim é que nem olha para a cara dos doentes, e manda-os embora porque não têm nada. E para além de não terem nada, não têm nada que ir lá chatear, por isso, toca de ir para casa e tomar um chá, que isso passa.
E depois os velhos é que entopem as urgências e os centros de saúde...
Como, se os médicos nem olham para quem atendem?
Moral da história : só ir ao médico com as tripas de fora, que assim ninguém nega assistência.
Porque há um sujeito que se intitula médico mas na verdade deve é ser endireita, ou mesmo veterinário, que crê piamente que os seus doentes nasceram todos para o importunar e estragar o seu belo dia sentado à secretária.
Tanto assim é que nem olha para a cara dos doentes, e manda-os embora porque não têm nada. E para além de não terem nada, não têm nada que ir lá chatear, por isso, toca de ir para casa e tomar um chá, que isso passa.
E depois os velhos é que entopem as urgências e os centros de saúde...
Como, se os médicos nem olham para quem atendem?
Moral da história : só ir ao médico com as tripas de fora, que assim ninguém nega assistência.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Conclusão Brilhante
Uma norma de conflitos serve para :
a) decidir quando niguém sabe o que fazer;
b) decidir quando niguém se quer chatear ( porque é mais fácil passar a batata quente aos outros );
c) desempatar.
É para isto que serve uma norma de conflitos.
Para resolver o conflito.
Ou para conflituar?
a) decidir quando niguém sabe o que fazer;
b) decidir quando niguém se quer chatear ( porque é mais fácil passar a batata quente aos outros );
c) desempatar.
É para isto que serve uma norma de conflitos.
Para resolver o conflito.
Ou para conflituar?
sexta-feira, 27 de março de 2009
Chupistas!
Ouve-se dizer que há uma Casinha cheia de Monstros Civilistas, também conhecido por Antro, algures em Lisboa, que elege nestes dias órgãos para a sua associação académica.
No meio de muitas medidas inovadoras e listas cheias de originalidade, para trazer mais vida à academia, mais participação e mais garantias dos alunos, vê-se a mesma demagogia de sempre, as mesmas lérias, o comodismo, as intrigas, o cacique no seu auge ( este ano esteve pobre; consta que foram distribuídas amostras de pasta dentífrica. Devem servir para lavarem as bocas no fim da campanha, como purga de todas as asneiras que dizem e todas as calúnias que lançam... ).
Para quem tenta encerrar o seu ciclo dentro da Academia, tão precisada de modificações, uma lista cheia de caras conhecidas, a limpar o pó ao poleiro, ou outra onde não se conhece ninguém, em que se tenta desesperadamente chegar aos lugares cimeiros, tão solarengos, não faz grande diferença, porque, e isto basicamente, nada de mais irá mudar. Tantos anos a ver mudar os dirigentes para ver as mesmas pessoas nos órgãos quer dizer, no fundo, que nada muda, que os problemas continuam, e quando aparecem formas de afundar a condição do estudante, ninguém pensa duas vezes em subscrever as posições dos comilões do ensino superior.
Quer dizer que em última analise, quem se lixa é o estudante, e não mais nada a dizer.
De maneira que para quem já está de saída, é um tanto ou quanto indiferente quem fica e quem governa. Só não há que perder a oportunidade de protestar quando é altura certa, nem deixar transparecer o descontentamento quando é altura dele.
Entrega-se o cartão, ouve-se gritar o nome para que o risquem de uma lista, recebem-se 4 papeluchos coloridos com palavras e quadradinhos para preencher, espera-se que os cubículos, feitos de mesas das salas de aula, fiquem vagos.
Entra-se, pega-se numa caneta, escravizada por um cordel roído.
Dois dos quatro papeis são assinalados no quadradinho dos contestários, os únicos que mantêm a sanidade, mesmo a dizer alarvidades a toda a hora. Alarvidades que não passam de verdades, mas enfim...
Sobram dois reles papéis. Um dobrado em quatro imediatamente, tem o seu destino traçado, nunca verá a cor da tinta.
Resta apenas um. Cor de rosa, ficou para o fim, desgraçado, e sofreu as consequências de quem durante quase 5 anos assistiu calado à dança do trem de cozinha.
Hora da vingança.
