As notas são papelinhos amorosos e coloridos que circulam de mão em mão para que as pessoínhas possam comprar o que mais falta lhes faz. Circulando entre mãos, sofrem alterações à sua forma inicial, que as faz ficar danificadas ; sem cantos, com rasgões, fita cola, assinaturas, com falta de elementos essenciais como sejam as fitas de segurança ou rasuras nas marcas de agua, sem que contudo alguém repare no fenómeno. Afinal, o que se pretende é pagar rapidamente a conta para ir andando, que a pressa é muita, no caso do consumidor, e no caso do comerciante, receber o dinheiro que é para isso que se tem a casa aberta.
Até que se vai, inocentemente, comprar cigarros num qualquer café, e se recebe, de troco uma nota que já deu, no mínimo a volta à península à boleia. E no dia seguinte, compra-se café com a dita nota, armando-se logo um escabeche de primeira. Porque se tem cara de falsária, de quem anda no mundo só com o propósito de enganar honestos trabalhadores e honrosos pais de família, há que gritar insistentemente e recusar aceitação de uma simples nota que provavelmente já correu toda a Europa e foi protagonista de muitas transacções económicas. Mais engraçado ainda quando, rejeitada a pobre nota, se tenta a mesma sorte num outra estabelecimento comercial e, simplesmente e sem aviso prévio, se recebe o troco e o talão, sem mais delongas.
Diz-se do típico português, boa pessoa e defensor dos bons costumes, entre outros, que não reclama nem reivindica com ferocidade os seus direitos. Será verdade. Há que atentar na diferença entre reclamar e mandar vir, num dia de diarreia cerebral, com quem tem cara de falsificante de sabões e coisas similares, que está tão inocente como o café que se pediu.
Até que se vai, inocentemente, comprar cigarros num qualquer café, e se recebe, de troco uma nota que já deu, no mínimo a volta à península à boleia. E no dia seguinte, compra-se café com a dita nota, armando-se logo um escabeche de primeira. Porque se tem cara de falsária, de quem anda no mundo só com o propósito de enganar honestos trabalhadores e honrosos pais de família, há que gritar insistentemente e recusar aceitação de uma simples nota que provavelmente já correu toda a Europa e foi protagonista de muitas transacções económicas. Mais engraçado ainda quando, rejeitada a pobre nota, se tenta a mesma sorte num outra estabelecimento comercial e, simplesmente e sem aviso prévio, se recebe o troco e o talão, sem mais delongas.
Diz-se do típico português, boa pessoa e defensor dos bons costumes, entre outros, que não reclama nem reivindica com ferocidade os seus direitos. Será verdade. Há que atentar na diferença entre reclamar e mandar vir, num dia de diarreia cerebral, com quem tem cara de falsificante de sabões e coisas similares, que está tão inocente como o café que se pediu.
AS
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