Dos Incidentes, Pareceres e Vicissitudes várias. Porque "Quando a ralé se põe a pensar, está tudo perdido", lá dizia Voltaire...
domingo, 30 de junho de 2019
Desabafo
Depois de franca e atenta observação, concluo que sou uma choninhas que não sabe dar, na hora, uma resposta como deve ser a quem a merece.
Isto apesar de achar que sou muita má, muita bad ass, francamente arisca e o caralho e de andar rua acima, rua abaixo a achar-me um poço de frontalidade.
Pois que não é nada disto, contrariamente a toda a imagem que criei de mim mesma.
Sou uma idiota, uma cobarde e uma pessoa sem espinha dorsal que aprendeu a valorizar mais a paz social e a sã convivência, repleta da hipocrisia e falsidade que as caracterizam, do que a própria paz interior e a consciência tranquila.
Foi nisto que me tornei.
Não presto.
Isto apesar de achar que sou muita má, muita bad ass, francamente arisca e o caralho e de andar rua acima, rua abaixo a achar-me um poço de frontalidade.
Pois que não é nada disto, contrariamente a toda a imagem que criei de mim mesma.
Sou uma idiota, uma cobarde e uma pessoa sem espinha dorsal que aprendeu a valorizar mais a paz social e a sã convivência, repleta da hipocrisia e falsidade que as caracterizam, do que a própria paz interior e a consciência tranquila.
Foi nisto que me tornei.
Não presto.
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Uma agradável surpresa.
Se no início ainda era possível vislumbrar algum texto histórico sem grande ligação com o texto do romance, essa falha foi-se esbatendo ao longo da obra e transformou-se numa bela história trágica e muitíssimo bem construída.
Revela pormenores históricos muito ricos da época e cujo enquadramento ainda é pouco explorado pela maioria dos autores.
Muito bom.
quarta-feira, 26 de junho de 2019
terça-feira, 25 de junho de 2019
E já que estamos numa de comentário televisivo, devo acrescentar que cedi à febre de 90% da população e vi a Casa de Papel.
Vamos lá ver uma coisa: não está mal de todo. A história é sobejamente engraçada, está bem imaginada e as personagens são muitíssimo bem construídas.
Mas também não é preciso atirarmo-nos ao chão nem atirar as cuequinhas fora: histórias de assaltos adaptadas ao cinema/televisão é coisa que abunda, o que não faz da série algo de propriamente original. Há ali pormenores muito mal amanhados que poderiam fazer com que o assalto corresse irremediavelmente mal, como o facto de confiarem até à fé no divino que não vai haver uma intervenção policial ou o facto da inspectora ter cedido tão facilmente aos encantos do Professor, a ponto de o deixar escapar. Aquela que se pretende que seja a personagem principal (Tóquio), é amiúde irritante e inconsequente, com uma péssima dicção e um cabelo ainda pior. Já para não falar no facto de, na esmagadora maioria das vezes, os diálogos são estúpidos e verdadeiramente disparatados.
A série vale, essencialmente, pelos dois últimos episódios, que são francamente bons e que valem por todos os outros (a maioria) que são apenas sofríveis. Também ajuda o facto de alguém na produção ser português ou adorar Portugal, porque só assim é que se explica o fadinho vadio lá para o meio e o trailer infra, nitidamente a fidelizar o público deste lado da fronteira.
Porém, ninguém me tira da ideia que o sucesso da série passa muito pelo bom aspecto dos protagonistas... Há que convir que as moças são jeitosas, sim senhor, e que alguns moços têm tanta saúde que deviam fazer anúncios de detergentes de roupa.
Fora isso, é esperar, como todo o bom pobre, pela estreia da 3ª temporada.
Vamos lá ver uma coisa: não está mal de todo. A história é sobejamente engraçada, está bem imaginada e as personagens são muitíssimo bem construídas.
Mas também não é preciso atirarmo-nos ao chão nem atirar as cuequinhas fora: histórias de assaltos adaptadas ao cinema/televisão é coisa que abunda, o que não faz da série algo de propriamente original. Há ali pormenores muito mal amanhados que poderiam fazer com que o assalto corresse irremediavelmente mal, como o facto de confiarem até à fé no divino que não vai haver uma intervenção policial ou o facto da inspectora ter cedido tão facilmente aos encantos do Professor, a ponto de o deixar escapar. Aquela que se pretende que seja a personagem principal (Tóquio), é amiúde irritante e inconsequente, com uma péssima dicção e um cabelo ainda pior. Já para não falar no facto de, na esmagadora maioria das vezes, os diálogos são estúpidos e verdadeiramente disparatados.
A série vale, essencialmente, pelos dois últimos episódios, que são francamente bons e que valem por todos os outros (a maioria) que são apenas sofríveis. Também ajuda o facto de alguém na produção ser português ou adorar Portugal, porque só assim é que se explica o fadinho vadio lá para o meio e o trailer infra, nitidamente a fidelizar o público deste lado da fronteira.
Porém, ninguém me tira da ideia que o sucesso da série passa muito pelo bom aspecto dos protagonistas... Há que convir que as moças são jeitosas, sim senhor, e que alguns moços têm tanta saúde que deviam fazer anúncios de detergentes de roupa.