Caneta, por 5 segundos, não foi escrava e exprimiu todas as ideias e revolta numa só palavra.
E como soube bem.
Nunca uma caneta serviu o seu propósito tão satisfeita.
No meio de muitas medidas inovadoras e listas cheias de originalidade, para trazer mais vida à academia, mais participação e mais garantias dos alunos, vê-se a mesma demagogia de sempre, as mesmas lérias, o comodismo, as intrigas, o cacique no seu auge ( este ano esteve pobre; consta que foram distribuídas amostras de pasta dentífrica. Devem servir para lavarem as bocas no fim da campanha, como purga de todas as asneiras que dizem e todas as calúnias que lançam... ).
Para quem tenta encerrar o seu ciclo dentro da Academia, tão precisada de modificações, uma lista cheia de caras conhecidas, a limpar o pó ao poleiro, ou outra onde não se conhece ninguém, em que se tenta desesperadamente chegar aos lugares cimeiros, tão solarengos, não faz grande diferença, porque, e isto basicamente, nada de mais irá mudar. Tantos anos a ver mudar os dirigentes para ver as mesmas pessoas nos órgãos quer dizer, no fundo, que nada muda, que os problemas continuam, e quando aparecem formas de afundar a condição do estudante, ninguém pensa duas vezes em subscrever as posições dos comilões do ensino superior.
Quer dizer que em última analise, quem se lixa é o estudante, e não mais nada a dizer.
De maneira que para quem já está de saída, é um tanto ou quanto indiferente quem fica e quem governa. Só não há que perder a oportunidade de protestar quando é altura certa, nem deixar transparecer o descontentamento quando é altura dele.
Entrega-se o cartão, ouve-se gritar o nome para que o risquem de uma lista, recebem-se 4 papeluchos coloridos com palavras e quadradinhos para preencher, espera-se que os cubículos, feitos de mesas das salas de aula, fiquem vagos.
Entra-se, pega-se numa caneta, escravizada por um cordel roído.
Dois dos quatro papeis são assinalados no quadradinho dos contestários, os únicos que mantêm a sanidade, mesmo a dizer alarvidades a toda a hora. Alarvidades que não passam de verdades, mas enfim...
Sobram dois reles papéis. Um dobrado em quatro imediatamente, tem o seu destino traçado, nunca verá a cor da tinta.
Resta apenas um. Cor de rosa, ficou para o fim, desgraçado, e sofreu as consequências de quem durante quase 5 anos assistiu calado à dança do trem de cozinha.
Hora da vingança.
Caneta, por 5 segundos, não foi escrava e exprimiu todas as ideias e revolta numa só palavra.
E como soube bem.
Nunca uma caneta serviu o seu propósito tão satisfeita.
quarta-feira, 25 de março de 2009
XXII
Já foi objecto de post esta que aqui agora habita.
Mas só ela e apenas ela tem a mensagem exacta para dias como este.
A mais brilhante de todas as estrelas.
terça-feira, 24 de março de 2009
Faith?
Coisas más acontecem todos os dias a quem não pediu nem merece.
É a grande verdade.
Incontornável.
Inderrubável.
Indiscutível.
A permissa contrária simplesmente não existe.
É a grande verdade.
Incontornável.
Inderrubável.
Indiscutível.
A permissa contrária simplesmente não existe.
Não separe o homem aquilo que deus uniu
Para os habitantes da capital, ir a santa terrinha é uma viagem para outra dimensão. Ainda mais ajuda se o habitante da capital não gosta de viagens para dimensões estranhas. Ainda mais se nessas dimensões de santa terrinha se realizam casamentos.
Casamentos.
Momentos de felicidade campónia no seu auge. Em que tudo está perfeito à medida da parvoíce em voga na terra.
De salientar, a fixação por uma tendência cromática, presente em toda a boda, desde flores, casa da noiva, mesas, igreja, vestido da noiva, toalhas, convites ... No bolo, nas velas ... Até na camisa do noivo. Muito gostam de combinar tudo.
