Anda toda a gente tão preocupada com os putos a serem obrigados a beijar os avós (e ainda mais preocupados em difamar a criatura que se atreveu a manifestar a sua opinião num país livre e democrático, mas enfim) e ninguém fala de um flagelo muito maior.
Que é, nem mais, nem menos, a obrigação de dar beijinhos, não aos avós, que isso é básico, diria eu, mas àquelas velhas a cheirar a velório, com bigodes que picam e salivas ácidas, velhas essas que não conhecemos de lado nenhum, mas que são primas da enteada da tia-avó do merceeiro ou o raio que as parta, mas que temos obrigatoriamente de cumprimentar senão somos malcriadões e apanhamos quando chegamos a casa caso não depositemos dois ósculos naquelas fronhas encarcilhadas.
Nisso ninguém fala, porra.
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