Fora isso, é esperar, como todo o bom pobre, pela estreia da 3ª temporada.
Há coisa de uns meses comecei a fazer uma coisa que já não fazia há anos.
E agora perguntam as pessoas, começaste a fazer exercício, crochet, arrumaste aquela casa que parece um pardieiro, já tiraste a tralha que encafuaste dentro do armário, deixaste de fumar?
Nada disso: comecei a ver uma novela, coisa que não fazia deste que passou o Caminho das Índias, corria o longínquo ano de 2009.
Portanto, há 10 anos sem estupidificar em frente à televisão, a ver as desgraças dos outros tomarem contornos de comicidade, resolvi que era tempo de pôr fim a esse ciclo e comecei a ver, como está bom de ver, aquilo que a ficção nacional de melhor tem para oferecer (not): A Teia.
Para quem gostou d'A Próxima Vítima, é parecido, mas em mau: mal escrito, mal interpretado, mal imaginado, mal enquadrado. No entanto, não deixou de ser viciante.
Acabou semi-mal, porque esta gente que escreve novelas em Portugal tem imensos pruridos em matar todo o elenco, por isso lá ficou um cheirinho a mistério, para não dizerem que vão daqui.
Entretanto, com isto, fui oficialmente promovida a idosa do ano, a quem não bastavam todos os indicio da 3ª idade que frequentemente aqui deixo, ainda tinha que acrescentar a novela.
E agora perguntam as pessoas, começaste a fazer exercício, crochet, arrumaste aquela casa que parece um pardieiro, já tiraste a tralha que encafuaste dentro do armário, deixaste de fumar?
Nada disso: comecei a ver uma novela, coisa que não fazia deste que passou o Caminho das Índias, corria o longínquo ano de 2009.
Portanto, há 10 anos sem estupidificar em frente à televisão, a ver as desgraças dos outros tomarem contornos de comicidade, resolvi que era tempo de pôr fim a esse ciclo e comecei a ver, como está bom de ver, aquilo que a ficção nacional de melhor tem para oferecer (not): A Teia.
Para quem gostou d'A Próxima Vítima, é parecido, mas em mau: mal escrito, mal interpretado, mal imaginado, mal enquadrado. No entanto, não deixou de ser viciante.
Acabou semi-mal, porque esta gente que escreve novelas em Portugal tem imensos pruridos em matar todo o elenco, por isso lá ficou um cheirinho a mistério, para não dizerem que vão daqui.
Entretanto, com isto, fui oficialmente promovida a idosa do ano, a quem não bastavam todos os indicio da 3ª idade que frequentemente aqui deixo, ainda tinha que acrescentar a novela.
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Este deveria ter sido um livro muito interessante de ler antes de 2008, ano em que se fizerem os primeiros testes com o LHC, à data, o maior acelerador de partículas do mundo.
Desafortunadamente, apenas agora li esta obra, muito porque sou pobre e encontrei este livro no cesto das pechinchas da Feira do Livro de Lisboa este ano.
É interessante e cativante, mas não é original; a escrita é muito ao estilo de Dan Brown, bem como a conclusão da obra, que usa a mesma estratégia mental d'O Código Da Vinci e peca por já se saber bastante acerca da temática à volta da qual gira a história.
Bonzinho, vá.
terça-feira, 18 de junho de 2019
Esta coisa dos direitos de autor no Youtube tem como consequência directa e imediata que não consiga ouvir decentemente as músicas que gosto. Antes, tudo o que era bicho careto fazia uns vídeos manhosos para que o povão pudesse ouvir a música. Agora nada disso existe, o que é uma pena.
De vez em quando lá aparece um ou outro video duvidoso para acalmar a alma dos pobres, como este:
Não será exactamente o original, mas está lá muito perto.
E, como tudo o que estes rapazes fazem, para mim, é perfeito.
De vez em quando lá aparece um ou outro video duvidoso para acalmar a alma dos pobres, como este:
Não será exactamente o original, mas está lá muito perto.
E, como tudo o que estes rapazes fazem, para mim, é perfeito.
As reuniões de pais devem ser maravilhosas para as pessoas que têm os filhos em escolas normais.
Nesses certames, discutem-se, creio eu, os problemas mais prementes dos alunos, dão-se soluções, fazem-se os avisos necessários, os recadinhos, as cadernetas e essas coisas todas.
Isto nas escolas normais.
Nas outras escolas e por outras entendam-se escolas/colégios privados, apesar da génese ser mais ou menos a mesma, há sempre um outro factor a ter em conta: o pedantismo dos pais.
Recentemente, fui a um destes encontros na escola do meu herdeiro e deparei-me com a repetição deste fenómeno, que já havia observado desde a primeira reunião.
Havia gente ali que nitidamente não estava ali para se inteirar do percurso dos filhos ou das coisas que estes deviam ter nas mochilas para as semanas de praia que se avizinhavam.