Porém, o que é mesmo engraçado é que o facto de haver casamento revela o quão diferente é a dimensão em que está situada a santa aldeia; terão as pobres pessoas de se casar para fugir a uma vida de tirania paternal que insistia em castrar o que há muito estava escrito e determinado. Nessa outra dimensão para onde se deslocam pessoas do sul, o poder paternal ainda é lei; muito mais do que um costume ou uso, a paternalidade é levada muito a sério. Tão a sério que só as meninas e os meninos estão autorizados a fazer o que os paizinhos querem, especialmente o pai, deus e senhor. E se o paizinho entende que o seu rebento feminino não anda de namoro com filho de pobre, e ainda por cima sem profissão que se veja, que isto de andar a cantarolar pelas terras fora não tem jeito nenhum, está o caldo entornado.
Acontece que também a outra dimensão prega partidas aos pais tiranos, ensinando-lhes uma bela lição sobre vidas e demais vicissitudes.
O proletário e a menina ganham para si, e decidem juntar os trapinhos, fazer vida em conjunto longe das tiranias e das parvoíces medievais de quem julga que Abril não chegou à aldeia resistente. Mas, toma lá, que é tão democrático ... O tiro sai pela culatra ao mais protector dos progenitores. E que cara no dia de felicidade da filhinha ...
Afinal, a temática cromática poderia ser simbólica; roxo, que significa trabalho, sacrifício e morte, coisas essas que ficam para trás, para mostrar que os tiranos também se derrubam com bofetadas de luva branca.
Way to go.
Casamentos.
Momentos de felicidade campónia no seu auge. Em que tudo está perfeito à medida da parvoíce em voga na terra.
De salientar, a fixação por uma tendência cromática, presente em toda a boda, desde flores, casa da noiva, mesas, igreja, vestido da noiva, toalhas, convites ... No bolo, nas velas ... Até na camisa do noivo. Muito gostam de combinar tudo.
Porém, o que é mesmo engraçado é que o facto de haver casamento revela o quão diferente é a dimensão em que está situada a santa aldeia; terão as pobres pessoas de se casar para fugir a uma vida de tirania paternal que insistia em castrar o que há muito estava escrito e determinado. Nessa outra dimensão para onde se deslocam pessoas do sul, o poder paternal ainda é lei; muito mais do que um costume ou uso, a paternalidade é levada muito a sério. Tão a sério que só as meninas e os meninos estão autorizados a fazer o que os paizinhos querem, especialmente o pai, deus e senhor. E se o paizinho entende que o seu rebento feminino não anda de namoro com filho de pobre, e ainda por cima sem profissão que se veja, que isto de andar a cantarolar pelas terras fora não tem jeito nenhum, está o caldo entornado.
Acontece que também a outra dimensão prega partidas aos pais tiranos, ensinando-lhes uma bela lição sobre vidas e demais vicissitudes.
O proletário e a menina ganham para si, e decidem juntar os trapinhos, fazer vida em conjunto longe das tiranias e das parvoíces medievais de quem julga que Abril não chegou à aldeia resistente. Mas, toma lá, que é tão democrático ... O tiro sai pela culatra ao mais protector dos progenitores. E que cara no dia de felicidade da filhinha ...
Afinal, a temática cromática poderia ser simbólica; roxo, que significa trabalho, sacrifício e morte, coisas essas que ficam para trás, para mostrar que os tiranos também se derrubam com bofetadas de luva branca.
Way to go.
quarta-feira, 18 de março de 2009
O Antro, porque não?
Tão engraçada que é a Casinha dos Monstros Civilistas...
Faz realmente crer que se os que lá andam não se sairem bem em elementos de avaliação escritos, que não há motivos para preocupações, que não é tão tido em conta como se pensa, que estejam os meninos à vontade para se espalharem ao comprido e tirar notas pouco vistosas, que a grande mãe faculdade estará lá para os confortar e dar avaliação continua ao desbarato, compreendendo profundamente os desaires.
Pois sim.
E as galinhas são azuis.
E têm dentes.
E fumam.
Insistem em mandar areia para os olhos de quem tem óculos de sol.
Faz realmente crer que se os que lá andam não se sairem bem em elementos de avaliação escritos, que não há motivos para preocupações, que não é tão tido em conta como se pensa, que estejam os meninos à vontade para se espalharem ao comprido e tirar notas pouco vistosas, que a grande mãe faculdade estará lá para os confortar e dar avaliação continua ao desbarato, compreendendo profundamente os desaires.
Pois sim.
E as galinhas são azuis.
