A coisa boa de estar toda a gente a começar a ir de férias é que o escritório está meio vazio e, portanto, poderia começar aqui a dançar a conga que ninguém haveria de se importar muito com isso.
Não há, já, grande coisa para fazer porque está tudo mais ou menos adiantado para o período de descanso que se avizinha e o stress passa pelo dilema do que fazer em primeiro lugar, arrumar pastas ou arrumar canetas, sendo que coçar-se é, evidentemente, a primeiríssima escolha.
O pior disto (se é que há alguma coisa de mal em estar à vontade) é que não há ninguém para conversar e os tempos mortos são passados à janela a ver a velha do prédio da frente deixar cair os guarda-chuvas da varanda e ir tirar um olho ao vaso de begónias três andares mais abaixo.
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