Estavam ali para olhar arrogantemente de alto a baixo os outros pais, enquanto tentavam cruzar as pernas com ar sensual sentados em cadeiras de 10 cm de altura. Estavam ali para se avaliarem uns aos outros e para mostrarem que ou eram médicos, engenheiros, gestores e outras pessoas muito importantes. E que tinham dinheiro, claro. Ninguém diria que estavam ali para saber coisas dos filhos, ranhosos, fiteiros e mal comportados de 2/3 anos; dir-se-ia, antes, que estavam ali para iniciar uma conferência sobre governação do universo.
Nem sei como não fiquei vesga de tanto esforço que fiz para não estar permanentemente a revirar os olhos. Fiquei com a leve sensação que aquilo, de facto, não era uma reunião de pais, era um aquário gigante num restaurante, onde só havia percas vaidosas e estúpidas.
Na minha mui humilde óptica, foi uma valente perca de tempo.
Para a próxima, levo os fones.
Nesses certames, discutem-se, creio eu, os problemas mais prementes dos alunos, dão-se soluções, fazem-se os avisos necessários, os recadinhos, as cadernetas e essas coisas todas.
Isto nas escolas normais.
Nas outras escolas e por outras entendam-se escolas/colégios privados, apesar da génese ser mais ou menos a mesma, há sempre um outro factor a ter em conta: o pedantismo dos pais.
Recentemente, fui a um destes encontros na escola do meu herdeiro e deparei-me com a repetição deste fenómeno, que já havia observado desde a primeira reunião.
Havia gente ali que nitidamente não estava ali para se inteirar do percurso dos filhos ou das coisas que estes deviam ter nas mochilas para as semanas de praia que se avizinhavam.
Estavam ali para olhar arrogantemente de alto a baixo os outros pais, enquanto tentavam cruzar as pernas com ar sensual sentados em cadeiras de 10 cm de altura. Estavam ali para se avaliarem uns aos outros e para mostrarem que ou eram médicos, engenheiros, gestores e outras pessoas muito importantes. E que tinham dinheiro, claro. Ninguém diria que estavam ali para saber coisas dos filhos, ranhosos, fiteiros e mal comportados de 2/3 anos; dir-se-ia, antes, que estavam ali para iniciar uma conferência sobre governação do universo.
Nem sei como não fiquei vesga de tanto esforço que fiz para não estar permanentemente a revirar os olhos. Fiquei com a leve sensação que aquilo, de facto, não era uma reunião de pais, era um aquário gigante num restaurante, onde só havia percas vaidosas e estúpidas.
Na minha mui humilde óptica, foi uma valente perca de tempo.
Para a próxima, levo os fones.
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Coisas de Cá
Estou para aqui feita zombie, a bocejar até se me rasgarem os cantos da boca, a desejar enfiar um café de quilo pelo nariz para me manter acordada (os miúdos é que vão para a praia, mas é aos pais que sai do pêlo), não obstante feliz da vida.
Não há nada que dê mais alento a uma pessoa que uma semana encurtada por um feriado.
Não sei se poderia ser mais portuguesa...
Não há nada que dê mais alento a uma pessoa que uma semana encurtada por um feriado.
Não sei se poderia ser mais portuguesa...
Leituras Nº ... Qualquer Coisa Serve
Fiquei seriamente desiludida com este, não esperava que Mr. Grisham se desleixasse desta maneira.
Não é nenhum romance de cordel, atenção, nem está mal escrito para lá da salvação.
A história até seria interessante se o autor se tivesse dado ao trabalho de aprofundar a temática e de construir personagens que tivessem mais que um véu muito ténue de realidade por cima da cabeça.
Não cativa, não deixa saudades, nada ao estilo a que habituou.
Fraquinho.
Não é nenhum romance de cordel, atenção, nem está mal escrito para lá da salvação.
A história até seria interessante se o autor se tivesse dado ao trabalho de aprofundar a temática e de construir personagens que tivessem mais que um véu muito ténue de realidade por cima da cabeça.
Não cativa, não deixa saudades, nada ao estilo a que habituou.
Fraquinho.
6 Semanas e uns Pós
Ser adulto é contar os dias e horas que faltam para as férias, tal como os miúdos contam os dias para uma festa ou um concerto ou um acontecimento social particularmente interessante.
Com a diferença que os miúdos esperam ansiosamente para fazer alguma coisa, enquanto os adultos esperam ansiosamente a data em que podem finalmente fazer nada.
Com a diferença que os miúdos esperam ansiosamente para fazer alguma coisa, enquanto os adultos esperam ansiosamente a data em que podem finalmente fazer nada.
Mais do Mesmo
E nada melhor para celebrar um regresso que com um video novo da banda favorita, não é verdade?
Já saiu há umas semanas, mas a minha pessoa andava demasiado entretida a levar com coisas jurídicas pelas fussas abaixo, por isso fica aqui a devida nota.
Já saiu há umas semanas, mas a minha pessoa andava demasiado entretida a levar com coisas jurídicas pelas fussas abaixo, por isso fica aqui a devida nota.
Sim, tenho Deixado Isto ao Abandono
Nada a fazer quando a judicatura nos atinge em cheio nas trombas, com todo o seu poderio e força.
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