E têm dentes.
E fumam.
Insistem em mandar areia para os olhos de quem tem óculos de sol.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Falatório
Hoje, falou-se nesta banda. Mal, já nem se sabe bem porquê.
Discorda-se.
Eis um dos porquês.
Vermillion, Slipknot
sábado, 14 de março de 2009
Perdoe-se o interregno...
... a ligação ao mundo anda pelas ruas da amargura.
A assinalar o regresso.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Discurso
Este deveria ser um espaço em que se fala de tudo sem nada se mostrar em concreto. Um espaço em que num nickname protege quem gasta as pontas dos dedos a revelar pensamentos e mostra a sua visão do mundo, sem nunca se saber muito bem quem de facto está por trás de tantas palavras, se uma pessoa com identidade se uma personagem criada para o efeito.
Hoje mostra-se um pouco da pessoa e da identidade por trás da tela negra.
Diligentia completou ontem 23 anos. Ainda sem o peso da idade sobre os ombros, foi embrulhada numa história fantástica que pretendia encobrir um feito magnífico, que andava a ser preparado, sem seu conhecimento, há mais tempo do que se possa imaginar. Amigos e Família preparavam uma surpresa para finalizar o seu dia de aniversário, escondendo tudo até à última da hora para que fosse tudo perfeito. Amigos e Família concretizaram um plano maquiavélico para que nada fosse revelado antes do tempo, para que o efeito fosse ainda maior.
Diligentia completou ontem 23 anos, começando o seu caminho para os 24 de uma forma mais, muito mais rica, mais colorida, mais bonita do que alguma vez podia imaginar.
Diligentia viu reunidos na sua casa todos aqueles que fazem parte da sua vida com um relevo maior, com o intuito de celebrar mais um ano que passa. Viu o esforço de muita gente empenhado num momento que vai ficar para sempre marcado e recordado como a mais e melhor manifestação de amizade e amor alguma vez feita.
O que eles desconhecem é que Diligentia teve vontade de chorar do princípio ao fim, não de tristeza ou pesar, mas de pura felicidade e reconhecimento pelo gesto, que jamais irá esquecer, e por não saber ao certo que terá feito para merecer tamanha homenagem.
O discurso saiu mal feito e incoerente, repetitivo, não pela falta de palavras, mas pelo espanto e esmagamento causado por tão grande impacto; a arte que ainda me resta reside mais nas palavras escritas que faladas, e por isso há que fazer um discurso à altura, escrito, tentando que os vocábulos estejam a altura de para quem se dirigem.
Obrigado. Muito obrigado.
A todos.
Por não terem faltado à chamada e ao trabalho de esconderem tudo para que tudo fosse perfeito.
Por terem querido vir de longe para festejar um aniversário de alguém que não fez nada para merecer tal homenagem.
Por terem querido estar presentes num momento inesquecível.
Aos mentores e organizadores, duas personagens mais que importantes, obrigado é dizer pouco. Gratidão e reconhecimento que nunca saberei ou poderei alguma vez expressar. Gesto que ficará sempre presente na memória, ao qual me curvo respeitosamente, expressando todo o carinho que tenha cá dentro.
Ao intermediário, todo o mérito possível, por tudo ter feito sem que desse por isso, que me deu uma tarde inesquecível sem nunca deixar antever um desfecho destes, e para o qual nunca existem palavras que descrevam todos os gestos.
Parece que Diligentia tem uma memória mais profunda do que é aconselhável, consta por aí.
Pois Diligentia jamais esquecerá a noite de ontem.
O gesto.
As palavras.
A reunião.
O esforço do secretismo.
A magnitude do impacto.
Obrigado.
Muito Obrigado.
Hoje mostra-se um pouco da pessoa e da identidade por trás da tela negra.
Diligentia completou ontem 23 anos. Ainda sem o peso da idade sobre os ombros, foi embrulhada numa história fantástica que pretendia encobrir um feito magnífico, que andava a ser preparado, sem seu conhecimento, há mais tempo do que se possa imaginar. Amigos e Família preparavam uma surpresa para finalizar o seu dia de aniversário, escondendo tudo até à última da hora para que fosse tudo perfeito. Amigos e Família concretizaram um plano maquiavélico para que nada fosse revelado antes do tempo, para que o efeito fosse ainda maior.
