terça-feira, 25 de junho de 2019

E já que estamos numa de comentário televisivo, devo acrescentar que cedi à febre de 90% da população e vi a Casa de Papel.

Vamos lá ver uma coisa: não está mal de todo. A história é sobejamente engraçada, está bem imaginada e as personagens são muitíssimo bem construídas.
Mas também não é preciso atirarmo-nos ao chão nem atirar as cuequinhas fora: histórias de assaltos adaptadas ao cinema/televisão é coisa que abunda, o que não faz da série algo de propriamente original. Há ali pormenores muito mal amanhados que poderiam fazer com que o assalto corresse irremediavelmente mal, como o facto de confiarem até à fé no divino que não vai haver uma intervenção policial ou o facto da inspectora ter cedido tão facilmente aos encantos do Professor, a ponto de o deixar escapar. Aquela que se pretende que seja a personagem principal (Tóquio), é amiúde irritante e inconsequente, com uma péssima dicção e um cabelo ainda pior. Já para não falar no facto de, na esmagadora maioria das vezes, os diálogos são estúpidos e verdadeiramente disparatados.

A série vale, essencialmente, pelos dois últimos episódios, que são francamente bons e que valem por todos os outros (a maioria) que são apenas sofríveis. Também ajuda o facto de alguém na produção ser português ou adorar Portugal, porque só assim é que se explica o fadinho vadio lá para o meio e o trailer infra, nitidamente a fidelizar o público deste lado da fronteira.






Porém, ninguém me tira da ideia que o sucesso da série passa muito pelo bom aspecto dos protagonistas... Há que convir que as moças são jeitosas, sim senhor, e que alguns moços têm tanta saúde que deviam fazer anúncios de detergentes de roupa.

Fora isso, é esperar, como todo o bom pobre, pela estreia da 3ª temporada.

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