Diligentia completou ontem 23 anos, começando o seu caminho para os 24 de uma forma mais, muito mais rica, mais colorida, mais bonita do que alguma vez podia imaginar.
Diligentia viu reunidos na sua casa todos aqueles que fazem parte da sua vida com um relevo maior, com o intuito de celebrar mais um ano que passa. Viu o esforço de muita gente empenhado num momento que vai ficar para sempre marcado e recordado como a mais e melhor manifestação de amizade e amor alguma vez feita.
O que eles desconhecem é que Diligentia teve vontade de chorar do princípio ao fim, não de tristeza ou pesar, mas de pura felicidade e reconhecimento pelo gesto, que jamais irá esquecer, e por não saber ao certo que terá feito para merecer tamanha homenagem.
O discurso saiu mal feito e incoerente, repetitivo, não pela falta de palavras, mas pelo espanto e esmagamento causado por tão grande impacto; a arte que ainda me resta reside mais nas palavras escritas que faladas, e por isso há que fazer um discurso à altura, escrito, tentando que os vocábulos estejam a altura de para quem se dirigem.
Obrigado. Muito obrigado.
A todos.
Por não terem faltado à chamada e ao trabalho de esconderem tudo para que tudo fosse perfeito.
Por terem querido vir de longe para festejar um aniversário de alguém que não fez nada para merecer tal homenagem.
Por terem querido estar presentes num momento inesquecível.
Aos mentores e organizadores, duas personagens mais que importantes, obrigado é dizer pouco. Gratidão e reconhecimento que nunca saberei ou poderei alguma vez expressar. Gesto que ficará sempre presente na memória, ao qual me curvo respeitosamente, expressando todo o carinho que tenha cá dentro.
Ao intermediário, todo o mérito possível, por tudo ter feito sem que desse por isso, que me deu uma tarde inesquecível sem nunca deixar antever um desfecho destes, e para o qual nunca existem palavras que descrevam todos os gestos.
Parece que Diligentia tem uma memória mais profunda do que é aconselhável, consta por aí.
Pois Diligentia jamais esquecerá a noite de ontem.
O gesto.
As palavras.
A reunião.
O esforço do secretismo.
A magnitude do impacto.
Obrigado.
Muito Obrigado.
quarta-feira, 4 de março de 2009
A idade de hoje e a idade de amanhã
Assim se despede uma pessoa de um número de anos desde que nasceu e entra noutro a fazer o mesmo que sempre foi feito.
Não há evolução em âmbito algum, apenas um longo continuar de estagnação.
Assim é.
Assim seja.
Não há evolução em âmbito algum, apenas um longo continuar de estagnação.
Assim é.
Assim seja.
terça-feira, 3 de março de 2009
Nik Kelkechose
Mais do mesmo senhor.
Para desanuviar.
Há Trabalho no ar.
E na mesa.
E nos livros.
E na estante.
E na casa toda.
E na rua.
Cercados...
segunda-feira, 2 de março de 2009
84
- Onde está o meu pai?
- No coração dos que o amam.
Não há recordação onde foi ouvido, mas ficou na memória. Não pela lamechice, nem pelas palavras baratas, mas pela mensagem por baixo delas.
Memória.
Mensagem.
Tu.
Para onde foste? Deixaste-me para trás.
Saudade...
Vazio.Ausência. Uma cratera no teu lugar.
Não me esqueci.
Nunca me esqueci.
- No coração dos que o amam.
Não há recordação onde foi ouvido, mas ficou na memória. Não pela lamechice, nem pelas palavras baratas, mas pela mensagem por baixo delas.
Memória.
Mensagem.
Tu.
Para onde foste? Deixaste-me para trás.
Saudade...
Vazio.Ausência. Uma cratera no teu lugar.
Não me esqueci.
Nunca me esqueci.
domingo, 1 de março de 2009
Note to Self
Nunca mais falar mal do SNS.
Pessoa acorda doente, doença de origem estúpida, cómica para quem de fora observa, mas nada engraçada para quem a tem na cara; aliás, quem acha engraçado devia era apanhá-la na língua. Adiante, pessoa acorda doente e vai ao centro de saúde ver como param as modas, não serão bem modas, seria mais a esperança de não haver mais ninguém que se lembrasse de ir para lá ver se a esperança estava disponível. Incrível como as duas almas que já lá constam não mostram o mínimo sinal de maleita : uma marca lugar para marcar consulta para o primo da cunhada da bisavó; na outra, ouve-se um ligeiro rumor a falar ao telefone e dizer alto e bom som que não lhe apetecia ir trabalhar e que já que estava pior ‘daquilo’ aproveitava e ia ao médico... aqui o cérebro frita e percebe-se que se perde tempo demais a pensar em soluções para tornar o sistema de saúde viável e mais acessível a todos quando a questão se resolvia fazendo uma triagem diferente da que se faz nos hospitais e serviços de atendimento permanente, separando as pessoas verdadeiramente doentes das que não querem ir trabalhar, dando prioridade a estas que, coitadas, têm uma vida desgraçada e miserável.
Enfim.
Em menos de 5 minutos, há uma consulta urgente em vista, em que se calha ser o segundo numa longa lista, lista essa que o senhor doutor deve despachar rapidamente tendo em conta a rapidez de atendimento dos dois primeiros pacientes. Não interessa que nem olhe bem para a cara do paciente, nem que lhe dê conversa de chacha, interessa que o atendeu e tentou resolver o problema. E resolveu, mesmo, não sem antes mandar o paciente à sala das agulhas para levar com uma, não bastava o ar de doença terrível, ai ajude-me que estou tão mal, é mesmo preciso levar com o tratamento de choque, não é só andar aqui a queixar-se, que isto de não querer ir trabalhar e vir ao médico porque sim é só privilegio de alguns. E quando se pensava que se ia ficar anos no corredor da morte à espera da injecção letal, nem míseros minutos passam quando a sentença é executada. Com o braço direito em falta, caminha-se para a farmácia, já ali ao lado.
Et voilá.
E a senhora que não queria trabalhar lá ficou a secar.
A triagem entre gente doente e gente calona funciona, afinal.
Pessoa acorda doente, doença de origem estúpida, cómica para quem de fora observa, mas nada engraçada para quem a tem na cara; aliás, quem acha engraçado devia era apanhá-la na língua. Adiante, pessoa acorda doente e vai ao centro de saúde ver como param as modas, não serão bem modas, seria mais a esperança de não haver mais ninguém que se lembrasse de ir para lá ver se a esperança estava disponível. Incrível como as duas almas que já lá constam não mostram o mínimo sinal de maleita : uma marca lugar para marcar consulta para o primo da cunhada da bisavó; na outra, ouve-se um ligeiro rumor a falar ao telefone e dizer alto e bom som que não lhe apetecia ir trabalhar e que já que estava pior ‘daquilo’ aproveitava e ia ao médico... aqui o cérebro frita e percebe-se que se perde tempo demais a pensar em soluções para tornar o sistema de saúde viável e mais acessível a todos quando a questão se resolvia fazendo uma triagem diferente da que se faz nos hospitais e serviços de atendimento permanente, separando as pessoas verdadeiramente doentes das que não querem ir trabalhar, dando prioridade a estas que, coitadas, têm uma vida desgraçada e miserável.
Enfim.
Em menos de 5 minutos, há uma consulta urgente em vista, em que se calha ser o segundo numa longa lista, lista essa que o senhor doutor deve despachar rapidamente tendo em conta a rapidez de atendimento dos dois primeiros pacientes. Não interessa que nem olhe bem para a cara do paciente, nem que lhe dê conversa de chacha, interessa que o atendeu e tentou resolver o problema. E resolveu, mesmo, não sem antes mandar o paciente à sala das agulhas para levar com uma, não bastava o ar de doença terrível, ai ajude-me que estou tão mal, é mesmo preciso levar com o tratamento de choque, não é só andar aqui a queixar-se, que isto de não querer ir trabalhar e vir ao médico porque sim é só privilegio de alguns. E quando se pensava que se ia ficar anos no corredor da morte à espera da injecção letal, nem míseros minutos passam quando a sentença é executada. Com o braço direito em falta, caminha-se para a farmácia, já ali ao lado.
Et voilá.
E a senhora que não queria trabalhar lá ficou a secar.
A triagem entre gente doente e gente calona funciona, afinal.
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